Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 5
Clamare


Notas iniciais do capítulo

Komamura, o filho perdido, luta contra Colossus, aquele que tudo destrói, em um embate que faz jus aos seus tamanhos, mas no meio de todo este conflito o bestial renascido e em paz com suas raízes finalmente desperta sua verdadeira origem em uma demonstração única de poder.

Agora era a hora do bestial reivindicar a força que achava ter perdido e que jazia escondido no fundo de sua alma.

O momento de clamar pela vitória havia chegado.

Obs: "Clamare", a palavra que dá nome ao capítulo significa "Reivindicação".



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Abertura de Ascensão

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Garo: Honoo no Kokuin — Battle 2

Explosões se espalhavam pelas florestas e rochedos nas planícies longínquas da Soul Society de onde em meio a fumaça e fogo surge Komamura trocando golpes com Colossus, o abissal de força física descomunal que naquele momento lutava em sua forma de combate compacta que não somente lhe deixava mais ágil, mas também mantinha seus ataques concentrados mais violentos.

Não fosse pelo árduo treinamento de Komamura em busca de suas raízes, aquela situação já teria se convertido favoravelmente ao abissal há muito tempo e esse pensamento não abandonava sua cabeça ao imaginar Sado resistindo a toda aquela pressão pelos embates que se seguiram entre ambos.

Colossus desfere um soco rasante em Komamura que desvia rastejando pelo chão e pulando com um mortal frontal no ar e girando o corpo ao mesmo tempo para enxergar o chão se abrindo e o abissal vindo com tudo em sua direção.

Komamura posiciona sua zanpakutou a tempo de defender-se da marreta de Colossus que cria um estrondo ensurdecedor e uma explosão de vácuo no céu, eles medem forças por alguns instantes e logo somem com um shunpo voltando a voar violentamente na direção um do outro desferindo golpes indefensáveis que os feriam, mas mesmo assim eles apenas atacavam sem se importar com a defesa naquele momento de adrenalina pura.

— Isso! Isso! É essa a sensação de batalha que eu busco Komamura Sajin! O fervor que faz o seu corpo entrar em ebulição! A explosão de cada golpe que arranca suor e sangue! Esse é o sentido da verdadeira batalha! — o abissal exclama com um largo sorriso no rosto.

— Então este é o seu verdadeiro “eu”? O monstro devoto das batalhas que se mascara de abissal honrado e justo que ao menor sinal de uma luta mais árdua se deixa levar pela insanidade do precipício da morte?! — o capitão rebate.

— A morte e vida andam lado a lado Komamura Sajin! Pois para morrer basta viver! Então que sentido há em não aproveitar este momento tênue ao máximo!? — Colossus desfere um soco esmagador no capitão que cospe sangue e não tem tempo de recuperar o fôlego antes de levar uma joelhada e uma martelada na cabeça que o arremessa como um foguete no chão levantando uma montanha de pedras e poeira.

Colossus pousa esperando-o levantar dos escombros.

— Você passou longos seis meses em busca de poder e ainda assim isso é tudo o que consegue fazer? Mesmo seus amigos se mostraram mais promissores, mas você desde sempre não passou de um empecilho tão fácil de matar como uma formiga... Tal qual Magnus-sama fez...

Os escombros se remexem e Komamura se levanta olhando para o inimigo.

— Magnus... Há quanto séculos eu não vejo o dono deste nome? — ele fecha os olhos. — Embora ele esteja vivo em minhas memórias como meu carrasco de um futuro trágico e distante, para mim Magnus não passa disso... Lembranças.

— Magnus-sama parecia bem próximo de sua raça não é mesmo?

— Ele era amigo da vida. — Komamura abre os olhos que demonstravam pesar. — Não importasse a origem, tipo... Aparência... Magnus sempre apreciou todas as formas de existência e a abraçou como se fosse seu próprio destino. — o capitão olha para sua mão bestial e fecha o punho firmemente. — Por causa desse amor ele recebeu a chama da vida... Mas por causa deste mesmo amor ele se desviou de seu caminho.

Colossus sorri.

— Uma história tão trágica não?

— Um shinigami primordial podia ser muitas coisas... Mas Magnus tinha um coração disposto a sacrificar tanto por todos... Quando me lembro de Solomon e Daniele ao lado dele tudo que eu consigo sentir é o aperto em meu coração por perdemos guardiões tão magníficos da criação.

— O termo “perder” é errado quando se trata daqueles que ainda vivem não? Afinal Solomon-sama e Magnus-sama ainda estão dispostos a fazer tantos sacrifícios como antigamente para conseguir realizar suas ambições.

— Magnus e Solomon se embriagaram no próprio poder e agora querem usá-los para destruir aquilo que foram criados para proteger. Não meu caro abissal, Magnus e Solomon morreram há muito tempo.

