Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 6
The Battle that Cannot be Won with Pride


Notas iniciais do capítulo

Byakuya e Hisana lutam respectivamente contra seus inimigos em batalhas distintas e perigosas.

Byakuya não possui chances de vitória, mas diante da derrota se lembra dos conselhos de Hisana... Zerus que o diga...

Obs: Alguém me perguntou a pronúncia certa para o nome Zerus e a correta é ZÉrus (de tio Zé, de Zero, Zezinho, etc.)



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Abertura da Fanfic

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Quando Colossus cai e seu corpo gigante desaparece junto com sua reiatsu Zerus fica quieto, pois o mesmo não havia sentido a energia emanada de Komamura e seu cinismo se torna dúvida até finalmente se converter em seriedade.

— Intrigante... Um clamor instantâneo e suficiente para finalizar uma luta daquela magnitude... Mas “Sajin” parece não conseguir suportar sua força primordial por muito tempo... — diz o azulado.

— O que foi desta vez? Finalmente começaram a sentir o sabor da derrota? — Byakuya pergunta.

— Não. — Zerus sorri e seu ar de seriedade volta ao normal. — O poder que seu companheiro utilizou é algo extraordinário e poderoso, praticamente sem igual, contudo ele não mantém tal forma por muito tempo.

— Mas isso não é necessário quando um segundo é tudo o que se precisa para terminar uma luta. — o capitão lembra.

— É verdade. — o abissal concorda. — E ao que parece sobraram apenas eu, você e Kurosaki Hisana que luta contra Solomon-sama.

— De fato.

— O que pretende fazer para me vencer Byakuya querido? Pois já deve ter percebido há muito tempo que seus truques e poderes não são suficientes para me vencer... E este é nosso “segundo” encontro não?

Aquela ela inadmissivelmente uma situação que para Byakuya era constrangedora, pois todos haviam derrotado algum inimigo, exceto ele e pensar na vergonha que fazia o nome de Raysha passar e que tão dedicadamente havia lhe treinado o faz apertar o cabo de sua zanpakutou com mais força ainda.

— Bem... Você já usou bankai, uma forma de samurai brilhante e sua zanpakutou materializada para tentar me pegar em uma armadilha e não deu muito certo... O que pretende fazer agora Byakuya querido?

Byakuya estava sem opções uma vez que na primeira luta contra Zerus Rose o mesmo havia utilizado uma ilusão e estudado todos os seus golpes e por isso naquele momento não havia nada que ele pudesse usar para...

A expressão sapeca de Hisana surge na sua mente e ele balança vigorosamente a cabeça para espantá-la de seus pensamentos.

(— Byakuya-sama... Ainda há uma opção não é mesmo? O plano de sua sobrinha Hisana pode dar certo...). — Senbonzakura sussurra em sua cabeça.

— Ainda não percebeu que aquilo não é uma escolha fácil a ser feita? A única se divertindo com isso é a própria Hisana... Minha sobrinha tola... — ele resmunga baixo.

(— Eu tenho certeza que ela faria coisa bem pior... O seu problema mestre é que você é orgulhoso demais para aceitar ajuda dos outros... Raysha reikin já havia nos falado que...).

— Já chega Senbonzakura. — Byakuya gira sua espada e corre na direção de Zerus.

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Resident Evil Revelations - 09. Parasites

Hisana voa na direção de Solomon como um falcão e chega desferindo um chute violento que derruba uma árvore sem nem mesmo encostá-la, isso chama a atenção do cientista que finalmente comprova não ser aquele mais um teatro de Hisana tentando persuadi-lo a participar de suas brincadeiras.

— Finalmente seus golpes são de verdade.

— Você é doente! Eu já não gostava de você quando criança, mas agora eu simplesmente não consigo mais olhar pra sua cara! — Hisana se aproxima com uma sequência de socos que o shinigami defende voltando à troca de potência de reiatsu entre ambos.

O shinigami primordial sente a pressão espiritual emanados dos punhos de Hisana mais intensos e seu braço começa a pesar por causa da violência que vinha a cada golpe da jovem, tanto que ele pula para trás e sacode discretamente os braços para aliviar a dor.

