Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 2
The One Who Never Forgets


Notas iniciais do capítulo

Ficar diante de Solomon requer cautela, paciência e resistência.

Hisana tenta buscar razões nas ações de seu inimigo, mas em troca ele resolve lhe contar uma longa história que começaria a causar o desequilíbrio no mundo...

E pouco a pouco os jovens companheiros entenderiam como era viver no antigo mundo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/604979/chapter/2

Abertura de Ascensão

—_____________________________________

Child of Light OST 05.Final Breath

Na terra Soryuu e Alessa estavam sentados ao lado de Andressa que ainda dormia após a longa viagem perigosa que havia feito pela fenda dimensional. A mãe da latina estava muito machucada, mas já respirava melhor graças à Tomoe e Inoue.

— Como será que estão os outros? — Alessa pergunta.

— Não se preocupe, já passamos por situações assim e no final tudo deu certo. — Soryuu responde.

— Mas nas situações “assim” Hisana estava por perto para nos ajudar e agora...

— Se esta é sua única preocupação, então ela não é mais necessária. — Soi Fon entra na tenda acompanhada de Omaeda.

— Capitã Soi Fon? Como assim? — Soryuu se levanta.

— Recebi um comunicado de Yoruichi-sama: "Hisana chegou".

Alessa e Soryuu se entreolham abrindo um largo sorriso.

— E ela já chegou... Como posso dizer... “Marcando presença”... — Soi Fon tentava encontrar as palavras certas.

O jovem casal ri.

— É. Hisana tem essa característica. — Alessa ainda ria.

— Se ela chegou, então significa que nossos amigos estão a salvo.

— Não exatamente meu caro. — Soi Fon fica mais séria.

— O que aconteceu capitã? — Soryuu pergunta.

— Há uma grande distorção se expandindo na Soul Society na direção onde Hisana e os outros estão, Tomoe se dirige para lá, mas tudo indica que Hisana deve estar envolvida, mais tarde receberemos mais notícias de sua irmã que se comunicará conosco.

— Entendo...

— Mas os outros estão bem não estão? — Alessa pergunta preocupada.

— Sim eles estão. Mas a situação dos outros que Hisana foi resgatar ainda é desconhecida, contudo se tratando dela creio que não deveremos nos preocupar. — a pequena capitã responde.

— É verdade e se eles fizeram algum mal a eles...

— Ah... Pode ter certeza que ela vai se certificar que eles paguem direitinho...

Soryuu diz e olha para sua companheira que apenas concorda com a cabeça.

— De qualquer forma o que sua amiga fez por lá nos ajudou e muito por aqui, os ataques cessaram e parece que não vão vai voltar, mas fiquem em alerta, não sabemos até quando essa calmaria poderá durar.

— Pode deixar capitã. Se algo acontecer agiremos imediatamente. — Soryuu responde.

A capitã assente e se retira do aposento.

— Com Hisana de volta podemos respirar mais aliviados. — Soryuu comenta sentando novamente ao lado de Andressa.

— Eu sei, mas eu não quero sempre ter essa sensação de que deixamos tudo nas mãos dela. — Alessa segura na mão de sua mãe e senta também.

— Nós fazemos o que podemos Alessa, mas se Hisana pode fazer mais do que nós, então não temos escolha senão confiar naquilo que ela consegue fazer.

— Eu sei Soryuu e agora que estamos esperando um filho não temos mais como fazer muita coisa que não seja confiar nela e nos outros.

— É... Mas de uma coisa eu tenho certeza... Ela vai cair durinha no chão quando descobrir que você está grávida. — Soryuu brinca.

Alessa sorri.

— E eu não sei?

Os dois riem imaginando a cena.

—_____________________________________

Urahara parecia apressado junto a Mayuri e demais cientistas espalhados por Karakura.

— Quanto tempo ainda vai demorar Kisuke? — Yoruichi pergunta.

— Não mais do que o necessário.

— Se apressem, quando Hisana começar a lutar o poder espiritual dela pode influenciar nas almas dos moradores de Karakura. — a morena estava preocupada.

— Enquanto isso veja como está a barreira, os moradores de Karakura poderão ficar a salvo, mas não poderemos negligenciar os de Rukongai.

— Unohana está encarregada de resolver esse problema, nossa preocupação é apenas com Karakura.

Urahara olha em direção aonde Hisana tinha ido.

— Aquele poder gigantesco que sentimos de Hisa-chan... Se o nível da luta que ela vai travar agora for aquele, sem sombra de dúvida as almas dos que estão aqui não vão resistir...

— Vamos torcer para Hisana ganhar tempo... — Yoruichi comenta.

— E como é que se ganha tempo diante de alguém como Solomon Bloodfield?

A pergunta repentina de Mayuri faz Urahara e Yoruichi ficarem pensativos.

