Nárnia - Uma última visita. escrita por Gennie Licce


Capítulo 1
Cartas da América.


Notas iniciais do capítulo

Eu resolvi começar com Pedro, pois creio que seria divertido e mais emocionante falar sobre o Magnífico e como ele ficou após sua última visita à Narnia. Caso não compreendam uma palavra, ou eu não tenha esclarecido as ações corretamente me avisem.
E não se preocupem, capítulos com qualquer palavreado ou cenas picantes terão avisos e não mudaram o rumo da história, caso os leitores queiram pular.

Atualização : Eu venho aqui contar a todos que finalmente tenho voltado com a história. Creio que muitos leitores vão se lembrar dela, ou novos admirarão. Os erros serão concertados e novos capítulos serão adicionados - porém não há uma data certa para nenhum deles. Aproveitem.



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“Pedro!!” Ela gritou o sacudindo, tentando acordar o amado. “Pedro” Ela gritou mais auto e mais perto do ouvido dele.

Ele por sua vez, se sentou em um pulo. Suando e respirando ofegante. Olhou ao redor e firmou seus olhos na moça, que sentada ao seu lado o observava com os grandes olhos arregalados. “ O que houve Am?! O que aconteceu?” Ele estava apavorado.

“ Você teve um pesadelo.” Explicou a amada. “ Começou a se debater e resmungar algo sobre vingança e Aslam. ” Ela completou com a voz doce, o tranquilizando depois de acordá-lo de maneira imprópria. “Foi pior do que das outras vezes”. Ela agora, sob a luz fraca do abajur, parecia cansada e assustada, preocupada com o jovem que dormia agitadamente em seu lado.

“ Ah! É! Eu tive aquele pesadelo novamente.” Ele afirmou coçando os olhos. “ Desculpe por não deixá-la descansar, amor!” Pedro acalmou a amada, beijando sua testa e olhando o relógio na parede ao longe. Marcavam quatro da manhã. Muito cedo.

“ Por que você não volta para a terapia?” Ela perguntou inocentemente.

“ Eu não preciso de terapia, América.” Pedro resmungo estressado, assustando a amada que só queria o seu bem. Vendo a situação ele se sentiu culpado e pediu desculpas.

“ Mesmo que não precise você tem de ir. Esses pesadelos, sonhos ruins, estão acabando com nossas noites e sua mente está ficando perturbada.” América questionou o observando com seu olhar firme e sério, tentando o convencer à ir novamente em uma das seções.

“ Não, América. Não preciso e sabes disso.” Ele se levantou com o semblante de raiva explícito em seu rosto, não gostava nenhum pouco desse papo sobre terapia. Então, vendo seu estado, Pedro se levantou e se dirigiu para uma ducha gelada. Deixando América na cama, sem palavras e sem conseguir dormir.

Depois daquela nada prazerosa conversa entre os dois, durante a madrugada,nada demais acontecera. América, apenas se deitou e tentou dormir sem muito sucesso. Já Pedro, apenas ficou na sala, sem muito o que fazer.

Já se passam das sete, e ambos estão reunidos na cozinha. América se encontra em pé, na frente do fogão onde uma chaleira se encontra. Pedro está repousando em uma das cadeiras da pequena mesa onde fazem as refeições, lendo o jornal e comendo o pão fresco comprado ainda de manhã. A chaleira começa a fazer um barulho agudo, avisando que o liquido contido nela está bem quente. América gentilmente como todas as manhãs, retira a chaleira do fogo e abastece mais uma vez a caneca do amado namorado. Ele agradece, sem olha la. Ainda bravo por causa do papo da madrugada.

Ela tentara se redimir muitas vezes mas ele sempre evitara o assunto, América teme Pedro mais que ninguém. Sabe que a infância dele foi dura e agitada, com muitas brigas no histórico. Mesmo assim, ela o ama e quis ficar com ele.

Depois do café terminar, América pegou as cartas e seguiu para cozinha lendo de quem mandara e para quem mandara, como mais uma manhã de Sábado. Havia anúncios, convites, mensagens de sua família mas uma em particular chamou lhe a atenção. Era grande e o papel velho, cheiroso como os pinheiros, fino e delicado. Havia um grande adesivo em uma das pontas e nele um brasão de um majestoso leão. Atrás lia se : “ Destinada a Pedro Pevensie. De suas queridas irmãs Lúcia e Susana Pevensie.” América ficou tentada a abrir ao saber que era das irmãs de seu amado, mas com toda moça educada preferiu cumprir com o que os pais a ensinara.

Logo correu para encontro do amado, ainda na cozinha, anunciado a notícia. “ Pedro, Pedro!! Carta de Lúcia e Susana.”

Pedro surpreso logo levantou o olhar e reparou o envelope curioso nas mãos da doce jovem. Dobrou os jornais e os repousou na mesa, se levantando devagar e arrastando a cadeira para trás. “ Disse me que está é uma carta de minhas irmãs??”

Ele não acreditava.

Por anos não recebera mais que fotos mostrando o crescimento de Lúcia e Edmundo e o amadurecimento de Susana. Uma carta depois de anos e anos sem vê los ou ouvir histórias de Nárnia. Ele se aproximou e arrancou a carta apressadamente das mãos da menina. Depois que viu o brasão, e depois de algo despertar em seu interior, correu para o quarto onde se trancou.

América tentou seguir-lo mas ele fechara a porta em sua cara, impedindo-a de continuar.

Dentro do pequeno quarto do casal, Pedro se sentou na cama. Suas mãos tremiam e balançavam a carta, deixando quase impossível de abrir-la. Mas então ele consegue, e, desesperadamente, começa a ler.

