Give Me Love escrita por Lari


Capítulo 2
O Chapéu Seletor


Notas iniciais do capítulo

~oe chegueis, mais um cap pra quem quer que esteja lendo hahaha espero que gostem!



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Scorpius só pensava no quanto seu pai havia lhe dito para não se envolver com os Weasleys ou com os Potters, especialmente com a primeira família. Ele não entendia tamanho desgosto, principalmente depois que conheceu três deles. E a garota, Rose, parecia ser a mais inteligente e especial dos três.

Ele havia ido contra as “regras” que seu pai havia lhe imposto, mas e daí? Aquelas pessoas eram tão legais que ele não acreditou, achou que havia tido um engano, ou de seu pai por lhe mandar ficar longe, ou dos três quando lhe disseram seu nome, ele podia ter entendido errado.

O garoto do terceiro ano, James Potter, logo saiu da cabine, dizendo que tinha coisas mais importantes a fazer e amigos a quem rever, deixando somente os três do primeiro ano no local.

De inicio, o silencio reinou, Scorpius não tinha ideia do que conversar com eles, que também não sabiam o que dizer.

–Então – a garota, Rose, se manifestou. – Para que casa você acha que vai, ou quer ir, Scorpius?

O loiro se sentiu aliviado de a tensão ter se quebrado em função da pergunta, mas estava meio receoso de lhe responder, pois sabia que poderia ser mal visto se dissesse que seu pai o esperava na Sonserina. Os bruxos dessa casa tinham má fama, principalmente vistos pelos da Grifinória, com quem tinham uma rixa, e disso ele sabia bem.

Ele não sabia se Alvo e Rose esperavam ser da casa “rival”, mas ainda assim tinha um pressentimento de que essa duvida seria verdadeira. Porém de qualquer forma, mentir seria pior, como ele esperava fazer novas amizades não sendo ele mesmo? Porque afinal, aquela era a casa da sua família, e ele realmente queria ser mandado para lá.

–Bem, minha família toda espera que eu seja da Sonserina, e eu não posso negar, também acho que seria a melhor casa, a que eu mais encaixaria.

Rose não respondeu, nem o olhou com cara estranha, Scorpius pensou que seria uma boa continuar a conversa:

–Mas e vocês?

Alvo foi quem respondeu primeiro, dizendo:

–Meu pai diz que não importa a casa que o Chapéu Seletor nos colocar, se tivermos bom coração e formos quem somos, porque afinal isso é o mais importante. Sem contar que existem grandes bruxos que já passaram por todas as casas, e se por acaso eu estiver errado, sempre há uma primeira vez para tudo, certo?

Alvo tinha razão, Scorpius pensou, não era uma casa ou outra que definiria quem você seria em um todo. É claro que muitos descordariam, afinal, os inteligentes iam para a Corvinal, os amistosos para a Lufa-Lufa, os corajosos para a Grifinória e os ambiciosos, para a Sonserina. Isso, querendo ou não, era uma espécie de definição, mas eles ainda tinham o poder de serem quem eram e não quem esperavam. Tinham o poder de complementar essas qualidades, não precisavam ser apenas uma coisa, ser tão limitado dava a Scorpius arrepios, nenhuma pessoa era uma coisa só, mas sim um conjunto de várias qualidades e até defeitos.

–Enfim, meu pai e meu avô foram da Grifinória, porém eu tenho um dos nomes em homenagem a um grande homem, que foi da Sonserina. Eu não me importaria em ser da Lufa-Lufa ou da Corvinal, mas é certo que me daria uma grande felicidade ser de uma dessas duas primeiras casas.

Scorpius assentiu e esperou pela resposta de Rose, que parecia indiferente.

–Eu concordo com o Al, a casa para qual eu for não vai me definir por completo, e não importa qual for, embora é claro que todos esperam que eu seja da Grifinória, eu vou me adaptar porque ela vai ser parte de quem eu sou.

Scorpius sorriu, só por conversar com ela, já sabia que Rose era uma garota doce e inteligente, sabia que provavelmente uma amizade entre eles seria fácil, mas que também poderia ter muitas complicações.

***

O nervosismo das crianças que estavam esperando pelos seus nomes serem chamados, e assim seriam designadas às suas respectivas casas pelo Chapéu Seletor, era visível no salão. Scorpius era um dos que menos estava nervoso, por ser um Malfoy, já tinha certeza da casa para a qual ele seria mandado, pois a “Sonserina estava no sangue da família”.

