The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 17
Capítulo 17 - Desafio


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ♥ QUASE não postei hoje, mas awn, consegui o/ É que eu sou muito fraquinha para me manter acordada, às sete eu tava caindo de sono MAAAS enfrentei uma das coisas que eu mais detesto: café. Tomei e cá estou, acordadíssima e postando.
É isso, espero que gostem!



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Funciona mais ou menos assim: vamos supor que você tenha um porquinho, e tem total conhecimento que um dia ele será seu almoço. Você até tem liberdade para nomeá-lo ou ousar criar laços de afeto com ele, porém a perda será imensamente pior do que o usual e bom... Você certamente sairá com um coração quebrado;

Mesmo que você tente argumentar que está sofrendo muito com a morte do animalzinho com quem você cultivou uma amizade a culpa é e sempre será sua: você sabia que, eventualmente, perderia o porquinho, mas não hesitou em se envolver demais com ele.

Quinn via-se na mesma situação e Rachel era o porquinho daquilo tudo.

Mais tarde naquele dia Quinn descobriu uma Rachel emburrada, mesmo que ela negasse relutantemente tal fato. Batia o pé e cruzava os braços, afirmando que estava tudo bem, que devia estar na TPM ou algo do tipo, mas a líder de torcida não caía nas desculpas – e de certo modo, se preocupava.

Fabray sabia que não deveria se importar tanto assim com Rachel e com seus sentimentos. Sabia que acabaria machucada se continuasse o fazendo. Sua mente vivia lhe alertando; mas ela andava ignorando sua mente mais do que deveria.

Mais uma vez ela ignorou sua sanidade e tentou convencer Rachel a ir a tal festa da Santana, dizendo que ela iria se animar, que iria ser divertido e que Finn Hudson não estaria lá para acabar com a diversão – e se estivesse levaria um soco de Fabray.

Queria ver um sorriso brotar no rosto da amiga assim como queria caminhar em direção ao topo novamente; se Santana estava proporcionando ambas as coisas deveria, então, agarrar a oportunidade.

– Esse pessoal me odeia, Quinn! – Resmungou. – Sem motivo algum, mas me odeia.

– Vamos lá, Berry! Santana me prometeu que ninguém irá ser babaca com você. Além do mais, você estará comigo, relaxa!

– Desde quando confiamos em Santana Lopez? Desde quando você se tornou tão ingênua, aliás? – A menor indagou, arregalando os olhos; não acreditava que a amiga cogitava acreditar na latina.

– Desde hoje, Rach. Custa dar uma chance a ela? Eu mesma já fui muito babaca e veja só, você me deu uma chance. – Lembrou a Fabray e a morena não conseguiu não concordar; talvez ela estivesse certa.

Depois de algum tempo Berry finalmente cedeu aos pedidos enlouquecidos da amiga enquanto Quinn tentava convencer-se que estava fazendo tudo aquilo em prol do plano; e nada mais. Era uma grande mentira, porém a loira tentava arduamente acreditar nela.

– Tudo bem, tudo bem! Mas se você me abandonar irei lhe matar. – Ameaçou a baixinha; bizarramente furiosa.

Arrumaram-se quase às pressas e chamaram um táxi, não demorando muito para chegar à residência dos Lopez.

Havia um gigantesco jardim, com flores realmente bonitas e uma grama extremamente verde e bem cuidada. A casa, entretanto, não era lá das maiores e a tintura amarela clara já estava gasta em alguns pontos da parede. A varanda era bem organizada e nela havia uma cadeira de balanço se mexendo por conta do vento frio da noite.

Quinn tocou a campainha apressadamente, encolhendo-se dentro do próprio casaco e esperando logo que Santana atendesse e lhes deixasse entrar. Não queria congelar ali mesmo.

Rachel enquanto isso averiguava as janelas da casa – tentando espiar pelas frestas das cortinas das mesmas – e estranhava a falta de movimentação. Era festa de Santana Lopez! Como não poderia ter movimentação? Jurava que quando chegasse ouviria os barracos já do lado de fora do local. Bufou, afinal, por que tinha de ser sempre tão pontual a ponto de ser a primeira a chegar nesse tipo de festa?

