Death Note: Resurgence escrita por NanaKiryuu


Capítulo 14
Death Note - Mens Legis


Notas iniciais do capítulo

Tanãnãnã! Talvez este seja um ótimo capítulo para os fãns deLe! Haha! Sacaram, né? q
Depois de todo mundo me colocar contra a parede e me ameaçar com a carabina (claro, isso é pra quem leu Himistu) eu resolvi pôr.


Ah, sim. Estou trabalhando num projeto de uma nova fanfic relacionada à Death Note, só que desta vez um pouco menos superficial que esta e mais criativa, uhum.
Em pouquíssimas linhas, a história é a seguinte:

Raito é o estudante mais aplicado do colégio e muito social. O pai dele o chama para trabalhar na polícia e ele aceita. Até aí, nenhuma novidade. Quando ele vai se deitar, ele encontra em seu quarto uma mulher muito bela, que o seduz e eles fazem besteirinha - q, nem mesmo saber quem ela é. No dia seguinte, ele recebe a ordem de investigar um caso de mutilações contra criminosos. Todos vêm que não há aparentes suspeitos do crime. Todas as noites, Raito vai para a cama com a moça estranha e conforme isso ocorre, ele vê que a frequência das mortes do mesmo caso acontecem. Logo ele associa suas relações com a mulher com as mutilações e descobre que ela é a 'arma' disso tudo. L, o melhor detetive do mundo, entra para o time de investigações para descobrir quem é o autor das mortes. Vendo isso, Raito descobre o verdadeiro prazer de matar.


Então? Bom, é apenas um projeto, mas eu gostaria que vocês pudessem dar opiniões.

Chega de papo! Bora ler o novo capítulo!



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"Uma das formas de matar um  shinigami é fazê-lo salvar intencionalmente a vida de um humano. Ao fazer isto, sua expectativa de vida será passada ao humano salvo e o shinigami morrerá"

(Death Note - How to Use It - Rule 36)

 

 

 

Sentiu o aperto no peito. Tudo rodou por um instante. O som do silêncio ao seu redor pressionou seus tímpanos. Apenas os seus suspiros ele sentia. Os sinos vinham de longe para L. Já fazia um tempo que os ouvia... eram confortantes. Havia chegado a sua hora, mas ele já sabia disso. Seu corpo não suportou mais ficar apoiado sobre as pernas na cadeira, então, foi ao chão pesadamente. Antes que pudesse bater de contra o solo, alguma coisa o segurou nos braços.

Raito correu para segurá-lo. Seria visto como um ato de preocupação, meramente teatral para ele. L estava de olhos dilatados, visando o 'amigo'. Alguns suspiros fracos tentavam escapar de seus lábios.

Ao fundo, Matsuda berrou:

 - Ryuuzaki, o que houve?!!

O olhar de Raito estava fixo aos de L. Por sua vez, este estava com seus olhos de uma forma quase pecaminosa, como se estivesse pedindo à Raito alguma compaixão pelo que fazia. Os sinos. As crianças chorando. As luzes lhe ofuscando. Os sinos por toda a volta... De repente, o titilar cessou ecoando para longe. Os olhos arregalados de L perderam sua força. A luz que os invadia estava desaparecendo. As pálpebras iam se encerrando junto com a vida do Rei do lado oposto do tabuleiro... A vontade de Raito despencar nas risadas de vitória quando finalmente as viu fechadas era grande, mas deveria guardá-las para depois. Agora era hora de atuar:

 - R-Ryuuzaki...? O que...? ... ... MERDA!

 - Raito...! Raito!

 

A luz da realidade o fez ver o céu que se aproximava cada vez mais. Porque estava lembrando-se dele, de L? Quem sabe aqueles antigos acontecimentos passados estivessem querendo aflorar naquele momento em que ele triunfaria, de uma vez. Os cabelos que curiosamente havia em sua cabeça caíam-lhe para trás, enquanto a camisa fazia o mesmo e movia-se violentamente devido a velocidade do vento contra eles enquanto deixavam o Reino Shinigami. Fazia apenas alguns minutos que havia saltado pelo buraco em direção ao mundo humano, mas Misa já estava a falar à quase este tempo todo:

 - E Ryuuku já teve uma namorada Shinigami?

 - Eh? Namorada?

 - Sim, seu bobo...

Raito virou os olhos para o canto das orbes, escutando o que diziam.

 - ... uma namorada! Uma pessoa na qual temos extrema afinidade, e que compartilhamos quase todos os nossos momentos com esta desde quando nos conhecemos! - Misa encenava fazer carinho numa pessoa imaginária, girando os olhos de canto para Raito como se quisesse inutilmente seduzi-lo naquela forma horrenda.

Ryuuku passou a mão no queixo, girando os olhos.

 - Eeeh... bom... serve o Raito?

 - Gh! - exclamou Raito virando a cabeça definitivamente para trás, estragando seu disfarce de estar alheio à conversa - Como assim?!

 - Bom, desde que te conheci, estamos sempre andando juntos e conversamos bastante. Então, você é minha namorada?