Mas ela não para por ali e persegue o adversário que desta vez prepara seu ataque afiado com sua zanpakutou em riste. Hisana atenta enxerga o trajeto do corte e gira o corpo no ar e sem cair no chão pega impulso com um dos pés e se projeta como uma mola na direção dele acertando o segundo soco em Solomon naquela luta.

O cientista cambaleia para trás gira o corpo em pé para não perder o equilíbrio e se surpreende ao ver Hisana com as mãos fechadas tal qual um martelo, ele põe a zanpakutou em posição de defesa e o golpe faz o dois afundarem em uma cratera no chão.

É possível vez faíscas de reiatsu saindo do choque de corpos entre os dois e eles ficam se encarando de uma forma que ainda não tinham feito durante toda a luta:

Se encarando com a vontade de arrancar a cabeça um do outro.

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Byakuya desferia cortes incansáveis na direção de Zerus que pulava de árvore em árvore se defendendo como podia com galhos ou com sua própria zanpakutou. Ele sorria para Byakuya analisando o movimento de cada músculo do capitão que tentava vencê-lo sem sucesso.

— Vamos Byakuya querido, eu preciso vê-lo fazer melhor que isso, eu sei que você está escondendo o jogo, eu sei que está lutando para não mostrar a carta que guarda nas mangas! — o azulado incitava-o.

(— Ele tem razão mestre, quanto mais demorar em seguir os planos de sua sobrinha, mais risco correrá por causa de seu orgulho!). — a voz de Senbonzakura ecoa em sua mente.

— SILÊNCIO! — ele exclama não se sabia se para Zerus ou sua zanpakutou.

No grito veemente de Byakuya uma explosão de reiatsu é disparada do corpo da lâmina na direção de Zerus que se desvia girando o corpo no ar e pousando graciosamente no chão.

— Ufa! Aquilo foi perigoso. — diz admirando o estrago no pântano venenoso.

Byakuya estava ofegante e em completa desvantagem, Zerus era um inimigo diferente de tudo o que ele já havia enfrentado e certamente o mais enigmático que já tinha visto. Ele fingia se divertir ou passar perigo diante de seus golpes, mas no fundo o brilho nos olhos do abissal eram assustadores, pois eram profundos e calculistas passando a sensação de controle sobre ele.

E aquilo o desagradava.

— Não é a toa que Hisana me disse para fazer aquilo... Diante de tanta concentração e visão somente algo daquela magnitude poderá atordoa-lo... — Byakuya reflete sobre o que tinha acabado de dizer e range os dentes. — Eu prefiro morrer a fazer isso... — sussurra.

Zerus coça a bochecha.

— Byakuya querido você está muito desconcentrado nesta luta, está tudo bem? Se quiser podemos dar uma pausa e eu posso fazer um chá enquanto descansamos o que me diz? — ele sorri simpático.

— Como é? — Byakuya franze o cenho.

Zerus suspira.

— Entenda... Eu detesto lutar, eu luto, mas eu detesto, lutar me faz suar, suja ou quebra minhas unhas, rasga minhas roupas que passo horas costurando para impressionar meu Solomon-sama querido e o pior de tudo isso é que não importa quantas vezes eu passe creme no rosto e escova nos cabelos eles sempre ficam um horror. — ele resmunga choroso puxando um galho seco do cabelo despenteado.

Embora tivesse um comportamento duvidoso Zerus era muito belo e tinha uma aparência agradável aos olhos e um perfume de rosas inconfundível.

— Se não gosta de lutar então se ajoelhe para que eu corte sua cabeça fora e ponha um fim a isso. — Byakuya diz de maneira fria.

— Ai credo que horror Byakuya querido! Quem foram os Neandertais que lhe ensinaram palavras tão horríveis? Ah! Não me diga, foram aqueles homens com cara de animais e provavelmente com o cheiro podre dos mesmos! — o abissal faz expressão de nojo.

Byakuya se enfurece.

— Como disse?

— O Byakuya querido que eu conhecia era galanteador e respeitável, mas agora está tão mudado e usando palavras de baixo nível que me fazem imaginar que tipos de torturas sociais lhe fizeram passar naquele antro de perdição e desprazer. — o azulado falava pensativo.

— Foram os seis meses mais inesquecíveis de minha vida.

— Como é? — Zerus fica desconfiado, mas na verdade havia pensado besteira.

— O que Raysha reikin me ensinou eu levarei para o túmulo como testamento da pessoa maravilhosa que ela é. — ele responde sem hesitar nem um pouco.