Rose e Alvo permaneceram ao seu lado, ele se surpreendeu quando Rose se dirigiu a ele, sua ansiedade era transparente.

–Ei, Scorpius, que tal sermos amigos, não importa a casa para a qual formos? – ele sentiu uma ponta de felicidade por ouvi-la dizer isso, ele queria muito ser amigo da ruiva, embora não soubesse por que, estar ao lado dela e também de Alvo o fazia muito bem, era como se eles já tivessem iniciado uma amizade desde que ele entrou no vagão do trem com eles. Ficou imaginando que os três poderiam ser o mais novo trio de Hogwarts, como foram Harry, Ron e Hermione, embora seu pai nunca gostava de lhe contar as suas histórias, isso não o impediu de logo pesquisar sobre uns dos bruxos mais famosos de todos os tempos.

E sabia que provavelmente, Rose e Alvo eram filhos deles, então talvez essa coisa de trio de amizade já estivesse mesmo no sangue. Talvez, quem sabe?

Seu pai, Draco Malfoy, não ficaria nada feliz se seus melhores amigos em Hogwarts fossem filhos dos seus declarados arqui-inimigos, mas ele imaginou que aquela seria uma boa forma de acabar com a rixa entre as famílias. Não sabia se os pais de Rose e Alvo, embora parecesse que não, haviam alertado algo de ruim a eles sobre ele e a sua família.

–É claro – por fim, respondeu. – Acho uma ótima ideia.

Logo depois de ter dito isso, Scorpius ouviu seu nome ser chamado pela professora e foi até o Chapéu Seletor. Ele sentou-se no banco e esperou para ouvir o veredito quando o objeto falante foi colocado em sua cabeça.

–Sonserina! – menos de um minuto havia se passado até que o chapéu o dissesse o já esperado. Ele se levantou, passou por Rose dando de ombros e foi direto até a mesa da Sonserina, onde todos vibravam para recebê-lo.

Scorpius sentou-se entre dois garotos também do primeiro ano, e os cumprimentou, pensando se talvez aquelas circunstancias o aproximariam mais dos dois ali ao seu lado, do que aos mais novos amigos Rose e Alvo.

Passado algum tempo, não muito, Scorpius ouviu o nome de Alvo ser chamado, ele imediatamente ficou alerta para ouvir cada palavra que o chapéu diria, imaginando se talvez Alvo iria ser designado para sua casa.

–Sonserina! – ouviu o chapéu e sentiu um alivio, agora tudo o que faltava para aquilo ficar perfeito era Rose também ser da Sonserina.

Alvo foi direto para o lado de Scorpius, que ouviu a mesa inteira vibrar novamente por ter conseguido mais um novato.

–Cara, será que a Rose vai ficar sozinha na Grifinória? Porque sério, não é muito possível ela vir para cá, Rose tem mais coragem e lealdade do que ambição. Estou preocupado, não queria a deixar sozinha.

–Não vai ser culpa sua, e quem sabe o destino a mande para cá conosco? E além do mais, ela tem o James.

–Sim, mas ele é do terceiro ano, não se mistura muito com calouros, mesmo sendo família.

–Ela vai acabar fazendo alguma amizade.

Alvo sussurrou um “espero que sim” enquanto esperava aflito, parecia mesmo muito preocupado que Rose fosse ficar solitária.

Quando o nome Rose Weasley foi chamado, os dois garotos ficaram de dedos cruzados, afinal talvez ela tivesse alguma chance de ir para a casa deles. Diziam que pensamentos positivos sempre ajudavam.

Não daquela vez, ou talvez para Rose aquele não fosse bem um pensamento positivo, Grifinória estava no sangue de um Weasley, e ela, como o esperado, teve a mesa dessa casa vibrando para recebê-la assim que o chapéu disse bem alto “Ah, outra Weasley! Vocês não têm jeito, é Grifinória!”.

Rose lançou um olhar para os meninos, seus olhos sorriam, mas ela estava apreensiva de ficar sozinha e isso era fato. Não podia deixar que a amizade com seu primo morresse ou que o inicio da dela com Scorpius não florescesse.

O resto da noite, Rose ficou olhando para eles, sentada na mesa e solitária, não havia feito amizade com ninguém, e isso era bem visível. Scorpius esperava que ela encontrasse alguém com quem dividisse o dormitório e também os segredos, as alegrias, que não fossem eles, não queria, assim como Alvo, que ela fosse solitária pelo resto do ano quando não estivesse ao lado deles.


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Notas finais do capítulo

Comentemmmmmm seus lindos!



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