— Nossos conceitos são diferentes shinigami, pois o poder de meus mestres são tão reais quanto o ar que você respira e lhe mantém vivo neste mundo, saiba que a existência deles é o testamento do poder perdido do Grande Rei e que eles usarão para destrui-los!

— Você destruíram tudo em seu mundo e o que conseguiram com isso? Realizaram suas ambições? Ao que parece nem chegaram perto disso e mesmo assim continuam a tentar influenciar a existência deste mundo que se separou da tragédia no destino da dimensão de Hisana... Não abissal... Vocês serão impedidos de repetir estas mesma atrocidades neste mundo e nesta Soul Society! — Komamura aumenta sua reiatsu e ergue sua zanpakutou. — BANKAI!

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Dragon Ball Z: Battle of Gods - 34 Struggling Against a God

Hisana leva um corte profundo no peito e cospe sangue, ela rola no chão para desviar dos chutes de Solomon que emanavam a energia perigosa que ela não conseguiria converter daquela posição, mas a reverberação da reiatsu do primordial pega Hisana de raspão apenas o suficiente para sufoca-la e acordá-la daquela situação desvantajosa.

A jovem de cabelos negros grita e expande sua reiatsu para rebater o poder de Solomon, mas a ferida em seu peito jorra mais sangue devido o esforço e ela se ajoelha para se recuperar.

Solomon surge com um passo instantâneo e Hisana consegue sentir o calafrio que salva seu pescoço. Ela abaixa a cabeça e leva um corte de raspão no rosto, então com a perna de apoio pula dando uma giratória no ar e deflete os cortes seguintes com a energia da forja das almas em seus braços, mas os cortes são profundos e a machucam bastante. O shinigami primordial surge do nada em sua frente.

Hisana leva uma pisada no estômago e seus olhos ficam brancos ao sentir o impacto, ela cospe sangue e uma explosão de vácuo a arremessa com força descomunal no chão.

A jovem sai arrancando obstáculos pelo caminho até finalmente parar em meio aos escombros que seu corpo arrasta.

Quando abre os olhos e balança a cabeça Solomon já estava na sua frente com a espada vindo em direção ao seu peito. Ela só tem tempo de usar as mãos nuas para impedir ser empalada outra vez.

— Não vai lutar com sua zanpakutou Hisana? — ele pergunta.

— Q-que nada... Eu tenho tudo sobre controle. — ela sorri de canto.

— Não diga...

— AH! Solomon uma gaivota vai fazer cocô em você! — ela olha espantada para cima fazendo bico tentando apontar para o céu.

— Ridículo... Como se existisse a...

Um barulho perturbador corta o raciocínio do shinigami que olha para o ombro vendo um líquido espumado e esbranquiçado... Mas aquilo era saliva e não fezes de pássaro. Quando olha para baixo Hisana já havia desaparecido, ele olha para trás e enxerga a jovem correndo, rindo e mostrando a língua.

— Ela... Ela realmente calculou o momento em que seu próprio... Quando foi que ela...? — o cientista parecia de certa forma surpreso com a ousadia de Hisana em cuspir para o céu e calcular o momento em que cairia sobre ele para poder fugir de suas mãos.

Sem dizer mais nada ele retira um lenço do bolso, limpa o ombro e olha para onde ela ia.

— Minha paciência... Está acabando... — diz sumindo com um passo rápido.

— Ai cacete aquele cuspe veio a calhar mesmo! Ainda bem que não veio na minha testa! — ela ria ao lembrar-se da ousadia.

Tokyo Ghoul OST Im Dankeln

Um estrondo a faz olhar surpresa na direção em que Komamura lutava e ela enxerga o enorme samurai negro sem armadura e expressão de demônio com sua espada gigante rugindo no horizonte não tão distante dali.

— Komamura-san...

O devaneio de Hisana cessa quando ela é impedida de continuar correndo ao ser barrada por Solomon que a segura pelo pescoço sufocando-a.

— Aonde pensa que vai Kurosaki Hisana, se acha que vai continuar ganhando tempo até seus amigos terminarem suas lutas e vir ajudá-la, então está muito enganada. — o shinigami primordial avisa.

— E-e-e eu tenho cara de ter pensado nisso? Eu não p-pensei em nada ainda para te vencer p-por i-sso eu estou c-correndo. — ela confessa com dificuldades.

— NÃO MINTA PARA MIM! — a voz de Solomon é tão assustadora que ao se sentir ofendido pelas palavras de Hisana ele aperta ainda mais o seu pescoço. — Não menospreze a minha inteligência Kurosaki Hisana!

