Abertura de Ascensão

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Tokyo ESP OST - Rise of the Espers

Yamamoto não parecia satisfeito com o que tinha acontecido, ele sentia algo ruim lhe corroendo por dentro, como se um milagre tivesse sido alcançado a muito custo e mesmo assim não fosse o suficiente para deixá-lo aliviado.

Algo estava errado e pela sua vasta experiência era melhor não baixar a guarda.

— Shunsui, Jushirou!

Os dois capitães se apresentam.

— Yama-jii?

— Quero que vasculhem a cidade e façam um relatório dos danos causados por essa explosão, contate Kurotsuchi-taichou sobre este ocorrido e avalie os danos, o esquadrão de kidou precisa reparar o dano da barreira imediatamente.

— Mas Genryuusai-sensei, essa luz não machucou nem matou ninguém, ela curou os feridos! — Ukitake responde.

— Não estamos fora de perigo, eu quero que priorizem os moradores de Karakura e isole os moradores de Rukongai na ala leste da cidade. Quero aqueles hollows longe deles a qualquer custo!

— Sim senhor. — o albino responde.

— Os simbiontes estão voltando... — Shunsui avisa.

Os hollows que não tinham morrido com a explosão por estarem fundidos a outras almas desentocam de dentro de prédios e alguns adentram a fresta criada pelo ataque concentrado na barreira.

— Só pode ser brincadeira, eles não param de aparecer! — Shunsui resmunga com um sorriso angustiado.

— Onde estão os outros esquadrões?! — Ukitake sai correndo.

Hitsugaya olhava para a enorme barreira sendo invadida outra vez e toda a distorção retornando tal qual uma maré.

— Isso não vai ter fim e o que quer que aquilo tenha sido, nos salvou por um breve momento... Mas agora... O que iremos fazer se isso não parar?

— Capitão... — Rangiku sussurra insegura com as palavras de seu capitão.

Os hollows começam a atacar novamente e mesmo em menor número agora só restavam os piores deles.

Do outro lado da cidade Urahara digitava as últimas variáveis que enviava em tempo real para Mayuri que tentava fechar a brecha na barreira de Karakura, quando sente uma distorção vinda da direção da fenda do deserto e ouve o grito de Ayame se virando para ela.

— Senhora Juíza!

A juíza era empurrada para trás e levava choques que subiam pelos seus braços e se espalhavam pelo corpo.

— AaAaAAHhhh! — ela grita caindo de joelhos.

— Urahara-san a distorção aumentou de tamanho, a juíza Ayame está sendo repelida! — Tomoe exclama suando nervosa. — Eu estou usando todo meu poder em carga máxima para evitar que a juíza vire pó, não sei se conseguirei aguentar por muito tempo!

Gritos de medo e desespero se espalham pela cidade mostrando que o ataque dos hollows abomináveis chegava cada vez mais perto.

— Nós temos que conseguir! Nós temos que conseguir!

Ayame estava com as mãos completamente queimadas e mesmo assim continuava tentando manter aberta a última brecha que ainda se mantinha separando o deserto das almas da Soul Society.

— Ayame-san! — Urahara exclama vendo que ela não conseguiria resistir.

— Não vou aguentar muito mais...!

Tomoe também não conseguia manter a barreira atrás deles e a barreira ao redor de Ayame impedindo que ela morresse ao ser consumido pela distorção.

— Não vou conseguir também... Meu poder... Nas últimas...!

GARO Honoo no Kokuin OST - Alfonso Garo Shoukan

Os hollows abomináveis atacavam as pessoas pela cidade e os shinigamis em número muito menor não conseguiam detê-los ao mesmo tempo em que tentavam evitar matá-los e manter as pessoas ainda vivas a salvo.

— Nós vamos morrer! — um shinigami se desespera, assim como outros já abalados pela situação.

O braço de Ayame começa a enfraquecer.

— Não consigo mais... — ela cai de joelhos ofegante e suando muito, porém assim que ergue os olhos enxerga uma tempestade de areia negra no horizonte infinito do deserto. — Aquilo é...!?

Um vento forte passa pela brecha derrubando-a, assim como levando Tomoe, Urahara e o que estivesse no caminho, o vulto tempestuoso e encapuzado pousa no centro da cidade.

A brecha fecha e Ayame sorri aliviada, porém cansada após gastar todas suas energias só consegue dizer poucas palavras:

— Idiota... Por que se atrasou tanto...? — a juíza desmaia já sem forças.

A pessoa olha para os lados e vê tudo envolto em caos, então tal qual um farol os hollows abomináveis ao notarem sua presença começam a convergir em sua direção. Ela levita acima da barreira e pousa sobre uma torre que ainda estava de pé da cidade transferida de Karakura. Ela fecha os olhos e na sua mente escurecida vários pontos como pequenas chamas azuladas começam a surgir até se tornarem milhares.

— Entendo... Então foi isso o que aconteceu...

Ela diz e ergue o braço direito ao céu, em um piscar de olhos uma esfera gigantesca de uma reiatsu branca pura se forma em sua mão, então ela abre os olhos e fecha a mão fazendo aquela enorme esfera se fragmentar e cair como chuva pelo lugar.

A energia para surpresa de muitos passa por entre seus corpos sem machucá-los, mas assim que atinge os hollows abomináveis que possuíam as pessoas de Rukongai começa a purificá-los. As pessoas gritam e se contorcem, mas logo suas faces distorcidas voltam ao que eram antes e caem inconscientes no chão.

Os hollows que haviam sobrado derretem quando são atingidos por aquele poder que lavava o campo de batalha da corrupção causada por Solomon e pouco a pouco fazia as coisas se acalmarem.

Urahara e Tomoe se aproximam do centro da cidade e ela olha para cima com um brilho na face impossível de se esconder, a jovem acima da torre retira o capuz e revela sua identidade.

— Está atrasada sua grande idiota! — Tomoe grita.