Zerus ri.

— “Raysha”? Raysha?! A mulher que se finge de santa? — começa a rir novamente.

Byakuya fecha a cara.

— Você a conhece?

— Ops! Falei demais. — o abissal bate na boca.

— Se você é o servo de Solomon então deve ter ouvido falar de Raysha reikin e comparado a ela você não significa absolutamente nada para mim.

— Como? Repita Byakuya porque eu acho que não ouvi direito. — zomba Zerus.

— Ela não é nada do que pensa... Abissal maldito...

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O treinamento de Byakuya havia começado há alguns dias, mas ele quase não treinava com Raysha que o levava para conhecer lugares do imensurável oásis no deserto das almas, embora fossem situações estranhas as conversas eram agradáveis e o fazia esquecer do dever que tinha em voltar mais forte e proteger seus companheiros e especialmente sua irmã Rukia.

Era tarde de um dia qualquer no oásis, Byakuya e Raysha caminhavam calmamente pelo jardim central, a bestial explicava sobre o funcionamento do ciclo da vida que a Raiz os Espíritos provia, mas desta vez ele não parecia muito interessado, ao notar sua distração ela se vira para ele e para de andar.

— O que houve Byakuya? — ela pergunta.

— Raysha reikin eu não quero ser descortês com a senhora, contudo faz dias que começamos o treinamento e eu não vejo onde andar pelo oásis me fará mais forte. — ele fala para ela enquanto de cabeça baixa a reverenciava respeitosamente.

— E quando você diz ficar mais forte você se refere ao quê exatamente? — ela pergunta.

— Ter mais poder, minha zanpakutou e bankai causarem mais danos aos meus inimigos, eu preciso de força para proteger a Soul Society minha senhora e caminhar não fará essa diferença em mim. — ele responde levantando a cabeça.

— Só isso? Se quiseres tanto assim ter poder saiba que você já é poderoso o suficiente para vencer seus inimigos. — ela responde.

— Como? — ele parecia confuso. — Raysha reikin eu não sou forte, vi pessoas mais poderosas do que eu sendo derrotadas sem conseguirem fazer nada, então como é possível me comparar a elas?

Raysha suspira e toca em seu ombro.

— Venha comigo.

Ela sai andando, Byakuya continuava com seu ar de dúvida, mas a segue sem questionar.

The Vision of Escaflowne - CHAIN

Eles se dirigem para a região fronteiriça do abismo do deserto que ficava muitos quilômetros de distância dos limites do oásis. O capitão sente o ar ficando mais denso e seu corpo mais pesado a cada passo, respirar se torna difícil e a luz começa a desaparecer, era como se começasse a ficar noite rapidamente e uma energia negra que parecia cinza flutuava e subia ao céu dando a sensação de estarem entrando em outra dimensão.

— Que lugar é esse? Onde estamos indo senhora? — ele pergunta com dificuldades.

— Estamos indo ao local onde sua sobrinha Hisana e Arion estão treinando: O Vazio.

Ele se espanta.

Tudo começa a ficar ainda mais escuro e enxergar se torna quase impossível.

— Dê-me sua mão. — a bestial estende a sua mão para o capitão que hesitante a segura.

Ela os guia pela escuridão e Byakuya sente um frio na espinha tomando conta de seu coração, era como se ele estivesse com medo de seguir em frente e suas mãos começam a tremer, não demora e ele passa a ouvir vozes ecoando na sua cabeça e por um instante ele não sente mais o próprio corpo e nem a presença de Raysha que desaparece na negritude que havia adentrado, ele se esforça para enxergar, mas não sentia mais nem mesmo a própria respiração e por fim o silêncio se torna imperativo.

O capitão tenta criar uma esfera luminosa de reiatsu, mas ela é engolida pelo vazio e tudo volta a ficar negro.

— Raysha reikin? — sua voz não sai e ele nota que a tinha chamado com o pensamento... Ou seria isso que havia pensado por não conseguir enxergar sua própria boca se mexendo? — Raysha reikin!

Byakuya sai correndo em disparada tentando chama-la, mas tropeça em alguma coisa e cai em um abismo batendo em várias coisas que não podia enxergar até finalmente chegar ao chão e sentir o impacto nas costas.