De repente, a porta branca de madeira se abriu e a latina apareceu no campo de visão das duas garotas. Ela sorriu de um jeito tão amigável que Berry quase ousara perguntar se ela era a irmã gêmea do bem de Santana, mas preferiu não o fazer – se fosse a familiar diaba latina ela com certeza estaria ferrada.

Quinn entrou no local e Rachel a seguiu, admirando os vasos artesanais em cima das prateleiras, as almofadas étnicas e os quadros de uma garota no auge da infância, provavelmente era Santana – parecia ser tão fofa e adorável; “... mas crescera” pensara Rachel.

– É por aqui. – A latina apontou para as escadas e foi a primeira a subir os degraus, Rachel e Quinn logo atrás dela.

Passaram por alguns quartos até chegarem ao de Lopez e se espantaram quando viram apenas Brittany sentada em cima da colcha vermelha da garota. Onde estariam as outras pessoas?

– Sua festa está bem badalada. –Fabray disse, sarcástica.

– É que ela foi cancelada. – Santana deu de ombros, pulando na cama e ficando sentada ao lado da loira mais alta. – Mas eu não quis avisar vocês porque, veja só, eu ainda queria que viessem.

– Por que? – Ambas perguntaram em uníssono, se entreolhando confusas.

– Porque eu sou uma pessoa maravilhosa que está no tédio e está com vontade de se divertir sem precisar ficar falando com aqueles otários bêbados do McKinley. Por isso cancelei a festa, entendeu? - Explicou. - É claro que vocês são otárias e eventualmente ficarão bêbadas, maaaas pelo menos eu sei que vocês não irão pular em cima de mim e tentar me fuder. Ou eu espero.

Rachel bufou e revirou os olhos, cruzando os braços logo em seguida:

– Não acredito que saí do conforto do meu lar para vir escutar Santana Lopez a noite inteira. – Retrucou.

– Não acredito que fui tão legal de te deixar entrar, mesmo sabendo que você iria roubar a porra do nosso oxigênio inteiro. – A latina rebateu, dando um sorrisinho maldoso logo em seguida.

– Estou indo embora. – Rachel decretou, arrumando a alça da bolsa e preparando para sair.

– Rachel! – Repreendeu Quinn. – Por favor.

E por algum motivo desconhecido, Rachel decidiu ficar.

[...]

Santana precisava usar todos os artifícios possíveis para juntar a Hobbit com a Gaybray e aquela “festa inexistente” era o primeiro passo para isso acontecer, por mais nojento que isso soasse em sua mente. “Não acredito que vou ter que assistir aquelas duas se pegando, blérgh...”.

Mesmo com a ânsia de vômito que Faberry lhe causava Santana gostava de sua posição perante a Quinn. Sentia-se imensamente superior a ela, manipulando-a como um bonequinho, mesmo sem ela ter ideia – e isso era a melhor parte do plano, ver a loira com aquele olhar de superioridade enquanto era a latina quem sabia de tudo.

Naquela noite Santana chamara Brittany para lhe acompanhar, afinal, não queria aguentar o casal chatice do ano sozinha. O foco, dessa vez, não estava na loirinha mais encantadora do mundo, mas sim na garrafa vazia de cerveja que Lopez guardava em baixo da cama.

O dia inteiro treinara sua mira, mesmo sabendo que de nada adiantaria. Sabia que ainda precisava 99,9% da sorte.

Se Santana conseguisse estar no comando e escolher a verdade ou o desafio para Q as coisas, com certeza, andariam com mais rapidez. Ela só precisava que aquela maldita garrafa lhe deixasse nessa posição superior.

“Vamos lá, garrafinha... Coopere comigo!”.

Essas duas tinham que trocar salivas logo e se apaixonarem, para assim a latina manter seu lugar nas Cheerios. Fabray ficaria sem seu lugar no topo da pirâmide e reagiria certamente muito mal a isso, mas pelo menos arranjaria um amor para lhe encher de beijinhos... Ou tentar, pois o nariz exorbitante de Berry seria certamente um obstáculo que a paixão das duas teria que conseguir ultrapassar.