Como resposta ela enxerga o sorriso sincero da morena de cabelos longos que cessa ao ver Ayame desmaiada sendo atendida por alguns shinigamis.

— Obrigada. — ela sussurra e olha para Urahara e Tomoe. — Preciso ir.

Eles assentem conseguindo ler seus lábios.

Os shinigamis outrora desesperados olhavam boquiabertos para a pessoa acima da barreira sem saber o que dizer, mas ela simplesmente abre sua bolsa e tira algo de dentro comendo em seguida e então depois olha em uma direção, Komamura e Renji surgem ao seu lado. Ela os pega pelos braços e no mesmo piscar de olhos que havia aparecido some novamente com os dois deixando o vácuo do impulso que pega para sumir no horizonte.

Tomoe ria alto estirada no chão com lágrimas teimosas nas bordas dos olhos e Urahara senta ao seu lado finalmente sentido que poderia respirar.

De perto da fresta que existia na barreira os shinigamis ao lado do comandante olhavam sem reação.

— Aquela era..!? — Yamamoto olhava ainda tentando entender o que tinha acontecido.

— Sim senhor, de certeza era ela. — Shunsui ajeita seu chapéu.

Karakura estava salva e só faltava mais uma coisa a ser feita: Resgatar Ichigo e seus amigos...

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God Eater Burst Drama & OST - Endless Voracity

— Uau! Você falou bonito ruivinho, chega eu fiquei toda arrepiada! — a voz adulta feminina brinca.

O semblante de Ichigo fica surpreso e de expressão trêmula ao reconhecer aquela voz.

A capa da figura serena diante dele dançava ao vento ao passo que sua silhueta se agigantava conforme os olhos de Ichigo se erguiam e guiavam-no em direção ao seu rosto.

Rukia olhava para frente sem conseguir proferir qualquer palavra, Sado se levantava do chão sorrindo, enquanto Katsuya que não conseguia esconder a emoção que sentia encontra forças para ficar de pé.

A figura diante de Ichigo retira seu capuz e seus cabelos longos e negros dançam ao vento:

— Se vocês não desistiram até o último segundo, então já são os vencedores dessa luta! — ela proclama.

A boca de Ichigo se mexia querendo falar algo, mas tudo o que consegue é morder os lábios mostrando estar emocionado.

A jovem vira o rosto para ele com seus olhos castanhos brilhantes e um largo sorriso de alegria estampado no rosto.

— Tadaima!

— Hi-Hisa...! — Ichigo não consegue completar.

Hisana sorria, então vira o rosto para os lados e analisa a situação de seus amigos de maneira panorâmica contando os estragos da batalha.

Inoue nos braços de Ishida parecia morta. Sado que segurava o braço machucado escorado nos escombros fazia um gesto positivo com o dedo quando seus olhares se cruzam.

Byakuya estava caído no chão e mal respirava devido o ataque de Zerus, Rukia que estava chorosa alguns instantes atrás fica sem reação ao ver sua filha na frente de Ichigo.

Katsuya se mantinha em pé usando toda sua força de vontade e não sabia que cara fazer para Hisana, eles ficam se encarando por alguns segundo, até que ela finalmente sorri e põe as mãos na cintura fazendo sua típica expressão travessa:

— Que coisa pessoal eu não posso tirar férias por alguns dias e é assim que a casa fica quando eu volto? Eita mico heim Ichigo? Eu te dou minha zanpakutou, meus poderes, minha coleção de figurinhas dos power rangers e é assim que você cuida do pessoal? Tá precisando se reciclar heim?

Uma veia nervosa aparece na testa do ruivo que encara Hisana além de apontar o dedo tocando no nariz da outra.

— Não venha com gracinhas, você disse que ia chegar cedo e olha só que horas são?! A gente morreu uma vez sabia!? A Inoue se sacrificou para nos ressuscitar! Tem idéia do que a gente teve que passar enquanto esperávamos você chegar!? — ele protesta.

Hisana engole em seco e envergonhada vira o rosto.

— É que... É que... Eu peguei um engarrafamento no deserto... — ela tenta inventar uma desculpa.

— Não existem engarrafamentos no DESERTO!

Uma pedra voa e acerta a testa de Hisana que encolhe choramingando. Katsuya se aproxima como um touro bravo e fica ranzinza tal qual Ichigo.

— Sua idiota você está atrasada! — ele rangia os dentes.

— Mas eu! Mas eu cheguei mais cedo do que as seis horas que havia previsto e é assim que vocês me recepcionam!? Eu vou embora para Esparta porque essa família não me ama! E olha que eu ainda tive a consideração de trazer um monte de lembrancinhas para vocês! — ela levanta retrucando para Katsuya.

— E por acaso tem alguma lembrança para mim no meio dessa consideração toda?! — ele pergunta aos berros.

— Tem sim! — ela enfia as mãos na sacola que tinha trazido — Olha aqui! — ela balança a lembrancinha na frente de Katsuya.

— Mas o que diabos é isso!? — ele pergunta.

— Um chaveirinho da Miwa Kitty!

— “Miwa Kitty” e por acaso é essa a marca desse chaveiro? — ele dá um peteleco na testa de Hisana.

— Será que dá para pelo menos admitir que estava com saudades de mim!? — ela grita de volta massageando a testa.

— Quem iria sentir saudades de uma mulher convencida a super heroína, cínica, cheia da graça e que é viciada em macarrão!?

— Mas esse é o meu charme! — Hisana protesta.

John Dreamer - Becoming A Legend

Os dois ficam rangendo os dentes um para o outro.

— Será que dá para os dois pararem!?

Eles ficam dando a língua um para o outro até serem separados por Rukia.

— Está atrasada...

— Rukia...

A shinigami sorri para a jovem.

— Já faz algum tempo... Hisana...

A filha de Rukia pisca e coça as bochechas sem graça desviando o olhar.

— Eu e Ichigo temos muitas coisas que gostaríamos de lhe contar... Coisas que estivemos esperando para compartilhar com você... Mas eu sei que isso pode esperar.

