Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 17
Scars of Time - 05


Notas iniciais do capítulo

Hisana estava de volta?

Mesmo que diante daqueles jovens amigos estive aquela que tanto amavam e tinham como amiga, em seus corações eles sabiam que aquela não era mais a mesma pessoa, contudo, mesmo que todos pensassem que nada poderia ser feito para trazer Hisana de volta, existia alguém entre eles que não iria desistir.

Andressa traria Hisana de volta, tudo o que ela precisaria fazer é ensiná-la novamente sobre o amor...

A tarefa mais difícil de todas.

Porque no fundo... Hisana não amava mais nem a si mesma...



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Abertura de Ascensão

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X-1999 - Sadame (Piano version)

Os dias na casamata da resistência onde se encontrava Hisana eram bastante corridos. Por causa da sua presença a base precisava mudar constantemente de lugar e às vezes soldados ficavam para trás na retaguarda garantindo que pudessem fugir, porém estes raramente eram vistos novamente.

Hisana era como uma maldição naquele lugar e isso fazia com que diversos combatentes tentassem sabotar seu quarto para matá-la, mas acabavam desistindo nos dias que davam de cara com Andressa que a visitava constantemente ou quando Katsuya parecia querer matar qualquer um que tentasse chegar perto do quarto sem ser convidado.

Dias haviam se passado desde a última vez que ela tinha esboçado alguma reação, no momento a maior preocupação de Andressa era só uma: Hisana não queria comer. Por causa disso ela já estava magra e sua pele mais pálida e seus lábios rachados... Era como se o estado de inanição tivesse sido a única solução que ela havia encontrado para tentar morrer.

Andressa entra com um prato de comida e olha para a jovem abatida deitada no chão frio com o rosto para a parede.

— Hisa-chan, eu trouxe algo para você comer. — ela diz percebendo que ela não havia sequer tocado no último prato que ela havia trazido.

A mulher se aproxima da jovem que ao sentir seu toque treme como se tivesse levado um choque de medo.

— Hisa-chan, eu trouxe outra coisa também... — Andressa mostra o que parecia um álbum de fotos. — Eu sei que você quer fugir de tudo isso, mas antes de pensar no pior... De querer esquecer tudo, por favor, veja neste álbum aquilo que você pensa ter perdido. — ela faz carinho na cabeça da garota. — Eu sei que pode ser muito para pensar, mas suas respostas só vão surgir se você se der uma chance.

Andressa se levanta e deixa o álbum perto dela, quando está para sair do quarto ela se vira para Hisana.

— Mais tarde eu venho pegar seu prato tá?

Hisana ouve a porta fechando, mas continua largada no chão, contudo seus olhos se movem e ela se vira para o álbum de fotos e pensando se valia a pena o esforço abri-lo, porém mesmo deitada ela dedilha a primeira página.

Matsuda Hisa: Da gravidez aos cinco anos”.

Era o que estava escrito à mão na primeira folha, Hisana vira a página e dá de cara com uma figura que ela logo reconhece: Sua tia Karin de cabelos longos e grávida no centro da foto cercada por seus amigos. O local parecia uma casamata e logo atrás era possível ver diversos caixotes.

Na página seguinte Karin estava sentada segurando um bebê ao lado de um homem que ela não reconhecia, mas dada a circunstância provavelmente aquele era seu tio.

Hisana vê outra foto e nele seus amigos um pouco mais jovens como Katsuya segurava a bebezinha com um chocalho na mão sorrindo sem graça na foto e Soryuu fazia caretas para o bebê enquanto Alessa ria e Tomoe cutucava as bochechas na bebezinha.

Depois Matsuda Hisa já andando enquanto Katsuya e os demais batiam palmas como se estivessem torcendo pelo esforço da criança que aprendia a andar.

Assim que vê esta foto Hisana percebe ao folhear mais algumas à frente que sua tia não estava mais em nenhuma delas, então ela senta no chão e continua folheando o álbum.

Não importava qual foto ela via, em todas, a pequena Hisa parecia feliz e as pessoas ao seu redor tão felizes quanto a pequenina.

— Até onde eu sei Hisa sempre foi uma menina feliz.

A voz faz Hisana derrubar o álbum ao perceber Katsuya dentro do quarto após entrar sem fazer barulho.

— Me desculpe se te assustei, mas você parecia tão concentrada vendo o álbum que eu não queria atrapalhar. — ele se aproxima e pega o álbum do chão sentando ao lado de Hisana, então continua de onde ela havia parado. — Aqui foi quando ela fez dois anos e provou seu primeiro sorvete e aqui foi quando ela caiu e ralou o joelho e ficou toda orgulhosa porque não havia chorado e nesta...

Hisana ouvia Katsuya contando o significado de cada foto, até que ele fica em silêncio por um instante e suspira.

— Sabe Hisana... Sua prima foi o primeiro bebê que nasceu depois da destruição de Karakura e tê-la na base reacendeu a chama da vontade de viver de todos nós... Tê-la conosco era como se tivesse algo ali nos dizendo que a vida ainda persistia.