— Ou é acreditar que ela fará isso... Ou estamos nos apressando a toa... — Urahara responde.

— Então mesmo que estejam se apressando a toa, façam tudo o que puderem fazer, porque aquela menina vai dar tudo de si pra proteger a todos nós.

Mayuri e Urahara sabiam que as palavras de Yoruichi eram verdades incontestáveis e ficam calados digitando em seus computadores.

A ex-capitã da Onmitsu Kidou olha em direção ao horizonte e fecha os olhos suspirando com ar de preocupação.

— Katsuya... Esteja bem meu filho...

—_____________________________________

Resident Evil Revelations - 17. Falling Chorus I

Hisana encarava Solomon com seriedade enquanto seus amigos longe dali sendo protegidos por Hiryuken observavam os movimentos que ambos poderiam fazer.

— Eles não estão falando nada... — Inoue comenta.

— Porque ainda estão se analisando... A batalha já começou e eles não sabem se lutam ou começam a dialogar... — Katsuya diz.

— Mesmo assim... A tensão emanada da direção deles é imensa... — Ishida olhava afiado para os dois guerreiros.

Ichigo e Rukia estavam de mãos dadas olhando para Hisana, eles pareciam pensar mil coisas.

— Minha filha... — Rukia sussurra.

— Hisana... — Ichigo aperta mais firme a mão da companheira.

Hisana encarava Solomon de certa forma ansiosa por finalmente estar diante dele, embora aquele que estivesse ali não fosse exatamente o mesmo que lhe deixara lembranças amargas no passado, ainda assim não mudava o fato que ele era a mesma pessoa que conhecia do futuro e que cedo ou tarde se tornaria um de seus piores pesadelos.

— Eu presumo que pela maneira como me cumprimentou você já deve ter recebido todo um dossiê a meu respeito não é? — ela pergunta.

— Sim. Zerus Rose me passou todas as informações necessárias e eu pude conversar com meu outro eu de sua dimensão e devo confessar que para uma primeira vez me sinto fascinado em conhecê-la.

— É... Eu costumo causar essa impressão nas pessoas, na verdade mesmo quando me olho no espelho eu vejo o quanto sou magnífica.

Solomon ri.

— Seu bom humor é cativante e seu poder singular. Dadas as condições de seu nascimento eu a consideraria um verdadeiro milagre. — Solomon elogia. — Uma criança nascida após fundir-se ao objeto que carrega a vontade do rei e que é capaz de quebrar barreiras intransponíveis utilizando a força de vontade e coração resoluto de seu portador... Hougyoku... Certamente você não é qualquer uma e isso eu devo reconhecer sem dúvidas.

Hisana arqueia a sobrancelha.

— Vai querer um autógrafo?

Solomon ri novamente e assim que ele termina de achar graça da piada Hisana olha para a enorme coluna de energia que distorcia o espaço no céu da Soul Society logo acima da caverna.

— Sabe... Essa história de vingança nunca entrou direito na minha cabeça. — Hisana volta a olhar para ele. — O fato de um gênio sem precedentes como você e o shinigami que já foi considerado o mais amado se voltarem contra tudo o que acreditavam e causar toda essa morte e destruição. — a jovem olha para sua família por um momento. — Eu até entendo o ponto de vista de Magnus, porque o mesmo sentimento que ele teve de ódio eu tive quando ele matou a minha família, mas e quanto a você? Por que aceitou fazer parte de toda essa loucura?

Solomon sorri e fecha os olhos.

— Você ouviu a história de Magnus?

— Sim. Ele me contou a sua história há alguns anos, na verdade nem sei o porquê dele ter me contado e existem alguns manuscritos da família Shihouin e Kuchiki que continham passagens sobre a vida de alguns shinigamis e isso incluía a sua e a dele.

— Entendo...

— Me dá apenas um bom motivo para que eu entenda melhor a razão do velho que vou lutar daqui a pouco. — Hisana pede. — Não quero uma desculpa esfarrapa como a que Magnus me deu anos atrás de “um rei que fica sentado cultivando hemorroidas em seu trono e vê o mundo ruir sem fazer nada não deveria existir”, porque vocês, especialmente você, é inteligente demais para se rebaixar a ponto de querer só isso.

O cientista arqueia a sobrancelha e olha interessado para a jovem que esperava uma resposta.

— Muito esperta jovenzinha, contudo, Magnus não mentiu quando disse em querermos nos vingar do Grande rei.

— Ah lá ve...! — Hisana bate na cintura.

— Contudo...

Hisana pisca curiosa.

— Contudo... Magnus não falou toda a verdade... — Solomon diz.

—... Então que tal você, ó poderoso gênio mais velho que as múmias do Egito, me contar sua versão? — ela sorri cinicamente.

Solomon sorri curioso.

