The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 39
Capítulo 39 - Slushie


Notas iniciais do capítulo

Não me apedrejem! Culpem o meu irmão, que decidiu assinar o Netflix e instalar The Sims. Assim não dá poxa asdfghj
Em falar em Netflix, andei assistindo Imagine Me & You e, vem cá, só eu surtei por elas se chamarem Luce e Rachel? Okaaaaay que o nome da Quinn é LucY com Y, mas mesmo assim. Isso tudo é o Universo sendo Team Faberry ♥

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Nesse capítulo duas personagens lindíssimas e super especiais renascem das cinzas e explicam brevemente o que elas estavam fazendo enquanto os últimos capítulos focavam no desenvolvimento de Faberry + drama Kaitlin + drama Finn.



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— Treinadora Sylvester? – Santana Lopez estava apoiada no batente da porta de seu escritório, com um claro nervosismo estampado em seu rosto. Ela tamborilava com aflição no vidro enquanto a mulher loira de cabelos curtos notava sua presença.

— Lopez, o que a senhorita deseja? ­– Indagou, mas a interrompeu antes que ela pudesse pensar em responder. – Não, Quinn não falou comigo. Desde que ela saiu de sua casa ela vem me evitando e, logo, eu não sei nada sobre Faberry. – Sue prontificou-se ao falar e deu um longo suspiro, desapontada em constatar aquilo novamente.

Quando Quinn Fabray e Rachel Berry finalmente se acertaram a Cheerio decidiu manter-se quieta sobre o namoro, sem nem ao menos citar para a amiga latina e para a treinadora maluca – ainda que elas fossem a causa para aquilo se tornar realidade.

Ela limitava-se a conversas amenas com Santana e ignorava as tentativas de Sue em arrancar algo dela, constantemente mudando de assunto ou inventando desculpas.

— Eu sei sobre Faberry. – Desembuchou a morena para a mulher mais velha sentada em sua frente, adentrando no escritório e sentando-se em uma das cadeiras.

Sylvester sentiu cada célula de seu corpo estremecer, enquanto seu coração batia forte. Após quase um mês sem nenhum tipo de informação sobre seu casal favorito do McKinley High e falhas tentativas de fazer com Quinn revelasse se havia ou não conseguido conquistar o coração da estrela do clube do coral ela finalmente teria algo, finalmente saberia de alguma coisa.

Respirou fundo, tentando não afobar-se com a possibilidade de notícias boas.

— Sue Sylvester, – a latina proferiu, em alto e bom som, com toda a determinação em seu peito – alguns meses atrás a senhora me convocou para ajudar-lhe no plano Faberry. Na missão de fazer com que essas duas perdedoras que eu tanto amo se pegassem, em troca do posto de capitã das Cheerios. No inicio, tudo que importava era isso: minha posição no time. Mas... Eu me apeguei as duas e...

— Eu sei o que eu fiz, Santana. Eu estava lá quando formamos essa aliança. Lembra? – Bufou impaciente. – Vá direto ao ponto. Faberry é ou não real? O que você sabe?

Lopez tomou fôlego, resgatando todo o oxigênio que seu pulmão conseguia aguentar e, segundos depois, ela soltou todo ar e preparou-se para abrir a boca finalmente.

— É. Faberry é real. – Disse, fazendo com que os lábios de Sue abrissem um largo e genuíno sorriso. Tão incomum para ela, que costumava estar sempre séria e estressada. – Mas...

O sorriso foi para os ares. Desapareceu numa fração de segundo. Odiava aquele maldito “mas” que sempre aparecia inconvenientemente para destruir novidades positivas e fazer com que seu estômago embrulhasse.

— Mas? – Seus imensos e intimidadores olhos azuis estavam arregalados e Santana sentiu o ímpeto de dar um passo para trás e desistir daquela ideia de envolver Sue naquilo tudo, mas não o fez.

Os métodos de Sylvester eram, de fato, problemáticos... Porém às vezes necessários.

—...Mas elas estão com problemas. – Completou. – E dessa vez, sou eu que te convoco a me ajudar a consertar essa bagunça. Missão Faberry 2.0? – Lopez estendeu a mão, expressando que queria selar um acordo.

E, sem delongas, ela foi correspondida.

Em seguida ela foi bombardeada de perguntas ansiosas da treinadora das Cheerios, perguntas cheias de preocupação que serviriam para a mente ligeiramente insana de Sue encontrar uma forma de dar mais um novo empurrãozinho em Faberry.