— Raysha reikin? — grita novamente levantando com muito custo.

Medo.

Um medo primitivo se instala em Byakuya. Onde ele estava? Como iria sair dali? Quanto tempo havia se passado? Ele iria morrer daquele jeito? O capitão parecia machucado, mas a que nível ele não sabia, pois não podia ver seus ferimentos, ele anda tateando, mas a suposta parede do abismo que tinha caído não existia onde deveria estar e ele andava cada vez mais pra frente sentindo que se perdia ainda mais a cada passo.

Desespero.

Byakuya corre desesperadamente em busca de uma saída e por horas e mais horas corria sem achar uma saída ou sequer um único obstáculo que o fizesse cair, ele se ajoelha ofegante e trêmulo começa a gemer de medo e por fim deita no chão chorando.

As vozes se tornam suas únicas companhias agora e ele tenta prestar atenção no que dizem.

Algumas pareciam rir, outras conversavam sobre coisas triviais e cotidianas, gritos de morte, gargalhadas, ordens.

— Morra.

Byakuya se assusta ao ouvir a voz e levanta em um salto sacando sua zanpakutou.

— Quem está ai?

— Seu tolo não consegue reconhecer a voz?

— Quem está ai?! — ele ordena que responda.

— Eu estou aqui.

Byakuya vira para trás e enxerga um reflexo de si mesmo diante de seus olhos, mas ele tinha uma pele mais escura e a energia que parecia cinza ascendendo para fora do abismo saia de seu corpo, ele tinha um sorriso cínico e apontava para o capitão com sua unha crescida e pontiaguda.

— Quem é você? — ele fica em posição de batalha.

Seu reflexo começa a gargalhar e a sumir, quando dá por si quem estava rindo era o próprio Byakuya na escuridão e tudo não passavam de uma ilusão de seu próprio pensamento solitário e doentio causado pelo medo do vazio e desespero da morte que sentiu ao botar os pés ali.

(Eu estou ficando louco, alguém me ajude!).

— Byakuya!

(Eu estou me perdendo!).

— Byakuya!

(Alguém me mate, por favor!).

— BYAKUYA!

Uma tapa acorda o capitão que se levanta em um susto que o faz puxar uma golfada violenta de ar. Ele exaspera respirando desesperado um ar mais leve e oxigenado.

— Byakuya!

O capitão que suava e tremia olha pra o lado com expressão amedrontada e lágrimas nos olhos para Raysha que estava preocupada lhe observando.

— R-Raysha reikin... — ele tenta achar sua voz.

— Que bom que voltou a si... — ela respira aliviada.

— O- o que aconteceu? — ele estava perdido.

— Comigo nada, mas e quanto a você? O que aconteceu? — ela pergunta.

— E-eu... Eu entrei com a senhora dentro do Vazio, mas então a senhora soltou minha mão e eu me perdi lá dentro, então coisas... Vozes... Quantos dias se passaram? — ele pergunta preocupado.

— Byakuya... Não se passaram nem dez minutos desde que entramos e... — ela olha para baixo e ele segue seu olhar onde surpreso ele percebe que ela segurava sua mão. — Eu não soltei sua mão por um segundo sequer.

O capitão estava sem palavras, sua cabeça começa a doer ao imaginar o que tinha sido tudo aquilo que passou e que parecia uma eternidade de tormento.

— Que... Que lugar é esse...? — sussurra sem conseguir descrever mais nada do que tinha sentido.

The Last Remnant OST - The Bonds of Friendship

— O deserto das almas é a região da criação que não foi usada para fazer parte do ciclo espiritual dos seres vivos, por isso não há vida aqui e ele foi isolada do resto do mundo, porém... — ela olha para a região escurecida de onde tinha retirado Byakuya minutos atrás. — O Vazio é simplesmente a área onde não pode existir vida não importa o que seja feito, não há luz, não há vida, não há absolutamente nada, por isso ele possui a capacidade de refletir seu próprio ego e personifica-lo diante de seus olhos.

— Um local de expiação... — ele comenta já mais aliviado da tortura mental que havia passado.

Raysha assente.

— Eu e Arion entramos no Vazio séculos atrás tentando descobrir seu significado ou o motivo de algo como ele não ser influenciado por entidades externas... E quase não saímos vivos, entramos outras vezes, mas somente Arion foi mais fundo do que eu... Quanto mais ressentimentos você guarda de si, mais o Vazio usa contra você e converte em loucura, medo... Traumas...