— Embora eu entenda que queira ganhar tempo para que seus amigos de Karakura possam ficar a salvo, talvez esta seja uma boa oportunidade para contar-lhes uma história...

— Oba... Adoro histórias... — responde Hisana não parecendo muito empolgada.

— Embora você ache que vingança é uma mera palavra injustificável, entenda que nem sempre o mundo cultivou tal sentimento.

— O que quer dizer?

— Quando o mundo era mais jovem e os seres humanos mais puros, o planeta terra em que vive mantinha um equilíbrio delicado graças a nós shinigamis primordiais, contudo a presença do Grande rei era constante e seu poder fluía pelo mundo alimentando o fluxo das almas que iam e retornavam, tornando o nosso trabalho menos pesado.

— Sim... O Mundo antigo... Já me contaram essa história há alguns meses. — Hisana comenta ao se referir aos bestiais.

— Sim. O mundo antigo e primitivo que datava os primórdios da criação era vasto e abundante, éramos encarregados de cultivá-lo para os mortais, fossem eles humanos ou não e espalhávamos vida pela sua superfície, era um trabalho desgastante, mas prazeroso, porque sabíamos que estávamos dando vida e forma ao mundo.

Ichigo e os outros embora longe de Hisana e Solomon conseguiam ouvi-lo graças ao eco da barreira de Hiryuken.

— Do que eles estão falando? — Sado pergunta intrigado.

— Cultivar o mundo? Ele se refere aos shinigamis primordiais como semeadores talvez? — Katsuya responde com outra pergunta.

— Deve ser. — Rukia diz.

Solomon começa a andar para o lado e Hisana apenas o acompanhava com o olhar.

— Como sabe, nós balanceadores ou shinigamis primordiais como preferir, nascemos com um poder especial dado pelo próprio Grande rei, alguns recebiam os mesmos poderes que os outros, porém outros seletos shinigamis eram únicos e assim como seus poderes sua importância não podia ser comparada a dos outros.

— Você e Magnus por exemplo. — Hisana conclui.

— Correto. Mas existiam outros também, por exemplo, Daniele possuía a melhor visão de todos, não a visão dos olhos, mas a visão de enxergar o que o futuro poderia nos reservar e essa visão com o tempo evoluía lhe dando conhecimento e entendimento para coisas que ainda não existiam na criação. — Solomon desenha algo no chão apenas por distração. — Ela criou as artes da guerra, deu fundamento ao que mais tarde seria conhecido como “combate” e passou esse conhecimento aos demais shinigamis.

— E então vocês a mataram.

— Isso aconteceria séculos mais tarde.

Hisana revira os olhos.

— Eu possuía um intelecto diferente dos demais companheiros, sempre fui alguém curioso e gostava de descobrir tudo de novo que surgia no mundo, uma criança com sede de conhecimento ilimitado. Eu era um semeador assim como os outros e conseguia manipular a vida ao meu redor para os humanos poderem usufruir da terra.

— Em outras palavras você era um agricultor? — Hisana pergunta desconfiada. — Bem... Todo mundo começa “de baixo” não?

Solomon ri.

— Mexíamos com a matéria-prima do mundo e moldávamos tudo conforme a nossa vontade e a nossa vontade era a vontade do Grande rei, contudo, graças ao meu intelecto superior eu fazia mais que preparar um solo para se pisar, eu abria portas para a evolução do homem.

Hisana olha atenta para o shinigami.

— Eu era o principal responsável pelo desenvolvimento da raça humana e a expansão moderna do mundo, eu dividi meu conhecimento com vocês e fiz da terra um lugar magnífico... Pelo menos era o que eu gostaria de pensar...

Hisana olha confusa. O cientista olha para o chão e fecha os olhos buscando memórias antigas...

 

—_____________________________________

SCORPIONS - CROSSFIRE [ HQ ]

Um jovem shinigami estava sentado desolado em um grande banco de mármore no meio de um jardim florido quando outro jovem de cabelos loiros se aproxima e senta ao seu lado.

— Não fica assim Solomon... A culpa não foi sua, você fez o que achava certo... — o jovem toca em seu ombro.

— Como assim “certo”?! — ele se levanta nervoso. — Eu causei desgraça no mundo! Dei início a uma tragédia! — Solomon grita e pondo as mãos na cabeça senta novamente. — Eu fui um tolo em fazer isso...

— Não adianta ficar se punindo Solomon.

— Eu não me preocupo em me punir porque o Grande rei já está se preocupando em fazer isso...

— Não importa qual seja sua punição eu estarei lá para apoiá-lo meu amigo. — uma voz doce ecoa ao lado dos dois.

A voz feminina era de uma mulher de pele alva e cabelos loiros sedosos, mas que no momento...

— DANI!? — os dois exclamam se levantando indo até ela.