– Então, vadias. Vamos animar nossa festa. – Avisou, saltando na frente das garotas.

Na cena, agora, havia duas garrafas que seriam cruciais para que o tal momento Faberry se desenvolvesse. Uma delas era uma de cerveja fictícia que Santana Lopez “criara” apenas como chantagem, da qual ela nomeara de “El Fuego Del Inferno”.

– Que tal o clássico jogo da garrafa?

– Sério, Santie? Quantos anos nós temos? Treze? – Quinn debochou e Berry soltou uma gargalhada maldosa. Lopez então deu a maior revirada de olho de toda a sua vida, mostrando, logo em seguida, o dedo do meio.

– Por acaso quando você tinha treze anos havia álcool envolvido? – Indagou e elas ficaram em silêncio. – Era o que eu pensava. – Disse; vitoriosa. – Agora façam uma roda para eu explicar o jogo. Ou pelo menos, o jeito que eu jogo.

E as três o fizeram enquanto a latina buscava a outra garrafa da história e a posicionava no centro da roda.

Brittany e Rachel sentaram-se frente a frente e só restou a Santana ficar de cara com Quinnie. Aquilo tinha que ser uma vantagem!

– Vadias, me escutem – começou -, essa cerveja que tenho em minhas mãos foi preparada cuidadosamente por uns caras profissionais da América Latina, eles são tipo, deuses lá de tão forte que essa coisinha é. Meu pai que trouxe de sua última viagem e dios mio, isso pode causar muuuitos problemas! – Ela avisou, levantando as sobrancelhas. Falava de forma tão cautelosa e carismática que qualquer um acreditaria. – Quem tomou disse que viu tudo de bom e ruim ao mesmo tempo, mas a ressaca... Falam que um gole é o suficiente pra ela vir te atormentar no dia seguinte.

– Acho que você já deu motivos suficientes para não tomar essa cerveja, Santana. – Rachel disse, torcendo o nariz. – Além do mais temos aula amanhã e álgebra fica bem pior com dor de cabeça, outra coisa é que...

Por el amor de Dios! Quinn, será que você pode fazer sua namorada calar a boca? – A latina bufou enquanto Fabray a fuzilava. – Continuando... O jogo é o seguinte: cada uma vai beber um copo dessa cerveja normal, para entrarmos no clima. Quem escolher verdade bebe um gole de El Fuego Del Inferno, quem negar algum desafio ou não responder uma pergunta bebe um copo inteiro. Estamos de acordo? É claro que estamos.

– Por que eu sinto que isso não irá dar certo? – Rachel sussurrou para si mesma.

– Não tenha medo, Hobbit. Você não tem nada a esconder certo?

“É claro que não... Bom...” pensara a baixinha, deixando que o silêncio emanasse pelo local.

– Estou tão animada para fazer perguntas! – Brittany disse, quebrando o clima de tensão e batendo algumas palminhas.

– Eu também, Britt-Britt! – Exclamou Santana, e antes que pudesse permitir que Quinn e Rachel se preparassem psicologicamente girou a garrafa. E ela girou, girou, girou. Deu o que pareciam ser intermináveis giros até parar em Brittany e Rachel.

Santana suspirou, aflita. As jogadoras da vez tomaram seus respectivos copos de cerveja e então se preparam para a rodada.

– Ok, vamos lá, Beeeeerry! Verdade ou desafio? – Brittany perguntou, claramente ansiosa.

– Verdade. – Escolheu a baixinha, meio hesitante quanto à sua escolha. Mas afinal, o que de mal poderia vir da inocente Brittany S. Pierce?

– É verdade que seu gato também rouba o brinde de sua caixa de cereal? – Indagou e Rachel gargalhou, aliviada.

– Eu não tenho um gato, Britt. Desculpe. – Respondeu, deixando a loira desapontada.

