A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 24
Capítulo 24: Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal como vocês estão??
Hoje não fui para a escola porque estou doente :p
Bom, este capítulo está curtinho, escrevi ontem antes de dormir. Não tive tempo de revisar mas, se houver algum erro de digitação e/ou português... Me perdoem!
Espero que gostem :)



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Hoje em 3:30 PM

Eu não sabia o que tinha naquela droga, mas eu tinha certeza de que não era só cocaína. Eu acordei no carro. Quentin estava dirigindo e eu estava no banco de trás. Minha visão estava embaçada e eu estava suando frio.
– Quentin pisa na porra do acelerador,porra! -ouvi Sean dizer.
–Se acalma Sean! Estamos chegando.
– Sean. -tentei falar. Mas acho que minha voz nem saiu.
Deduzi que eu estava com a cabeça apoiada nas pernas de Sean. Eu podia sentir o carro sacolejar algumas vezes e depois o barulho alto dos pneus freiando no asfalto.
***
Pib pib pib. Esse foi o primeiro som que eu ouvi quando acordei novamente.
Pisquei algumas vezes até meus olhos se acostumarem com a luz clara.
– Sean. - falei com a boca seca.
Senti uma mão pegar a minha e olhei para o lado. Lá estava ele ao lado da cama, em pé me olhando.
– Você quer me matar de susto, porra? - ele sussurrou.
Comecei a rir e balancei a cabeça. Ele balançou a cabeça e sorriu.
– Caralho, o que você tomou?
Balancei a cabeça.
–Eu não sei o que tinha naquilo Sean. Não era só cocaína.
Sean assentiu.
–Pode deixar que isso não vai ficar assim. - ele respirou fundo. -Você quase morreu, entende? Eu quase morri de susto.
–Eu te disse. Eu atraio essas coisas.
Ele balançou a cabeça e reprimiu um sorriso.
– Ai Amy. O que vou fazer com você?
–Não me levar a festas é um bom começo. - falei e sorri.
Ele riu.
–Acho que você tem razão. Você é um pouquinho louca.
Sorri.
–Desculpa. Você comprou esse vestido legal para mim e acabamos no hospital, de novo.
Ele mordeu o lábio.
–Tudo bem, eu posso lidar com isso. Eu acho que você vai ter que me recompensar duas vezes. Primeiro por não ter falado que era minha namorada e segundo por quase me matar de susto.
Comecei a rir.
–O que você quer que eu faça?
Ele se curvou sobre a maca e falou baixinho.
– Eu acho que você vai pensar em algo.
Sorri.
–Eu acho que você é realmente minha namorada.
Arqueei uma das sobrancelhas.
– Ah é? Por que?
–Porque você ficou com ciúmes quando Faye falou que dormiu comigo.
Fiz cara de deboche.
– Ciúmes? Me poupe, querido.
–Você não vai admitir?
–Não tenho nada para admitir.
–Então tudo bem eu falar que ela é gostosa e boa na cama porque afinal,não somos namorados?
Dei de ombros.
– Tudo bem. - falei e olhei para o teto. - Se ela é tudo isso e melhor do que eu, porque não me deixa em paz e vai dormir com ela?
Olhei para ele e Sean sorriu.
– Porque eu prefiro você.
Fechei os olhos.
– Não quero ouvir. - falei.
– Se você admitir que ficou com ciúmes, eu paro de falar.
Não disse nada.
– Você é difícil mesmo né? - ele falou e fez cócegas na minha barriga.
Sorri e segurei sua mão.
– Cadê o Quentin?
– Ele foi embora. Mas, ele te deseja melhoras. - Sean falou e me mostrou uma conversa de sms com Quentin.
– Ok, podemos ir embora agora? - perguntei me sentando.
– Não tão rápido. - um médico moreno entrou no quarto. - Como se sente Amy?
Dei de ombros.
– Estou bem.
***
O médico não queria me liberar, mas com muita conversa, explicando a história toda, ele me liberou.
Saímos do hospital pela porta de vidro automática e andamos em direção ao carro de Sean. Sentei-me no banco do carona me sentindo um pouco cansada. Sean entrou no carro e fechou a porta.
– Para onde senhorita Cortese? - ele perguntou dando a partida no carro.
Mordi o lábio inferior.
– Para sua casa. Estou a fim de colocar um moletom largo. Essa roupa já deu por hoje.
Sean sorriu e balançou a cabeça. Pisou no acelerador e nos tirou dali.
–Você já reparou que você realmente tem que ficar viva?
Franzi o cenho.
–Como assim?
– Você já tentou se matar algumas vezes, sua sogra já rasgou o seu pulso e saiu tanto sangue que eu achei que você ia mesmo morrer, hoje você QUASE morreu de overdose... Já parou pra pensar nisso? Alguém lá em cima não te quer por perto agora. Acho que você deveria parar de tentar encontrar Deus.
Fiquei olhando para Sean pasma com aquilo. Ele me olhou quando parou no semáforo vermelho. Sorri.
– Quem disse que eu vou lá pra cima?
O farol ficou verde novamente. Sean balançou a cabeça e riu.
Fiquei olhando para ele enquanto ele dirigia. Ele... Me fazia bem.