Raysha faz carinho na mão de Byakuya e sorrindo se levanta do chão, o capitão também se levanta.

— Mas por que Arion reikin escolheu esse lugar para treinar Hisana?

— Porque ela é como você Byakuya. — ela se vira para ele. — Sua sobrinha já tem o que é necessário para vencer seus inimigos, contudo existe uma barreira que a impede de crescer, coisas que ela guarda dentro de si e que por passar tanto tempo reprimindo não sente mais a diferença que fazem em sua vida prejudicando-a... É como se ela sentisse que já fazem parte dela e por isso não nota que existem dentro de si.

O capitão fica surpreso.

— Então...?

Raysha anda um pouco vindo em sua direção e olha para o Vazio, seu discípulo acompanha seu olhar.

— Nós notamos que existia algo reprimido dentro dela, mas sem conhecê-la não tinha como ajuda-la, portanto o Vazio foi o único lugar que concluímos ser capaz de expor tudo o que existia dentro dela.

— Expor em que sentido senhora? — Byakuya pergunta.

— Dando vida aos seus medos e traumas de tal forma que tentarão mata-la e se ela não conseguir superá-los... Hisana morrerá.

Byakuya se vira para Raysha.

— Por isso a senhora me trouxe aqui?

Ela assente.

— Diga-me o que viu. — ela pede.

— Não vi nada senhora que não fosse a mim mesmo com uma imagem distorcida que no final percebi ser eu mesmo, não ouvi nada que não vozes conhecidas e desconhecidas em minha cabeça...

Raysha fica pensativa.

— Isso pode significar que você é influenciado pelo que ouve e que no final sua imagem é tudo o que importa, mas no fundo esconde um ego desconhecido e assustador aos olhos de quem lhe conhece, não é a primeira vez que vejo um caso assim.

— Então o que eu faço?

— Comece se perdoando por tudo o que fez e o que não fez que causam desconforto ao seu coração, somente admitindo que não és perfeito que conseguirás enxergar a si mesmo Byakuya. — ela responde.

— Mas como eu faço isso? — ele fica confuso.

— Isso... Já é algo que somente você poderá encontrar uma resposta, mas quando finalmente encontrar, então ai sim seu verdadeiro treinamento começará.

— E se eu não encontrar?

— Não existem perguntas sem respostas nesse mundo Byakuya, tudo depende de onde começar a procura-las. — Raysha começa a ir embora. — Na verdade... Existe um lugar em que respostas podem ser encontradas mais facilmente... Mesmo que de modo mais difícil...

Byakuya olha para trás e fica encarando o Vazio onde sua sobrinha se encontrava naquele momento, então fechando os punhos começa a andar em direção à escuridão.

Raysha sorri sem olhar para trás.

— Boa sorte... E tome cuidado...

Alguns dias depois Raysha observava a grande vastidão vazia quando sorri ao enxergar Byakuya saindo dela, mesmo todo machucado e de roupas rasgadas ele caminhava firme e decidido em sua direção.

— Que bom... Que bom que voltou.

Byakuya assente com olhos mais firmes.

— A senhora tinha razão... Não existe pergunta sem resposta. — ele olha para a própria mão e fecha o punho. — Eu nunca quis acreditar que faltava algo em mim por me achar suficiente e melhor que os outros, mas hoje eu percebo que não só estava errado como pude enxergar em mim os defeitos que me impediam de olhar melhor ao meu redor e enxergar o que valia a pena ser visto e as coisas que tanto tenho orgulho e que fazem parte de mim.

— Parece que o vazio soltou mais a sua língua também não? — Raysha esconde o riso.

— Isso também faz parte do meu orgulho.

Raysha sorri e toca em seu ombro.

— Agora sim você esta pronto para aprender mais uma vez aquilo que havia escondido dentro de seu coração e eu vou mostrar a você cada uma das coisas magníficas que pode fazer Byakuya.

— Por favor, guie-me mestra!

Raysha olha surpresa.

— Realmente você... — ela balança a cabeça sorrindo. — Esqueça, mas antes... Vamos trocar estas roupas...

Byakuya assente.