Hisana ouve aquilo e vira o rosto, mas Katsuya percebe que ela havia interpretado de outra forma se culpando pelo ocorrido.

— Ah! Não se culpe pelo que aconteceu! Hisa sempre foi uma garota ativa e teimosa, cedo ou tarde ela estaria lutando na frente como todo mundo, porque era esse tipo de pessoa que ela era.

Mas a jovem continuava do mesmo jeito e Katsuya lamenta.

— Você vai voltar pra gente não vai? Vai voltar a sorrir como antes e brincar conosco não é mesmo? — a mão dele começa a tremer. — Eu sei que você está ai dentro, então saiba que você ainda tem uma família te esperando e que não importa quanto tempo leve, nós estaremos aqui com você.

Ele se levanta e deixa o álbum em cima da mesa.

— Hisana... Eu... — um sinal de alerta corta o raciocínio de Katsuya que fica tenso. — Maldição! Eles já nos encontraram!? — ele sai correndo.

Vários estrondos circulam pela base e Hisana sente quando acontece a translocação do esconderijo e seu corpo flutua a alguns centímetros do chão e volta a pousar. Ali ela já sabia que estavam em outro local desconhecido do mundo. Mas ela não se importava com aquilo, então volta a deitar no chão olhando para o nada...

Horas mais tarde Andressa entra novamente e vê que a comida estava outra vez intocada. Ela suspira e se retira removendo a comida fria. Porém ela volta instante depois com nova refeição e senta no chão colocando a cabeça da garota perdida em seu colo e fica penteando seus cabelos com seus dedos.

— Posso contar um segredo de antes de você nascer? — fala. — Quando Rukia-san estava para ter você ela começou a ficar muito nervosa e com medo de fazer tudo errado quando nascesse então me pediu ajuda para ensiná-la como trocar fraldas, fazer comida e até que tipo de amaciante usar pra lavar suas roupas porque ela tinha uma coisa com alergias que eu vou te contar! — Andressa ri.

Mas Hisana nem se mexe.

— Mas ai eu disse: “Rukia-san, não existe um manual para mães criarem seus filhos, você vai aprendendo com o tempo a como cuidar do bebê, porque filho é uma nova aventura todo dia”, mas é claro que eu ensinei o que sabia, afinal eu já tinha criado meus irmãos menores e tinha a Alessa, mas assim que você nasceu Rukia-san entendeu o que eu quis dizer naquela época, até que um dia ela chegou comigo e confessou: “Andressa-san, você tinha razão, ter filho é uma aventura nova todo dia!”.

O dedo de Hisana mexe, mas ela continuava sem esboçar reação.

— Minha querida... Não se arrependa dessa vida que seus pais desejaram tanto conhecer... Das aventuras que tiveram ao vê-la crescer, dos passos que a ajudaram dar na breve caminhada que teve ao lado deles... Porque mesmo que tente menosprezar sua vida, haverá pessoas com uma força e vontade contrária a sua que a manterão viva, isso tudo porque te amamos pelo que você é e não pelo que as pessoas desejaram que fosse ou queiram que seja, nós te amamos Kurosaki Hisana porque você é cheia de defeitos e porque eu vejo em seus olhos a mesma garotinha cheia de energia e vontade de viver e ser feliz como a de antigamente.

Andressa sente as lágrimas silenciosas de Hisana descendo de seus olhos e ela sorri.

— Todos os erros que você cometeu, todos os acertos que você conseguiu tudo isso é Kurosaki Hisana e isso é bom. — Andressa beija o rosto da jovem e a deixa deitada no chão. — Quando eu voltar eu venho com algo bem gostoso para você tá? Então trate de comer o que eu já lhe trouxe.

A mulher se retira do quarto. Alguns minutos depois Hisana se levanta e vai até o prato de comida, ela fica parada decidindo se queria viver ou continuava a morrer deixando seu corpo definhar, porém ela dá uma beliscada na comida... Mais uma... Mais uma...

Quando Andressa volta mais tarde ela fica feliz ao ver que mais da metade da comida havia desaparecido do prato, então sem nada dizer apenas remove a comida antiga e põe uma nova. Isso se repete por vários dias. Às vezes Katsuya e seus demais amigos vinham visitá-la e conversar com a jovem que apenas ouvia o que eles tinham a dizer sem se envolver na conversa, Andressa trazia roupas e dava banho em Hisana, cuidava de sua higiene e sempre lhe contava histórias de quando ela era criança ou de quando ela nem mesmo tinha nascido.

— Por quê?

—Hmm? Por que o que minha querida? — Andressa penteava os cabelos de Hisana que estava sentada na cama e já tinha um aspecto mais sadio.

— Por que vocês não me odeiam depois de tudo o que eu fiz? De todas as pessoas que matei e fiz sofrer? — ela pergunta olhando pra o outro lado da sala.

— Querida... Não temos o direito de culpá-la pelo que aconteceu... Se eu tivesse oito anos e vivesse as atrocidades que só imagino que você vivenciou eu teria sucumbido... Talvez nunca tivesse voltado desse abismo onde uma criança não tinha meios de se defender... Mas você voltou! Você está aqui conosco Hisana e isso é tudo com o que mais sonhamos! — Andressa para de pentear os cabelos da sobrinha de coração e toca em suas costas. — Você significa muito para nós... Para mim.