— Você está bem, está machucada!? — o rapaz loiro pergunta preocupado.

Daniele estava com manchas de sangue nas vestimentas.

— Eu estou bem Magnus. — ela dá tapinhas amistosas no ombro do companheiro e olha para o outro amigo que parecia perdido. — Está feito Solomon, contudo o conhecimento passado para a humanidade não poderá ser perdido, pois já foi implantando em outras gerações e como demoramos a agir é questão de tempo até todos os humanos passarem a evoluir esse novo poder.

Solomon abaixa a cabeça e senta novamente.

— E-eu só queria ajudá-los... Eu não queria que eles começassem a matar uns aos outros... Eu sonhava com eles vivendo felizes ao descobrirem a infinidade de coisas que poderiam fazer... Mas não imaginei que a ambição em seus corações floresceria dessa forma...

Daniele e Magnus se entreolham e ela senta ao seu lado.

— Solomon, talvez tenha sido muito cedo dar ao homem o conhecimento da forja e o trabalho do ferro, contudo, o ser humano é uma criatura imprevisível e de constante evolução, por isso mesmo que jamais tivesse passado esse conhecimento, eles cedo ou tarde aprenderiam por contra própria.

— Eu fui apressado essa é a verdade. Achei que por estarem vivendo bem com aquilo que lhes demos eles estavam prontos para uma nova fase de suas vidas, mas foi um erro fatal, um que nunca mais quero cometer...

Daniele suspira.

— Tá bom, se já resolveu o que não deve fazer, então fica de pé e estufa esse peito que temos trabalho a fazer, afinal você sabe que os humanos morrem cedo, mas vivem o pouco de vida que lhes resta só para nos dar trabalho. — ela começa a rir.

Solomon e Magnus não estavam rindo e a jovem para de rir olhando para eles.

— O que foi?

— Dani... Você massacrou nações inteiras por ordens do Grande rei e mesmo assim... Como consegue agir tão naturalmente? — Solomon pergunta.

— Porque eu aguento. — ela sorri. — Eu aguento o trabalho que me deram, por isso fui escolhida como a espada do Grande rei.

Os dois ainda não sorriam.

— Se vocês começarem a chorar eu vou fazer cócegas em vocês! — ela olha desafiadoramente.

— Não seja tola, eu não sinto mais cóc...!?

— Tchutchutchutchutchu!

Daniele começa a fazer cócegas em Magnus que faz diferentes caretas se aguentando e se retorcendo de todas as maneiras, até que em uma explosão de gargalhadas ele e Daniele caem na fonte e ele grita desesperado por socorro, Solomon pega a cabeça de Magnus e põe debaixo d’água.

— Vem Solomon que eu já estou aproveitando para tomar banho! — Daniele abre um largo sorriso.

— Deixem de agir como crianças, não estão vendo que estou enfrentando um sério dilema aqui? Por minha causa...!

Magnus sai debaixo d’água e puxa Solomon que não consegue se esquivar e ele cai de cabeça na fonte se debatendo com um gato molhado, Daniele e Magnus começam a rir enquanto o amigo se pendurava na borda da fonte os fuzilando com os olhos.

— Oras seus...! — o jovem de cabelos negros endurece a expressão olhando trêmulo para eles com veias nervosas na testa.

— Opa... Isso não é bom... — Daniele e Magnus se entreolham suando nervosos.

Solomon corre atrás deles querendo esganá-los, porém seus amigos riam fugindo do furioso futuro cientista que acaba sorrindo ao se entreter na brincadeira.

Mais tarde eles estavam sentados em um pequeno monte de pastagem rasa apreciando o vento e campo florido que espalhava pétalas de diferentes tipos pela relva.

— Estou com medo... — Solomon confessa.

— Eu sei. — Daniele comenta.

— Eu tenho medo que a humanidade por minha causa venha a se autodestruir... Tenho medo que eles passem a sofrer com um fardo que não mereciam... E tenho medo do castigo que receberei por tamanha astúcia...

— Não acho certo alguém ser punido por fazer o que mandava seu coração. — Magnus fala. — Você sempre quis o melhor para todos a sua volta e usou seus dons para isso, se a humanidade se autodestruir não será por sua culpa e sim pela inabilidade dela mesma em conseguir seguir em frente.

Solomon e Daniele olham surpresos para Magnus que continua:

— Fomos feitos “primordiais”, porém não perfeitos, se não estivéssemos suscetíveis a erros Yamamoto nunca teria instaurado ordem entre nós.

— O destino do ser humano possui um limite cujas linhas somos capazes de enxergar, além delas somente seu livre arbítrio é capaz de determinar. — Daniele comenta deitando no colo de Solomon e dando um pequeno galho florido na ponta para que ele começasse a limpar seus ouvidos.