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Chrono Cross OST - Optimism

Byakuya olhava para Zerus encarando-o por ter desrespeitado Raysha, mas também porque finalmente estava decidido a seguir os planos de Hisana.

— Gostei desse olhar... — Zerus brinca. — É mais sedutor... De uma forma respeitosa é claro.

— Perdoe-me Raysha reikin, mas eu farei hoje algo que causará vergonha ao seu nome...

(— Byakuya-sama o senhor vai...?!). — a voz de sua zanpakutou ecoava surpresa em sua mente.

O capitão desenvoca sua zanpakutou e retira o kenseikan dos cabelos balançando-os ao vento.

— Ehm!? O-o que você está fazendo? — Zerus começa a engasgar, mas de certa forma ansioso e curioso.

Byakuya estava ficando vermelho de vergonha, mas de forma impetuosa segura seu quimono e o arranca junto com o kataginu expondo o tórax e seus músculos trabalhados nos meses de treinamento.

— Não está vendo? Estou tirando a roupa para enfrenta-lo.

Zerus fica de olhos esbugalhado e paralisado, seus olhos tremem por um segundo e um jato forte de sangue sai de suas narinas e ele cai para trás.

(—Acho que ele morreu Byakuya-sama...). — Senbonzakura parecia não acreditar e sua voz ecoava meio engasgada.

A face de Byakuya estava tremendo demais para esboçar ou dar-lhe alguma resposta, tudo que ele fazia era olhar para Zerus que parecia ter desmaiado no chão.

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A reiatsu de Zerus oscila de maneira estranha fazendo Solomon parar de encarar Hisana que também sente o mesmo e engole uma risada perdendo a compostura séria que tinha antes.

— O que está acontecendo? — o cientista fica sem entender.

— Puta merda... Eu queria uma câmera agora. — Hisana limpa a garganta e volta a ficar séria. — Há, Zerus caiu na armadilha de meu tio e vai perder a luta Solomon, ele está usando sua técnica secreta e seu abissal não terá chance alguma agora.

Solomon olha confuso para Hisana.

— “Técnica secreta”?

— Exatamente. A única coisa que faria Zerus perder totalmente seus poderes diante de um oponente como o meu tio. — Hisana sorri cínica. — Mas é segredo não conto nem sob tortura.

— Zerus não possui pontos fracos, não pode existir tal técnica capaz de detê-lo.

Hisana abre um largo sorriso.

— Você não faz idéia...

Solomon continuava confuso.

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Zerus levanta trêmulo quase sem forças nas pernas se apoiando pelo tronco de uma árvore com sangue jorrando pelo nariz.

— M-mas o que significa isso? Meu corpo... Não me obedece...

— O que foi Zerus Rose? Não estávamos lutando? — Byakuya se aproxima mais do abissal.

Zerus ergue o rosto trêmulo e suando feito um condenado, ele olhava para Byakuya com olhos brilhantes.

(— Oh este corpo esbelto e magnífico, albino como flocos de neve no inverno frio antes da primavera florida, estes cabelos negros e sedosos que mesmo diante do veneno deste lugar continua lindo e maravilhoso!). — pensava o abissal de boca aberta quase babando.

Chrono Cross OST - Dancing the Tokage

Zerus tira alguns lenços do bolso e põe tapando a hemorragia do nariz e tenta erguer sua zanpakutou.

— Eu não vou ser vencido por suas táticas sensuais, maravilhosas e sedutoras! — ele aponta a espada para o capitão.

— Então me ataque e veremos se o que diz é verdade. — Byakuya o desafia.

Zerus fica hesitante, ele se contorce e faz careta.

— Mas vai ficar cicatriz... Não quero deixar uma cicatriz justo hoje que mostrou pela primeira vez esse tórax maravilhoso e suado pra mim! Isso debaixo do sol deve assar como uma picanha Kyaaaah! — ele grita histérico com a face vermelha e mãos no rosto em vergonha.

Byakuya franze o cenho e corre na direção de Zerus que faz gesto de ataque, mas recua e leva um soco violento do capitão e bate na arvore gritando de maneira estranha... Quase masoquista...

— Espere Byakuya querido isso é injusto! — ele grita reclamando da dor na nuca.

Byakuya sorri afiado e faz menção de tirar também o obi.

— Não espera! Espera! ESPERA! — ele grita escandaloso e desesperado.