Bom, e Santana não poupou nenhum mísero segundo no relatório completo que fizera à Sylvester.

 

 

Algumas horas atrás.

 

 

Quinn saiu da sala onde estava discutindo com Rachel batendo forte a porta atrás dela, com passos pesados e furiosos não demorou muito para que não só a raiva preenchesse seu peito, mas, também, aquela dor de estar completamente sozinha.

Sua mente e seu coração travavam uma batalha de sentimentos confusos e complicados demais. Doía porque estava triste e desolada, mas também doía porque estava completamente enraivecida.

“Você é uma grande mentirosa! I-Isso era parte da estúpida missão Faberry, não é mesmo? Você continua interpretando o papel e agora chegou a parte de quebrar meu coração...”

A voz de Rachel ainda ecoava em sua mente como se fosse uma música colocada no repeat. Berry realmente havia cogitado aquilo, havia jogado na sua cara que ela acreditava que nada do que passaram foi real.

E então chegou a hora de repensar em tudo que realmente havia acontecido. Como um filme em sua mente Quinn começou a lembrar de todos os sorrisos proporcionados pela baixinha, mas também se lembrou de sua mente lhe alertando dos possíveis problemas que poderia ter quando dera início à essa loucura.

Eram tão semelhantes. Tão mandonas e orgulhosas. Desde o começou ela deveria saber que aquele amor que sentia por Rachel era errado e desastroso, por mais que aquilo pudesse funcionar na mente louca de Sue era impossível que pudesse funcionar de verdade.

Sentiu-se estúpida por ter fielmente acreditado na possibilidade. Sentiu-se estúpida porque deveria ter escutado sua sanidade e evitado a catástrofe que ocorria em seu coração no momento.

E sentia-se assim porque estava com raiva demais para pensar em algo melhor, porque preferia acreditar que era uma grande idiota a cogitar uma solução.

— Ei, sapatona! Não olhe para a calcinha da minha namorada! – Um rapaz alto e magricelo gritou ao passar por ela e Quinn até estaria determinada a retrucar algo contra ele, se não fosse por seu colega, que vinha logo atrás, e o slushie que foi logo parar em seu rosto.

A voz de Rachel no repeat fora pausada assim como o filminho que rodava em sua cabeça, todos os pensamentos raivosos que tumultuavam sua mente e seu peito foram literalmente congelados pela gosma azul.

Permaneceu anestesiada enquanto o som fora preenchido por risadas abafadas ao longe. Nunca fora vítima dos tão temidos slushies e, nem de longe, achou que sua primeira experiência seria tão horrorosa e repentina.

Num segundo havia escutado ofensas contra ela, no outro segundo o líquido gelado já havia atingido sua face e sujado seu uniforme, enquanto seu rosto azulado permanecia sem reação.

Engoliu em seco, impotente.

— Só se for da sua namorada imaginária, imbecil! – Uma voz familiar exclamou e os garotos que seguravam um copo, agora vazio, de slushie desapareceram na multidão em questão de segundos.

Inconscientemente Quinn levou a ponta dos dedos até o próprio rosto gélido e grudento, num instinto de querer checar se aquilo estava realmente acontecendo. Um grande pedaço de slushie percorreu de seus fios loiros até a curva de seus lábios, ele permaneceu ali por alguns segundos e então despencou, caindo em sua roupa.

Ainda com as mãos sobre as próprias bochechas ela virou-se gradativamente, com as lágrimas logo se mesclando com o líquido azul. Sua cabeça doía, seus olhos ardiam, sua pele estava gélida, todo seu corpo estava trêmulo e ela estava uma completa bagunça.

Logo atrás dela uma latina amigável sorriu com piedade e segurou seu braço de forma afetuosa e, então, o puxou em direção ao banheiro feminino.

— Vamos te limpar e depois você vai me responder algumas coisas. ­– Decretou. – E eu tenho muitas perguntas.

[...]

Assim que vira aquele vulto loiro praticamente evaporar-se do local Rachel sentiu o nó na sua garganta e o arrependimento em seu peito. Como fora burra de proferir aquelas palavras sem ao menos pensar direito?

Ela não queria falar aquilo, não queria insinuar que não acreditava em Faberry. Ela só estava completamente louca com as acusações de Quinn que sentiu o ímpeto de feri-la tanto quanto ela havia o feito.

Ela nunca tiraria Fabray do tão temido armário sem o consentimento dela, até porque Berry sabia a gravidade das coisas. Assim como a namorada ela também se sentia receosa por todas as coisas que se assumir em uma escola tão preconceituosa e conservadora poderia acarretar.