— Então vocês acham que o Grande rei vai levar isso em consideração? — Solomon pergunta enquanto limpava o ouvido da outra.

— Ele precisa. — Magnus responde. — Ele é justo e eu confio em seu julgamento.

— E independente do que ele decida, nós te amamos Solomon e estaremos ao seu lado para sempre. — Daniele sorri olhando para ele.

O jovem de cabelos negros se sente emocionado com o carinho e companheirismo de seus amigos e assente aliviado ao seu lado.

— Para sempre... Sim... — ele sussurra continuando seu pequeno serviço de limpeza na jovem loira que já estava de olhos fechados aproveitando o momento.

Eles sempre foram inseparáveis desde o primeiro dia que se conheceram e fariam de tudo para que sempre fosse assim...

Alguns dias depois Solomon estava em uma corte especial com vários shinigamis olhando estupefatos para ele e para o rei das almas que lhe fitava como um juiz imparcial e ao seu lado um shinigami de face bestial e cabelos vermelhos observava as decisões que se tomavam.

— Calma... Isso é verdade!? ISSO É VERDADE!? — Magnus sai do meio da multidão de shinigamis e fica de frente para o rei das almas e outro shinigami de grande porte, pele amarelada e cabelos ruivos como uma juba que conferenciava como um porta-voz. — Eles estão se corrompendo!?

Solomon olhava em choque para o rei das almas.

— Sim... Nós vimos com nossos próprios olhos... A maldade de seus corações corrompe suas almas na hora da morte e dá origem à criaturas horrendas e irracionais.

— Não... Os humanos não... — a expressão de Magnus tremia em preocupação.

— Magnus... — Solomon sussurra.

— Volte para o seu lugar Magnus. — o rei das almas ordena.

— Eu não posso fazer isso! Não posso dar as costas vendo uma situação dessas ao culparem meu amigo! Ele apenas fez o que achava ser o certo por amor à humanidade! Isso é uma injustiça!

— Injustiça? Onde enxergas a injustiça? O conhecimento que se transmite à humanidade necessita de tempo para florescer e somente ao se avaliar seus resultados devemos decidir se é correto implantar novos, Solomon não esperou resultados daquilo que já tinha feito e não somente interferiu no equilíbrio do trabalho dos Bestiais como dos demais balanceadores que tiveram seus trabalhos perdidos e por causa de seu conhecimento implantando em uma humanidade imatura o coração frágil humano despertou para a maldade e corrompeu suas essências tornando-os algo grotesco na morte!

— Mesmo assim...!

Uma mão forte toca no ombro de Magnus e ele olha para o lado vendo o jovem com face de leão e pelos flamejantes que havia saído de perto do rei das almas.

— Arion...

— Se o extermínio de Daniele tivesse impedido a propagação destas bestas espirituais nas almas perdidas dos seres humanos, nada teria sido feito com relação a este assunto, contudo, a humanidade se corrompeu e se tornou desprotegida, os bestiais não conseguem mais sair de perto dos humanos temendo que algo aconteça, seus espíritos se desvencilharam do ciclo das almas e agora temos que resgatá-las antes que sejam perdidas ou devoradas por estas feras.

Magnus fica calado.

— E eles são fortes... Muito fortes... — Daniele se aproxima.

— Dani... — Solomon sussurra como uma criança perdida.

— Precisamos combatê-los com pulso firme, contudo, nem todos conseguem detê-los. Eles ferem nossas existências como os humanos se tocam e por possuírem a irracionalidade de uma fera faminta se tornam ainda mais temíveis, eles se alimentam de almas e partículas espirituais, são uma aberração perigosa. — Arion alerta.

— Senhor, eu posso treinar a todos para combatê-los, se precisamos de força, então eu posso dá-la aos outros! — Daniele diz.

— Eu posso mobilizar alguns de nós para procurar as almas perdidas do ciclo antes que sejam devoradas. — Yamamoto vem levantando o braço entre a multidão.

— Faça. — o rei das almas concorda. — Arion, você e Yamamoto devem preparar seus irmãos para o treino e vigília no mundo, contenham essas bestas selvagens o máximo que puderem.

— Sim senhor. — eles respondem.

— Magnus você alongará o solstício e fará o clima produtivo dos seres humanos mais longos para que não haja fome nem epidemia, quanto menos mortes ocorrerem, menos destas aberrações se espalharão pelo mundo.

— Sim senhor! Mas... E quanto ao Solomon?

—... Eu já decidi sua punição...

O rei olha para o shinigami que esperava sua sentença.