O corpo de Hisana começa a tremer e ela se encolhe segurando os joelhos.

— Mas... Mas eu fiz escolhas erradas! Todos me culpam pelo que aconteceu! A morte deles foi minha culpa! Eu não tenho o direito de ter nada de volta por que eu fui—

Andressa puxa para perto de si a jovem que sofria espasmos de lágrimas sendo contidas. A morena abraça forte a mais nova e as lágrimas dela começam a descer silenciosas.

— O peso dos pecados que nós cometemos só conseguimos suportar se ficarmos mais fortes e você é forte Hisana, a pessoa mais forte que eu já conheci, a criança mais incrível e de coração gentil que vi crescer! Eles tentaram tirar isso de você, mas não conseguiram porque eu sei que seus pais estiveram protegendo-a por todo esse tempo, porque é esse o poder do amor que eles têm por você!

— Mas eu não lembro mais... Eu não consigo tia... Não me lembro do rosto do meu pai... Da voz da minha mãe... Eu fiquei órfã de suas lembranças e de todas as coisas boas que eles já fizeram por mim! — Hisana parecia desesperada.

— Isso não é verdade! No fundo você ainda se lembra, mas tem medo de vê-los outra vez em suas memórias porque pensa que eles não estão mais aqui, mas eles estão Hisana! — Andressa toca no coração da jovem. — Eles continuam aqui! Procure esse sentimento dentro de você e eu sei que encontrará quem você realmente é!

Um estrondo ensurdecedor semelhante ao barulho de um trovão faz a base inteira estremecer jogando Hisana e Andressa no chão. A mais velha se levanta e vai até a jovem.

— Você está bem minha filha?!

A jovem apenas fica sentada e se arrasta até o pé da cama e lá fica sem responder.

— Mãe! — Alessa entra praticamente arrombando a porta. — Eles invadiram!

— O quê?! — a latina se levanta em um salto.

— Nós vamos lá para fora tentar parar o avanço deles, precisamos que a senhora cuide da evacuação do esconderijo!

— Entendido! Mas Urahara e Yoruichi!?

— Houve uma falha no aparelho de translocação logo após sermos atingidos e ele está tentando consertar a causa.

— Então não podemos perder mais tempo! — Andressa olha para Hisana. — Depois eu venho ficar com você minha querida.

Alessa e sua mãe saem correndo deixando Hisana sozinha no quarto.

A Base era invadida por Deep Hollows como um enxame de insetos. Os shinigamis, fullbringers e quaisquer seres vivos dentro do bunker que conseguia lutar tentava desesperadamente proteger quem evacuava destruindo os inúmeros inimigos.

— Forcem a saída deles! Protejam os civis até termos o aparelho de translocação. — Um soldado shinigami grita para seu grupo de guerreiros.

— São muitos deles senhor! Não temos números suficientes para contê-los com o poder que temos!

— Não reclame seu idiota! Dê seu suor e sangue por essas pessoas! Lá fora Katsuya e os outros estão enfrentando coisa muito pior!

O soldado engole seco e range os dentes.

— Sim senhor!

Do outro lado da base Andressa corria com uma criança no colo e quando chega a um local seguro ela a entrega nas mãos de um adulto e se vira para voltar a guiar os que precisavam fugir.

— Andressa-san! Não vá! Não temos mais tempo! — a mulher desesperada grita exibindo sua cicatriz na face.

— Se eu não for, quem vai fazer o que é preciso fazer!? — ela responde e sai correndo.

A latina enxerga alguma pessoas feridas retardatárias praticamente se arrastando pela rota de fuga.

— Por aqui depressa! — ela grita, mas sua face empalidece quando vê o enorme enxame de deep hollows chegando. — Mais rápido! Mais rápido! — grita ainda mais intensamente correndo na direção dos inimigos.

— Andressa-san! — as pessoas ficam confusas e preocupadas.

A mulher corre até uma parede e quebra um vidro usando um pedaço de ferro de algum forro caído e fica esperando as pessoas se afastarem mais.

— Depressa! — ela grita.

Assim que as pessoas passam por uma linha amarela uma porta de metal se fecha e Andressa aperta o botão fazendo tudo ao redor explodir junto com ela levando o exército de inimigos consigo.

Xenosaga — The Ressurrection.

A cidade ao redor de Katsuya ruía com a pressão espiritual tão intensa de tantos inimigos poderosos ao redor. Ele, assim como seus amigos e subordinados, sabia que aquela batalha poderia ser em vão, mas ele não queria deixar para trás o sabor amargo de desistir e por em risco tantas vidas que dependiam deles naquele esconderijo.

— Que idiotas! Quanto mais vocês lutam, mais divertida é a cara que fazem ao ver tudo ao redor de vocês ruírem! — Tidus gargalhava e quase passava mal vendo a situação desesperadora dos outros.

