Elena Gilbert

Sete anos atrás

Eram cinco da manhã, eu e meu irmão tínhamos acabado de chegar de uma festa na Mansão dos Lockwood. Por conta do barril de cerveja que ele e os amigos beberam, meu irmão estava rindo igual uma hiena! Se nossos pais nos pegassem por causa daquela gargalhada estrondosa e escandalosa, eu ia acabar com a raça dele. Ele estava tão chapado que estava me confundindo com a Angelina Jolie. Detalhe que eu não sou branca igual à cera, nem tenho a boca inchada. Tenho a boca carnuda!

Depois de colocar meu irmão na cama — pois é! — fui para meu quarto. Não tive forças nem para tirar meu vestido, só tirei as sandálias, e caí em coma na minha cama.

—ACORDA DE UMA VEZ ELENA SARA GILBERT! — minha mãe gritava igual uma louca.

—Só mais cinco minutos. — implorei incapaz de abrir os olhos.

—SE EM CINCO SEGUNDOS VOCÊ NÃO ESTIVER DE OLHOS ABERTOS E DESCENDO AS ESCADAS, EU VOU TIRAR SEU QUERIDO CARRINHO, ELENA!

Em menos até de cinco segundos, eu já estava de pé. Minha mãe não podia regular muita coisa. Eu estava de ressaca, era uma hora da tarde — quase madrugada —, morrendo de dor de cabeça, e ela me faz uma ameaça dessas! Quando passei pelo quarto do meu irmão, vi meu pai fazendo a mesma tortura com Alex. Ô família doida!

Na sala de jantar, eu e Alex parecíamos zumbis.

—Posso saber o porquê fui acordada à base de chantagens em pleno domingo? — perguntei massageando minhas têmporas.

—Porque duas horas da tarde não é hora de ninguém estar dormindo. — meu pai respondeu.

—Pai já não era pra você estar na casa da luz vermelha, ou fazendo algo que coroas da sua idade fazem? — Alex disse na maior cara de pau!

—Mais respeito Alex! Não se esqueça que eu pago suas contas, suas farras, seu carro... De repente você pode ficar sem isso e sem teto!

Nossa o papai John estava nervosinho. Normal né.

—Mãe você ia deixá-lo fazer isso comigo?! Isso é abandono de incapaz!

—Toma vergonha nessa cara Alex! Dezoito anos na cara e se considera incapaz? Pra estar com uma mulher diferente a cada dia, você não é incapaz né?

Depois dessa, meu irmão foi obrigado a ficar quieto.

Então... Minha vida se resumia em: festas, escola, garotos, mais festa, meus amigos, e... Festa de novo!

Damon Salvatore

Ah, eu amo a França! Eu tinha acabado de me dar bem com duas lindas morenas de uma vez só! Devo dizer que elas eram lésbicas e namoradas, mas o que conta é a aventura!

Eu dormia feito um bebê, ou quase um. Primeiro, eu estava “pelado, pelado, nu com a mão no bolso!”, segundo, a louca que eu sou obrigado a chamar de irmã, estava gritando com Stefan — o filhote da família —, e não estava me deixando dormir. Não se pode nem dormir em paz depois de uma festa cheia de luxúria?!

—ACORDA VAGABUNDO! — meu pai gritava depois de me jogar um copo de água gelada.

Quando eu era pequeno meus pais me acordavam com cosquinhas, quando eu tinha quinze eles ficavam batendo numa panela com uma colher de pau até eu acordar. Agora tiveram a grande ideia de tentar me afogar quando passava das nove e meia da manhã.

—VOCÊ QUER ME MATAR?! ME DEIXA DORMIR! — gritei de volta.

—Eu ainda vou fazer de você um homem de verdade, Damon.

—Pergunta para as duas morenas que eu peguei ontem se eu não sou homem de verdade. — respondi sarcástico.

—Homem de verdade, Damon. Um dia você vai ser um.

Depois dessa, fui obrigado a acordar. Coloquei uma cueca boxer azul marinho e segui em direção à sala de jantar. Era mais que normal eu andar de cueca pela casa. Eu não sou muito ligado em andar de roupas de manhã. Elas apertam e isso não é legal.

Sentei e coloquei um pouco de suco de acerola num copo, e peguei um waffle.

—Eu tenho uma notícia pra dar. Vamos voltar pra Mystic Falls. — meu pai anunciou como se fosse a melhor notícia do mundo.

—O QUE?! EU TENHO UMA VIDA AQUI! VOCÊ ESTÁ MALUCO?! — gritei quase me engasgando.

—Ótimo! Eu já estava cansada de ficar aqui mesmo. — Rose Marie, ou só Rose para os íntimos, disse indiferente.

—Onde fica Mystic Falls, mãe?

—Fica na Virginia, do outro lado do oceano, meu amor. — minha mãe respondeu pro caçula mais doce que uma cocada ao doce de leite.

—Não interessa sua vida aqui, Damon. Você tinha uma vida lá, aí fez uma vida aqui. Agora é só construir outra lá. E não adianta tentar argumentar porque já tá decidido.

Sou obrigado a dizer que fiquei p* da minha vida? É... Mystic Falls aqui vou eu.