Misa ficou boquiaberta, enquanto Raito igual expressão para o outro Shinigami.

 - Porque estão me olhando assim? - perguntou Ryuuku indiferente.

 - Erm... Misa, pare de ficar enfiando besteiras na cabeça dele, por favor.

 - C-certo! - balbuciou a Shinigami para Raito, ainda com uma aflição enorme percorrendo todo o seu corpo.

 - Eu disse algo de errado...?  

 

 

 

 

 

Ele se sentou no sofá da sala. Um bufo nervoso escapou de seus lábios, no mesmo momento que suas pálpebras se fecharam cansadas. Um silêncio profundo. Apenas o barulho do relógio tiquetaqueando atingia seus canais auditivos. A cada tique, seus estômago dava uma volta.Este ruído que poderia ser monótono para ele no passado, agora lhe cansava ouvir o som da hora passando... dos próximos quarenta segundos cada vez mais perto... quarenta segundos de angústia e arrependimento... tic... tac... tic... tac... tic... tac...

 

 - Eu prometo... Kira será capturado - dizia a voz de Soishiro Yagami, enquanto todos os companheiros policiais estavam a sua volta, contemplando junto ao último fulgor do sol vespertino o túmulo de L - E então, você poderá descansar em paz.

Matsuda olhava triste para o crucifixo que indicava ali um falecido. Para ele, a morte de Ryuuzaki era algo tão penoso quanto a própria, pois isso também indicava mais dificuldades para a captura de Kira.

 - Sim – completou uma outra voz – Eu irei vingar a morte de Ryuuzaki.

Todos os policiais, inclusive o senhor Yagami, viraram suas faces para Raito.

 - Resolver este caso é apenas uma das maneiras de penar por ele. Por Wattari e por todas as outras vítimas também... para todos... Vou trazer Kira para sua própria execução.

Matsuda virou os olhos para aquele Raito decidido. Realmente, ficou impressionado com a determinação do companheiro. Aqueles dizeres fizeram de Raito uma espécie de ídolo de Matsuda, ainda mais do antes. Agora, tinha certeza de que o filho de Soichiro Yagami não era Kira.

 - Matsuda.

Soichiro chamou o parceiro, que fitava Raito contendo-se em afastar do amigo morto. Matsuda lançou-lhe um último olhar triste, virando-se e indo embora do cemitério junto dos companheiros, deixando Raito só... Apenas uma risada sinistra penetrou sua cabeça no instante em que ele perdeu Raito de vista... de onde vinha aquela risada...?

 - ... HUHAHAHAHAHAHA...!!

 

 - Matsu...?

 - WAAA!! - exclamou ele, levando um susto e deslocando o corpo sentado para o lado.

 - O que houve...?

Matsuda virou o pescoço para Sayu com o coração disparado. Respirou fundo depois do devaneio seguido, e então se recompôs. Estava levando sustos por nada nos últimos dias, até por motivos óbvios para ele próprio.

 - N-nada... Nada mesmo...

 - Hmf... você está muito estranho ultimamente. O que está acontecendo com você?

Sayu lhe questionava, saindo do batente da porta para aproximar-se do namorado com expressão incomodada.

 - Estranho? Achei que todos achassem isso de mim, à princípio. - Matsuda tentou brincar, para desviar a ideia da garota.

 - Não seja pessimista... - ela chegou ainda mais perto, desferindo um simples beijinho nos lábios dele - Olha... O que vai querer jantar hoje? Pode escolher, quem sabe isso te anima um pouco.

Matsuda mostrou um sorrisinho para ela e, depois de um suspiro leve, pediu:

 - Pode ser Teriyaki?

 Sayu olhou-o aumentando a intensidade de seu sorriso.

 - Sim, pode ser sim. Logo ficará pronto... Melhore este seu humor.

Ela passou a mão na cabeça dele, acariciando levemente seus cabelos negros. Em seguida, virou as costas e voltou para a cozinha. O sorriso de Matsuda escorreu de seus lábios quando ela saiu. A expressão que antes demonstrava algum tipo de felicidade, agora voltava a mergulhar no medo que era dificilmente escondido pelo rapaz. Ele pegou o controle remoto e apontou para a Tv.

“Agentes de comunicação afirmam a morte de três ex-integrantes...”

Ele abaixou rapidamente o volume, deixando apenas para que ele ouvisse no recinto.

“ ...da Central de Operações do Japão, que faziam o trabalho de força-tarefa anti-Kira. Suspeitam de que seja obra dos restantes seguidores de Kira, que após o desaparecimento deste, vêm procurando formas heróicas de demonstrar fidelidade. Parece que Kira escutou seus apelos, pois novos casos de óbitos vêm acontecendo à alguns dias.”

Matsuda apertou os olhos. Girou-os rapidamente para a porta. Em seguida, voltou-os para a tela da tv, onde a apresentadora não mostrava seus olhos. Nos últimos tempos, isso se tornara comum em alguns canais, para evitar mortes desnecessárias.