A jovem sente seu pescoço prestes a quebrar e concentra a energia esmeralda da forja em seus pés e desfere um chute duplo no rosto do primordial que a larga, mas ela não estava segura ainda e sabendo não ter opções que não lutar até abrir o caminho que poderia levá-la à vitória Hisana ataca novamente.

Seus amigos longe dali conseguem perceber Hisana em apuros, mas o que poderiam fazer para ajudá-la?

— E-eu pensei que Hisa-chan conseguiria vencê-lo sem problemas... Mas ela está...! — Inoue junta firme as palmas das mãos como se rezasse.

— Hime... — Ishida tenta confortá-la.

— Eu sempre confiei que Hisana venceria, porém estamos diante de um monstro como Solomon e ele nem mesmo mostrou seus verdadeiros poderes ainda. — Sado lembra.

— O problema não é esse... — Katsuya fica pensativo. — Hisana está encurralada, mesmo assim ela luta sem sua zanpakutou e Solomon deve estar usando essa escolha dela para equilibrar a luta e coletar dados de Hisana... — o jovem olha para seus companheiros. — E este Solomon é apenas um dos dois que enfrentamos, Hisana sabe que se mostrar tudo o que sabe, quando enfrentar o Solomon de nossa dimensão suas chances de vitórias serão ainda menores.

—... Por isso ela está evitando usar todo seu poder... Mas se não o fizer não terá chances contra alguém como Solomon! — Tomoe exclama preocupada.

—... A não ser que ela encontre outra forma de vencê-lo sem hesitar em mostrar seu poder... Tudo o que ela poderá fazer é aproveitar alguma falha de Solomon para derrotá-lo. — Rukia conclui.

— Impossível... — os amigos olham para Katsuya. — É impossível por que... Solomon não possui falhas e mesmo quando perde... Mesmo quando perde...

— Ele encontra uma forma de vencer... — completa Tomoe que suava frio ao lado do amigo que veio do futuro.

Ichigo e Rukia ficam calados e as últimas palavras dos jovens amigos apenas os deixam mais preocupados.

— Hisana... — sussurram mordendo os lábios.

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WitchCraft Works - 34 Walpurgisnacht

Komamura libera sua bankai e se prepara para atacar com os braços gigantes de Kokujō Tengen Myō'ō.

— Hahaha isso vai ser divertido!

Ao exclamar em excitação Colossus deixa seu martelo no chão e seu corpo começa a emanar reiatsu e sua pele rasga como a metamorfose de uma borboleta de onde uma casca maior e gigantesca vai tomando forma à medida que cresce e fica do tamanho da bankai de Komamura.

Colossus Abomination... — o gigante se apresenta em sua forma de monstro.

— Você definitivamente sabe como se adaptar para lutar contra alguém de seu tamanho. — Komamura brinca, mas logo fica sério e faz um movimento com seu braço e sua bankai apenas imita seu mestre dando um golpe cortante da besta gigante.

Colossus abre sua bocarra e uma energia amarela surge concentrando partículas espirituais em sua boca e ele dispara a energia contra a bankai de Komamura e o local explode como se tivesse sido atingido por uma bomba atômica.

Hisana e seus amigos, Renji que voltava para perto de Rukia, assim como Byakuya e Zerus lutando a certa distância dali ficam paralisados com o tamanho da explosão que se segue ao início da luta dos dois gigantes.

— Essa explosão não foi normal... — Renji sussurra suando frio, ele pensa por um momento no que fazer e olha na direção onde Hisana lutava e em seguida para onde Komamura deveria estar então franzindo o cenho corre em direção ao capitão bestial.

Byakuya olha para o local da explosão e não consegue falar nada no momento.

— Assustado?

O capitão vira o rosto e fita Zerus, o abissal balança a cabeça dando uma risadinha.

— Não é como se vocês não soubessem que a luta entre os abissais renascidos seria mais agressiva, além do mais seu querido amigo capitão com cara de vira-lata está lutando contra Colossus que adora destruir as coisas em larga escala como já deve ter notado.

Byakuya franze o cenho e permanece concentrado, Zerus coça a bochecha pensativo.

— Como posso dizer isso... — ele põe a mão no queixo e olha para cima. — Colossus é o abissal que Solomon-sama mais utilizou para devastar as cidades humanas no futuro, em outras palavras, ele tem muita experiência em destruir as coisas.

— Todos vocês são monstros destruidores.

