The Beauty and The Beast escrita por Olicity forever


Capítulo 2
A Fera - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, demorei pouquinho né??
Quero agradecer os comentários, críticas e sugestões.
Eu até tento fazer capítulos menores mas não consigo por que sinto que deixo pontas soltas e a ansiedade de vocês também é minha, não consigo torturar muito! kkkkkkk
Bem, aqui está, espero que gostem!

Ah, o trecho da música citada nesse capítulo é
A Thousand Years - Christina Perri

Recomendo, é muito linda!
http://www.vagalume.com.br/christina-perri/a-thousand-years-traducao.html

Até!



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Com poucas horas Felicity e Jonh chegaram à Mansão Queen. O motorista abriu a porta para a moça que estava extasiada diante da beleza e imensidão de detalhes que aquele lugar possuía:

– Muito Obrigada, Senhor.

– Por favor, me chame de Jonh e eu lhe chamo de Felicity, está bom assim?

– Está ótimo, uma hora ou outra eu ia acabar me atrapalhando mesmo.

Ela foi tirada de seu devaneio por um pigarro do homem que apontava a entrada da mansão, após passarem pela porta, Felicity pôde se sentir bem-vinda pelo abraço surpreso e caloroso que recebeu da Sra. Maria, a governanta e funcionária de confiança do Sr. Queen.

– Você deve ser a menina Smoak? Acompanhei seu crescimento através das fotos que seu pai sempre mostrava tão orgulhoso, mas me diga, onde ele está? Espero que ele esteja bem...

– Ah, sim senhora... ele está bem, eu escolhi lhe dar um pouco de descanso e vim em seu lugar.

– Isso veremos, afinal, o Sr. Queen ainda não sabe dessa substituição e tão pouco sabemos se ele aceitará.

Disse Jonh Diggle com um sorriso cúmplice para Sra. Maria que parecia notar muito bem a intenção que havia em seu amigo por ter aceitado a vinda da garota mesmo sabendo da ira do seu patrão e o quanto ele é avesso a novos funcionários ou qualquer tipo de novidade. Jonh apontou para um corredor ainda com as malas da garota nas mãos e ela o seguiu se despedindo da senhora com um leve sorriso, pois o nervosismo que sentia naquele momento não lhe permitia muito mais. Ao parar em frente a uma porta enorme, fez sinal para que a moça esperasse e entrou na sala fechando a porta logo em seguida:

– Oliver, tivemos uma... mudança, por assim dizer.

– Jonh, não me diga que deixou aquele homem fugir ou que pôde ser persuadido por sua família.

– Não, Oliver. Em momento algum o Sr. Smoak demonstrou rebeldia, apenas uma outra pessoa veio em seu lugar.

– Como assim? Seja direto, sabe que não gosto de joguinhos.

– Ok... A filha dele veio em seu lugar!

– O QUÊ?

Oliver estava vermelho de tanta fúria, ele esmurrou a mesa com toda força fazendo Felicity que ainda aguardava do lado de fora tremer de medo. Andava de um lado para o outro sem querer acreditar, passava as mãos pelos cabelos e balançava a cabeça enquanto era observado por seu amigo que possuía toda calma e um sorriso de lado. Oliver sabia que no contrato com seu funcionário ele mesmo havia colocado uma cláusula que indicava que diante de sua ausência por qualquer motivo que fosse, o mesmo teria que enviar alguém com a mesma capacidade que ele possuía e por mais que aquele funcionário lhe devesse muito e não era em dinheiro, ele não podia impedir essa parte fosse cumprida.

– Antes que você pense que isso foi planejado pelo Sr. Smoak deixe-me alerta-lo que ele deve estar sentindo falta da filha por volta de agora, ela sim planejou vim em seu lugar. Então, posso deixa-la entrar?

Oliver olhou descrente para seu amigo que simplesmente ignorou o total descontrole dele e abriu a porta, imediatamente, Oliver se voltou para sua cadeira mantendo sua postura contrária a porta e ligando a câmera para poder ver a bela moça que adentrava tímida e temorosa naquela sala enorme. Jonh preferiu se manter no seu lugar de costume, caso seu amigo passasse dos limites ele estaria ali para ser mais uma vez sua consciência:

– Bom dia?

– O que deseja, seja breve não tenho tempo para desperdiçar.

– Sr. Queen, eu sei que minha atitude foi no mínimo atrevida e que o senhor é bastante rígido, basta ver a forma como trata seus funcionários...

Felicity notou que o homem apertou a mão que estava repousada na cadeira, exatamente a única parte que ela podia ver do seu corpo e tentou consertar.

– Por favor, me desculpe! Voltando, eu apenas quero lhe pedir que me dê uma única chance, lhe peço uma semana no lugar de meu pai e o senhor verá que sou capaz de substitui-lo, meu pai e minha mãe merecem um pouco descanso e não me incomodo de me sacrificar por alguém que durante 20 anos se sacrificou tanto por mim.