— Você Solomon usará do mesmo conhecimento que implantou no mundo para fazer armas aos seus irmãos, fará cada uma conforme sua singularidade e o Grande rei soprará vida em suas lâminas, contudo, por causa da tua arrogância para com os mortais você será obrigado a testemunhar o que tuas ações farão com o mundo e as mudanças que nela ocorrerá, tua memória será eterna e nela serão resguardadas todas as lembranças do tempo, jamais poderás esquecer e jamais serás esquecido, saiba que tua função é amaldiçoada, pois é dela que derivará a morte daqueles que nascestes para proteger, graças a ti a terra se tornou um campo de sangue e a partir de hoje este é teu sobrenome, aquele pelo qual será reconhecido até o fim dos tempos.

— “Campo de sangue”... — Solomon sussurra envergonhado, mas também entristecido.

— Solomon... — Magnus e Daniele olham com pesar para seu amigo que estava de cabeça baixa.

— Vocês não são mais balanceadores e sim ceifadores e trarão equilíbrio ao mundo somente pelo fio de suas lâminas e ela purificará as almas humanas para que possam trazê-las ao ventre da criação, vocês agora são guerreiros que lutarão pelos espíritos daqueles ao qual cultivaram o mundo antes em harmonia e nunca deverão deixar de perseverar pelo destino dos homens. — o rei das almas proclama.

Os shinigamis olhavam sérios ouvindo atentos às palavras do seu líder e alguns cochichavam ainda tentando absorver a nova mudança.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo Solomon nós nunca vamos sair do seu lado. — Magnus se aproxima do amigo e passa o braço ao redor de seu pescoço.

— Não importa o que venham a pensar de você, saiba que sempre o apoiaremos e iremos contra quem quiser te fazer mal, eu prometo. — Daniele sorri.

— Obrigado... Obrigado pessoal...

Daniele e Magnus abraçam Solomon que agora chorava arrependido.

— E-eu prometo... As melhores armas... As melhores armas serão as de vocês... Eu prometo que vou fazer algo insuperável somente para vocês! — ele sussurrava entre soluços.

Magnus e Daniele sorriem serenamente um para o outro e voltam a confortar o amigo que a partir daquele dia carregaria um fardo muito pesado...

—_____________________________________

Witch Hunter Robin — Solomon’s Theme

Hisana olhava boquiaberta para Solomon e seus amigos longe dali que ouviam a história graças à Hiryuken também faziam o mesmo.

— V-você... Então a origem dos hollows é graças a você... — Hisana parecia ainda não acreditar.

Solomon parecia saudosista.

— “Bestas espirituais”, “Almas sem coração”, Espíritos sem salvação”, “Criaturas perdidas”... “Hollows”... Eu criei as primeiras lâminas ceifadoras, criei o sistema de purificação que manteria o balanço da vida que por minha culpa veio a ruir... Eu as batizei de “Judicantis” (Juiz em latim) e mais tarde elas foram nomeadas “Zanpakutou”.

— Judicantis... Ainda bem que o Bonzé chamou de Zanpakutou... — Hisana parecia aliviada.

— Quem disse que Ichibei Hyōsube foi o criador de tal nome? “Zanpakutou” é um nome exótico, mas somente as lâminas dos shinigamis primordiais respondem ao chamado de seu verdadeiro nome.

Hisana fica intrigada.

— Continue...

— Apenas direi que seu amigo shinigami “herdou” a função de outro shinigami que há muitos milênios conheci e que você possui familiaridade...

— A família Kuchiki...

Solomon assente.

Kuchiki Misaki. — Solomon olha para Hisana. — Os primeiros shinigamis costumavam ganhar nomes após algum evento marcante ou dados pelo rei como aconteceu comigo, Misaki era oriental e ganhou seu sobrenome ao ser encontrada desmaiada debaixo de uma Raiz dos Espíritos apodrecida pela influência de mil hollows... E ela havia destruído a todos em retaliação... Misaki registrava os principais acontecimentos históricos do mundo e difundiu as diversas línguas pelo globo, algumas primitivas e já extintas, foi ela quem deu nome às zanpakutous dos shinigamis primordiais conforme o sopro de poder do Grande rei.

— Incrível... Os registros antigos da família Kuchiki são extensos não me lembro de todos eles... Mas a família Shihouin também possui muitos pergaminhos datando essa época. — Hisana lembra.

Shihouin Sensui era um shinigami de espírito livre e tal qual o vento nunca ficava muito tempo em um mesmo lugar, por isso ele acabava encontrando e vendo coisas pelo mundo que poucos saberiam se não fosse por intermédio dele, Sensui era um mensageiro, um aventureiro e uma testemunha da história que era repassada para Kuchiki e registrada para o mundo.

— E foram os criadores das primeiras famílias nobres da Soul Society... Porque eles eram registros vivos da história...

— Exatamente.

— Entendo... Enfim, fiquei chocada em saber que a merda que voou no ventilador foi a sua, mas todo mundo tem um podre ou dois no passado, o importante é como a gente se limpa né? E pelo que posso ver essa história tem a ver com sua “aliança” com Magnus e assassinato de sua melhor amiga?