— É, mas Colossus é muito prático no que faz e um metamorfo mestre quando se trata de lutas. — Zerus volta a olhar para Byakuya. — Você já deve ter percebido que Colossus costuma mudar de forma enquanto luta não é mesmo? Quando está em sua forma mais compacta, ele é muito resistente e toda energia dentro de seu corpo se torna concentrada, por isso nós o chamamos de “Colossus Tanker”, porém, quando há ocasiões em que ele precisa descompactar esta forma e transformar todo seu poder em um novo corpo capaz de causar destruição mais ampla com menor esforço e por causa disso ele pode variar seu tamanho em diversas vezes ou tornar-se alguém cujo tamanho não é possível imitar em nenhum lugar do mundo ele chega ao tamanho máximo de destruição e o chamamos de “Colossus Abomination”.

— A criatura gigante que estou vendo daqui...

— Exatamente Byakuya querido. — Zerus estala os dedos parabenizando o raciocínio do capitão.

— Cada segundo que se passa... Eu sinto mais incômodo com a presença de vocês... — o capitão comenta.

— Oh, não diga isso Byakuya querido, assim você fere meus sentimentos. — Zerus faz bico.

A reiatsu branca do shinigami começa a circundar seu corpo.

— Discutir sobre o que vocês são não fará nada que não perder meu tempo e eu preciso sair daqui o quanto antes.

Zerus sorri maliciosamente.

— Isso SE você conseguir sair daqui...

O abissal e Byakuya voltam a lutar.

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Uma cratera gigantesca se estendia por quilômetros do epicentro da explosão até uma área longínqua do ambiente desolado da Soul Society. A enorme cratera sugava terra, arvores, pedras destroçadas e a agua de um rio próximo que havia sido desviado pelo poder da explosão e agora enchia a cratera criando um lago.

Kokujō Tengen Myō'ō estava destruído pela metade e somente seu tronco havia sobrado depois da rajada explosiva desferida pelo enorme abissal. No fundo da enorme cratera Komamura jazia flutuando na agua que preenchia o buraco feito pelo cero colossal do abissal que rugia irracional como se tivesse apreciado o próprio feito. Ele ainda não tinha visto o diminuto capitão que abria vagarosamente os olhos extremamente machucado, pois não bastasse ter sido englobado pelo golpe do inimigo para piorar ele estava usando sua bankai que possui uma ligação forte com o mestre e que, portanto transferiu o dano recebido ao capitão que sofreu duas vezes mais os efeitos do ataque.

— E-eu não es-perava por essa... Maldição... — ele resmunga tentando mexer o braço, mas a única coisa que se mexia eram seus olhos. — Droga... Eu não consigo me mexer...

Colossus dava passos que faziam a terra tremer e ele se aproximava perigosamente da cratera, Komamura fica nervoso ao ver o monstro se aproximando, pois sabia que se ele fosse pisado seria o seu fim.

— Não, não, não, não!

Colossus pisa na cratera e a agua transborda, o abissal continua olhando para o chão como se procurasse algo, mas a única coisa que enxerga são os restos espirituais da bankai de Komamura desaparecendo, ao notar isso ele olha para onde havia pisado, mas continua sem enxergar nada, é nesse instante que ele percebe os dois shinigamis longes dali em cima de uma pedra ainda inteira.

Renji apoiava Komamura que muito machucado gemia de dor, mas o capitão nota ter sido salvo e olha para o lado percebendo Renji que olhava sério e suando frio para o gigante em sua frente.

— O senhor está bem capitão? — ele pergunta.

— A-Abarai? O-o que você está fazendo aqui?

— Eu vi aquela explosão gigantesca... Na verdade a Soul Society inteira deve ter visto e vim ajudar, parece que foi a coisa certa a se fazer, consegue ficar de pé? — ele pergunta.

— Sim.

Renji deixa Komamura em pé e continua olhando para o enorme abissal que agora os encarava.

— Olhando para esse bicho eu sinto que tive sorte em pegar aquele maluco que esguichava agua... — Renji sussurra irônico.

— Eu fui idiota em pensar que poderia vencê-lo usando bankai... — o capitão olha para Renji. — Daqui eu percebi que você teve que lutar com tudo para vencer seu oponente não foi?

Renji assente confirmando a suspeita do capitão.

— Eu também precisarei fazer o mesmo... Contudo nós temos um problema...

— Qual? — Renji olha para o capitão bestial.

— Com o dano que eu recebi boa parte da minha reiatsu se fragmentou junto com minha bankai e por isso precisarei de tempo para me recompor, mas quando o fizer eu definitivamente vencerei esse monstro. — ele diz.

— Entendi. — Renji invoca sua zanpakutou. — Eu não vou conseguir lutar depois de gastar praticamente toda minha energia contra Tormentus, mas se for para ganhar tempo isso eu sei que posso fazer, de quanto tempo precisa?

— Dez minutos.

— Certo!

— Conto com você Abarai. — Komamura diz.

— Pode deixar capitão! — Renji some com um shunpo e aparece na frente de Colossus, na verdade bem na frente de seus olhos. — Ei King Kong eu estou aqui oh! — ele acena e faz diversas caretas e piruetas.