Byakuya tira a corda fina e cintilante que amarrava seu obi na cintura, o queixo de Zerus cai e outro jato de sangue arranca os tampões de seu nariz como balas de canhão e o abissal cai para trás batendo a nuca na arvore outra vez.

— O que foi abissal? Não vai me atacar mais não? — o capitão pergunta.

— KAMI-SAMA É MUITA PERVERSÃO PARA MINHA CABEÇA! — ele levanta gritando escandalosamente como uma galinha após botar um ovo.

Byakuya se aproxima do abissal que estava tentando estancar a hemorragia nasal.

— Kyah!!! Byakuya querido! — ele vem pulando como uma gazela saltitante na direção do capitão que desvia e desfere uma cotovelada no abissal que cai comendo terra, mas ele levanta como se nada tivesse acontecido.

Zerus balança a cabeça tonto pelo golpe e de certa forma alucinado com o que estava vendo, o comportamento lunático do abissal e praticamente cego pelas atitudes do capitão era o que faltava para vencê-lo, mas no fundo havia uma raiva frustrante e crescente em Byakuya ao lembrar claramente de cada palavra de Hisana antes daquela luta começar...

Hisana se aproxima do ouvido de seu tio Byakuya e sussurra:

— O fascínio de Zerus é pelo seu corpo tio, se quiser vencê-lo basta ficar peladinho.

— Isso é alguma piada? — Byakuya olha desconfiado para sobrinha.

— Acredite essa é a única forma que eu conheço... — Hisana cochicha novamente.

— Você pensa que eu sou o que?

— Tio eu não penso nada só sei que se não fosse meu parente eu dava em cima do senhor, diga lá o Zerus, vai por mim ele vai ficar maluquinho ai o senhor vai ter chances de vencê-lo num instante.

— Isso é loucura Hisana, tem idéia do que está me pedindo?

— Estou pedindo pro senhor deixar o seu orgulho de lado pra vencer.

—... Essa idéia é absurda demais... — ele sussurra quase inaudível.

— Tio...?

— E... E-eu não sei se vou conseguir... — confessa.

— O senhor consegue. — ela toca em seu ombro lhe dando forças.

A face de Byakuya retorce, mas como brinde ele recebe um gesto positivo da sobrinha que parecia estar se divertindo com tudo aquilo.

Mas por que Byakuya apesar da ideia absurda não rejeitaria as palavras de Hisana? Pelo simples fato dele entender agora o quanto ele significava para ela e que por isso usaria qualquer arma ao seu alcance para fazê-lo vencer.

O capitão do sexto esquadrão acorda de seu rápido flashback balançando a cabeça sabendo que teria que lutar e meditar durante anos com o seu subconsciente para apagar aquelas memórias.

— Está na hora de acabar com isso. — a zanpakutou de Byakuya surge em suas mãos.

— O que vai fazer agora? Vai usar sua zanpakutou para tirar o que sobrou do resto das roupas? — pergunta Zerus ansioso e esperançoso.

— Shire Senbonzakura!

A resposta de Zerus é uma saraivada de pétalas laminadas que transpassam seu corpo enchendo-o de buracos como uma peneira, ele cai muito machucado e boa parte da estrutura e terreno que havia construído para lutar se perde.

— Oh... Meu corpo...

Byakuya se aproxima do abissal e ergue a espada para desferir o golpe de misericórdia.

— Me pergunto se ao mata-lo não acordarei eu de outra ilusão. — ele comenta.

— Como se uma ilusão tivesse a sorte de ver o que estou vendo agora... — ele começa a rir.

— Você definitivamente não sabe o que vale a pena valorizar...

— Sacrifício... Eu valorizo o meu sacrifício... — o abissal todo ensanguentado responde.

— Seu sacrifício foi em vão. — Byakuya replica.

— Não... Porque eu tive a oportunidade de ver aquilo que admiro antes de perder a vida de uma forma que nunca pude fazer antes... — o abissal sorri.

— Você perdeu a sua chance de vencer quando se tornou cego por um objetivo.

— Eu nunca... Nunca perdi a visão de meus objetivos Byakuya querido...

O capitão segura firme o cabo da espada.

— Obrigado... Pelo espetáculo...

A expressão de Byakuya treme e ele transpassa a cabeça de Zerus com sua espada dando um fim vergonhoso à sua luta que mesmo assim ainda contava como vitória.