— Hisana. — Ichigo lhe chama e ela olha para ele. — Da próxima vez que se sentir sozinha, se precisar confiar seus sentimentos a alguém ou se apenas quiser conversar algo que a esteja incomodando, fale com a gente, fale comigo e com Rukia, olhe ao seu redor, você está cheia de amigos e pessoas que sempre buscam o seu bem, por isso lembre-se que estaremos sempre aqui por você assim como está aqui para nós.

Rukia sorri com ternura e toca em seu ombro.

— Afinal nós somos os seus pais não somos? — ela completa.

A expressão de Hisana fica trêmula e ela se vira.

— Vocês são terríveis heim, tentando me fazer pagar mico na frente do inimigo! — ela retruca de braços cruzados e brincando. — Hisana respira fundo com rosto erguido aos céus, então se vira para eles. — Eu prometo. — ela sorri de volta. — Mas antes que eu acabe me esquecendo, já que eu fiz o favor de quebrar o clima de urgência...

Hisana caminha em direção a Ishida que segurava o corpo de Inoue, ela se agacha e levanta o dedo indicador que brilha com uma luz esmeralda e como uma agulha ela perfura o coração da ruiva que solta uma longa golfada de ar e começa a tossir.

— INOUE!?

— HIME!?

Seus amigos exclamam perdendo o fôlego em seguida.

A ruiva continuava tossindo e Ishida a abraça com força olhando para Hisana com expressão trêmula gaguejando sem saber que palavras usar.

— O-o que foi que você fez? E-ela tinha morrido não tinha? — Katsuya pergunta surpreso.

Hisana faz um sinal para Katsuya se abaixar, ele chega mais perto e ela sussurra:

— Eu reforjei o espírito dela, mas não conta pro papai que eu fiquei mais forte que ele ou ele vai ficar com inveja dos meus poderes...

— Hisana... Eu posso te ouvir sabia? Além do mais... Eu sou o seu pai.

— NoooOoOoOoOo! — Hisana faz uma cara de pânico como se tivesse acabado de ouvir a revelação mais bombástica de sua vida.

Ichigo entorta a boca e suspira.

— O-obrigado... Obrigado Hisa-san... — Ishida abraçava Inoue chorando de alegria.

A jovem sorri de volta.

— Você disse que reforjou o espírito dela? Mas como isso é possível? — Ichigo pergunta.

— Ah... Isso...? — Hisana coça a cabeça desviando o olhar. — Depois eu te conto, aliás, cadê o tio Byakuya heim? — Hisana enxerga seu tio estirado no chão. — Ô gente, que consideração essa de vocês heim! Deixar o coitadinho do meu tio todo quebrado parecendo um mosaico e ninguém teve a consideração de ver como ele está!

— A gente não teve tempo nem de ver como a Inoue-san estava sua tonta! — Katsuya protesta seguindo Hisana que se abaixava para ver como estava o seu tio.

— Katsuya se você estiver entrando na menopausa me avisa logo que eu já preparo meus ouvidos pros próximos cem anos!

— Menopausa é a senhora sua avó e trata logo de fazer alguma coisa pelo seu tio!

— Peraí? Você está querendo mandar em MIM!? Eita que eu estou perdendo minha moral nessa casa! — Hisana resmunga virando o seu tio e percebe que ele estava de pescoço quebrado. — A situação dele consegue ser pior que da Inoue... — ela retira seu manto e põe atrás do pescoço de seu tio, ela pega sua mochila das costas e após procurar durante algum tempo retira um frasco com um líquido amarelado.

— O que é isso? Tem cor de xixi. — Katsuya comenta.

— É o xixi milagroso do mestre Arion. — Hisana responde.

— Sério? — Katsuya parecia ter acreditado.

— Claro que não seu idiota, acha que eu daria xixi pro meu tio tomar? Daria pra você sem pensar duas vezes.

— Valeu heim... Quero morrer sendo seu amigo...

— Se continuar falando não vai demorar! — ela retruca.

Katsuya faz um gesto de zíper nos lábios. Hisana destampa o frasco e dá para o seu tio tomar, em alguns segundos ele abre os olhos.

— Nii-sama! — Rukia exclama.

— Rukia... — ele olha para o seu lado. — Hi... Hisana... Está atrasada. — ele sorri.

— Ferrou-se! — ela bate nos quadris e se levanta revoltada. — Todo mundo dizendo que eu cheguei atrasada e eu vim voando igual um peru fugindo do natal é mesmo assim ainda estão reclamando!? Eu mereço pagar meus pecados com vocês mesmo. — ela responde parecendo bem revoltada.

Seus amigos riem.

Xenosaga - We've Got to Believe in Something

— Hisa-chan...?

Hisana se vira e fica surpresa quando Inoue pula lhe abraçando emocionada.

— Por que demorou tanto!? — ela soluçava.

— Ge-gente... Eu estou começando a me sentir uma tartaruga hoje... — Hisana começava a ficar triste, aquelas palavras sendo repetidas tantas vezes estavam começando a convencê-la.

— Que bom que voltou... Quem bom... Eu sabia que voltaria... — Inoue a abraçava com força.

A jovem sorri.

— É eu estou de volta, mas... — Hisana toca na cabeça de Inoue e ela se afasta um pouco. — Como eu encontrei a casa bagunçada eu preciso arrumar ela primeiro para podemos comemorar depois certo?

A ruiva assente vigorosamente.

— Hisana, nós estamos em total desvantagem aqui, os abissais estão muito poderosos e toda vez que conseguimos vencê-los Solomon os ressuscita, derrota-los se tornou uma tortura... — Katsuya confessa.

— É eu sei, mas não se preocupem mais com isso, eu vou acabar com essa festa de zumbis.

— Arion reikin parece ter lhe ensinado alguns truques pelo que posso ver. — Byakuya comenta.

