The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 32
Capítulo 32 - Cartaz


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, perdão pela demora. Eu tava num bloqueio criativo horroroso... E eu precisava terminar OITNB e 30 Rock hehe ♥
Gente, eu tô postando esse capítulo ~correndo~ então não respondi os reviews ainda, talvez amanhã se eu conseguir tempo (o que eu duvido que vá acontecer) eu responda, se não der juro que não mais acontecer isso ♥



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Quinn Fabray e Rachel Berry haviam quebrado completamente as regras básicas dos filmes clichês adolescentes; e elas não hesitavam em achar que a versão delas era demasiada superior do que todas as bobagens que passavam no cinema.

A menina desengonçada de suéter de veado fica com a líder de torcida vadia loira do mal, e o quarterback “gostosão”? Ele estava longe de ser o príncipe encantado que a televisão sempre tentou lhes convencer que poderia existir.

Finn Hudson estava bem mais para sapo do que para galã dos filmes da Disney. O garoto era, na verdade, uma grande e incomodativa pedra no sapato de Faberry, uma pedra que elas deveriam dar um jeito de se livrar... E logo.

Desde que a sessão de carinhos praticamente incessáveis entre as duas jovens havia iniciado elas evitaram pensar muito na bagunça do mundo lá fora. Por algumas gratificantes horas as duas permitiram-se usar as quatro paredes do quarto de Rachel como um escudo para tudo que teriam que resolver quando levantassem.

– É bom que tenha ligado para Lopez avisando que vai dormir aqui hoje. – Rachel disse, assim que notara os olhos da loira abrirem gradativamente. – Apesar de que a senhorita já dormiu demais. – Lembrou.

Quinn procurou os dedos da menor por entre os lençóis e os entrelaçou com certa urgência, enquanto a fitava e abria um sorrisinho extremamente discreto.

– Foi bom? A sua primeira vez e tudo mais. – Perguntou num tom levemente receoso, uma clara ansiedade instalando-se em sua íris cor avelã. – É que... Fiquei com medo que eu pudesse estragar uma experiência desse tipo.

– Você estragaria se não fosse você aqui. – Garantiu, apertando sua mão. – Também fiquei com medo, Q. Você continua sendo Quinn Fabray e isso é meio intimidador. – Confessou, rindo logo em seguida como se houvesse dito uma estupidez. – Desculpa, é só que... Eu nunca pensei que seria tão sortuda.

– Fico feliz que tenha sido com você... E, posso soar ciumenta, mas fico feliz que eu tenha sido sua primeira vez. – Riu, desviando o olhar. – Ficaria realmente frustrada se você escolhesse o saco de batatas; digo, você seria meio burra se fizesse isso. – Falou em tom zombeteiro e deu de ombros em seguida.

– Ei! Isso não é uma competição. – A morena protestou, franzindo o cenho.

Quinn deu um longo suspiro.

– O que quero dizer é que não quero ver a garota que amo cometendo esse tipo de imbecilidade. Aliás, falando no Finnbecil... Você dirá a ele? – Indagou com certa hesitação. – Digo, você precisa contar, certo? Você vai con...

– Quinn, relaxa. – Interrompeu. – Eu vou conversar com ele, calma. Não faz nem um dia que nos acertamos, está bem? Vamos aproveitar que estamos aqui e conversar sobre coisas tolas. Amanhã resolvemos isso.

– Okay. É só que... Eu te amo demais pra suportar ver você agindo como se fosse a princesinha daquele bonecão de posto.

[...]

Após Quinn Fabray chegar ao colégio Rachel esperou dez minutos fora do mesmo, para assegurar que sua sanidade mantivesse o controle – duvidava muito que aguentaria não pegar nas mãos da loira e beijá-la no meio do corredor.

Antes que começasse a gritar aos quatro ventos o quanto amava a garota precisava resolver um problema de 1,92 metros de altura: Finn Hudson. Assim que entrou e começou a caminhar por entre os vários estudantes que ocupavam o local seu olhar começou a buscar pelo quarterback.

– Finn! – Chamou assim que viu aquele rosto familiar rindo de alguma estupidez ao lado de um de seus colegas do time de futebol americano. – Finn! – Repetiu; atraindo, dessa vez, o olhar do rapaz. – Com licença, garotos. Preciso roubar Finn de vocês por alguns minutos...

– O que foi, chuchuzinho? – Perguntou, aproximando-se da garota e deixando-a levemente desconfortável. – Você parece... Hm... Contente. – Comentou, fazendo com que Rachel se esforçasse pra deixar o brilho de seus olhos menos visíveis.

Tudo que menos queria era que Hudson pensasse que aquele olhar completamente desnorteado e apaixonado fosse para ele. Droga! Era tão árduo, para ela, fingir que não estava sentindo-se no paraíso após os acontecimentos da noite passada.