— Entreguem Kurosaki Hisana e desistam de uma vez dessa tentativa tola de resistir. — um deep hollow diz.

Os shinigamis olhavam para Katsuya esperando uma resposta.

— Comandante, nós temos que voltar! A base não vai resistir ao assalto! — um dos soldados da resistência exclama desesperado por ter sua família presa na armadilha.

— Se fizermos isso o contingente da infantaria que eles controlam irão nos impedir, perderemos muitos homens na volta e poderemos não ter contingente suficiente para deter os outros que sobrarem dentro e fora da base... — ele responde com dentes trincados.

— Mas...

Alessa e Soryuu voam em direção ao exército de Tidus novamente e são parados por uma massa de inimigos bem armados lhes esperando. O choque de forças resulta em um quarteirão feito em ruínas em poucos minutos.

— Continuem lutando até que eles consigam fugir! — Katsuya grita para seus homens e ele mesmo parte para o combate.

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Dentro do esconderijo Hisana continuava como sempre. Mesmo ouvindo os gritos de desespero e pessoas amedrontadas chorando pelos cantos em busca de uma saída, a jovem continuava ali sem nada fazer.

A porta do recinto onde ela ficava isolada se abre e Andressa surge segurando o braço muito machucado. A latina tinha escoriações pelo corpo todo e sangrava tanto pelo braço quanto pela testa e boca. Cansada ela apenas deixa seu corpo escorar na parede e ser levado ao chão onde começa a respirar ofegante.

Os gritos continuam intensos seguidos de tiros, explosões e choques de lâminas que podiam ser ouvidas assim como de carne sendo dilaceradas que se aproximava daquele lugar.

Fairy Tail OST 5 — 19. Fairy Tail Rises.

Andressa ergue o semblante cansado para Hisana que estava sentada como um cadáver sem vida à sua frente de olhar vazio e sem emoções. Ela fecha os olhos e abre novamente olhando com ternura para a jovem perdida.

— Eu sei que é difícil... Difícil levantar quando se cai e pensamos que temos pernas frágeis demais para voltar a andar... Dá medo... Medo porque não sabemos o que vamos enfrentar quando ficarmos de pé e criarmos coragem para dar o primeiro passo depois de quase ter desistido...

Hisana continuava a mesma, Andressa engole sua dor e continua:

— Mesmo que tenha desistido de tentar, nós nunca desistiremos de tentar por você... Porque se desistirmos... Quem continuará a lembrar de você da mesma maneira como nos lembramos?

O dedo de Hisana mexe.

— Dói muito. Dói muito e eu sei que esta dor não larga mesmo que gritemos para sair porque ela se apega a nós como uma lembrança amarga daquilo que desejávamos ter esquecido, mas se esquecermos do quanto é ruim... Como vamos nos lembrar do que era bom?

O olho de Hisana treme.

— Se não quer lutar por ninguém e nem por si mesma minha querida... Então lute para manter as memórias “deles” vivas dentro de você da mesma forma como eles deixaram o coração deles pulsando vivo junto ao seu.

A expressão de Hisana treme e desta vez seus olhos vazios silenciosamente começam a ganhar um tímido brilho ao lembrar-se das últimas palavras de sua mãe ditas há tantos anos:

(— Minha fi-lha, sobreviva, você não pode morrer aqui, n-não pode morrer sozinha, você é tudo o que sobrou, o melhor de mim... Os nossos amigos deixaram seus corações com seu pai e seu pai deixou o seu coração comigo... Mas...).

Os olhos de Hisana ganham vida quando se lembra da voz de sua mãe e do rosto fino e arredondado que ela tinha, assim como suas memórias que se tornam mais lúcidas e a faz lembrar-se da cascata de emoções que fazia dela um ser vivo... Uma pessoa de passado e futuro pelo qual tantas pessoas que ela havia esquecido lutaram para manter até aquele dia.

(— Eu não posso mais guardar o coração de seu pai, por isso... Por isso eu deixo os nossos corações com você minha... Filha, nunca... Morra... Sozi... Nha...).

Andressa olha surpresa por um instante, mas logo sorri, então fecha os olhos e começa a chorar silenciosamente.

Hisana começa a se levantar vagarosamente do chão ao perceber que suas lembranças tanto boas quanto ruins voltavam gradativamente.

(VIVA!)

Uma voz que ela não sabia de quem era gritava com toda força em sua cabeça, mas de alguma forma, ela sentia algo familiar naquela voz que não era a sua.

(VIVA!)

Seus passos em direção à porta se tornavam mais firmes.

(Kurosaki Hisana!)

Aquele era o seu nome...

— Estou indo.

—... Sim... — a voz de Andressa cansada não disfarçava em nada seu contentamento. — Salve-os, por favor.

— Ah!

O olhar dela era sereno e rumava em direção aos gritos de desespero e agonia que se espalhava pela base. Ela havia finalmente despertado e sabia que tinha um dever com seu coração a cumprir.

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Xenosaga — The Miracle

Katsuya tem os braços e pernas presos no chão e fica à mercê de Tidus que pisa em sua mão e o faz gritar. Alessa desfere uma chuva de socos em um prédio que começa a tombar em direção a eles. O abissal é obrigado a fugir e a construção cai em cima do rapaz.