— Com certeza! — ela responde. — Porém antes de mostrá-los... — Hisana pega sua sacola de viagem e dá para Katsuya. — Eu quero que você fique com nossos amigos e entregue para eles umas lembrancinhas que tem ai dentro, tudo bem?

— Lembrancinha? Que tipo de lembrancinha? — ele tenta espiar dentro da sacola.

— Sinto muito, mas minhas calcinhas não estão ai dentro.

— E quem quer saber das suas calcinhas!? — Katsuya responde vermelho e sem graça gritando feito louco.

—... Poxa... Isso foi um tiro de bazuca na minha autoestima... — Hisana parecia decepcionada.

Katsuya engasga e fica mais vermelho ainda enquanto Ichigo e Rukia ficam lhe encarando.

— Bem... Assim que abrir a sacola e ver do que estou falando você vai entender o que precisa ser feito, mas por enquanto apenas se afastem daqui que eu tenho alguns assuntos para resolver. — Hisana se vira para os abissais que a encaravam sem mover um músculo.

— Ei, espera ai, tá certo que você é muito forte Hisana e deve ter se tornado uma monstra agora, mas tem certeza que vai fazer isso sozinha?

Hisana encara Katsuya fazendo bico e com uma veia de raiva na têmpora.

— “Monstra” é? Por acaso era para isso ser um elogio?

— Ah! Não, não, não! — ele tenta se justificar. — Eu quis dizer no bom sentido da palavra, tipo, significando que você está invencível entendeu!?

— Ah tá... — ela continua desconfiada. — Se for isso, então pode ficar tranquilo porque eu estou de bom humor hoje, meu mestre me ensinou a controlar minha raiva pra que eu não sofra de pressão alta quando ficar mais velha.

— Bom saber... — Katsuya respira aliviado.

— Tem certeza? — Rukia pergunta.

Hisana assente.

— Pode deixar tudo comigo agora, apenas descansem porque eu sei que vocês merecem.

— Mas nem ferrando que vou descansar sabendo que essa luta ainda não acabou! Eu nunca vou deixar você sozinha novamente! — Ichigo protesta.

Os olhos de Hisana brilhavam trêmulos de tanta emoção.

— O-o que foi!? — Ichigo pergunta com suor nervoso na testa.

— Essa foi a declaração de amor mais linda que já recebi na minha vida. — a expressão emocionada de Hisana se torna afiada e ela aponta para Katsuya. — Tá vendo? Aprende com ele.

— Q-quê?! — ele fica enrubescido e sem graça.

— Eu não estou brincando sua idiota! — Ichigo fala alto. — Eu não vou perdê-la novamente para eles Hisana e vou fazer o que puder para impedir isso!

Os olhos de Hisana brilham novamente trêmulos de tanta emoção e repentinamente ela volta a olhar afiada para Katsuya e fazendo uma associação fica alternando aportar os dedos para os dois.

— Será que dá para você me levar a sério aqui!? — Ichigo fica bufando e batendo o pé no chão.

— Tá bom Ichigo, todo mundo já entendeu que você a ama. — Rukia começa a afastar Ichigo do caminho.

Hisana ri.

— Não demore... Porque nós estaremos te esperando. — Rukia diz.

Ela assente.

— Espera Rukia, eu não posso ir ainda. — Ichigo se desvencilha dela e encara Hisana que surpresa fica sem entender por um momento, até que ela sorri e olha de volta para ele.

— Eu prometo que vou voltar.

Os dois continuam sérios, até que por fim o ruivo sorri e toca no ombro de Rukia.

— Vamos.

Eles assentem e se afastam.

— Boa sorte Hisana. — Katsuya se despede.

— Obrigada e cuide bem deles enquanto estivermos ocupados por aqui.

— Pode deixar.

Katsuya acompanha Ichigo e Rukia.

Hisana se espreguiça e anda em direção aos abissais.

— Uau eu nunca imaginei que seriam tão educados em me deixar conversar tanto tempo com a minha família ai quietinhos sem tentar nos pegar de surpresa, eu estou emocionada com tanta consideração. — ela ri debochada.

Colossus e Tormentus rangem os dentes.

Zerus olhava sério para Hisana perdido em pensamentos:

(— Não é como se não tivéssemos tido a oportunidade para fazer isso... Mas eu tenho certeza que Tormentus e Colossus também sentiram o mesmo que eu...).

Hisana olhava com seu típico sorriso para os abissais como se estivesse esperando eles se manifestarem, Zerus continuava seu pensamento:

(— Mas sempre que pensávamos em agir, mesmo no meio de toda aquela distração entre eles... Ela... Ela...!) — a imagem gigantesca de Hisana se manifesta nos pensamentos de Zerus de uma maneira intimidadora lhe encarando como uma fera selvagem pronta para trucidá-lo. (— Era como se eu sentisse meu corpo ser estraçalhado só de tentar dar o primeiro passo!) — ele suava nervoso sem tentar demonstrar a sensação que havia sentido.

— Hiryu minha filha!

A zanpakutou de Hisana surge ao seu lado.

— Hisa-chan! — Ela pula se agarrando nas costas da mestra e ambas começam a rir.

— Uia! Hiryu saudades de tu muiér! — Hisana arranha as normas linguísticas ao cumprimentá-la.

— Estava morrendo de saudades, parece que faz uma eternidade que a gente não se via! — a zanpakutou de Hisana chorava de alegria.

— Pois não é?! — Hisana e Hiryu começam a rir como bobas na frente dos abissais.

— Isso é alguma piada!? Até quando vai ficar perdendo tempo com idiotices? Se vai lutar que seja agora! — Tormentus grita rangendo os dentes.

Hisana e Hiryu olham para ele.

— Ué? E não atacou por quê? Você estava me esperando? Ah tá! O negócio de mulheres primeiro né?

— Oras sua...! — Tormentus faz menção de atacar, mas Zerus faz um sinal para que ele não se mova.

— Só de olhar para você vejo que mudou bastante minha criança.

— Ainda vão continuar com essa frescura de me chamar de “minha criança”? Que saco heim. Sabia que eu já sou grandinha? Tenho até peito né Hiryu!?