Suspirou.

Tudo bem, ela havia cogitado aquilo e até sugerido tal possibilidade em algumas mensagens na caixa postal de Quinn. Mas era apenas isso: sugestões, que precisavam ser aprimoradas e conversadas antes de serem colocadas em prática.

Por que era tão árduo para Quinn acreditar em sua palavra? E por que diabo era tão mais fácil para ela acreditar em Finn Hudson, o quarterback misógino e invejoso?

Foi ao recordar-se do garoto que Rachel sentiu o baque da realidade novamente, que pôde finalmente acordar daquele transe de choros e remorsos e finalmente sentir determinação de fazer algo além de afogar-se nas próprias mágoas.

Quinn podia não acreditar em suas palavras, mas Rachel Berry sabia a verdade. E ela precisava fazer algo quanto a isso, algo que aliviasse pelo menos minimante sua imensa fúria.

Alguns minutos depois e ela saiu batendo a porta e rumou em direção ao garoto alto e bobalhão que ria no fim do corredor. Ele parecia tão brincalhão, tão pateta, mas, ao mesmo tempo, tão inofensivo – ah, as aparências enganam!

 Rumou até Finn e depois de encará-lo por vários segundos sentiu o estrondo que se originara da palma de sua mão contra o rosto do rapaz. Engoliu em seco e olhou para a própria mão, que agora formigava.

Ela havia estapeado Finn Hudson na frente de todos os imbecis do McKinley e ela nem ao menos se importava. Rachel Berry já era fofoca por ter abandonado Nárnia e aquele tapa era, definitivamente, a última de suas preocupações.

O encarou novamente, enquanto a vermelhidão tomava conta de sua usual palidez de modo gradativo. A expressão da baixinha era vaga, mas o ódio em seu peito era o maior que um dia pôde sentir.

— Que merda foi essa, Rachel? – O garoto proferiu com incredulidade, enquanto seus colegas de time que antes gargalhavam ininterruptamente recuavam com alguns passos para trás.

— Não aja como se não soubesse, Finn. – Pediu, cerrando os dentes. – Parabéns! Conseguiu o que queria. – Exclamou, aplaudindo-o com escárnio. – Se vingou de mim por nunca ter sentido nada por você, se vingou de Quinn por ter terminado com você. Parabéns!

— Eu não fiz nada! ­– Defendeu-se. – Nunca menti para você sobre gostar de Quinn.

Rachel revirou os olhos.

— Pelo amor de Deus, Finn! Pare com as mentiras, pare com esse teatrinho estúpido. Você já conquistou o que tanto desejava, já conseguiu descobrir se eu e Quinn estávamos juntas, já contou para o mundo todo sobre isso. Chega de bancar o inocente, o pateta inofensivo que faz gracinhas e é super fofo e gentil. Ou você realmente achou que eu não desconfiei quando você veio com esse papo de gostar da Quinn? – Perguntou; se aproximando do rosto do rapaz, ainda que com a dificuldade causada pela diferença exorbitante de tamanho. – Não sou burra, Hudson. Eu sabia que estava mentindo, sabia que havia algo de errado nessa história. Só não acreditava que você podia ser tão cruel a ponto de fazer algo desse tipo.

— Você me enganou! – Acusou com um tom de voz rancoroso. – Me usou enquanto pegava Quinn Fabray.

— Eu ia te contar, eu ia terminar com você. Mas de repente você já estava fazendo planos de rei e rainha do baile, de “ah, vamos ajudar o clube do coral” sem nem ao menos falar comigo. – Lembrou a garota. – E então estavam entusiasmados e pondo expectativas em nós... C-Como eu deveria reagir? Falar “ops, desculpa, eu amo a líder de torcida ali no canto, não dá”?... E-Eu fiquei com medo.

Rachel engoliu em seco e respirou fundo. A expressão antes vaga e frígida agora se permitia demonstrar raiva e tristeza.

— Eu errei. – Admitiu, saindo das pontas dos pés e encolhendo-se levemente. – Mas eu n-nunca faria algo que pudesse te machucar tanto quanto isso, nunca faria com que todos na escola te olhassem com desdém só porque você ama alguém... – Uma lágrima inconveniente caiu pelo seu rosto. – Apesar de você ter sido meio babaca naquela festa de meses atrás, eu te achava legal. Você costumava ser engraçado e sabe, eu não sentia nada romântico, mas eu gostava da sua companhia.

