Operação Cupido escrita por davidzete


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu demorei um pouco mais para postar, eu sei, mas o capítulo foi um pouco mais longo. Aproveitem! E depois de ler, não se esqueçam de comentar e favoritar a história! Beijos!



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"Estamos agora começando nossa descida para Starling City, senhoras e senhores. Por favor, desliguem todos os dispositivos eletrônicos, e obrigado por voar conosco hoje."

Liv achou aquilo tudo meio exagerado. Só havia ela e as comissárias de bordo no avião. Seu pai, Oliver, tinha cancelado sua passagem de volta e mandado o jato particular da empresa busca-la, já que ele não o estava utilizando. Ela ignorou isso, todavia, e focou-se no que era realmente importante: ela ia conhece-lo. Oliver Queen. Seu pai. Depois de tanto tempo. O pensamento, na verdade, a fez um pouco tonta.

Ela nem sequer colocou um pé fora do jatinho quando ouviu um grito de Emma! Em! Seu pai a estava esperando no aeroporto privado da família. Em comparação com a fotografia, ele tinha envelhecido apenas um pouco, o que era visto apenas na presença de alguns cabelos grisalhos charmosos. Fora isso, ele continuava atlético como na foto (Emma tinha dito a ela que ele manteve o corpo através da malhação, que sempre fez) e com os mesmos olhos de um azul profundo. O mais importante de tudo? Ele ainda tinha o mesmo sorriso.

Depois de 11 anos, dois meses, duas semanas e quatro horas de espera, Liv não poderia conter-se por mais tempo. Ela correu para a frente e caiu nos braços do pai, que a carregou, escondendo assim o rosto dela em seu pescoço. Liv prendeu-se ao pescoço dele com os braços como se dependesse daquilo para viver.

"Olá para você também!" Oliver disse, rindo alegremente enquanto ele a apertava na cintura para que ela não caísse no chão.

"Vamos lá", disse ele, colocando-a no chão. "Diggle e Sara estão morrendo de vontade de te ver”.

Na carona do carro, Liv ficou quieta enquanto ouvia seu pai falar, contando o que aconteceu ao longo das últimas oito semanas.

Liv assentiu e interveio em pontos adequados, mas a maior parte, ela apenas ficou em silêncio. Foi tão ... lindo assistir seu pai falar, observar seus gestos, as inclinações em sua voz, ou a forma como ele usou suas expressões faciais (principalmente o olhar) para transmitir o que ele sentia.

"Querida", disse ele de repente, dando uma risada. "Você quase não disse uma palavra! Normalmente você já teria me contado o acampamento inteiro até agora. Você está bem?"

"Desculpa. Eu acho que eu só estou cansada. Além disso, eu senti sua falta."

O rosto de Oliver suavizou e ele deu um abraço em Liv e beijou-a no topo de sua cabeça. "Eu senti sua falta também."

O som de uma alta buzina insistente atrás dela a fez saltar, e ela riu quando ele puxou o carro novamente para o centro da pista. "Um verão inteiro se passou, e eu ainda sou terrível no tráfego."

Liv simplesmente sorriu. Ela não precisava dizer mais nada, eles já tinham começado a chegar a mansão que agora chamaria de casa. Você pode fazer isso, Liv pensou consigo mesma. Você pode. Ninguém suspeita qualquer coisa, não é?

Ao ouvir o som do carro, Diggle imediatamente saiu de dentro da mansão, acompanhado por por Sara. Diggle foi imediatamente até ela para um abraço, e ela o cumprimentou como Emma a tinha ensinado. Após cumprimentar Diggle e Sara era a vez de cumprimentar Charlie, o cachorrinho de Emma.

O problema aqui é que, aparentemente, seres humanos são mais fáceis de se enganar do que cachorros. Não houve jeito de Charlie brincar com Liv como teria feito com Emma. Ele estranhou a garota, rosnou para ela, latiu e se recusou a buscar a bolinha que ela lhe mandou. “Ele deve estar estranho porque eu passei muito tempo fora”, Liv disse, tentando despistar. Ninguém pareceu notar, no entanto, a estranheza do cachorro.