A zanpakutou que ainda estava agarrada nas costas de Hisana apenas concorda de maneira óbvia.

Zerus ri.

Epic Score - I Still Have a Soul

— Sua personalidade parece diferente também... Ou seria apenas saudades por termos ficado tanto tempo sem nos vermos?

— E eu lá teria saudades de uma criatura de sexualidade duvidosa? Longe de mim esse pecado. — Hisana solta uma risadinha.

A expressão do abissal treme e uma veia raivosa surge na testa de Zerus, mas ele respira fundo e sorri como se nada tivesse acontecido.

— Entendo... Mas acredito que você não esteja aqui apenas para conversar, afinal já deve ter notado que em breve Solomon-sama conseguirá libertar nosso mestre Magnus.

— Ah...! Então aquela luz cegante saindo da caverna é por causa disso é? — Hisana olha para o topo da caverna.

— Quando Magnus-sama ressurgir nessa era eu tenho certeza que entende o quão impossível será detê-lo não é mesmo?

— Impossível é uma palavra muito pesada, eu não usaria mais ela hoje em dia sabe... — Hisana sorri para o abissal que estranha seu olhar e fica mais sério. — Mas quer saber? Você tem razão, eu não vou dar o braço a torcer só pra ter mais trabalho de engessar depois. Eu estou com fome, faz tempo que não destruo a geladeira do Urahara, fiquei com saudades só de lembrar, então vou logo dar um chute na bunda de vocês e ir pra casa tomar banho, trocar de roupa, comer, assistir os episódios da minha série favorita que mandei o Kon gravar e tirar o dia de folga para implicar com o Ichigo porque eu não resisto!

— Credo Hisana você tá elétrica hoje! — Hiryu comenta olhando desconfiada.

— Hiryu desce dai minha filha.

A zanpakutou obedece.

— O que vai querer dessa vez?

— Nada de mais. Na verdade eu só preciso que você faça uma barreira ao redor dos nossos amigos e cuide deles, porque a chapa do sanduíche vai esquentar por aqui... — Hisana olha triste para o chão. — Já notou que todas as minhas sentenças estão envolvendo comida? Que fome...

Hiryu ri.

— Eu posso fazer isso que me pediu, mas tem certeza que não quer minha ajuda aqui? — a dragonesa pergunta.

— Nah! — Hisana faz careta. — Pode relaxar do camarote, eu estou precisando descontar meus seis meses de estresse em alguém, você não vai querer estar por perto pra sentir isso.

— Que bom que está avisando, não quero mesmo. — Hiryu se transforma em sua forma etérea e voa em direção a Ichigo e seus amigos. — Tem alguma coisa para mim na sua sacola?! — ela pergunta com voz distante.

— Ração! — Hisana grita de volta acenando enquanto se despede e ouve os rugidos alegres da companheira.

— Já acabou?

Hisana se vira para trás.

— Já, calma não se irritem, eu fiquei seis meses fora, me deem um desconto antes de arrebentar a cara de vocês.

Tormentus e Colossus começam a rir, Hisana entorta a boca.

— Eu contei alguma piada?

— A melhor de todas.

— Você pode ter se fortalecido Hisana, pode nos destruir quantas vezes quiser, mas jamais nos derrotará de verdade. Somos imortais! — Colossus exclama.

— Ah... Entendi... — Hisana sorri cínica. — É dessa falsa imortalidade que vem tanta confiança...

— Uma hora sua energia irá acabar e nós estaremos muito mais fortes, além do mais, antes que consiga fazer alguma coisa, Magnus-sama terá sido libertado.

— Não se preocupem com isso porque eu posso derrotá-los de uma vez por todas com um único golpe se eu quiser.

— Hoho... Está insinuando que pode destruir nossos espíritos? Isso é impossível, Solomon-sama colocou uma barreira impenetrável ao redor que somente ele como criador é capaz de tocar. — Tormentus diz.

— Então o problema é simples de se resolver. — Hisana estala os dedos. — É só quebrar a barreira.

Os abissais olham sérios para Hisana, desta vez com sede de sangue.

— Ninguém pode superar o poder de Solomon. — Zerus parecia o mais ofendido.

— Ninguém? Vocês costumam usar sentenças muito extremas para definir as coisas, no meu caso eu prefiro usar “talvez”, “quem sabe” ou “quem não arrisca não petisca”. — ela sorri e aponta para o próprio peito. — Eu vou derrotá-los permanentemente e não vou querer ouvir o choro do Solomon depois.

— Eu ainda tenho minhas dúvidas de que consiga. — Zerus não sorria mais.

— Hoho... Isso me pareceu um desafio...

Aldnoah.Zero - 04. MKAlieZ

Colossus tenta pegar Hisana desprevenida, mas ela some e surge na frente de seu rosto e desfere uma tapa com as costas da mão enterrando o abissal no chão.

— Ô Megazord, fica na tua que quando for a hora de morfar eu te chamo. — ela diz cinicamente.

Tormentus enrijece os músculos de raiva. Se existia uma coisa que os abissais mais se irritavam era a autoconfiança exagerada da jovem que beirava o absurdo, isso os tirava do sério pelo simples fato de mexer com o pensamento implantado com os passar dos anos de que eram criaturas nascidas para serem invencíveis.

E mexer no ego exacerbado de um abissal era um erro... Que Hisana adorava cometer.

— Não pense que vai sair viva dessa Kurosaki Hisana! — Tormentus corre em sua direção.

— Ai, ai... Ou vocês se tornaram muito patéticos ou fui eu que me tornei forte demais... Deu até sono, acho que vou tirar um cochilo... — ela boceja e olha para os lados. — Vixi é mesmo eu esqueci meu colchão na outra mochila... Fazer o que né? Vou dormir em pé mesmo. — ela dá de ombros e fecha os olhos.

Colossus bate no chão com os dois braços e levanta com um impulso correndo de forma rasante na direção da jovem.