Felicity terminou com a cabeça baixa e lágrimas escorriam por seu rosto. Jonh lançou um olhar firme para Oliver que apenas observava a imagem a sua frente com uma certa dor em seu coração, pois ele também faria o que fosse possível para ter sua família de volta, ele também sabia o quanto a família é importante. Limpou a garganta e devolveu:

– Em 20 anos que seu pai me serve eu nunca encontrei alguém que o pudesse substitui-lo, o que lhe faz pensar que será capaz?

– Tudo que sei foi meu pai que me ensinou, Senhor. Posso lhe garantir que herdei sua inteligência e principalmente sua dedicação quando algo lhe parece importante, e está aqui é importante para mim.

– Vejo firmeza em suas palavras, mas não me sinto convencido, uma semana e eu posso perder muito, senhorita, não sei se entende isso mas basta estragar uma única reunião e eu perderei milhões sem falar que nada me força a aceita-la.

– Certo, concordo com cada palavra.

– Concorda?

– Sim, porém, já que o senhor gosta de garantias posso lhe oferecer um acordo?

– Tente.

– Bem, o senhor me dá uma semana e se ao final dela eu não tiver lhe prejudicado o senhor me aceita como substituta oficial de meu pai. Mas, caso eu falhe, eu serei sua funcionária, meu pai e também minha mãe e não terá que nos pagar salário, apenas nos manter alimentados e sob um teto.

– Tem autoridade para falar em nome de seus pais?

– Senhor, me perdoe, mas até a maior tortura é melhor do que passarmos mais tempo nessa situação de distância.

– Saia, espere minha decisão lá fora.

Felicity se virou, abriu a porta e saiu finalmente soltando um suspiro de alívio, pois toda aquela situação havia sido sufocante, Sra. Maria lhe esperava do lado de fora com um chá de camomila que a moça aceitou de bom grado. Enquanto isso, dentro da sala Oliver travava uma discussão com ele mesmo apenas sendo observado por Jonh que não se conteve e opinou:

– Se eu fosse você aceitaria, não tem nada a perder.

– Você sabe como eu sou sobre novos funcionários.

– Oliver, essa garota não demonstra nenhum perigo, o máximo que ela pode conseguir é amolecer esse seu coração de pedra, mas aí seria um enorme favor.

Oliver olhou irritado para seu amigo que parecia ler seus pensamentos, ele realmente temia que aquela garota doce e corajosa fosse exatamente a sua fraqueza, mas ele mesmo já traçava um plano em sua mente para manter a garota o mais afastado o possível dele, afinal, toda aquela jovialidade e inteligência lhe serviriam muito mais do que a de um senhor já cansado e esgotado pelo tempo, sim, era verdade, ela não possuía experiência, mas seu amor pela família podia ser a sua maior motivação e essa, Oliver sabe que dura para sempre.

Decidido ele deu sinal para Jonh que foi abrir a porta para Felicity que lhe devolveu um doce sorriso, sorriso esse que Oliver desejou que fosse para ele:

– Muito bem, aceitaria assinar esse acordo que me propôs? Preciso de garantias.

– Quando quiser.

– Bom, Jonh lhe levará até o quarto que seu pai ocupava, lá encontrará todos os seus arquivos. Às 14 horas você tem uma reunião, o meu piloto a levará de helicóptero até a sede da empresa que fica no centro da cidade.

Com um aceno de cabeça ela aceitou as condições e mais uma vez direcionou seu olhar para Jonh que também sorria e apontava para porta para que ela saísse primeiro, porém, antes de sair ela se voltou para a tela olhando fixo para a lente da câmera:

– Por favor, aceite minha gratidão... farei de tudo para não decepcioná-lo.

– Assim espero.

E então ela lançou um sorriso ainda maior e Oliver pôde sentir que finalmente era para ele, aproveitando sua solidão ele sorriu, um sorriso que pareceu estranho, afinal, nem lembrava qual fora a última vez que alguém e não uma lembrança o fez sorrir. Oliver congelou a imagem e ficou suspirando diante daquele sorriso, enquanto Jonh levava uma Felicity empolgada para o quarto que ficava seu pai.

Chegando lá Felicity agradeceu e logo foi deixada sozinha, observou que havia um computador que facilmente ela derrubou a senha e começou a acessar todos os arquivos que seu pai tinha, conferiu em sua agenda sobre o que se tratava a reunião de mais tarde e logo começou a buscar todas as anotações que seu pai havia feito adicionando outras que ela julgava importante. Por volta das 10 horas a Sra. Maria trouxe chá com biscoitos para a garota que comia enquanto anotava algo, fazendo aquela senhora sair feliz sabendo que era só questão de tempo para a luz voltar para a vida do seu menino, como assim gostava de chamar o patrão que ela viu crescer e amou desde quando ele era um rapaz feliz e carinhoso até mesmo hoje, onde um homem sério e rancoroso lhe rouba qualquer felicidade, mas ela sentiu, sentiu que a Felicidade finalmente estava chegando a suas vidas.