“E as novidades? Como foi o acampamento? Fez novos amigos?” perguntou Diggle.

“Quando você furou as orelhas?” perguntou Oliver, que só agora notava o fato.

Liv resolvera ignorar. Emma tinha contado a ela que nunca tinha furado a orelha antes porque seu pai dizia que isso era coisa que meninas faziam para conquistar meninos, e que ela não precisava disso. "Oh, um monte!”, disse ela, respondendo a pergunta de Diggle. “Tinha um garoto muito..."

As sobrancelhas de Oliver quase saíram de seu rosto. “Um garoto? Um garoto? Diggle, você não me garantiu que era um acampamento somente de meninas?”

Diggle deu de ombros. “Na época de Sara era”, disse rindo.

A recepção para o retorno de Emma continuou animada. Oliver pareceu esquecer-se sobre o furo da orelha e o menino, e todos continuaram conversando até tarde da noite. Quando Liv acordou, ela automaticamente se dirigiu para a cozinha a procura do café da manhã. Qual não foi a surpresa dela ao encontrar uma mulher preparando vitaminas.

“Você é alguma nova empregada?” perguntou Liv. “Não me lembro de você”, disse ela, lembrando-se de todas as fotografias e descrições dos empregados que Emma havia feito durante o acampamento.

“Empregada? EU? Querido, sua filha é uma graça mesmo”, gritou ela para um Oliver que acabava de aparecer com roupa de corrida pela porta da cozinha. Oliver assustou-se. Não esperava encontrar nem uma nem outra ao chegar de sua corrida matinal.

“Jennifer? O que você está fazendo aqui? Pensei que você estivesse trabalhando”, disse ele.

“Eu estou indo para o trabalho, mas resolvi passar aqui para dar um olá para a sua filhota e para fazer sua vitamina”, disse ela.

“Ah, vejo que vocês já se conheceram”, disse ele, pouco confortável, notando Liv no canto da cozinha. “Emma, essa é Jennifer, uma amiga. Jennifer, essa é minha filha Emma”, completou.

Liv, fingindo prazer em conhece-la, logo a convidou para o café da manhã. Jennifer prontamente aceitou. Juntaram-se a eles Diggle e Sara, que não tinham retornado para casa por conta do horário na noite anterior. Liv já tinha imaginado o primeiro café da manhã com seu pai mil vezes. Em algumas eles comiam panquecas, em outras eles comiam torradas e em outras eles esqueciam-se da comida e ficavam apenas conversando. Em nenhuma das versões dela, porém, uma ruiva insuportavelmente falsa chamada Jennifer aparecia.

Quando Jennifer e seu pai foram trabalhar, Liv ficou em casa com Diggle e Sara, que resolveram passar o dia lhe fazendo companhia. As duas ainda estavam em recesso escolar. Sara foi para o banho e Liv resolveu questionar seu tio sobre a invasora do café da manhã.

“Quanto tempo eles têm juntos?”, perguntou ela, de supetão, assim que Sara desapareceu pela escada para o banho.

“Começou um ou dois dias depois que você foi para o acampamento.”, disse ele, sequer perguntando como ela sabia. “Eles ainda estão em um período no qual tudo são flores”, completou.

“Como eles se conheceram? Papai nunca tinha comentado dela antes.”

“A empresa precisou de uma nova Relações Públicas e ela está em período de teste. Acho que vai passar dele”, disse Diggle, parecendo um pouco incomodado com a situação.

“Você não parece gostar dela.”

“Cristo! Ela aparentemente é legal, mas sim, não gosto dela. Só há algo nela que não me convence.”

“É o seu sorriso não, é?”