— Shinigami insolente, acha que pode me fazer de idiota?! — a voz de Colossus é tão alta que Renji tapa os ouvidos para não estourar os tímpanos.

— Minha nossa! Quando foi a última vez que você escovou os dentes heim? — ele resmunga abanando o suposto hálito asqueroso de sua frente.

Colossus se enfurece e tenta socá-lo, Renji desvia, mas a pressão esmagadora da força do abissal o atinge mesmo assim e ele é arremessado em direção ao chão como uma pipa quebrada e afunda na terra cuspindo sangue e tentando puxar golfadas de ar, o ruivo se levanta cambaleante soltando impropérios.

— C-capitão dez minutos não vai rolar não... Vou ver se consigo sobreviver a cinco! — ele resmunga alto e sai correndo das pisadas de Colossus que começa a persegui-lo.

— Tsc! — Komamura olha para suas mãos e se concentra fechando os olhos. — Agora é uma boa hora para voltar às origens... Não é mesmo... Rhafir...? — sussurra começando a lembrar de seu treinamento.

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Bleach OST #19 Fight To The Death

Komamura corria na direção de Rhafir com a espada em riste, mas o bestial de pelos negros se esquivava e olhava concentrado para o amigo que suava a cada passo e golpe insistente que não chegavam nem perto de lhe arranhar.

— Sajin você precisa se focar não no ponto que pretende atingir e sim nos movimentos que precisa realizar para atingir seu adversário e deixe seu corpo fluir sozinho a cada passo senão seus ataques se tornarão óbvios demais! Você olha para mim como se eu fosse um osso! — dizendo isso Rhafir pula por cima de Komamura e desce dando uma cotovelada que afunda a cabeça do bestial ruivo no chão e lá ele fica.

Rhafir suspira e pega um cantil de agua e joga para o amigo enquanto ele pega o seu e passa a matar a própria sede.

Komamura tira a cabeça do chão em um solavanco e cai sentando para trás ele balança a cabeça e só então vê a agua que tinha ao seu lado e começa a bebê-la.

— Se você não tivesse ficado para trás e sua reiatsu não tivesse sido usada na modelagem da nova cidade espiritual de onde você veio eu tenho certeza que em hipótese alguma você estaria passando por isso. — Rhafir comenta.

— Não adianta lamentar agora irmão, o que está feito não pode ser desfeito e eu tenho plena ciência de que meus poderes nunca mais serão os mesmos, mas se eu conseguir pelo menos reivindicar meus poderes primordiais, nem que apenas uma parcela deles para lutar, então já me dou por satisfeito. — o capitão bebe sua agua.

— Para isso estamos aqui. — Rhafir joga seu cantil no chão e faz um sinal para Komamura levantar.

O capitão se levanta pensativo.

— O que foi? — o bestial ao seu lado pergunta.

— Rhafir... Você se lembra de como antigamente nós mal lutávamos e mais parecíamos fazendeiros que guardiões?

— Você se refere à época antes do surgimento das bestas espirituais?

— Sim... E você se lembra como o surgimento delas mudou tudo? Como lutar se tornou uma tarefa mais comum e árdua?

— Eu diria desesperadora. — Rhafir cruza os braços olhando para cima enquanto lembrava o passado. — Nós não sabíamos lutar, na verdade brincávamos de balançar nossas armas, porém quando a coisa começou a ficar feia quando descobrimos que eternidade não nos isentava de sentir o sabor da morte, aquele desespero foi muito bem utilizado por nós para adquirir o poder necessário para sobreviver.

— Era isso que eu estava pensando... No meio do desespero e de todo aquele medo que nós nem sabíamos ser capazes de sentir despertamos nossa verdadeira força e conseguimos sobreviver às bestas espirituais.

— Aonde quer chegar meu irmão? — Rhafir descruza os braços olhando desconfiado.

—... Você acha que consegue me fazer sentir aquele mesmo desespero que sentimos quando não tínhamos força? — ele pergunta parecendo bem sério.

— Ehm?

— Digo... Fazer-me sentir a necessidade de buscar a força que me faltava, reivindicar o meu poder primordial há tanto esquecido.

—...

Rhafir fica mudo e parecia pensativo, seu irmão respeita seu silêncio, pois decidir aceitar o pedido de Komamura era quase o mesmo que pedir para cometer suicídio.

— Você tem mesmo certeza que é isso que você quer? — seu companheiro parecia mais sério.

— Ou usamos um método mais drástico ou eu jamais conseguirei voltar a lembrar como se luta tal qual eu deveria.

Rhafir fica pensativo outra vez, mas suspira e volta a olhar para seu amigo.