Zerus vê os abissais correndo enfurecidos e grita tarde demais:

— Seus idiotas não façam isso!

Tormentus e Colossus se aproximam de Hisana com punhos e espadas em riste, mas tudo que Hisana faz é sorrir e abrir os olhos desafiadoramente.

Uma onda de choque atinge os abissais no ar que ficam paralisados e sem reação, eles são arremessados por um vento violento que circunda Hisana dos pés à cabeça e os faz quicar no chão e sair arrancando e derrubando o que encontrasse pelo caminho até baterem em pedras e arvores e finalmente pararem de voar.

O vento continua a se espalhar e atravessar o lugar atingindo o local onde estavam Ichigo e seus amigos que sentem o impacto, mas não são arremessados por estarem sendo protegidos por Hiryuken.

— Mas o que foi isso!? — Sado protegia o rosto.

— Não saiam de minha proteção! Hisana está fortalecendo esta barreira com sua própria reiatsu... Ela sabia que sua luta podia nos machucar e por isso me pediu para protegê-los.

Rukia sente um arrepio e do seu lado Seiken surge caminhando até a beira do pequeno monte onde estavam e fita Hisana com olhos afiados sem dizer uma única palavra.

— Você também sentiu irmão? — a dragonesa pergunta.

Sua única resposta são os olhos do irmão que se tornam ainda mais sérios.

— Que pulso de reiatsu incrível! —Katsuya exclama.

— Ela não os arremessou com um pulso de reiatsu... Prestem atenção, ela não emana energia espiritual. — Byakuya diz.

O grupo continua observando Hisana por um momento, Ichigo é o primeiro a perceber:

— Então isso é...!?

— Expansão do espaço de ataque. — Byakuya completa.

— Q-quer dizer que aquilo que arremessou os abissais foi sua intenção de atacá-los?! — Katsuya pergunta surpreso.

Byakuya assente.

— Peraí... Mas eu consigo sentir como se ela pudesse me alcançar de qualquer lugar... — Ichigo comenta. — Se for este o caso, então...

— Correto. Este domínio não pertence mais aos abissais... Porque Hisana o transformou em seu próprio campo de batalha.

Ichigo e seus amigos suavam nervosos olhando para Hisana.

— Se a gente que está do lado dela está sentido isso... O que os abissais estão sentindo então...? — Rukia sussurra.

Tormentus e Colossus estavam paralisados e seus dentes batiam uns nos outros diante da ameaça que sentiam emanar de Hisana.

— O que foi? Não eram vocês que iam me trucidar, me fazer em mil pedaços e depois levar pro Solomon brincar com meus restos? — ela pergunta.

— D-Desgraçada!

Tormentus invoca uma quantidade incontável de lâminas de diferentes tamanhos e formatos, Colossus enrijece sua energia espiritual no próprio corpo ao ponto de deixá-lo duro como aço.

Zerus não dizia mais nada, agora sua própria curiosidade falava mais alto e ele fica imóvel para ver o que iria acontecer.

— Morra Kurosaki Hisana!

Hisana vê os abissais se aproximando e respira fundo soltando o ar vagarosamente, então calmamente posiciona um dos pés para trás e monta uma base de combate posicionando suas mãos para a luta em uma forma de combate de mãos nuas que ninguém ainda tinha visto.

— O que é isso!? — Zerus exclama vendo algo acontecer.

O corpo de Hisana começa a emanar uma aura verde quase imperceptível pelas bordas de seu corpo que subia da planta dos pés até o último fio de cabelo da cabeça, quando Tormentus está se aproximando ela sentencia:

— Forja das Almas, primeira instância: Penitentia (penitência).

A energia ao redor de Hisana se dissipa em ondas e ela corre na direção de Tormentus, o abissal desfere suas laminas contra ela que desvia em velocidade incomparável e se aproxima do inimigo ficando cara a cara com ele.

— O q...!?

Tormentus não tem tempo de falar ou reagir, tudo é muito rápido. Hisana pisa forte no chão literalmente enterrando sua base de combate abrindo uma pequena cratera com a força dos pés, ela carrega um soco com a mão direita na altura da cintura e enterra seu punho no estômago de Tormentus, porém seu braço atravessa o abissal como se fosse feito de energia e ela vem segurando alguma coisa. O abissal abre a boca em choque, mas o grito não sai.

Final Fantasy XV — Omnis Lacrima.

Todos conseguem ver a aparência fantasmagórica de Tormentus sair de seu próprio corpo como se fosse uma projeção de si mesmo, ele fazia a mesma expressão de terror do soco que havia levado no estômago, então aquela forma se deteriora e desaparece revelando uma esfera negra intacta na mão de Hisana que ela deixa dentro de seu corpo novamente ao retirar sua mão de dentro do abissal.

Tormentus cai tossindo no chão e vomitando sangue. Ele rolava sentindo uma dor incompreensível por todo o corpo, mesmo não tendo ferimento algum.

Colossus que corria para onde ela estava fica olhando para o outro abissal que parecia chorar de dor.

— O... O que foi que você fez? — o abissal pergunta intrigado e só poupa a mesma pergunta que Zerus teria feito.

— Ué? Ainda não entenderam? — Hisana pergunta ao vento e olha para Zerus. — Nem mesmo você? — ela ri — Tudo bem então. Eu vou usar em você desta vez com bastante calma para dar tempo de analisarem o que estou fazendo, tá bom assim?

Colossus gira seu enorme martelo e Hisana pega com a mão nua, a arma do abissal trinca e vira pó deixando-o surpreso e sem reação, por causa do impacto de seu próprio golpe, ele perde o equilíbrio e Hisana só precisa enterrar sua pequena mão no estômago de Colossus e seus olhos ficam brancos quando a projeção de seu corpo surge semelhante a de Tormentus e se fragmenta em mil pedaços.

O abissal cai no chão tossindo e babando. Ele gritava de dor e chorava rolando com as mãos no estômago sem saber o que fazer consigo mesmo no meio de todo o seu desespero.