Quando a poeira baixa um escudo protegia Katsuya assim como Soryuu e Alessa dentro dele que já retirava as lâminas do amigo.

— Você está bem Katsu? — ela pergunta.

— Estou... Mas... Mas nossos amigos no esconderijo... Nossos companheiros na cidade... — olhava ao redor vendo corpos em todas as direções.

— Não vamos aguentar ficar aqui por muito tempo e nem eles dentro do esconderijo se não fizermos alguma coisa! — Soryuu avisa.

— Droga! Droga! — Alessa protesta.

— Está vindo! — Tomoe grita vendo Tidus lançar em meio a gargalhadas loucas uma chuva de lâminas em sua direção.

 — São muitas! Tomoe desfaça o escudo e vamos fugir!

— Mas se fugirmos...! — ela olha para trás e assim que seus amigos fazem o mesmo enxergam seus companheiros de batalha feridos olhando nervosos e assustados para eles.

— Maldição! — Katsuya range os dentes e bastante apreensivo com a situação.

As lâminas começam a atingir violentamente o escudo de Tomoe que sente as pancadas como se fossem nela.

— TOMOE! — Soryuu grita.

O escudo começa a trincar.

— Ele vai quebrar! — Alessa enrijece o corpo e pronta para receber o impacto pelo grupo.

— Não... Aguento... Mais...!

— TOMOE! — Katsuya se joga sobre a loira enquanto Alessa se projeta sobre Soryuu.

O escudo quebra e várias lâminas caem sobre eles levantando poeira em todos os lados.

— Capitão! — os soldados shinigamis e os fullbringers gritam.

Katsuya começa a tossir.

— Pessoal...! — tosse novamente. — Vocês estão bem?

— S-sim... — Alessa tossia. — De alguma forma estou viva.

— Tomoe!? Tomoe! — Soryuu chamava a irmã.

— A-aqui nii-san. — ela levanta o braço mostrando onde ela e Katsuya estavam.

DanMachi — 14 Eiyū Ganbō ~ Arugoiou Boku ~

Katsuya olha ao redor e percebe que não tinha feridas, nem ele nem seus amigos, mas várias lâminas quebradas estavam espalhadas em volta deles.

— Como isso é possív—

Katsuya olha surpreso e fica mudo, sua boca trêmula queria dizer algo, mas era impossível diante do que via. Seus amigos vendo que ele fitava outra direção se viram para ver o mesmo e engasgam ficando do mesmo jeito.

— Vo- Você...

Hisana estava na frente deles como um escudo. Três pontas de lâminas em sua mão direita que sangrava por causa dos cortes e inúmeras espadas quebradas ou jogadas em todas as direções indicando que ela as defletira com as mãos nuas.

— Hi—

A voz de Katsuya faz Hisana olhar de soslaio para eles sem encará-los e volta a fitar Tidus Wave logo acima.

— HISANA! — Tidus a chama parecendo empolgado. — Já estava me perguntando quando ia aparecer. — ele faz um sinal chamando-a. — Venha, vamos voltar para casa porque eu não tenho o dia todo.

— Eu não vou a lugar algum... — ela joga as lâminas no chão. — Porque eu já estou em casa.

A expressão de surpresa de Katsuya e seus amigos se convertem em um sorriso aberto e radiante.

Tidus fecha a cara.

— Como é que é?

— Eu não voltarei com você... Da mesma forma como não vai conseguir me tirar daqui. — a voz da jovem parecia tão serena quanto melancólica.

O abissal gargalha alto.

— Essa foi boa! Que piada mais ridícula experimento primordial! Quer dizer que não vamos te tirar daqui?! — Tidus estala os dedos. — Tragam essa idiota para mim agora!

— Sim senhor!

Os deep hollows das diferentes castas voam em direção à Hisana, mas assim que ela olha para o exército que voava em sua direção ele fica paralisado.

Hisana olhava para eles sem demonstrar qualquer emoção, mas de alguma forma eles se sentiam acuados.

— Saiam.

É exatamente o que fazem fugindo freneticamente dali. Tidus range os dentes.

— Se quer um serviço bem feito faça você mesmo! — ele invoca uma foice de suas pontas extremas e pousa na rua da cidade.

— Você não vai me vencer. — Hisana dizia olhando para o corpo de uma adolescente fullbringer morta perto dali. — Por mais que se esforce não há como me matar.

— Isso é o que veremos! — Tidus some e surge na frente de Hisana desferindo um corte profundo na jovem que sai voando batendo em um carro e indo com ele até a garagem de um prédio fazendo-o tombar.

— HISANA! — seus amigos gritam.

O abissal gargalha de maneira estridente vendo o desespero dos outros e voa até os escombros vendo Hisana jogada no meio de pedras.

— VOCÊ é quem não tem como me matar Kurosaki Hisana! VOCÊ não passa do bichinho de estimação de Solomon-sama e é para o seu verdadeiro dono que vai voltar!