— Tudo bem Sajin, eu vou forçá-lo a lembrar de como é ser um bestial e os poderes que você já teve um dia, mas para isso vou afundá-lo no mesmo desespero que sentimos quando nos deparamos com o medo irreal da morte, mas para isso...

Os olhos do bestial ficam mais frios e intensos e imediatamente Komamura sente um calafrio, a energia espiritual de Rhafir aumenta e a pelugem de seu corpo começa a crescer dando forma a um lobo negro de pelos rígidos e olhar predador, suas presas eram enormes e ele era quase do tamanho de Komamura mesmo apoiado nas quatro patas.

— Vou atacá-lo com meu verdadeiro poder e fazê-lo lembrar do porquê Arion Reikin sentir a ameaça que representávamos à toda criação que resultou em nosso banimento!

Komamura fica em posição de luta.

— Venha Rhafir!

O bestial uiva e ataca Komamura com garras e dentes.

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O capitão bestial olha para Colossus e Renji que fugia a muito custo dos golpes do abissal e começa a falar consigo em pensamentos:

(— No início da criação, quando o Grande rei nos colocou para tomar conta dos homens, nós não erámos diferentes daqueles animais fiéis que os seguiam de cima a baixo, mas nós líamos seus sentimentos e nos identificávamos com eles, com o tempo nos tornamos humanos em corpos de feras que confusos não sabiam mais discernir sua verdadeira imagem e assim adquirimos o poder da metamorfose).

Komamura olha para cima vendo Renji escapar por pouco de um soco de Colossus.

(— Confusos aceitamos o desafio de sermos como eles, mas não por capricho e sim pelo amor que aprendemos a demonstrar sobre a preciosidade da vida e assim nos tornamos bestiais em essência).

A reiatsu de Komamura alcança um determinado pico e some repentinamente, Colossus e Renji olham na direção em que ele estava e enxergam uma energia branca, quase transparente como uma espécie de nuvem sair de seu corpo.

— O que é aquilo? Eu não consigo sentir a reiatsu do capitão! — Renji fica surpreso.

(— Eu me lembro da maior lição que foi aprendida sobre sermos shinigamis primordiais...).

Os pelos de Komamura começam a ficar mais eriçados.

(— Nunca pergunte para que lutar e sim pelo que lutar, é somente na imagem desta responsabilidade que nascemos para exercer que um shinigami primordial é capaz de reivindicar sua essência!).

Komamura olha para Colossus e os olhos do capitão afilam como as de uma fera selvagem. Renji sente um enorme calafrio e não pensa duas vezes em manter distância.

Os céus começam a fechar e enegrecer, um vento tempestuoso varre as gramíneas do campo e mesmo que não fosse possível sentir a reiatsu de Komamura os que conseguiam enxergar o fenômeno sabiam que algo grande e perigoso estava prestes a acontecer.

Hisana e Solomon que trocavam golpes sentem o mesmo calafrio de Renji e pulam para trás se distanciando um do outro, é neste instante que os dois lutadores sentem o suspiro de transcendentalidade de Komamura e mais uma vez olham surpresos para a região onde ele lutava.

— E-eu já senti essa sensação antes... — Hisana sussurra suando frio.

Solomon estava sério olhando em direção ao fenômeno que ocorria distante dali.

— Ele... Ele consegue “clamar”...? — sussurra parecendo surpreso.

Onde Byakuya e Zerus lutavam o fenômeno tempestuoso adentra o pântano venenoso do abissal e varre os gases tóxicos que circundavam o ambiente, o capitão assim como Hisana já tinha sentido o calafrio do poder transcendental que vislumbrava renascer.

— Komamura Sajin... — ele sussurra.

— Essa... É nova... — Zerus parecia admirado.

Renji se sentia sendo esmagado por alguma coisa e seu coração batia pesado, era a primeira vez que ele sentia algo daquele jeito sendo tão opressor.

— O que significa isso?! Capitão!? — ele exclama caindo de joelhos.

Colossus não sentia a reiatsu de Komamura, mas sentia a ameaça que emanava do capitão, por isso ele urra e começa a concentrar uma grande massa de energia na boca, uma ainda maior que a anterior.

Garo: 07. Futari no Kishi, Shukumei no Tatakai

Renji fica desesperado, na situação em que estavam ele morreria instantaneamente se fosse atingido por aquilo.

— Capitão! — ele grita para o aliado.

Uma energia que lembrava pequenos vagalumes começa a circundar o capitão bestial e a nuvem de energia transparente parecia vapor ardente saindo de seu corpo.

