A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 25
Capítulo 25: Primeiro dia de novo.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Como vocês estão??? Como passaram o feriado?
Peço desculpas por ter passado esses dias sem atualizar mas ocorreram alguns problemas do tipo: passei muuuuito mal o feriado inteiro e não tinha forças para escrever nada mesmo que eu quisesse, e, também não tinha ideias!!! Sofri de um bloqueio criativo bravo. Mas, graças a Deus, superei!!! E graças a Deus, não estou mais doente o/
Bom, espero que gostem desse capítulo >.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605458/chapter/25

O tempo passa rápido quando você está bem. Aquele verão foi totalmente o oposto do que eu achei que seria. Eu não imaginava que passaria tanto tempo com Sean e que veria Patrick quase todos os dias. Quase sempre que eu estava lá no Sean, ele ia pra lá. Eu adorava o garoto. Acho que de uma certa forma, ele supria a falta que eu sentia de Dom.
Claro que nem tudo foi totalmente mil maravilhas. Cada dia que passava eu fumava mais, me sentia ansiosa... Não estava me sentindo necessariamente deprimida, mas, eu não havia parado de me cortar, eu o fazia constantemente em casa. Mas agora eu era cuidadosa para que Sean não visse as cicatrizes. Não eram mais só nos pulsos, mas também nas pernas. Eu não estava infeliz, mas quando eu me sentia vazia, era para esse caminho que eu corria. Eu fora cuidadosa para que Sean não reparasse em nenhuma cicatriz. Eu havia me saído muito bem escondendo-as até agora.
Havia outros problemas também como a mãe de Sean que parecia não me suportar e nem tentava disfarçar isso. Havia também Clint, o namorado da minha mãe que a cada dia parecia tomar cada vez mais liberdade de se infiltrar na nossa casa e tentar ser o meu pai e ditar regras. E então, nestes meses de verão, houveram dias bons e dias ruins. Eu me dei conta de que o que me deixava mais confortada era Sean. Eu sentia segurança e apoio nele.
E passado todas essas semanas, já estávamos no começo de agosto, prestes a voltar as aulas no dia seguinte. Eu não sabia como iria encarar isso. Eu ainda era a louca da escola.
Eu estava deitada na minha cama, com as luzes apagadas, olhando para o teto, sem conseguir dormir, se passava das 1 da manhã, quando meu celular vibrou.
Estiquei o braço até o criado mudo ao lado da minha cama e peguei-o. Tinha uma mensagem de Sean.
"O que está fazendo? Estou pensando em como seria bom se você estivesse aqui agora para fumar comigo"
Sorri ao ler a mensagem.
"Estou dormindo. Sugiro que faça o mesmo. Amanhã começa o inferno de novo."
Apertei o botão de enviar. Segundos depois, chegou a resposta.
"Interessante. Você consegue mandar mensagens enquanto dorme. Tem que me ensinar a fazer isso. Afinal, como está se sentindo em ter que voltar para a escola?"
Suspirei e digitei rapidamente.
"Estou com vontade de me trancar dentro do quarto e não sair nunca mais. Não quero ir para a escola."
"Olhe pelo lado bom, é o último ano que estaremos começando. Achei que ficaria feliz em saber que estudaremos na mesma sala."
Revirei os olhos.
"Eu odeio a escola, estudando com você ou não, Sean"
Segundos depois, o celular vibrou. Abri a mensagem.
"Você é tão amorosa... ".
Sorri.
"Desculpe, apesar de tudo, eu te amo, você sabe".
"Obrigado."
Revirei os olhos.
"Cretino".
"Eu amo você."
"Obrigada".
"Cretina".
Revirei os olhos.
"Boa noite, Sean".
"Boa noite, Amy".
Coloquei o celular debaixo do travesseiro e fechei os olhos.
Amanhã vai ser um longo dia. - pensei.
***
Eu estava vestida com o uniforme. Coloquei o maço de cigarro na mochila e o isqueiro de Sean, que por sinal, eu tinha que devolver para ele, e desci as escadas. Parei em frente a porta de entrada quando ouvi alguém pigarrear. Respirei fundo e me virei.
– E aí, Amy. Como está se sentindo para o primeiro dia de aula? - Clint perguntou.
Fiquei encarando-o por um momento xingando-o mentalmente.
– Estou... Ansiosa. - falei.
– Jura?
– Não. Preciso ir agora.
Abri a porta e saí batendo a porta atrás de mim.
***
Eu não fora de carro porque eu fora proibida de dirigir depois que minha mãe descobriu o incidente da overdose. Então, fui obrigada a pegar o ônibus.
Depois de uns 10 minutos dentro do ônibus, desci no ponto perto da escola. Vi Sean parado em frente ao capô do seu carro fumando com algumas pessoas em volta. Quentin também estava lá. Sean estava com o uniforme da escola. Calça social preta, blusa social branca - a dele estava dobrada até os cotovelos e colete preto. Apenas alguns dias era necessário ir de uniforme, o primeiro dia de aula era um deles.
Sean me viu quando eu já estava chegando perto dele . ele tirou o cigarro da boca e soprou a fumaça para o lado. Veio até mim sorrindo.
– Oi. - falei sorrindo timidamente.
– Oi. - ele disse e me deu um beijo rápido.
Sean passou o braço ao meu redor e me levou para perto dos amigos dele, os quais estavam nos olhando.
– E aí, Amy, tudo bem? - Quentin perguntou
– Oi Quentin. - respondi e sorri
– Bem vocês já devem conhecer a Amy. - Sean falou para os outros dois garotos e uma garota.
– Oi Amy. - um deles, com o cabelo até o ombro disse.
– Oi. - falei tímida.
Ouvimos o sinal soar.
Sean olhou para mim e jogou o cigarro no chão. Pisou em cima e disse:
– Hora de entrar. Somos os veteranos, porra!
Quentin soltou uma gargalhada e eu reprimi um sorriso balançando a cabeça.
Enquanto atravessávamos o campus da escola, pude notar vários olhares encarando a mim e a Sean também. Olhei para ele . Ele parecia não se incomodar e não retirou o braço do meu ombro. Ele era tão... Confiante.
Entramos dentro da escola e nos dirigimos até a quadra onde os professores iriam se reunir com os alunos. Pegamos nossos lugares na bancada da quadra e ficamos esperando até que todos os alunos entrassem.

