The Beauty and The Beast escrita por Olicity forever


Capítulo 4
Ressaca




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Oliver acordou um pouco atordoado, a cabeça doía mas não era como das outras vezes, talvez porque dessa vez ele adormeceu tranquilo e sem pesadelos, mas porque ele não teve pesadelos? Essa era uma dúvida que John que se encontrava sentado a esperar do seu despertar, estava ansioso para responder:

–Bom dia, Oliver... Dormiu bem?

– John, onde estou?

– Ora, ora... Não se lembra do enorme trabalho que deu a Srta. Smoack? Praticamente forçando ela a te trazer pro próprio quarto?

John se divertia com a expressão de espanto e vergonha de seu amigo, Oliver balançava a cabeça e tentava se lembrar do que havia dito ou o quê tinha feito a Felicity. Sem mais disposição para falar, Jonh pegou o tablet e que continha as gravações da noite anterior e entregou a Oliver enquanto se sentava de novo na poltrona e assistia seu amigo completamente perdido, era engraçado para Jonh ver Oliver tão mexido por uma garota tão frágil, ele aparentava estar em pânico, completo e total pânico. Oliver não queria acreditar em tudo que via e ouvia, como pode ser tão atrevido? De onde saíram todas aquelas declarações? Mas o que mais lhe admirava era a forma como Felicity reagia, a imagem era boa, ela estava envergonhada mas se mantinha forte, firme, ela não cedeu as investidas dele e o respeitou todo momento, o coração de Oliver bateu forte quando a ouviu chamar pelo nome, ele gostou de como soou e quase parou de bater quando viu ela acariciando sua cabeça por cima do capuz. Apesar de tudo, Felicity respeitou ele, mesmo quando ele mesmo não estava se respeitando ou respeitando ela.

Sem forças, Oliver descansou a mão deixando o tablet escorreu até a colcha da cama de Felicity, deixou o corpo cair para trás e pode sentir o perfume dela invadindo sua confusão de sentimentos, ele estava envergonhado mas ao mesmo tempo estava feliz por ter tido aquele momento com ela e principalmente pela forma como ela reagiu. Sem paciência diante daquele silêncio, Jonh adiantou:

– Agora, meu amigo, você tem duas opções.

– Quais Jonh?

– Ou você aproveita o momento e se permite ficar mais próximo dela e ela de você ou...

– Ou?

– Ou você manda a garota embora e faz o pai dela voltar a trabalhar aqui.

Não ter Felicity por perto era algo que Oliver nem era capaz de conseguir imaginar, sem querer se prender a isso, ele questionou:

– Como posso saber se ela quer ficar próxima a mim? A essa hora era ela quem devia querer distância de mim, e não o contrário!

Jonh sorriu diante da afirmação do amigo, era evidente que Felicity mexia com seus sentimentos mas até então ele não havia deixado tão claro.

– Acha mesmo que Felicity é do tipo de garota que se assusta e foge? Você viu com seus próprios olhos a forma como ela lidou e até gostou de ver esse seu lado.

Oliver olhou confuso para Jonh que apenas concluiu antes de sair do quarto:

– Ela está na biblioteca lendo uns livros. Assim que me deu bom dia foi logo demonstrando o quanto estava preocupada porque você não acordava e que também temia qual seria sua reação caso acordasse e a encontrasse lhe observando. Oliver está claro, ela gosta de você do mesmo jeito que você gosta dela.

Oliver pensou em discordar mas o sorriso de Jonh o impedia, seu amigo o conhecia bem. Diante da única opção que lhe restava, Oliver foi até seu quarto, tomou banho e se trocou, não importava se ela não podia ver seu rosto, ele queria estar pelo menos apresentável. Determinado, ele desceu as escadas e caminhou até a entrada da biblioteca, nem lembrava qual tinha sido a última vez que esteve lá mas isso não importava, ele tinha uma conversa decisiva para ter naquele momento, bateu na porta e logo escutou um "tá aberta", sorriu diante da espontaneidade da garota e entrou:

– Bom dia.

Felicity estava sentada no chão com muitos livros ao seu redor, estava empolgada com a leitura, sentia falta de aos sábados ir à biblioteca da cidadezinha que morava e ler para crianças carentes. Hesitante, ela levou o rosto e olhou com um sorriso de alívio:

– Bom dia, como se sente?

– Me sinto bem, obrigado por perguntar. E você?

– Estou bem agora, estava preocupada com você, digo, com o senhor.

Um silêncio total se fez naquele ambiente, nenhum dos dois sabiam mais o quê dizer, Oliver andou até a cadeira que ficava bem em frente aonde Felicity estava sentada, inclinou o corpo sobre os joelhos e começou:

– Felicity, eu quero lhe pedir desculpas pela noite de ontem.