Hisana se levanta cambaleante apoiando-se em pedras. Ela volta a olhar para Tidus com os mesmos olhos e o abissal se irrita pulando e pegando a jovem pelo colarinho desfere vários socos.

— Você não tem nem mesmo vontade de viver, não tem pelo que viver ou nem mesmo morrer, por que se dar ao trabalho de tentar argumentar com sua própria razão quando você não passa de um boneco sem vida!? — Tidus joga Hisana violentamente na rua e ela sai abrindo um rastro de destruição por onde passa até desacelerar no entulho que seu corpo vem trazendo.

Ela continua sentada nos escombros de asfalto e concreto no chão, ainda mais machucada que antes e cuspindo sangue com rosto e cabelos sujos de sangue fita para sua mão direita cortada.

— É verdade... É verdade que perdi a razão de viver e desisti de encontrar pelo que lutar... Quanto mais eu tentava refletir para achar uma resposta mais me doía o coração por lembrar que aqueles que eu mais amava já não estavam mais aqui... — Hisana limpa a boca com as costas da mão. — Mas é justamente por doer que eu sei que ainda estou viva... E é justamente porque dói lembrar que eu sei que eles não morreram de verdade. — Hisana segura seu peito com força. — Eles estão vivos no meu coração porque deixaram suas memórias preciosas dentro de mim... Suas esperanças e desejos cravados em minha alma!

Seus amigos ao longe olhavam para ela não deixando de sentir suas emoções finalmente despertadas. Tidus parecia enojado com o discurso.

— E daí? Quer que eu chore, quer que eu faça um memorial pelos insetos que matamos? — ele debocha.

Re:Zero: Takt of Heroes ~origin~.

Hisana fecha o punho.

— Eu tinha desistido porque tinha medo de tentar e perder tudo novamente... Tinha jogado tudo para o alto porque não acreditava que era possível lutar por um futuro que não enxergo e tinha dado as costas às pessoas que mais me queriam bem porque acreditava que não merecia seu amor... Mas... — Hisana começa a se levantar. — Não estou aqui para enxergar um futuro que não sei como será escrito, não estou aqui para ser amada por pessoas que precisarei provar ser digna de seu amor novamente e... — cambaleante ela encara Tidus com todo o fulgor de seus olhos. — E eu definitivamente não estou mais aqui para ficar refém do meu próprio medo de perder todos que são importantes para mim novamente porque desta vez...! — Hisana range os dentes. — Desta vez! Eu juro pela minha alma que vou proteger o futuro deles!

A reiatsu de Hisana reascende e surpreende Tidus que sente ela totalmente diferente da que lembrava ter antes e a explosão de poder envolve a jovem de uma forma que faz tudo ficar em silêncio.

De dentro desta luz de reiatsu e silêncio que a cercava uma voz ecoa na cabeça de Hisana depois de longos e negros anos.

— Esperei por muito tempo pelo dia que ouviria minha voz mais uma vez.

— Q-que? Quem?

— Há quanto tempo... Minha mestra...

Os olhos castanhos de Hisana se tornam rubros ao passo que suas memórias retornam como um turbilhão de lembranças poderosas lhe dando um nome que ela havia esquecido.

— Você... Como pude esquecer você...? — Hisana tocava em sua têmpora ainda surpresa e de certa forma emocionada quando lembranças tão queridas invadiam sua mente.

— Eu sempre estive dentro de você Hisana, mas seu coração não estava mais comigo, sou fruto de sua determinação e desejo de proteger aquilo que ama e sem amor eu não posso existir, sem o seu amor eu não posso ascender aos céus e alcançar as estrelas, porque eu sou sua alma em forma de lâmina, a personificação do seu desejo de superar barreiras, sou a soberana dos céus nascida daquela que ilumina as noites mais escuras! Lembre-se Hisana! Lembre-se do nome que ela me deu no dia que nascemos para compartilhar o mesmo destino! Lembre-se do nome gravado em sua alma que despertará as asas do impossível!

A jovem ergue sua mão direita ao céu e pequenas partículas de reiatsu surgem e começam a se juntar na palma de sua mão até se tornarem frenéticas e criarem uma descarga elétrica em um turbilhão de energia que circula seu braço até envolver todo seu corpo. Um estalo de energia espiritual faz uma asauchi materializar-se em sua mão, ela segura seu cabo com força como se estivesse fazendo um compromisso inconsciente de jamais larga-la outra vez e assim, finalmente depois de muitos anos aquele saudoso nome troveja mais uma vez em seus lábios:

— Desperte: HIRYUKEN!

Quando o nome de sua zanpakutou é invocado, com um movimento rápido diagonal ela desfere um corte rápido no ar e seu corpo se transforma instantaneamente. Suas vestimentas rasgadas se tornam totalmente negras com uma roupa semelhante a de Zangetsu mais moderna, sua lâmina se torna ébano e em seu cabo a cabeça de um dragão surge ao passo que uma singular asa etérea aparece em suas costas.

— Impossível!? Sua zanpakutou!? — Tidus estava surpreso.