— Sim e não. Magnus e Daniele sempre foram e sempre serão meus melhores amigos, vivos ou mortos. Contudo o que me fez aliar-me a ele é outra coisa, algo que com o tempo fui vivenciando e testemunhando e que gradativamente veio a mudar minha concepção de como via o mundo.

— Pelo que pude entender a sua “maldição” é a memória perfeita, ou seja, você é incapaz de esquecer qualquer coisa e isso é o castigo que o rei lhe deu para que externamente vivenciasse as atrocidades causadas pela sua arrogância de ser o pioneiro em expandir o mundo. — Hisana conclui.

— Muito inteligente minha jovem Hisana. Contudo, com a prisão de Magnus o que era esperado era que minha maldição definhasse junto ao meu corpo e eu finalmente morresse, porém, o Grande rei deu longevidade a shinigamis como Yamamoto e eu sou um destes fadados a viver mais que os outros a fim de perpetuar minha punição...

— Vendo por esse lado eu sinto pena de você. — Hisana se vira para o cientista. — A eternidade nem de longe pode ser considerada uma benção se ela lhe torna solitário, nós humanos valorizamos nossas vidas porque sabemos que ela é curta, a prova é que criaturas como os abissais que você criou não se importavam com a morte, na verdade nem mesmo eu me importava mais com ela... Vocês nos deram uma sensação de invencibilidade e imortalidade doentia que com o tempo deixou de ser prazerosa... E se tornou uma maldição para mim.

— A mente do ser humano é limitada tal qual sua vida. Uma criança como você nascida em um mundo que não testemunhou nem metade das mudanças da história que eu testemunhei não são capazes de compreender muitas coisas. A imortalidade de um shinigami primordial existia porque ele era capaz de tornar sua existência sem fim em um trabalho incansável.

— Os seres humanos são imortais em sua descendência, nossos filhos são a prova de nossa infinita existência. — Hisana diz.

Solomon sorri.

— Você não é mais a jovem que me disseram que era eu consigo enxergar em você algo muito maior do que já foi um dia.

— Já fui tão desprezível quanto vocês e me odiei bastante pelo que já fiz no passado, eu até simpatizo com o pensamento de raiva que compartilham contra o Grande rei, até porque eu mesma o odeio bastante pelo mesmo motivo que já citaram de ele nunca se mexer para nada, contudo, independente do meu desprezo, isso não nos dá o direito de causar toda essa destruição e sofrimento contra pessoas em um ciclo que não é culpado pelo que ele fez ou deixou de fazer! — Hisana fica mais séria.

— Nisso nós já discordamos... Pois o Grande rei sozinho não é dono deste ciclo que nós shinigamis primordiais estivemos ali desde o principio zelando e cuidando para que não caísse em desgraça.

— Esse é o problema de vocês. Só porque possuem poder já se acham no direito de mandar em tudo. — ela afirma e retira uma ombreira de couro que ainda cobria seus ombros e costas por trás do manto que havia retirado para apoiar a cabeça de seu tio.

Os amigos de Hisana que estavam longe olham surpresos para ela, o que chamava a atenção não era a roupa ágil que lembrava bastante a de um integrante da Onmitsu kidou com ataduras nos braços, pernas e peito, mas o fato das cicatrizes nos ombros e costas de Hisana terem desaparecido.

— As cicatrizes... Eu me lembro de que ela tinha várias cicatrizes nas costas e ombros... — Ichigo comenta.

— O que aconteceu com elas? — Katsuya também se lembrava muito bem deste detalhe.

Hisana estala os dedos e pescoço e começa a aquecer as pernas.

— Obrigada pela informação Solomon, embora você não tenha contado exatamente o que eu queria ouvir o fato de entender que um dia você foi amaldiçoado me deu espaço para imaginar muitas coisas e o porquê de ser conhecido como “Bloodfield” não parece apenas a falta de criatividade em te darem um sobrenome, sua zanpakutou deve ser tão amaldiçoada quanto você não?

Solomon arqueia a sobrancelha.

— Sim minha jovem Hisana, minha zanpakutou também se tornou amaldiçoada tal qual seu dono.

— Sei... — Hisana se levanta do aquecimento de pernas e encara o cientista. — Fico imaginando... Se eu acertar um soco na sua cara você morre...?

Ele ri.

— É isso o que pensa? — o cientista gira sua bengala e se vira de frente para Hisana apoiando as duas mãos sobre ela e fecha os olhos. — “Um cientista que vive dentro de um laboratório inventando coisas não deve ser um bom lutador” é isto o que está pensando?

Hisana assente vigorosamente.

— Se o Zerus quebra com um soco eu presumo que você também né? — ela sorri.