– Argh! Britt, não é assim que se faz! Você tem que ser cruel nas perguntas, ou essas vadias nunca irão experimentar da minha cerveja latina!- Repreendeu Santana. – Vamos lá, vamos ver quem são as próximas... – E girou novamente a garrafa. Um sorrisinho malicioso e cruel brotou em seu rosto moreno de forma repentina. - Parece que sou eu e você, Gaybray.

Tomaram os copos de cerveja e de forma intimidadora Lopez inquiriu:

– Verdade ou Desafio?

– Desafio. – Suas mãos estavam trêmulas, super-duper-hiper-mega nervosa era pouco para descrevê-la naquele momento. Sabia que coisas ruins estavam por vir. Santana era cruel e Quinn não queria experimentar seu veneno.

Mas iria.

– Ok, eu realmente preciso dizer em voz alta? Porque soa tão óbvio.

– Precisa, porque até onde eu sei não leio mentes. – Cortou, no tom mais hostil possível.

– Faça jus aos rumores que todos andam comentando pelo McKinley e beije a Hobbit. – Lopez deu de ombros e soltou uma risadinha maldosa. Sue ficaria tão orgulhosa dela!

– E-eu pensei que apenas Quinn deveria participar do desafio, digo, ela... A garrafa parou nela! – Protestou Berry.

– O jogo é meu, a casa é minha. Berry, fique quieta, por favor. – Santana retrucou. – Q, vou buscar o vaso enorme da cozinha pra você beber El Fuego Del Inferno, ok? A não ser que você beije a Hobbit e...

– Ok, eu b-beijo. – Rendeu-se, engolindo em seco e fitando a tal cerveja com temor. – Desculpe, Rach é só que...

– Tudo bem. – A baixinha sussurrou e, mesmo estando nervosa por dentro, deu um sorriso discreto e amigável que até conseguiu fazer a situação melhorar um pouco. Bem pouco.

E lá foram elas.

Enquanto Brittany batia palminhas, sussurrava repetidamente “Faberry” e Santana fazia aquela cara de nojo e arrependimento Quinn, aos poucos, se aproximava do rosto da amiga. Não era nada demais, ou pelo menos, não deveria ser nada demais.

Não havia nenhum sentimento envolvido, achava.

Houve um momento, entretanto, que Fabray já não entendia mais nada. Tinha certeza que estava suando loucamente, mas sentia um frio na barriga, um medo bizarro maior do que quando estavam no topo daquela roda gigante semanas atrás.

Era como se alguém tivesse bagunçado completamente todas as suas certezas e tivesse deixado sua mente uma completa desorganização. Sentiu-se perdida e estranha, um tanto quanto vulnerável até.

Seu olhar estava fixado na penetrante íris negra da amiga e algo dentro dela dizia que ela queria aquilo. Que ela queria beijar Rachel Berry. “Não, eu não quero beijá-la, eu não posso querer isso e...” tentava convencer-se, mas pela primeira vez, não conseguiu enganar e trapacear seu próprio cérebro.

De repente, quase como um flash, Quinn Fabray levantara, pegara seu casaco e sumira do quarto com uma expressão de covardia e confusão. O que estava acontecendo com ela?

– Quinn! – Rachel ainda tentara gritar, mas a garota não voltara.


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Notas finais do capítulo

Então, não sei se vocês curtiram o capítulo mas eu, particularmente, adorei escrever. Santana é aquele personagem que sempre rende muuuuuuito ♥ E no próximo capítulo nossa latina preferida ainda vai agir e posso garantir: COISAS BOAS VIRÃO! Será que é cena fofa, declaração, pedido de casamento, beijo, tarde no cinema, festa de aniversário, strip club, zoológico ou piquenique? Ou talvez seja uma t...OK CHEGA, muitas coisas boas podem acontecer, quais são as suas apostas?

OUTRA COISINHAAAA: Comentem, comentem, comentem. Vocês querem saber logo o que vai acontecer? Então, comeeeeentem. Quem é fantasminha APAREÇA, você será lindamente recebido por mim, sério, A P A R E Ç A M, me deixem amar vocês :3

COMENTEEEEEEEEEEEEEEM! ♥
Beijos, amo vcs!

Twitter: in_LAmach1ne