Hisana olhava para suas vestimentas e sua espada negra na mão. A imagem de seu pai surge sendo apenas interrompida por uma voz feminina.

(— É bom estar de volta).

— Nós temos muita conversa para por em dia minha amiga, contudo...

(— Sim... Há trabalho a se fazer).

Hisana sorri em consentimento.

— TSC! Não pense que recuperar um pouco de seu poder fará alguma diferença! — ele invoca centenas de lâminas. — Eu vou derrotar você e seus humanos ridículos juntos! — exclama desferindo aquela chuva de espadas em direção ao chão.

— É o que veremos.

Hisana olha séria em direção ao ataque e já via seus amigos correndo para buscar abrigo quando ela some com shunpo e surge diante deles aumentando sua reiatsu e no brilho rubro do olhar começa a rebater as lâminas em uma velocidade impressionante fazendo-as em milhares de pedaços.

Seus amigos olhavam impressionados e sem fôlego.

Quando o ataque cessa Hisana sem olhar para trás some com outro passo rápido e aparece nos céus chocando sua espada contra a do abissal que com um movimento rápido consegue derrubá-la de suas mãos.

Hisana estica o braço e sua lâmina que caia em direção ao chão voa para a palma de sua mão novamente e ela segurando Hiryuken com as duas desfere um corte que não divide Tidus ao meio apenas por causa de sua pele blindada de abissal renovada.

— MISERÁVEL! — grita de ódio e uma espada gigante surge em sua mão enquanto um leque de armas surge em suas costas como a plumagem de um pavão, as lâminas possuíam uma reiatsu mais densa e poderosa e ele desfere todas contra Hisana perseguindo-a como mísseis teleguiados.

A jovem voava pelos céus desviando entre piruetas e acrobacias, Tidus a ataca por cima com um impacto que a arremessa com tudo no chão, as lâminas que a seguiam caem como chuva levantando poeira e explodindo após o abissal desferir um cero colossal em sua direção.

— HISANA! — seus amigos gritam.

Ela sai voando de dentro da poeira e pousa sobre um prédio tombado e fica encarando o abissal que fazia o mesmo.

— Sabe fedelha... Embora eu tenha que levá-la de qualquer jeito para Solomon-sama, devo confessar que já estava com saudades de uma boa luta.

—...

— A Hisana sanguinária e sedenta pelo cheiro pútrido da morte ainda reside dentro de você e eu vou tirar proveito disso para me divertir muito mais!

Kotetsu no Kabaneri OST 1 — Eliana: KabanerioftheIronfortress

— Tem razão. Aquela Hisana que deixava um rastro de morte e destruição sempre estará aqui como uma doença que precisa encontrar uma cura. — ela olha para seus amigos longe dali. — Por anos vaguei doente por estas terras sem perceber que a cura esteve o tempo todo perto de mim, vai ser um tratamento longo e demorado, mas é um preço que estou mais do que disposta a pagar se isso trouxer de volta o sorriso daqueles que sempre fizeram parte da minha vida.

— Hisana... — Katsuya sussurra sorrindo de volta.

Sua amiga longe dali não sorria, mas volta a encarar o abissal.

— Por isso venha Tidus Wave! Vou mostrar a você que não existe desespero no mundo que eu não possa superar! — desafia.

— Discursos e mais discursos! Que ridículo! Você matava qualquer um sem ao menos duvidar que desejasse a morte deles e agora quer mudar o tom da voz só porque acha que é digna de perdão!?

— Talvez eu não mereça perdão e mesmo que mereça, nunca serei perdoada por todos os erros que cometi, mas como eu disse, não estou aqui para ouvir a opinião alheia e sim para fazer o que deve ser feito.

Tidus ri.

— Que verdadeiro circo sua vida está se tornando Kurosaki Hisana! — Tidus ergue sua espada gigante aos céus e seu corpo e lâmina se enchem de reiatsu. — Eu vou fechar as cortinas deste espetáculo acabando com você!

Hisana sente o perigo iminente e por isso segura firme o cabo de sua zanpakutou.

(— Mestra, não esqueça que a senhora é descendente da vontade de seus pais e seus mais profundos desejos, lembre-se que vocês foram e sempre serão um só coração).

— Sim... Eu lembro Hiryuken... Lembro-me dos ensinamentos de meu pai e de minha mãe e do quão forte são os laços que nos unem. — Hisana segura sua espada com as duas mãos e sua reiatsu começa a aumentar circundando seu corpo. — E principalmente... Lembro-me que herdei muito mais do que simples desejos...

— Kurosaki Hisana! — Tidus segura sua espada com mais força e desfere um ataque explosivo em direção à jovem vindo como uma avalanche de reiatsu.

(— Lembre-se Hisana daquelas presas ferozes que rasgavam os céus e limpavam as nuvens para o brilho da lua!).

Hisana andava em direção ao golpe de Tidus que vinha a toda velocidade.

(— Palavras de poder capazes de alcançar o impossível...!).

A jovem ergue a espada aos céus encarando a onda de reiatsu explosiva.

(— Grite com todo seu furor! Clame pela sentença que herdou de seu pai Kurosaki Ichigo!).