– Tenho algo muito importante pra te falar, Finn. – Avisou com uma seriedade absurda. – E você precisa me prometer do fundo do seu coração que irá aceitar e seguir em frente em relação ao que eu vou dizer.

– Tudo bem. Você sabe que sou uma pessoa madura, Rachel. – Lembrou, fazendo uma careta como se insinuasse estar ofendido. – Mas antes, o que você achou dos nossos cartazes de Rei e Rainha do baile? Colei hoje assim que cheguei e puxa, ficamos extremamente bons juntos... Mesmo quando são montagens de computador.

Rachel pouso as mãos sobre a cintura, a testa franzida.

– O quê?! Do que diabo você está falando? – Indagou, arregalando os olhos de forma instantânea. Sentia-se completamente confusa e incapaz de processar as palavras do jovem, de onde ele havia tirado essas tolices de rei e rainha do baile?

– Sabia que você ia querer se inscrever para rainha do baile, as garotas sempre gostam dessas baboseiras... Então, surpresa! Por que não vai ver com seus próprios olhos? – O garoto incentivou, apontando para uma parede onde ele havia colado um dos vários cartazes. – Prometo que vamos ganhar, benzinho. E quando o fizermos o clube do coral se tornará super descolado, e então vamos desbancar Quinn Fabray.

"Ai... M*rda!" sua mente exclamava.

Rachel correu mesmo com todas aquelas pessoas andando pra lá e pra cá no corredor, correu mesmo que seu pulmão doesse e parou assim que viu ao que Finn estava se referindo. Um cartaz com um rei e uma rainha e seus rostos no lugar em uma montagem extremamente amadora.

– Ai meu Deus! Que droga é essa? – Sussurrou.

– Eu te pergunto a mesma coisa. Que merda é essa, Rachel? – A morena virou-se instantaneamente assim que ouviu aquela voz familiar e furiosa chegando aos seus ouvidos, avistou uma Quinn Fabray nada amigável ao seu lado, também olhando o cartaz em sua frente.

Ela deveria imaginar o quão horrível a garota deveria estar se sentindo, e por isto Rachel nunca sentiu tanta vontade de esganar Finn Hudson em sua vida! Como ele poderia ter sido tão babaca em fazer algo daquilo sem ao menos lhe contatar?

– Quinn, eu juro que não faço ideia do que é isso! – Exclamou, tentando se justificar. Não suportava aquele olhar atônito de Fabray sobre ela, por mais que ela tivesse razão. – Eu posso te explicar. – Garantiu, esforçando-se para manter-se positiva.

Quinn entenderia, Quinn sabia o quão imbecil Finn Hudson era e lhe compreenderia. Tudo que ela precisava era de dois minutos a sós com a loira para desembuchar o que realmente havia acontecido. E é isso que as duas fariam, e faria imediatamente: conversar.

– Ai meu Deus! Vocês já têm o meu voto. – Uma garota baixinha e rechonchuda gritou, impedindo a passagem de Berry. – Rachel, você é uma inspiração para todas as garotas perdedoras do primeiro ano. Você superou todos os comentários maldosos e agora namora o cara mais popular do colégio... Você é tipo, nossa Deusa! – Completou.

– Perdão... Você é?

–Ally, do primeiro ano. – A jovem estendeu a mão para um cumprimento, sendo completamente ignorada pela estrela do coral. – Nós temos um grupo de apoio às todas as garotas consideradas os “patinhos feios” do colégio e você é o nosso exemplo. Todo mundo ainda te odeia, mas pelo menos você vai ser rainha do baile. – Disse, expressando um imenso entusiasmo.

– Isso era pra ser um elogio? Argh... Tanto faz! Eu não me importo. Com licença, Ally, eu preciso ir. – Avisou, desviando da garota e deixando-a sozinha no meio da multidão. – Quinn, vamos conver... – Rachel até finalizaria a sentença, se não fosse pela líder de torcida ter sumido do lugar onde estava.

[...]

– Te achei. Finalmente. – Rachel suspirou, adentrando numa sala vazia que ficava no final de um dos corredores. – Por que se escondeu? – Indagou, escondendo a frustração que insistia em impregnar-se em sua voz.

– Não é nada, Rach. Só estou estudando para uma prova de Geografia. – Garantiu. – Juro. – A loira engoliu em seco, fechando o livro sobre a carteira em sua frente. – Okay, talvez eu esteja um pouco desapontada com o que vi mais cedo. – Deu de ombros, admitindo sua fraqueza.

– Me desculpe, por favor. Aquilo que você viu... Não foi minha ideia. – Explicou, sentando-se sobre a mesa ao lado da que Quinn estava. – Finn decidiu que aquilo era algo legal e fez isso sem meu consentimento. Soube apenas hoje.

– Eu acredito em você, Berry. – Fabray sorriu discretamente. – Desculpe por ter gritado hoje mais cedo... Eu estava meio nervosa. E estava morrendo de medo também, medo de que aquilo que aconteceu ontem tivesse sido algo tolo.