Por volta da 1 hora da tarde, Felicity sentiu o estômago reclamar e decidiu que precisava se alimentar e logo em seguida se arrumar para encarar um voo que nunca tinha feito e uma reunião, que também nunca havia se quer presenciado que dirá presidido. Em passos hesitantes ela começou a se aproximar da escada que ficava bem ao centro da mansão, mas não fazia a menor ideia de onde era a cozinha, após descer alguns degraus pôde ver Jonh em pé ao lado de uma mesa enorme, com receio que ele estivesse acompanhando o patrão, Felicity optou por soltar pequenos “psiu”. Oliver esmurrou a mesa fazendo Jonh finalmente olhar sorridente para uma Felicity que já se encontrava encolhida e de olhos fechados, ele foi a seu encontro e ela sussurrou que não sabia onde era a cozinha e ele lhe estendeu a mão, ela terminou de descer as escadas e Jonh lhe acompanhou até a cozinha que ficava bem próxima àquela mesa enorme, porém, ela não podia passar por ali para não ter acesso ao Sr. Queen, ou seja, o que era conversado na cozinha, era perfeitamente ouvido na sala de refeições:

– Poxa, Jonh, muito obrigada! Por um momento pensei em ficar com fome.

– Nunca pense nisso minha menina, eu já ia levar sua refeição!

– Ah, não Sra. Maria, por favor, posso vim fazer as refeições aqui mesmo, principalmente agora que já sei como chegar.

– Minha menina não me chame de senhora, me chame de Maria.

– Sim, senho... que dizer, Maria.

– Felicity, depois te mostro como andar pela casa, mas por hora você precisa se apressar, tem uma reunião em menos de uma hora.

Felicity assentiu e começou a devorar o prato que Maria já havia lhe preparado, Jonh voltou para a mesa onde Oliver se encontrava com o olhar intrigado.

– Alguma pergunta, Oliver?

Oliver ignorou a provocação do seu amigo, pois sabia que se falasse Maria e Felicity ouviriam, porém, ele não deixava de se perguntar porquê Maria chamava Felicity de “minha menina” sendo que o chamava de “meu menino”. Já sem fome, ele se levantou e saiu pedindo apenas que o mantivesse informado sobre qualquer mudança. Oliver se dirigia a seu quarto, mas percebeu que o de Felicity estava com a porta aberta, ele se sentiu atraído a entrar, e assim fez. Passou a mão por suas roupas que estavam na mala aberta por cima do sofá sentindo seu perfume doce e embriagante, deu alguns passos até a mesa e pôde ver uma papelada sobre a cama e um tablete com a tela acesa, nela havia uma imagem de Felicity fazendo uma careta e isso fez ele sorrir, logo ele pegou seu celular e em um impulso tirou uma foto. Ainda admirando a imagem ele pôde ouvir passos pelo corredor e rapidamente se escondeu embaixo da cama, vendo apenas os pés de Felicity. Ela entrou no quarto, caminhou até a mesinha e desligou o pc, logo em seguida ela tirou os tênis deixando perto da janela onde ela se esticou alongando, ela se aproximou da cama fazendo o coração de Oliver bater forte, juntou alguns papéis e colocou em uma pasta. Foi até o sofá, escolheu a roupa que vestiria e se dirigiu até o banheiro, fechando a porta logo em seguida. Oliver viu a oportunidade de sair o mais rápido dali, mas antes de sair pôde ouvir a sua linda e doce voz que cantava uma música que ele não conhecia. Ele saiu as pressas para seu quarto, ligou seu pc e começou a pesquisar a música a partir do trecho que havia ouvido

“But watching you stand alone

All of my doubt suddenly goes away somehow”

(Mas ao ver você na solidão

Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira)

E ele finalmente a encontrou, quando notou que estava olhando para a foto de uma garota e ouvindo uma música romântica, ele sentiu um misto de medo e fúria, com toda força que tinha, virou a mesa quebrando o pc e seu celular ele quebrou com as próprias mãos, ele não podia, não podia permitir que aquela garota em tão pouco tempo pudesse muda-lo daquela forma, ele optou por aquela vida, ele não vai aceitar que mais ninguém se torne importante para ele, ele não pode mais sentir que pode perder alguém que... ama!


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Notas finais do capítulo

Então, nossa Fera parece que vai dá bastante trabalho não é?
E nossa Felicity, como se sairá na reunião?

Gostaram?
Não?
O que posso melhorar?

Comentem, é sempre importante!
Bjos.



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