Senbonzakura se materializa.

— Não importa sob que circunstâncias ou ameaças... O que aconteceu aqui jamais deverá ser revelado...

— Como quiser senhor. — sua zanpakutou responde.

Byakuya estava vermelho em um misto de raiva e vergonha pelo que havia sido necessário fazer para vencer. Ele pega suas roupas jogadas pelo caminho e começa a vesti-las quando nota algo curioso.

Normalmente quando um abissal era derrotado eles costumavam evaporar em milhares de partículas espirituais e sumir, contudo o corpo de Zerus continuava ali inerte sem nenhuma alteração e mesmo os minutos passando ele permanecia o mesmo.

Temendo haver algo de errado acontecendo ele se aproxima do corpo do abissal e tentar sentir sua pulsação e respiração, mas seu corpo já esfriava comprovando ele realmente ter morrido.

— Por que será? — sussurrava intrigado.

— Precisamos voltar senhor. — sua zanpakutou lembra.

— Sim. Mas não esqueça: “Nenhuma palavra”.

— Sim senhor. — sua zanpakutou responde, mas na primeira oportunidade deixa escapar uma risadinha.

Assim que sai do pântano o ambiente começa a se dissolver e o corpo de Zerus brilha e derrete tomando a forma de uma espada fria e quebrada...

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Bleach OST Jigoku Hen #15 Incantation Parte E

A reiatsu de Zerus some e a expressão de Solomon enrijece.

— Só falta você agora. — Hisana anuncia.

— Qualquer que tenha sido a técnica utilizada para vencer Zerus tem os meus parabéns.

— Se tratando de um inimigo como ele lógico que não seria nada convencional, além do mais ele é alguém que o prognóstico de vitória para mim sempre foi sombrio... Assim como você, mas eu não poderia me dar o luxo de gastar minhas energias enfrentando os dois ou acabaria perdendo para ambos. — ela responde.

— Uma conclusão óbvia. — Solomon diz.

— Por isso eu não posso deixar os esforços de nenhum dos meus amigos passarem despercebidos. — Hisana entre em instância de combate.

— Tem razão e uma vez que tenha começado a lutar a sério talvez finalmente tenha chegado o momento de eu lutar da maneira que estou mais acostumado a fazer.

— Como?

Solomon deita sua zanpakutou no ar logo a sua frente e ela fica parada levitando.

— Está na hora de eu começar a lutar como um verdadeiro cientista!

Ao dizer isso a zanpakutou do abissal se torna um grande teclado virtual e finalmente agrega mais e mais aparatos holográficos que preenchem o ambiente ao seu redor. Os que haviam lutado na batalha de Karakura lembram imediatamente do enorme computador que ele havia invocado durante a luta para controlar a distorção temporal.

Solomon puxa a zanpakutou do ar e ela funciona como uma chave ligando todo o equipamento diante de seus olhos.

— Isso sim é algo preocupante... — a jovem sussurra.

Solomon estala os dedos e tal qual um pianista posiciona os dedos para digitar as primeiras notas.

— Vamos começar os experimentos... — diz o cientista com um sorriso malicioso no rosto.

Tudo o que Hisana faz é suar nervosa enquanto espera ansiosa pela apresentação do poder que Solomon mais tinha prazer em mostrar:

Seu intelecto sem limites.

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Continua...

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Notas finais do capítulo

... Tá bem... Eu não sei nem o que comentar... Mas todo mundo sabia que cedo ou tarde o Byakuya ia ter que mostrar suas partes além da nudez e depois de tudo o que passou não é fácil para alguém como ele deixar o orgulho de lado e tirar as roupas kkkkkk...

Tá parei...

Fangirls de Byakuya me perdoem, mas não pude resistir a tal perversão e eu tinha que tirar um pouco as vitórias clichês de foco heuheuheuheu.

Byakuya terá pesadelos por semanas...

O próximo capítulo começará a batalha da Hisana e estaremos do ponto que ficará realmente interessante e ai meus amigos só Chêssus e Chucky Nóia salva ela...

Aviso: Devido os últimos capítulos inspiradores de Bleach Solomon recebeu um upgrade de loucura.

Obrigado a todos que ainda acompanham a Fic, bjus e nos veremos nas reviews!



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