— Entendo... Sendo assim...

Solomon abre os olhos e eles estavam completamente diferentes, não eram os olhos analistas de um cientista, mas a visão focada de um combatente que emitia uma tensão e densidade que atinge mesmo Ichigo e seus companheiros.

— Que olhos assustadores... Senti um calafrio agora. — Inoue abraça Ishida.

— São os olhos de alguém que não deve ser subestimado. — Sado comenta.

— Hisana sabe, mesmo assim ela precisava sentir essa pressão para se localizar dentro da área de combate. — Rukia diz.

— Não é isso.

Ichigo e os outros olham para Seiken.

— Hisana não é tão inteligente para pensar todas estas coisas filosóficas antes de enfrentar um inimigo. — a zanpakutou aperta os punhos e sorri ansioso. — Ela só quer tirar o máximo proveito que puder de Solomon durante a luta para por a prova tudo o que tem, ela sempre foi assim.

Rukia e os outros olham nervosos para ele e logo viram as atenções para Hisana.

— Então...!? — a mãe da jovem falaria algo.

— Ah... — as marcas tribais no rosto de Seiken se intensificam em excitação. — Ela só quer lutar com tudo.

No campo de batalha enquanto a pressão espiritual de Solomon emanava, Hisana olhava com um largo sorriso estampado no rosto e uma ansiedade incontida no corpo, ela se posiciona para atacar sem perder o foco e sua expressão sagaz.

— Venha Kurosaki Hisana... Vou mostrar a você porque nós recebemos o titulo “primordiais”! — Solomon exclama.

— Não precisa pedir duas vezes seu cientista desgraçado!

Hisana voa na direção de Solomon.

—_____________________________________

Longe dali Renji encarava Tormentus que parecia bastante revoltado com sua perda de oportunidade em enfrentar Hisana novamente, contudo o shinigami de cabelos vermelhos na sua frente não era um guerreiro a ser subestimado.

— Abarai Renji... Lembro-me vagamente de você na primeira invasão de Karakura e também me recordo de ter morrido pateticamente. — Tormentus debocha.

— Eu também me recordo de ter morrido pateticamente mesmo. — Renji concorda. — Mas eu me recordo ainda mais do soco que você levou alguns minutos atrás e te fez rolar no chão como uma minhoca no sol.

Tormentus fecha a cara.

— Não abuse da sorte shinigami, eu estou muito mais forte do que a primeira ocasião em que Kurosaki Ichigo me enfrentou, não espere misericórdia quando me enfrentar, pois eu irei matá-lo, você não é Kurosaki Hisana, não haja como se estivesse em meu nível de poder.

Renji ri.

— Tem razão. Eu não sou Kurosaki Hisana, até porque não tenho peitos... Posso não ser mais forte que ela, mas não me menospreze também, afinal, você não foi o único que recebeu umas melhorias... — o shinigami fita o abissal desafiadoramente.

— É mesmo? Então se você puder me entreter eu retiro o que disse ao seu respeito e peço desculpar por subestimá-lo.

— Pedir desculpas? — Renji sorri girando Zabimaru e ficando em posição de combate. — Eu vou te deixar de joelhos Tormentus!

— Eu vou fazê-lo se arrepender destas palavras shinigami! — ele grita correndo na direção de Renji enquanto invoca lâminas de todas as partes.

— Só existe uma coisa do qual me arrependo e com certeza não são as palavras que eu te disse agora. — O ruivo pega impulso e corre na direção do abissal.

Frentes de batalhas tomando rumos diferentes, mas que pelo bem daqueles que se amavam só poderia ter um resultado.

Enquanto Renji, Komamura e Byakuya longe dali se preparavam para lutar suas próprias batalhas Hisana ia em direção ao cientista Solomon que finalmente começaria a mostrar sua nova face jamais vista pela guerreira...

... E caberia a ela ter forças suficientes para aguentar essas consequências...

—____________________________________

Continua...

—____________________________________

Página da Fanfic


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tipo de combate é travado contra um shinigami que sentiu as mudanças do tempo? Alguém que recebeu a maldição de jamais esquecer coisas boas ou ruins? Já imaginaram como seriam suas vidas se seu cérebro não fosse capaz de limpar as memórias mais terríveis da sua cabeça?

Assim vive Solomon...

Porém, Hisana vai descobrir que força de vontade é só uma ferramenta para resistir ao poder de alguém que recebeu o título de Primordial e se tornou a testemunha eterna do tempo.

Enquanto isso Renji lutará contra Tormentus em uma luta que precisa por um fim à existência do abissal que não tem fim, mas com a ajuda de Hisana isso agora é possível, tudo depende de Renji e do resultado de seu treinamento...

As batalhas estão apenas começando...

Aguardo vocês nas reviews e nos veremos no próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.