Suspirou.

— Agora eu vejo que você não é o cara gentil com piadas idiotas. Você é um covarde, Finn Hudson. Você joga sujo.

[...]

 Quinn estava com o longo cabelo loiro solto, enquanto Santana Lopez segurava uma toalha branca e úmida ­– limpando com cuidado cada pedacinho de seu rosto. Aos poucos Fabray parou de tremer, e aos poucos ela sentiu o slushie despedindo-se de sua pele, finalmente.

Fitou a latina e sentiu-se agradecida e abençoada por tê-la ali ao seu lado. Sentiu até mesmo levemente culpada por ter se afastado dela quando “Faberry” se tornou algo real ­– estava com medo que Santie pudesse contar sobre o casal para Sue e a mulher agir como uma louca quanto à novidade.

— Obrigada. – Murmurou. – De verdade.

A morena sorriu enquanto terminava de secar a testa da maior. Quando finalizou sua tarefa apoiou-se na pia do banheiro e permaneceu em silêncio por alguns vários segundos. Mas bom... Ela era Santana Lopez e, assim como Rachel Berry, permanecer quieta estava longe de ser uma de suas especialidades.

— Vamos para as perguntas. – Decretou, limpando a garganta.

— Santie, não sei se eu que...

— Eu não me importo. – Interrompeu com toda a honestidade cabível, dando de ombros logo em seguida. – Olhe Quinn, não posso te ajudar se eu não souber o que está havendo com você e com Rachel. Depois que saiu da minha casa você só me procurou para desabafar sobre sua irmã idiota, mas sabe muito bem que não é disso que quero saber.

As palavras de Lopez fizeram com que a loira se sentisse ligeiramente mal. Santana havia lhe abrigado por um bom tempo e até compactuado com sua ideia maluca de morar no porão por alguns dias – e mesmo assim Quinn lhe afastou quando voltou a morar com a mãe.

— Sei que está quebrada e magoada, dá pra ver nos seus olhos. E olha, eu quero muito te ajudar. – Assegurou com um leve sorrisinho amigável. – Mas precisa confiar em mim.

— Desculpe. Por ter te afastado. – Fabray murmurou, fazendo com que Santana desse um longo suspiro de cansaço e impaciência.

— Tudo bem. Vamos pular a parte em que ficamos de drama e pedimos desculpa milhões de vezes porque isso é coisa da Berry e não minha. Vamos pular para parte que realmente importa. O que aconteceu depois que você foi embora da minha casa? O que aconteceu depois que Rachel te telefonou? O que aconteceu durante todo esse tempo que você evitou falar com Sue ou comigo sobre Faberry? Afinal de contas, você conseguiu finalmente conquistar ela? O que houve que você está triste e toda acabada como agora?

— São muitas perguntas, Lopez – Quinn retrucou com certo desdém –, mas eu vou responder todas. Vou te contar tudo.

E ela o fez. Ela contou tudo. Tim-tim por tim-tim. Santana era esse tipo de pessoa que emanava segurança e que fazia tudo ficar melhor, logo não havia motivo para esconder aquilo tudo – já tiveram milhares de brigas, é verdade, mas Lopez era uma boa amiga.

No fim das contas, fora até um bálsamo tirar todo aquele peso das suas costas e falar seus dilemas em voz alta. Quem sabe Santana até poderia lhe ajudar a achar uma solução ou, pelo menos, fizesse uma piadinha que pudesse lhe alegrar por míseros segundos.

— Enfim... – Ela limpou uma lágrima que eventualmente caíra enquanto narrava os eventos que povoaram sua vida nas últimas semanas. –... Não fofoque nada para Sue, okay? Ela pode querer agir como uma maluca mais uma vez. Uma maluca “do bem”, mas ainda assim uma maluca.

— Eu não vou. ­– Garantiu, não hesitando em envolver Quinn num abraço. – Prometo.

“Desculpe, Fabray. Terei que quebrar essa promessa para limpar essa sua bagunça”.


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Notas finais do capítulo

Santana and Sue are back, BITCHEEEEES! Rachel poderosíssima irreverente segura de si dando tapa no Finn e falando umas verdades: UHUUUUL ~mas Finn merecia mais tapas~. E então, o que vocês acham que o Missão Faberry 2.0 vai acarretar? Quinn vai criar vergonha na cara e acreditar na Rachel? E essa Selecionais/Sectionals que nunca chegam? ASDFGB ~baita dica sobre o próximo ep~

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