Os olhos de Hisana incendeiam com a lembrança do golpe que seu pai havia lhe ensinado:

— Getsuga... TENSHOU!

O corte vertical lança as presas lunares da zanpakutou de Hisana que ascendem majestosas com a ferocidade de um dragão ébano-carmesim rasgando as nuvens e transpassando o ataque de Tidus Wave como uma janela aberta e pegando totalmente sem defesa, o Getsuga Tenshou de Hisana ruge e leva Tidus consigo em uma explosão rubra pelos céus.

O abissal começa a cair com o corpo em chamas, a jovem estava ali parada silenciosamente esperando que seu inimigo voltasse a tentar inutilmente vencê-la.

Tidus levantava miseravelmente do chão, vomitando sangue negro e olhado pela primeira vez assustado para Hisana.

— Continue a inutilmente tentar me vencer, ou ponha o rabo entre as pernas e vá embora. — ela avisa.

— Maldita... — Tidus cambaleia para frente e cai de joelhos na frente dela.

— Vá embora e dê o recado: “Kurosaki Hisana voltou”.

— Desgraçada... Eu juro que... Um dia... Você irá me pagar. — ele ofegava.

— Errado. Está na hora de eu fazê-los se arrepender pelo que fizeram... E acredite Tidus... Eu cumpro minhas promessas...

— Tsc...

O abissal começa a se retirar deixando somente a jovem, alguns soldados e seus amigos no meio de toda a destruição que haviam deixado.

Os soldados começam a rugir eufóricos ao perceberem que haviam vencido.

— Mas e a base?! As pessoas da base!? — pergunta um de maior patente.

— Senhor! Recebi um comunicado da central de controle e eles disseram que todos os invasores foram exterminados! — um shinigami com um comunicador no ouvido avisa com suor na face.

— Mas como!?

— Disseram que foi ela! Kurosaki Hisana! Ela salvou a todos nós! — ele exclama e os soldados ao redor ficam sem saber como reagir àquela notícia.

Longe dali Hisana desmaterializava sua zanpakutou e suas vestimentas voltavam aos trapos que vestia anteriormente enquanto ouvia a conversa dos outros sobre ela.

Katsuya e os demais se aproximam timidamente com passos lentos e corações acelerados ficam poucos metros de distância.

Mas sua amiga não virava para encará-los como pensavam que ela faria. A jovem suspira olhando para o céu e vira um pouco o rosto apenas o suficiente para que eles pudessem ouvi-la melhor.

— Não vou pedir perdão por tudo que fiz porque eu sei que não haverá perdão suficiente para o que eu deixei vocês passarem, também não pretendo me tornar a luz que tanto dizem que eu sou porque estou manchada de erros que talvez nunca consiga acender essa esperança, contudo... — Hisana se vira para eles e seu olhar era cálido. — Eu vou carregar os sonhos de todas as vidas que eu tirei e eu juro que só descansarei quando realizar os sonhos de todas elas.

— Hisana...

Seus amigos se entreolham e trêmulos ficam se contendo para não fazer algo que desejavam há tanto tempo.

Hisana sorri ternamente para seus amigos.

— Agora essa é a parte que nos abraçamos emocionados e choramos igual um bando de criancinhas. — ela brinca com lágrimas que começavam a descer.

Seus amigos correm e pulam em cima de Hisana que cai sentada no chão com todos eles e os cinco choram descontroladamente emocionados com um sentimento de infância saudosa cheia de felicidade que esperaram por tanto tempo para poder dividir.

Hearts bruise easily

How much strength our bodies have achieved

Won’t you please forgive yourself?

And then tears will go above the sky

So sob bitterly in my arms

Just let go selfishly

You don’t have to feel your guilty

That you walk ahead of your hope 

Don’t be afraid

The daybreak had come and there’s no curtain to call

No regrets are needed among the world of you and I

You know we have made every damn single mistake

That’s what it’s all about, the life we survive. 

Os soldados que ali estavam ao verem a cena não sabiam muito bem como reagir, contudo, os jovens amigos que ali a abraçavam sem vergonha de expor suas lágrimas aos céus tinham certeza de somente uma coisa:

Kurosaki Hisana estava de volta...

Kurosaki Hisana estava em casa e com ela um novo capítulo para um horizonte sem brilho e futuro outrora sem esperanças finalmente se abria.

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CONTINUA...

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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Pareceu um retorno digno para Hisana? Ficou faltando algo?
Quando eu disse que Andressa era uma figura importante na vida de Hisana eu não estava mentindo. Foi graças à sua perseverança e palavras certas nas horas certas que Hisana conseguiu se sentir amada outra vez.
Foram coisas simples, porém fiéis e verdadeiras feitas de maneira incensante que no futuro se transformaram em algo extraordinário.
Por isso Hisana tem respeito por figuras maternas que a lembrem Andressa, tal qual Raysha por exemplo.
No next chapter vamos descobrir como Hisana começará sua reviravolta nessa guerra e como tais fatos culminarão com a grande missão que teria um dia.
Bjus e até a próxima visita pessoal!



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