“Não sei lhe dizer o que é, Emma. Só sei que, depois de vários anos sem sequer se interessar por alguém, eu esperava que seu pai fosse um pouco mais exigente e cauteloso na escolha dele.”, disse Diggle. “Sua mãe era tão... não sei, especial. Mas talvez essa seja boa e eu só esteja comparando-a injustamente com outra pessoa a qual ninguém vai superar nunca”, completou ele.

Liv entendia exatamente o que ele queria dizer.

Emma foi acordada pelo barulho altíssimo do seu celular tocando. Resmungando, ela levantou-se e atendeu o celular que estava no criado-mudo no canto de seu quarto.

“Emma! Graças a Deus você atendeu! Precisamos conversar!”

“Liv, pelo amor de Deus. O que pode ser tão importante que não poderia esperar até de manhã?”

“Eu conheci o papai. E ele é incrível. Bonito, doce, inteligente... Mas está apaixonado.”

“O que? O papai não se apaixona, Liv”, disse Emma.

“Olha, ele tem uma namorada. O nome dela é Jennifer, e ela é totalmente o oposto da mamãe.”

“Continue observando os dois, veja o que acontece. Isso provavelmente não vai a lugar nenhum.”

No dia seguinte, Felicity levou Emma ao trabalho. Emma notou como sua mãe era importante no banco e como todos os departamentos a requisitavam para resolver problemas. Sua mãe, no entanto, sorria como se algo lhe faltasse. E foi essa pergunta que ela fez a Ruth, segundo Liv, assistente e melhor amiga de sua mãe.

“Você acha que mamãe é feliz, tia Ruth?”, perguntou ela.

“Ela realmente gosta de seu trabalho”, respondeu Ruth.

“Maaaaas...”

“Mas as vezes ela para e olha ao seu redor como se sentisse falta de algo.”

“Como se não fosse inteiramente feliz?”

Ruth confirmou com a cabeça. Felicity veio na direção de ambas para levar Emma para casa. “Eu não lhe disse absolutamente nada”, completou Ruth, sorrindo para Emma.

Oliver chegou em casa aflito. Era hora dele conversar com sua filha sobre Jennifer. Mal sabia ele que Liv também tinha um assunto para tratar com ele.

“Querida!”, disse ele. “Que bom que lhe encontrei acordada”.

“Eu estava lhe esperando”, disse ela. “Precisamos conversar.”

“Eu digo o mesmo”, disse ele, sentando-se ao seu lado no sofá. “Porque você não começa?”

“Eu quero falar sobre minha mãe. Sobre como vocês se conheceram.”

“Emma querida, porque isso agora?”

“Porque tenho quase 12 anos e mereço saber o nome de minha mãe como ela conheceu meu pai.”

“Você ainda está mais perto de 11 do que de 12.”

“Pai... Como você conheceu minha mãe?”

“Eu... Ela... Eu fui até ela no trabalho. Ela era a melhor com tecnologia. Precisava que ela consertasse um notebook para mim. Ela consertou. Depois, eu continuei indo até ela com problemas para que ela resolvesse. E ela continuou ajudando. Cada vez mais, até que nós nos apaixonamos.”

“Como é o nome dela?”, perguntou Liv, tentando forçar seu pai a dize-lo. Ele ignorou.

“Foi bom que você falasse sobre família. É sobre o que eu quero conversar com você também. Eu e Jennifer... eu quero trazê-la para a família.”

“Pai!!! Eu acho isso ótimo!!!” disse Liv.

“Acha mesmo?” perguntou Oliver. “Eu podia jurar que você ia odiar.”

“Jamais! Eu sempre quis ter uma irmã!”

“Emma... não é como irmã que ela vai entrar para a família. Eu a pedi em casamento.”

Liv imediatamente começou a falar francês. Oliver ficou assustado, tentou conversar com ela, mas ela simplesmente saiu correndo e trancou-se no seu quarto. O plano teria que andar mais rápido.


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Notas finais do capítulo

O plano vai ter que andar mais rápido!!! Algo me diz que muitas emoções estão reservadas para o próximo capítulo...