Give Me Love escrita por Lari


Capítulo 10
Corações Despedaçados




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“Em um momento eu a tinha em meus braços, os lábios dela do mais rosado e lindo tom nos meus, no outro ela me escapou porque não tive coragem de tomar iniciativa e dizer que a amava de todo o meu coração para que assim ela acreditasse em mim.

Em um momento ela me pedira perdão da forma mais linda e corajosa, sem medo da vergonha que iria passar e eu a ignorei, simplesmente porque estava com raiva por ela não ter correspondido de imediato aos meus sentimentos. Ela só estava confusa, só precisava de tempo, eu a apressei...”

–Scorp, o que você fez com a Rose, cara? – Scorpius acordou de seus devaneios de repente quando Alvo lhe chamou, ele não havia percebido, mas tinha lágrimas brotando em seus olhos. Ele levantou-se da cama e foi até Alvo.

–Eu fiz uma besteira muito grande, Alvo, me perdoa, nunca tive a intenção de magoa-la...

–É, mas magoou – Alvo parecia querer matar Scorpius e que o faria a qualquer momento. – Eu disse a você, cara, eu disse!

Ele empurrou Scorpius de uma forma acusadora e continuou:

–Você sabe o quanto a Rose é brilhante, o quanto ela é linda e fantástica... Por que, Scorpius? Por que? Eu a vi há dois minutos, estava entrando no salão comunal da Grifinória e aos prantos, eu nunca a vi daquele jeito. O que você fez?

Ele falou as ultimas palavras pausadamente. Scorpius não sabia como dizer aquilo, e sabia que Alvo o mataria por ter dito o que disse, feito o que fez.

O loiro sabia que o que Alvo sentia por Rose era tão intenso quanto o que ele próprio sentia por ela, ele havia confessado isso a ele já há algum tempo, era apaixonado por ela desde que eram crianças.

Alvo tinha ciúme de Scorpius, mas tentava não demonstrar, ele dizia ver nos olhos de Rose que ela o amava, embora quisesse, Scorpius queria sempre muito acreditar e ficava feliz por saber disso, mas ao mesmo tempo ficava triste pelo amigo.

–Eu disse aos meus amigos que ela não era minha amiga de verdade, tá bom? Chamei a família dela de Sangue Ruim para eles pararem de me importunar e ela ouviu! – logo que disse isso, Scorpius desabou em sua cama, ele não podia acreditar na gravidade do que tinha dito simplesmente porque queria se livrar daqueles idiotas.

Al não disse nada, apenas o olhou com desprezo, uma expressão que representava nojo, que era o que ele estava sentindo por Scorpius, aparecia em seu rosto.

–Você é desprezível, Scorpius – ele falou, antes de se virar e ir embora, deixando Scorpius com a culpa cada vez mais em cima dele. – Se tocar um dedo nela, se for atrás dela de novo, eu juro que te mato!

Rose era tudo pra ele e agora ele não podia acreditar que a havia afastado, talvez para sempre.

***

“Afinal, ela tem Sangue Ruim, ao menos na família, não é mesmo? Como é que eu, um Malfoy, poderia me relacionar seriamente com alguém assim, ainda mais uma Weasley?!”

Ela não conseguia tirar essas palavras da cabeça. Rose estava aos prantos no dormitório das meninas, Lily estava ao seu lado, ela carinhosamente passava os dedos em torno do cabelo de Rose, tentando de alguma forma reconforta-la.

A garota já havia vomitado todo o seu almoço em dois intervalos. Depois que ouviu aquilo do garoto por quem estava apaixonada ela continuava enjoada, e achava que ficaria assim por um bom tempo.

Ela queria poder vomitar os sentimentos que ainda nutria por ele. Rose não podia acreditar que Scorpius havia chamado sua família de Sangue Ruim e ainda a desprezado. E ainda mais, havia dito que ela nunca fora sua amiga de verdade, que era tudo uma farsa, uma mentira...

Pensou em como ele havia sido um bom ator aquele dia na árvore, e é claro que ela quase havia acreditado, praticamente implorara suas desculpas dizendo que o amava e se fazendo de trouxa por causa dele.

–Eu não posso acreditar Lily... Não posso – ela continuava chorando, os olhos vermelhos e cheios de olheiras, já não enxergava mais nada à sua volta.

–Ele é um babaca, Rose. Não posso acreditar que ele teve a coragem de fingir ser seu amigo por tantos anos, depois dizer lhe beijar e ainda depois dizer que nossa família tem Sangue Ruim!

Rose tentava respirar fundo e parar de chorar, sabia de alguma forma que ele não valia suas lagrimas, porém a dor interior era mais forte. O coração dela estava como que em pedaços, e todos eles machucavam-se uns aos outros, assim diminuindo cada vez mais e ficando mais despedaçado.

Ela abraçara Lily, como já fizera milhares de vezes na ultima hora. E dessa vez, Lily disse:

–Sei que é difícil, mas você tem que deixar ele pra trás e seguir em frente. Você é forte, não é mesmo, minha flor?

–Agora eu já nem sei mais Lily, estou um caco, eu... Ah, esse menino mexe tanto comigo, esse imbecil!

Lily continuava acariciando os cabelos da prima, sabia que isso a ajudava a se acalmar, Rose só queria que todo aquele sofrimento acabasse, queria uma poção para esquecer tudo.

Uma garota do terceiro ano entrou no dormitório e se dirigiu às garotas:

–Meninas, com licença, mas tem alguém lá embaixo procurando pela Rose, Hugo pediu para chama-la.

Rose não queria descer, só queria continuar ali e chorando, não queria que todos a vissem naquele estado, mas não pôde conter Lily quando ela respondeu de imediato:

–Tudo bem, obrigada Bia, ela já vai.

Ela lavou o rosto e esperou um tempo até que a cara inchada desse uma leve melhorada, depois desceu ao lado de Lily, tentando ao máximo esconder seu rosto.

–Rose, mas o que foi que aconteceu? – Hugo abraçou-a, ela não queria começar a chorar novamente, então por isso não respondeu. – Tudo bem... Mas olha, o Al está lá fora, quer conversar com você e parece muito preocupado.

–Rose, você não precisa... – Lily começara, mas Rose a interrompeu, Al era seu primo e melhor amigo até mesmo antes de Scorpius, Lily também era, porém Alvo sabia como lidar com ela até mesmo melhor do que a prima.

–É o Al, ele... É meu irmão de coração, sabe como eu sou tanto quanto você Li.

–Ei! E eu, dona Rose? – Hugo olhou-a, não parecia magoado, ele sabia o quanto Rose era apegada ao primo. Hugo era seu irmãozinho, mas não a entendia como Al.

Ela abraçou-o uma ultima vez e sussurrou:

–Te amo, Huguinho.

Alvo e Rose se abraçaram de tal forma quando se viram, que seria impossível de se acreditar que nenhum deles perdeu o ar no ato. Ela chorou novamente nos braços dele, escutando-o dizer o quanto Scorpius era um babaca e não a merecia, dizendo que ela devia se afastar dele e esquece-lo por mais difícil que fosse.

Ela sabia que seria difícil, mas acima de tudo sabia que não valia a pena viver daquele jeito.


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