Uma mulher de cabelo curto e vermelho, até o ombro, pegou um microfone na mão e ligou-o.

– Olá queridos alunos, sejam bem vindos a mais um ano letivo. Meu nome é Sophie e sou a nova diretora. Espero que vocês estejam ansiosos para voltar a estudar.

Algumas pessoas riram e outras vaiaram, Quentin disse ao meu lado:

– Até parece!

Sorri e percebi que Sean ainda estava com o braço ao redor de mim.

– Bem, eu sei que nem todos aqui gostam de estudar, - a diretora Sophie continuou - Mas, é isso o que devemos fazer, querendo ou não. Este ano é um ano decisivo na vida de vocês, já que a maioria acredito eu, ano que vem ingressará em uma faculdade para ter um futuro melhor lá na frente.

Balancei a cabeça e sussurrei para que Sean ouvisse:

– Qual é o objetivo disso tudo? - falei com a cabeça apoiada em seu peito. - Nos matamos de estudar para sermos ricos e sucedidos no futuro e depois morremos, não levamos nada disso. Como eles esperam nos motivar desse jeito?

Sean me olhou e balançou a cabeça.

– Também queria saber.

Tornei a olhar para a diretora. Eu já havia perdido grande parte da sua fala.

–... esse ano daremos oportunidades para aqueles que querem estudar. Escutem isso, o aluno que se destacar em seus estudos, nas matérias, ganhará uma bolsa de estudos para a faculdade de Cambridge ou Oxford. Isso ficará como critério do aluno decidir. Apenas três bolsas de estudos serão dadas, e isso, para os melhores.

Revirei os olhos.

– É claro que eu vou ganhar. - Sean falou alto e todos riram.

Olhei em volta e reprimi um sorriso. Meu sorriso desapareceu quando vi Faye e suas amigas olhando para mim, ou, para mim e para Sean. Desviei o olhar e olhei para Sean. Ele também estava olhando para elas e depois olhou para a diretora Sophie.

– ... bem, é isso, eu espero que vocês tenham um ótimo primeiro dia de aula. Podem dirigir-se para as suas salas.

Todos se levantaram apressados e o burburinho tornou-se uma grande falação novamente com direitos a gritos e risadas.

Eu, Sean e Quentin descemos as escadas e atravessamos a quadra passando perto da diretora e dos professores.

– Amy?

Parei com Sean ao meu lado e olhei para a diretora, que me chamou e por algum motivo, sabia meu nome.

– Sim? - perguntei franzindo o cenho.

– Oi. - ela sorriu e me estendeu a mão para cumprimentá-la. A cumprimentei e ela continuou. - Eu gostaria de falar com você na minha sala, não vai demorar muito, pode ser?

– Ah... Tem alguma coisa errada com alguma documentação? - perguntei.

– Não, não. É só uma conversa rápida, nada sério, eu prometo! Não vai demorar muito.

– Tudo bem. - falei um pouco desconfiada.

– Vai indo, Quentin. - Sean falou para Quentin.

– Ah, você pode ir para a sala. - falei para Sean.

– Não, eu vou com você.

– Ah, sr. Pasqualino, a conversa é só com a Srta. Cortese, então...

– Tudo bem, fico esperando do lado de fora.

Ela levantou as mãos na altura dos ombros, se rendendo e disse:

– Me acompanhem então.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que você acharam?
Estou bem ansiosa para escrever daqui pra frente, vão acontecer vááááááárias coisas!!!
Espero que vocês estejam gostando e continuem acompanhando a história da Amy.
Ah, e muito obrigada por ainda estarem acompanhando e eu realmente espero que a história esteja agradando vocês >.
Espero vocês no próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Depressão De Amy Cortese" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.