“ Querido Pedro,

Antes das novidades, devemos dizer que nós, todos nós, estamos morrendo de saudade. Lúcia anda saindo com alguns jovens militares, como era de se esperar ela preferiu que eu omitisse esta parte; Edmundo ainda não encontrou sua amada como você recentemente encontrou; e eu ainda estou aqui cuidando de ambos e querendo que você se junte a nós. Papai tem ficado ainda mais ausente do que quando os caçulas estavam com o primo Eustáquio.

A novidade é que Aslam nos enviou um sinal, na verdade, Lúcia recebeu um. Não devemos duvidar dela, como sempre fizemos! Ela disse que Aslam nos convocará mais uma vez, para uma última visita a Nárnia. Sei que está excitando com isto - como todos nós ficamos - mas a parte ruim é que deve deixar América ai, na Europa. Desculpe-me Pedro, mas são só nós quatro. Como antes. Como reis e rainhas de Nárnia.

Espero que entenda, Atenciosamente seus irmãos. ”

Havia uma mistura de sentimentos no rosto de Pedro Pevensie. Ele parecia alegre, feliz por seus irmãos estarem bem e estarem crescendo positivamente, ainda mais feliz com o anúncio de que voltará para as Terras de Nárnia, visitadas por Eustáquio, Lúcia e Edmundo, mas sobre América...

Sua doce e gentil América. A única mulher que fora capaz de domar a fera selvagem que existe dentro dele, a que permaneceu ao seu lado durante as grandes quedas e que o compreende mesmo nos momentos que nem ele mesmo entende. Como é que poderia deixá-la para visitar a Terra Mágica dos sonhos de qualquer um? Como ele explicaria que a deixaria ali para visitar um pais que para ela, pode não existir? Como poderia abandonar o seu grande amor?

Tudo se complicou, no entanto, uma coisa estava certa : Pedro não se arrepende de ter América ao seu lado. Com ela, ele superou barreiras de concreto e agora está é mais uma.

Ele mantém seu olhar confuso e apreensivo na frase onde Susana explica que só podem ir os quatro. Indeciso ele olha-se no espelho, à frente dele, em cima do pequena comoda. Faz muito tempo, tanto tempo que já se tronara um homem com um futuro promissor. Suas decisões mudaram assim como suas atitudes, ele não poderia regressar agora. Deviria pensar como um Rei e como um humilde amante. Levar ou não levar?

“Aslam iria querer que eu pensasse como um Rei, Susana.” Ele repetia para si mesmo agora de pé, ainda a observar seu reflexo. “ E os Reis precisam pensar em seu povo e em sua família.” Pedro disse decidido.

Logo ele olhara para a porta que dava ao resto da casa. Talvez estivesse pensando corretamente, ou cometendo uma estupidez enorme. De qualquer forma, abandoná-la não era uma opção.

“Pedro? Está tudo bem?” A voz de América surge por detrás da porta, mais uma vez preocupada com o amado. Ela encostava os delicados dedos na madeira da porta, com a intenção de empurrá-la, e aproximava o ouvido da mesma, querendo algum sinal de vida. “ Pedro?!” Ela o chamou novamente.

Ela olhava ao redor, e, ao mesmo tempo, tentava escutar algo, mas ele veio tão sorrateiramente que quase a fez cair quando o mesmo abriu a porta. Ela deu um passo para trás assustada e surpresa, quando, inesperadamente, ele a puxou para perto de si. Pedro segurava firmemente os braços de América  - o que impediu um tombo, devido a aproximação desengonçada da moça - e a olhava como um caçador olha sua presa, de um modo faminto e selvagem. Então, rapidamente, selou seus lábios nos dela, os pressionando com força e carinho. América retribui mesmo sem entender o que acontecia.

Pedro soltou os braços da amada e desceu as mãos até a cintura dela, envolvendo-a com seus braços fortes e musculosos. Ela,devidamente, circula o pescoço do amado com seus delicados e frágeis braços. Após o longo beijo inesperado, América se afastou o suficiente para ver o rosto de Pedro claramente, ainda com as mãos dele em sua cintura.

“Pedro?! ” Ela não sabia como expressar o que sentia no momento.

“ Eu sei Am, eu sei.” Pedro abriu um sorriso, fixando seus olhos nos rosto de sua namorada. “ Eu só queria dizer que amo muito você.”

Grande Rei Pedro, o Magnífico envergonhado diante de uma mulher. Mas não qualquer mulher. Podia-se notar nos olhos azuis ciano um brilho há mais, e um sorriso envergonhado do qual ele não gostava muito, todavia não deixava de exibir.

Havia o típico sorriso torto e tímido no rosto de América, seus olhos castanhos escuros estavam vidrados nos do rapaz, com o brilho de sempre. Suas bochechas exibiam um tom rosado há mais.

“ Eu amo você, Pedro.” Sua voz soava franca.

Ele junto a testa na dela e sussurrou. “ Está tudo bem, esta semana iremos visitar minhas irmãs e irmão na América. ” Ela balançou a cabeça concordando. Seria sua vez de conhecer a família da sua cara metade, e ela não perdia por esperar.


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Notas finais do capítulo

Se gostou favorite esta Fanfic, e siga também, por favor. Adoro os comentários, me ajuda bastante a criar o próximo capítulo.

Estou revisando um por um, e é cansativo, e pode vir a ter erros ainda, por isso já peço desculpas. É uma história antiga, porém muito boa. Quero agradecer à uma amiga, por ter me lembrado o quão bom é estar em Nárnia e quão bom estar entre Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia é. Essa revitalização é para você, Sasa.



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