— Abissal! — ele grita para o inimigo. — Não importa de onde venha o seu poder, não existe força que supere o poder da criação! — Komamura invoca sua zanpakutou e a gira fincando-a em seguida no chão. — Hoje eu reivindico o poder que me foi dado no dia de meu nascimento e faço dele a arma que limpará deste mundo a maldade da tua presença! — Komamura exclama com ímpeto e a energia à sua volta se torna tempestuosa e elétrica.

— Que coisa assustadora é essa!? — Renji começa a ser arrastado pela tempestade de reiatsu e segura firme em uma pedra para não sair voando.

Colossus concentrava ainda mais energia e prepara para disparar em Komamura.

— Capitão Komamura! — Renji grita suando nervoso ao ver o inevitável.

O cero devastador é disparado contra o capitão que olhando firme para a morte que vinha em sua direção não teme o seu destino e na coragem e certeza do poder que advinha de seu coração clama por aquilo que lhe pertencia... Por aquilo que lhe era de direito desde o primeiro suspiro da criação:

— CLAMARE!

A voz de Komamura soa como um suspiro de autoridade quando um relâmpago dourado desce dos céus partindo o cero de Colossus em partículas minúsculas que evaporam instantaneamente no ar, o raio que vem dentre as nuvens atinge Komamura e a mesma energia elétrica ruge ascendendo tomando a forma de uma besta semelhante a uma raposa de cauda elétrica que preenche o ar e faz com que todos que lutavam e mesmo os mais distantes em Seireitei vislumbrassem o grande fenômeno e ouvissem o rugido da fera que ecoava como trovão no horizonte.

Yamamoto Genryuusai olhava admirado na direção do amigo e deixa um sorriso tomar conta de seus lábios.

— Ele consegue “clamar”... — sussurra ainda não acreditando.

O vapor elétrico começa a se moldar no corpo de Komamura e sua zanpakutou cresce tornando-se uma lança de três pontas, suas vestimentas de shinigami voltam às origens tomando a forma que existia somente nos primórdios do tempo, elas era puras e emanavam uma energia respeitosa e poderosa, o capitão segura firme sua nova arma e aponta para Colossus.

— Esse é seu fim abissal. — ele declara e gira sua arma ficando em posição de luta, então na ponta da lança-tridente uma reiatsu elétrica se forma. — Preciso ser rápido e decisivo, por não ser mais um bestial como os outros eu não consigo manter o clamor por muito tempo!

Komamura corre na direção de Colossus e pula voando com efeitos elétricos sob os pés, o abissal se sentindo ameaçado mesmo naquele tamanho gigante invoca sua marreta e desfere um golpe esmagador contra Komamura.

O capitão por sua vez, vendo que seria difícil esquivar e ele perderia o ritmo do ataque resolve atacar de onde estava. Komamura aponta sua lança contra o enorme martelo vindo em sua direção e sua sentença é firme e decisiva:

Fulgur iudicandi! (Julgamento Relâmpago).

Uma poderosa onda de energia elétrica dourada sai da ponta do tridente em direção a Colossus, seu martelo se parte ao meio e a energia do golpe de Komamura tal qual o cero do abissal havia feito anteriormente com sua bankai, evapora metade do adversário deixando somente metade do tronco para baixo da criatura humanóide gigante que fica em pé por alguns segundo até finalmente cair evaporando no chão.

Renji olhava estupefato para o seu capitão, ele ainda não tinha visto um bestial fazer aquilo e naquele momento tinha que confessar que havia presenciado algo extraordinário. O ruivo se levanta do chão ainda meio zonzo pelo choque de poderes, mas assim que balança a cabeça já sai correndo até o bestial.

— Capitão Komamura aquilo foi...!?

Renji começa a sentir a reiatsu de seu companheiro pouco a pouco e ele nota quando o mesmo começa a respirar descompassado, suas vestimentas se fragmentam e somem dando lugar as de shinigami e o enorme bestial começa a encolher até assumir sua forma animal e perder a consciência caindo em direção ao chão.

— CAPITÃO!

Renji voa até o bestial e o apara no ar descendo vagarosamente e colocando-o no chão.

— Capitão Komamura? — ele o chama.

Komamura abre vagarosamente seus olhos.

— Pelo menos dessa vez eu venci. — ele brinca.

— Vamos até nossos amigos capitão, lá Inoue poderá ajudá-lo. — Renji diz.

Komamura mal consegue concordar antes de perder a consciência outra vez.

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Resident Evil Outbreak - 11 - The Unpleasant Train

Após o fenômeno se dissipar e a onda de energia espiritual desaparecer, Hisana se foca em Solomon que ainda parecia pensativo.

— O que foi velhote? Admirado ainda? Pensei que nada lhe assustava. — diz.

— Pelo contrário, sou uma pessoa que se surpreende facilmente pelas coisas mais simples às extraordinárias e ver o que Sajin fez depois de tanto tempo sem ter vislumbrado tal fenômeno me deixou de certa forma com um sentimento nostálgico de uma época primordial já vivida há muito por nós. — o cientista comenta.