“Há informações também de que alguns agentes da CIA e do FBI também faleceram, todos com sua causa mortis definida como ataque cardíaco. Segundo fontes, estes agentes igualmente faziam parte do combate anti-Kira...”

 - Uhmm... – Matsuda suspirou.

O rapaz foi para o porão, deixando a TV ligada no volume baixo.

A sombra de uma criatura atípica estava o tempo todo sob aquele homem melancólico. O sorriso eterno enfeitava o rosto.

 - Eeh... estão mortos. –  disse Ryuuku, atravessando a parede para voltar ao encontro de Raito e revelar a informação.

 

 

 

 

No mundo humano, aqueles dias estavam parecendo se mesclar ao Mundo dos Shinigamis. A parte superior que eles chamavam de céu estava acinzentada. Isso era o que diziam ser ‘dias chuvosos’...?

 - Uurrmm... Rei da Morte não tem mesmo o que fazer mais na eternidade? Procurar humano sem vida para fazer viver de novo é falta do que fazer. Para que ele quer este?

O Shinigami que possuía um cocar na cabeça e um gancho no lugar de uma mão esquerda gingava na direção das lápides, crucifixos estacados e túmulos presentes naquele lugar denominado de cemitério. Zerhogie tinha um sotaque um tanto curioso de falar, separando demasiadamente palavra por palavra e excluindo alguns artigos que davam sentido à suas frases. Olhava de um túmulo à outra. Num dado momento, ele parou com o rosto na direção de um em especifico. Andou para perto deste, resmungando:

- Que ultrajante fazer humano viver de novo.

Ele esmurrou a tampa do túmulo, fazendo concreto se espalhar pelo arredor. Não se importava se algum humano vivo visse aquela cena, mas provavelmente o humano morreria achando que uma assombração invisível estava violando o berço de um falecido. Zerhogie viu o rosto do humano morto. Uma parte dele estava fragmentada, aparecendo apenas um dos olhos em bom estado; o outro já não estava mais ali. Parte da arcada dentária estava visível, mas ainda era possível identificar a face humana dele. Os cabelos desfiados e negros estavam presentes, parecendo intactos. O Shinigami aproximou seus dedos da pálpebra inteira e separou-as, vendo a orbe azul-escura do homem o olhando com a pupila dilatada. Aquilo indicava o óbito do homem.

 - Hum! Está morto mesmo - disse como se ainda duvidasse disso.

Zerhogie afastou a mão para trás e depois cravou no peito do homem, o fazendo abrir espontaneamente o olho inteiro. Este também pareceu sugar ar ligeiramente, o que antes não fazia. Contorceu o peito, visivelmente retornando à vida - ou a uma quase-vida. Zerhogie puxou o coração dele para fora, este que curiosamente estava completo com seus músculos em movimento. O Shinigami olhou para o coração com notável monotonia. Enquanto o morto-vivo se contorcia, Zehorgie encaixou novamente o coração dele no peito, passando sua mão por cima da pele restante e criando uma nova camada por cima, para selar aquele órgão recolocado em movimento.

 - Tá bem. Agora, humano vivo de novo vem comigo - disse o Shinigami, como se quisesse instruir o morto-vivo a alguma coisa.

Ele pegou pelo pulso com ossos visíveis do homem, erguendo-o do túmulo para o ar. O Shinigami batia as asas, querendo levá-lo junto. Por outro lado, o antes morto gaguejou, movendo sua mandíbula que continha uma boa parte visível:

 - N-não... q-que...? O-onde es-está...?

 - Fique de boca fechada humano, ou seus dentes vão começar a cair.

 - L-largue de mim... ... .... S-Shinigami...

O homem tinha o olho arregalado na direção da criatura, enquanto remexia-se para fazê-lo soltar.

 - Arrrmmm! Pare de mexer, humano vivo de novo! Assim você vai...!

O osso que Zerhogie segurava rompeu-se. O humano exclamou alguma coisa antes de despencar, mas Zerhogie não escutou. Apenas grunhiu nervoso, perdendo o humano de vista, pois o mesmo caía em alta velocidade em encontro com a gravidade. Provavelmente o perderia, já que depois de tanto tempo repousando morto, aquele esqueleto não aguentaria uma queda tão brusca...

Por uma demasiada sorte, o corpo dele foi de encontro com um amontoado de caixas empilhadas, mas àquela altura, o Shinigami já retornava insatisfeito para o Reino, sem dar mais importância. As caixas voaram para vários lados. O ex-humano continuou intacto. Ele se ergueu vacilante, tanto que quase tropeçou devido uma fraqueza estranha. Olhou para os lados. Tudo estava um pouco vazio e confuso diante seus olhos... ou deveria dizer 'olho'. Passou a mão pelo rosto e sentiu a falta de algumas coisas, como em especial de uma bochecha. Tocou os próprios dentes e ficou nervoso, caindo sentado no chão. O que ele era afinal?!


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Notas finais do capítulo

Esqueci de dizer: O título do capítulo quer dizer 'espírito da lei'. Bom, sem mais explicações! Reviews?



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