— ISSO É IMPOSSÍVEL!

O grito de Zerus faz Hisana encará-lo.

— Impossível por quê?

— Por que... Porque não pode existir uma técnica como essa nesse mundo! — ele exclama nervoso.

Hisana sorri.

— Ah... Então você finalmente entendeu o que eu fiz... Nada mal para alguém que é considerado um gênio...

Zerus olhava para Hisana e sua expressão tremia querendo acreditar no que tinha acabado de fazer.

Ichigo e seus amigos olhavam perplexos para o que Hisana tinha feito e ninguém conseguia entender.

— O-o que foi que ela fez? Eu não vi e nem entendi nada! — Katsuya confessa.

— Ela bateu neles e agora eles não conseguem nem levantar! O que foi aquela energia estranha que saiu do corpo dela!? — Ishida fala alto.

— O que foi aquilo que saiu dos corpos deles?! — Sado perguntava intrigado ao ver a cena dos abissais em agonia.

Seiken continuava encarando Hisana como se a avaliasse da cabeça aos pés.

— O que aconteceu com ela... Essa sensação... — ele sussurra.

Eles ouvem o som do riso de Byakuya e se viram para ele.

— Nii-sama...? — Rukia olhava sem entender para o irmão.

Byakuya se aproxima da beira do monte e fica observando Hisana com um sorriso discreto nos lábios.

— Arion reikin... Essa técnica é...

— Forja das Almas. — Hisana estendia a palma de sua mão para Zerus e fecha o punho em gesto desafiador.

— Forja das almas? — o abissal de cabelos cerúleos pergunta.

— Nome bacana né? — Hisana sorri. — Nossos corpos são compostos de três matérias: Corpo, Alma e Espírito. Sobre o corpo não preciso explicar, pois é apenas a nossa capacidade de projetar matéria física, carne, sangue e ossos. A alma, que é a mesma que reencarna é a parte “emocional” de nossas existências, é ela quem armazena nossas memórias e emoções, nos dando identidade, por isso o “plus” possui a mesma forma quando abandona seu corpo material e mesmo na Soul Society ele continua tendo a mesma aparência, já o espírito é a essência de tudo, o núcleo da alma e do corpo, ou seja, sem ele não há vida.

Hisana olha para Ishida e Zerus acompanha seu olhar.

— Um quincy possui a habilidade natural de transformar as partículas espirituais que compõe a matéria e moldá-la dando-lhe uma nova forma, mas não é capaz de fazer isso com uma essência: eles são incapazes de remodelar e fazer voltar ao estado original a partícula espiritual de um Hollow causando o que é conhecido como “Soul Suicide”.

— E daí?

Hisana volta a olhar para Zerus.

— Toda existência mantem outra em um ponto de equilíbrio em um ciclo, por exemplo: um shinigami é o ponto de equilíbrio de um quincy e ele o dos hollows que são dos seres humanos que dão origem ou não aos shinigamis quando morrem e habitam a Soul Society, a forja das almas possui a capacidade de quebrar este ciclo ou restaurá-lo com seu poder e ao contrário dos quincys que interrompem o ponto de equilíbrio dos hollows a forja pode atuar em todos os caminhos deste ciclo e restaurá-los... Ou destruí-los...

— A Soul Suicide Perfeita... — Zerus sussurra.

Hisana assente.

— Esta é a herança daqueles que aprenderam a manter o equilíbrio no mundo, a herança que meu mestre passou a mim: A Forja das Almas.

— Tal técnica não deveria existir... Porque ela é contra as regras que regem os destinos das almas que habitam o mundo, é contra a vontade do próprio grande rei... Somente alguém com autoridade sobre o destino das pessoas seria capaz de tal feito e esse alguém deveria ser Magnus-sama.

— Correto. Mas eu conheci outra pessoa que possui autoridade sobre o destino dos seres vivos e ele sozinho desenvolveu está técnica durante os anos que ficou no vazio. Meu mestre: Arion Leonis.

Zerus olha sério para ela.

— Arion... — ele sussurra.

— Depois que eu o conheci e convivi com ele vi o quanto Magnus e Solomon se tornaram pequenos comparados às existências dos bestiais que continuam com o mesmo propósito para que foram criados, eles são sem dúvida alguma as obras-primas do grande rei.

Zerus gargalha.

— E você voltou com esta nova “iluminação” achando que poderia nos convencer de que exatamente?

— Eu não quero convencer ninguém de nada, só vim aqui para enfrentá-los e acabar com as loucuras daquele cientista sem noção.

— Entendo... Então nada mais justo do que mostrar tudo do que é capaz.

Hisana ri.

— “Tudo do que sou capaz”? Sinto muito “Barbie-Smurf” eu não preciso mostrar tudo o que sei, na verdade nem mesmo metade, pois eu posso acabar com vocês sem fazer nenhum esforço.

— Não nos subestime humana idiota! — Tormentus consegue gritar.

— Oh! Já recuperou o fôlego? Que bom né?

— Desgraçada o que você fez comigo!? — ele exasperava.

— Eu destrui a “blindagem” do seu espírito, agora você é mortal como qualquer formiguinha. — ela responde brincando.

— Isso é impossível... Há algum tempo atrás você não era capaz de encostar um dedo na gente... Como é possível que consiga me ferir desse jeito.

— Oi! Eu não te feri, já acabei de dizer o que eu fiz, você nem tem marcas onde te bati. — ela aponta para o estomago dele que realmente não tinha marcas. — Sua barriga tá saradinha. — Eu só dei umas amassadinhas no seu tanquinho e núcleo espiritual porque não quero matá-los... Só humilhá-los...

— O que foi que disse!?

— Sejamos sinceros senhores... — Hisana abre os braços sorrindo cinicamente. — Diante de vocês está alguém que não conseguirão derrotar nem em sonhos.

— Isso eu quero ver!!!