***

Quando Sean estacionou o carro em frente a sua casa, eu saí do carro e me encostei na porta olhando pro céu preto cheio de estrelas. A grama do jardim estava molhada. Devia ter chovido por ali enquanto estávamos do outro lado de Londres.
Sean parou do meu lado e olhou pro céu também.
– Obrigada. - eu disse.
Vi pelo canto do olho que Sean olhou para mim.
– Pelo que?
Continuei a falar sem olhar para ele.
– Por não desistir de mim. Você já me conhece tão bem e... Mesmo eu sendo eu, você não desiste de mim, não desistiu até agora pelo menos. E... Obrigada por me fazer sentir alguma coisa. Eu era bem mais vazia antes de você, Sean. Eu... Tenho essa escuridão dentro de mim, mas... Você é única luz que eu já conheci.
Depois de um tempo que eu tinha terminado de falar, olhei para ele. Ele suspirou, colocou meu cabelo atrás das minhas orelhas e me deu um beijo.
– Eu te...
Dei outro beijo nele impedindo-o de falar.
–... amo. - ele disse com os lábios noa meus.
Olhei para ele e ele ficou olhando pra mim.
Sorri.
– Obrigada! - falei e me dirigi em direção a porta de entrada da casa.
Ele balançou a cabeça e correu até a porta. Colocou a chave na maçaneta e a girou destrancando a porta com um barulho abafado.
Estava tudo escuro. Só havia uma luz fraca vinda do céu entrando pela janela de vidro em frente a escada no andar de cima. O luar estava forte pois estava iluminando o andar de baixo aonde estávamos.
Sean trancou a porta.
– Eu digo que te amo e você diz obrigada? - ele me olhou.
Sorri.
– Acho que você vai ter que me recompensar três vezes.
– Outro dia. -falei. -Agora eu preciso muito de um banho e dormir.
Subi a escada na sua frente e esperei ele abrir a porta do quarto.
Ele desabotoou alguns botões da camisa e ligou o abajur ao lado da cama; foi em direção ao guarda-roupa. Pegou de lá de dentro a blusa cinza de moletom e jogou para mim. Peguei-a.
–Obrigada. - falei e abri a porta do banheiro. - Sean.
Ele olhou pra mim.
– Eu também te amo. - falei e fechei a porta do banheiro.
Encostei-me na porta e respirei fundo.
Olhei meu reflexo no espelho. Eu estava horrível! A maquiagem já estava borrada, meu cabelo já estava voltando ao normal e eu estava com profundas olheiras debaixo dos olhos.
Tirei o vestido e joguei-o no chão. Liguei o chuveiro e enfiei a cabeça embaixo da água morna. Eu estava exausta e parecia que eu não tomava banho há dias!
Lavei meu cabelo e tomei meu banho rapidamente. Saí enrolada na toalha e depois me desenrolei colocando a blusa de moletom. Sequei mais ou menos o meu cabelo loiro com a toalha e estendi-a na barra de ferro. Apaguei a luz do banheiro e abri a porta devagarzinho. Sean estava parado ao lado da janela pensativo, de braços cruzados e sem camisa.
Fiquei olhando para ele antes de ir até ele. Ele só notou minha presença quando cheguei por trás dele e surpreendentemente pousei a mão e beijei suas costas.
Ele se virou para olhar para mim. Olhei para ele e antes que algum de nós pensasse em dizer alguma coisa, nós nos beijamos. Ele se deitou na cama e eu fiquei por cima dele, beijando-o enquanto sentia suas mãos passearem para cima e para baixo por minhas costas até minha coxa.



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Notas finais do capítulo

E aí? O que vocês acharam >.
Amo vocês.
Até o próximo capítulo!!



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