Rachel arregalou os olhos, fingindo estar ofendida com as palavras de Quinn.

– Não duvide de nada do que aconteceu ontem, pelo amor de Deus. – Suplicou, olhando dentro dos olhos da garota como nunca o fizera. Não queria arriscar perde-la de modo algum, principalmente por uma estupidez de Finn Hudson. – Eu te amo.

– Eu sei. Eu também te amo. – Assegurou. – Mas, então... O que nós vamos fazer quanto a esse lance de rei e rainha do baile? – Indagou Quinn, mostrando-se minimamente mais entusiasmada.

Elas eram um casal, elas tinham que agir como um. Logo, elas tinham que superar os momentos sombrios e difíceis juntas. E esse era apenas o primeiro de muitos que elas previam – e o primeiro de muitas que elas superariam.

– Vou falar com Finn assim que o ensaio de hoje terminar. – Decretou. – E então, nós vamos nos assumir como o melhor casal que esse colégio já um dia pôde presenciar. Faberry! Como diria a treinadora Sylvester... – Rachel soltou uma gargalhada, mas a interrompeu assim que viu a expressão de hesitação da loira. – O que houve?

– Nada... É só que essa ideia de sair do armário ainda soa um pouquinho aterrorizante. – Confessou, suspirando logo em seguida.

Rachel cruzou os braços, levemente incomodada.

Meu pai estava certo sobre você, Quinn. – Bufou, revirando os olhos. Foi naquele momento em que Fabray sentiu o coração parar, arrependendo-se amargamente por ter dito aquilo. Soava desesperada quando as próximas palavras saíram de sua boca.

– S-Sobre o quê? – Inquiriu, em meio aos gaguejos.

– Sobre esse uniforme das Cheerios cair muito bem em você, bobinha. – Rachel respondeu, cedendo a um tom de voz zombeteiro. – Mas bom, não sei se eu e meu pai estávamos pensando nisso da mesma forma... Se é que você me entende.

[...]

Quinn Fabray e Rachel Berry entraram na sala com uma pausa de alguns minutos entre elas, no intuito de disfarçar seus olhares apaixonados enquanto as coisas ainda não haviam sido resolvidas completamente.

Mas apesar do curto espaço de tempo que havia separado a entrada das duas, ambas tiveram que presenciar algumas conversas desagradáveis entre os membros do clube.

Conversas que lhe faziam revirar os olhos e que, direta e indiretamente, lhes atingiam.

Estou dizendo pra vocês, quando eu e Rachel ganharmos a coroação de rei e rainha do baile todo mundo vai querer ser do clube do coral! – Finn asseverou com um entusiasmo sem tamanho para os colegas de time. – O ND vai ser tipo, a coisa mais descolada dessa escola.

Kurt cruzou os braços, mostrando-se claramente insatisfeito.

– Que opções nós temos, não é mesmo? – Bufou. – Não me entenda mal, Hudson. É só que me sinto extremamente não representado no meio desse mar de heteronormatividade. Maaaas, se isso vai ajudar o ND a subir na pirâmide social do McKinley, tudo bem, eu não tenho objeções. Afinal, nesse grupo, nem voz eu tenho.

– Legal! – O mais alto respondeu; meio confuso com os termos que o outro rapaz havia utilizado. – Então, Rach... Vamos ou não vamos chutar os traseiros dos outros candidatos para rei e rainha?

Em meio aos membros do clube do coral que se amontoavam ao redor de Finn a loira encontrou o olhar de Berry, um olhar que expressava completa aflição por ter que passar por aquela situação.

Quinn parecia tranquila, tentava passar o máximo de confiança para a garota por quem estava apaixonada, e Rachel parecia ter captado a mensagem – independente do que fosse acontecer, ela sentia-se imensamente segura por ter Fabray ao seu lado.

– Não sei, Finn. Usar nosso namoro para divulgar o clube do coral? Isso soa... Babaca. – Admitiu, mostrando-se desnorteada quanto àquela ideia. – O quê o Mr. Shuester acha? – Perguntou, dirigindo-se ao professor de espanhol que observava, do seu canto, a conversa se desenrolar.

– Bom... – Ele ponderou. Will Shuester era um homem usualmente careta pra esse tipo de coisa, o que dava mínimas esperanças à Rachel. – Vocês já estão namorando de qualquer forma, não é mesmo?

E, naquele momento, quando ouviu aquelas palavras do professor e os olhares de apoio dos colegas - que não faziam ideia do que realmente estava acontecendo - Rachel decidiu se desvencilhar de seus pensamentos otimistas.


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Notas finais do capítulo

ASDFKL~KLÇ não teve briga por motivos de 1) chega de fazer briga entre essas duas pelo amor de deus já brigaram tanto não aguento mais e 2) faberry está se fortalecendo, e casais passam por momentos ruins também, né?
Enfim, beijão galera! A gente se vê ;*