Tormentus corre na direção de Hisana e Colossus faz o mesmo.

— Pô de novo essa correria? Vão perder o ônibus? — Hisana balança a cabeça dando de ombros ao mesmo tempo em que mostrava um sorriso zombeteiro.

Uma mão pesada pega a cabeça de Colossus e o arremessa quicando pelo campo de batalha até ele ser enterrado de rosto no chão, todos conseguem enxergar Komamura pousando ao lado de Hisana enquanto pelo seu flanco uma espada serpenteia e rebate a lâmina de Tormentus que dá alguns passos para trás.

— RENJI! — exclamam Rukia e Ichigo.

— Komamura-san! — Katsuya parecia aliviado.

— Já escolhemos um lugar para lutar Hisana. — Renji avisa.

— Então eles são todos seus. — ela abre espaço.

— Pode deixar... Eu já estava me coçando para bater em alguém à minha altura! — Renji começa a caminhar na direção de Tormentus.

— Eu digo o mesmo. — Komamura encara Colossus se levantando.

— O que esses miserá...!? — Tormentus desvia de um chute aéreo de Renji, mas assim que pula vê a zanpakutou dele enrolada em seu pé e o ruivo sai voando arrastando o abissal pelo céu.

Colossus leva uma cotovelada de Komamura e quando desfere um soco potente no rosto do capitão o mesmo sem sair do lugar agarra o abissal e pula em outra direção.

Os dois abissais somem do campo de batalha e somente Zerus fica.

— Bela jogada, tirar dois abissais do caminho e diminuir o tempo que precisa para tentar nos impedir.

— Três.

— Uhm?

— Três abissais.

Byakuya surge caminhando na direção de Hisana e Zerus fecha a cara.

— O senhor se sente melhor tio?

—... Sim...

— Zerus é diferente dos outros abissais, ele é muito parecido com Solomon por isso não o culpo por ter perdido para ele, contudo eu quero lhe contar um segredo... — Hisana se aproxima do seu tio e diz algo em seu ouvido.

Byakuya que estava sério fica surpreso com algo que ela diz e repentinamente olha para Hisana fazendo uma expressão que seria cômica se não fosse trágica.

Hisana baixa a cabeça com o rosto vermelho.

— Isso é alguma piada?

—... Acredite... Essa é a única forma que eu conheço... — Hisana parecia desconcertada.

—...

— Tio...?

— E... E-eu não sei se vou conseguir...

— O senhor consegue. — ela toca em seu ombro dando forças.

— O que vocês estão discutindo? — Zerus fica curioso.

— Zerus, eu o enfrentarei novamente, mas trocaremos o local da luta. — Byakuya avisa, mas ainda olhando desconfiado para a sobrinha que fazia gestos positivos com os dedos.

— Eh? Você quer me enfrentar de novo Byakuya querido? Nunca imaginei que tentaria depois de ver todo o meu poder. Principalmente você Hisana... Arriscar a vida de seu amado tio assim sem preocupações... — ele solta uma risadinha.

— Feh! Você não vai estar rindo nem um pouco até o final do dia isso eu posso te garantir, porque dessa vez o tio sabe o seu ponto fraco e vai derrotá-lo sem sombra de dúvidas! — ela cantava vitoriosa.

— Eu não tenho pontos fracos garota tola, é certo que meu corpo possa não ser o de um lutador como você, mas me tocar é impossível sem que eu permita.

— Por isso que eu estou dizendo que ele vai te derrotar. — Hisana sorria de orelha a orelha... Mas aquele sorriso... Estava bastante malicioso...

Zerus olha confuso.

— Se vai lutar me siga de uma vez. — Byakuya some com um shunpo.

Zerus olha de um lado para o outro ainda desconfiado e também some.

Hisana espera seu tio sumir no horizonte e faz alguns novos aquecimentos, então se aproxima da entrada da caverna, ela olha de um lado para o outro e finalmente inspira todo o ar que consegue com os pulmões e grita com toda força:

— SOLOMON SEU DESGRAÇADO, PARA DE FAZER COCÔ E VEM ME RECEPCIONAR!

O eco é ensurdecedor e mesmo seus amigos olham surpresos pelo conteúdo do grito.

— Mas o que essa idiota pensa que está fazendo!? — Katsuya resmunga desconcertado.

Ichigo bate na testa e Rukia se encolhe atrás dele com vergonha.

— Hisana... — Hiryuken sussurra morrendo de vergonha e é estranho ver um dragão gigante encolhendo como um camarão.

Seiken levanta a sobrancelha e sua expressão parecia trêmula de raiva. Só Inoue ria achando graça e Ishida acaba rindo ao vê-la desse jeito.

— Estão ouvindo isso? — Sado alerta.

Kill la Kill — Harime Nui’s theme

O grupo de recupera dos efeitos colaterais do grito e olham para a caverna.

Hisana fica séria e os passos firmes e lentos eram seguidos do som de algo que parecia feito de madeira dando pontadas no chão, então do fundo da caverna a silhueta de um homem de meia-idade andando enquanto apoiava-se com uma bengala com o símbolo de uma serpente surge olhando para a jovem.

— Olha só! Espero que tenha lavado as mãos. — ela brinca.

Ele sorri enigmaticamente de uma forma que lembrava Zerus:

— Kurosaki Hisana... É um prazer conhecê-la em pessoa. Eu ansiava conhecê-la após seus grandes feitos relatados. — ele a cumprimenta.

— Solomon Bloodfield... O desprazer é todo meu. — ela responde cinicamente. — Mas devo concordar que estava louca para te ver também e a propósito obrigada pelos elogios.

A tensão se espalha no ar. Agora Hisana estava diante da personificação de um dos seus maiores pesadelos e ela teria de enfrentá-lo com todas as suas forças se quisesse sobreviver.

Por isso depois de sorrir ela muda totalmente sua expressão ficando séria e destemida.

A batalha contra o shinigami primordial causador das maiores cicatrizes de seu passado iria começar.

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Continua...

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