Ele olhou para a mulher e viu que ela estava espantada por ouvir seu nome, ele sorriu e continuou:

– Quero que saiba que aquilo não costuma acontecer, na verdade, só acontece uma vez no ano e infelizmente ou felizmente, você acabou presenciando. Geralmente Maria e Jonh se preparam para essa data mas incrivelmente, este ano eles optaram por esquecer.

Oliver encarou uma Felicity que sorria abertamente, ele não sabia o real motivo dela rir tanto, se ria diante da vergonha dele ou se estava apenas feliz, parecendo ler seus pensamentos, Felicity adiantou:

– Não acho que eles esqueceram, acho que optaram por esquecer e resolveram se divertir as nossas custas...

– As minhas custas, você quer dizer, Felicity?

– Não, Oliver...

Felicity parou bruscamente a fala após perceber a intimidade que usou com seu patrão, Oliver sorriu e continuou fazendo ela se sentir a vontade:

– Não perguntei se podia te chamar pelo primeiro nome e a essa hora não posso negar que não gosto dele, então, é justo que me chame assim também, claro, se sentir-se a vontade com isso.

E girando o dedo no ar, eles gargalharam. Oliver prestou atenção no doce som da risada dela, já tinha ouvido, mas nunca havia sido por sua causa.

– Te dei muito trabalho ontem, hein?

– Nem tanto, me deu mais hoje quando não acordava me deixando preocupada.

Disse recolhendo os livros e ficando em pé para guarda-los enquanto ele copiava sua ação e sorria ao se lembrar de ter dito que ela ficava ainda mais linda quando estava preocupada com ele.

– Já tomou café? Café da manhã?

– Não, ainda não.

Ficaram parados em pé um de frente pro outro, Felicity de cabeça baixa e Oliver com as mãos nos bolsos:

– Se importaria se eu tomasse café com você?

– Não, claro que não, afinal, a casa é sua e você pode tomar café onde quiser e... Desculpa. Quero dizer que vou gostar de tomar café com a sua companhia!

Felicity olhou para o lado completamente envergonhada por ter se atrapalhado com as palavras enquanto Oliver se divertia por finalmente estar tendo um momento de descontração com aquela garota incrível. Caminharam juntos até a cozinha deixando Maria e Jonh com sorrisos enormes de satisfação pelo plano deles ter funcionado.

Eles comeram sorridentes enquanto conversavam sobre assuntos supérfluos, aquilo era novidade para Oliver que sempre comia em completo silêncio, aquela era uma novidade que ele gostava e queria agora repetir todos os dias. Jonh sugeriu que Oliver mostrasse a Felicity a limitações da Mansão, Felicity lançou um sorriso de empolgação e Oliver já não era capaz de negar isso a ela!

Oliver mostrou a piscina, a casa de sauna, o jardim e a estufa onde sua mãe cultivava vários tipos de flores deixando Felicity encantada, ele sabia que ela teria aquela reação diante de tantas flores e rosas de várias cores e formatos. O que Oliver não estava esperando, era que o relinchar de um cavalo chamaria mais a atenção de Felicity, ela saiu correndo da estufa em direção ao estábulo onde ficavam os cavalos de Oliver e de sua irmã Thea.

Os olhos de Felicity brilhavam enquanto ela se inclinava sobre a cerca de madeira para alisar a crina da égua a sua frente. Oliver apenas adimirava a imagem, aquela mulher conseguia que a lembrança triste de não ter sua irmã se tornasse uma imagem linda daquela mulher acariciando aquele animal. Em um pulo, Felicity desceu da cerca e foi em direção a Oliver o deixando assustado com o que poderia vim em seguida:

– Oliver!

– Sim...

– Me ensina a andar de cavalo? Por favor!!! Eu nunca pedi isso a ninguém porque nunca houve alguém em quem eu confiasse mas sempre tive o sonho de andar de cavalo! Por favor, por favor!

Oliver não sabia o que responder, como negar a ela a realização de um sonho ainda mais depois dela ter afirmado que confiava nele? Sem argumentos, ele cedeu:

– Está bem, mas pode ficar para amanhã?

Felicity riu lembrando que Oliver ainda devia estar sob o efeito da ressaca e assentiu:

– Perfeito! Amanhã!!

Bateu palminhas e em um giro voltou a alisar a crina da égua, enquanto isso, Oliver pensava que definitivamente ele não tinha mais como fugir aos encantos de Felicity, sem esforços ela conseguiu derrubar todas as barreiras que ele mesmo criou para afasta-la.


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Notas finais do capítulo

E aiiiiiii?

Gostaram??
E a aula? O que esperam??
Comentem!!



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