POV Naty

O taxista me levou até o endereço, onde o lugar era agitado, uma avenida, carros passavam, haviam várias lojas, mas nada, absolutamente nada que me chamasse atenção, olhei pro número que havia no endereço e era o 21, olhei e vi uma espécie de boate sei lá, eu estava muito nervosa do que eu poderia encontrar lá dentro. Exitei, mas acabei entrando na casa de festas, as luzes apagadas, só o globo de luz iluminava, o lugar era enorme, havia várias pessoas, olhei em volta e não vi o Maxi, só via a galera na maior pegação, fiquei com medo e fiquei pedindo pra não encontrar ele ali, pois eu acho que se eu o encontrasse aqui, coisa boa ele não iria esta fazendo, não estou certa?

Me sentei num bar, só pra tentar olhar mais o local, até que o garçom me dá um envelope, estranho e pergunto, será que é ele o tal amigo? Mas não por que não estava zoada quando ele me ligou?

Naty: Quem mandou?

Garçom: Não sei senhorita, só sei me mandaram te entregar.

Naty: Quem mandou me entregar?

Garçom: Um cara.

Naty: Que cara?

Garçom: Desculpe senhorita, não posso falar mais nada, tenho que trabalhar, vai querer alguma bebida?

Naty: Não, obrigada

Garçom: Por nada, com licença.

Naty: Toda.

Temi em abri o envelope, não tinha remetente, estranhei, já estou começando a ficar cansada desse joguinho. Abri o envelope, onde o mesmo estava escrito em letras de formas recortadas de revistas e jornais, sério, parecia novela ou filme sei lá, li o mesmo que dizia...

"Bom o primeiro passo seu já foi dado, agora só falta você subir até o primeiro andar e entrar no quarto cujo número é 20. Atenciosamente, seu amigo XX"

Encontrei forças em mim mesma e subi as escadas, nem sabia que nessa boate tinha quarto, que tipo de boate é essa? Motel?Pensei em desistir, mas já tinha chegado até aqui, então resolvi ir até o final, a cada passo que eu dava subindo às escadas, meu coração se acelerava e se apertava aos poucos, aqueles calafrios que sumira voltou, dessa vez com mais frequência, minhas pernas tremiam, após subir às escadas, entro em um corredor sem fim, passando assim meus olhos por vários números de quartos, não entrei em nenhum, mas também já podia escutar as zoadas que faziam, isso só me fez ter mais medo do que eu iria encontrar.

17, 18, 19, meus olhos já quase que soltando lágrimas que eu insistia em prender olhavam pros números, até que finalmente os mesmos foram de encontro ao número 20. Minha mão vai a maçaneta, tento tirar as mesmas de lá, mas o meu instinto de abrir a porta era maior, meus dedos uniram forças e baixaram a maçaneta, fazendo assim a porta se abrir, à empurro calmamente, sem fazer zoada alguma e me deparo com uma cena, que NUNCA, NUNCA, pensei em presenciar um dia.

CONTINUA...