— Eu conheço esse fenômeno também, meu mestre me explicou o que é. — Hisana estala o pescoço que range feito uma engrenagem enferrujada e ela resmunga massageando a região da nuca. — “Clamor” não é isso?

Solomon assente e continua de onde ela parou.

— Quando as Judicantes foram criadas e poder foi suspirado em suas essências o grande rei havia colocado algo mais além do poder que estávamos habituados a usar e esse poder era algo que não nos pertencia e sim ao próprio criador, porém tal força era tão descomunal que o ato de liberá-la causava fenômenos extraterrenos sobre o globo. — Solomon explicava. — Alguns balanceadores alcançavam nível tal que tais fenômenos eram visualizados em larga escala e toda criação se ajoelhava sob nossos pés, mas é justamente por causa disso que para ter tamanho poder era necessário reivindicá-lo em nome daquele que nos deu, por isso chamamos de “Clamare”: A reivindicação do ápice de nossa força.

— Então na verdade você possui duas liberações? Bankai e Clamare?

— Precisamente.

— E porque você e o Magnus nunca usaram a segunda?

— Porque como eu disse... Não depende unicamente de nós liberar um poder que vem de cima... A não ser que consigamos criar condições que favoreçam tal “apelo”...

A expressão de Hisana treme.

— Como assim...?

— Você acha que o mundo está sendo destruído apenas porque temos um apreço doentio por destruição e vandalismo?

— Sim. — Hisana responde automaticamente.

Solomon suspira.

— O clamor é uma arma definitiva utilizada para eliminar qualquer ameaça sobre o equilíbrio da vida, por isso, diante de tal sinal de perigo a reivindicação se torna absoluta e incontestável.

— Ai vocês estão matando tudo e todos e depois vão pra frente do espelho e ensaiam gritar: “Clamare”, para ver se cai um raio do céu nas suas cabeças e quando não cai saem por ai matando mais inocentes?

— Basicamente. — Solomon responde.

Hisana se enfurece e entra em instância de batalha.

— Vocês são doentes...

— Não é algo de que temos orgulho, mas... Desde quando orgulho tem algo a ver com ambição?

— Tá aqui meu orgulho e aqui minha ambição. — diz Hisana mostrando os punhos. — E você vai levar eles na cara neste exato momento.

Solomon sorri.

— Você nem mesmo consegue encostar o dedo em mim minha jovem, como pretend...

Solomon leva dois socos seguidos e sai voando se arrastando no chão até conseguir pular e manter o equilíbrio, ele balança a cabeça e olha sério para ela que na força do shunpo já estava na sua frente de punhos fechados.

— Você havia me perguntado quando eu ia deixar de brincar, então te aconselho a ficar logo de pé... — ela ameaça.

Solomon se levanta estalando o pescoço e limpando a sujeira do corpo e pegando sua arma.

— Quer dizer que agora vai me levar a sério como o inimigo que diz ser? — ele pergunta analisando-a.

— Isso... Se você achar que eu valho a pena...

Solomon sorri e retira seu paletó colocando no chão, ele faz um pequeno aquecimento com os braços e encara a jovem a sua frente com um sorriso maníaco e desta vez Hisana sabia estar diante do Solomon que conheceu e a aterrorizou no futuro.

— Finalmente você tá mostrando sua verdadeira cor. — ela entra em posição de combate sem perder o foco. — Então é melhor se preparar para ver um arco-íris...

Solomon sorri de orelha a orelha.

— Isso... Vai ser interessante. — ele responde de maneira sombria dedilhando o cabo de sua arma.

Dois titãs se preparavam para um confronto devastador, porém longe dali, outra batalha igualmente devastadora acontecia e mesmo sendo da obrigação deles vencer, tal vitória demandaria um grande sacrifício...

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Continua...

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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que continuam lendo a Fanfic e sinto muito não estar conseguindo dar a atenção devida a vocês pessoal, isso é algo que me deixa muito triste... Sério mesmo...

Espero que tenham gostado desse capítulo e estejam preparados para o próximo que será dedicado ao Byakuya e ao Zerus o abissal mais baitol...! Digo mais SENSÍVEL de QFVDC!!!

Não esqueçam de avisar se tiver algum pingo faltando nos Is e caso os links de músicas não estejam funcionando, apenas copiem o nome da música pro Youtube que vc acha num instante já que eu copio o nome exatamente como o que está na fonte do link.

Obrigada pela atenção, fiquem com Kami-sama e vejo quem sobreviveu até aqui nas reviews kkkkkk.

PS: MALK EU QUERO DUNGEONEER!!!



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