The Troublemaker escrita por Clara Vieira


Capítulo 3
O "Rapto"


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal? Estão gostando? Mais um capítulo para vocês!



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Sebastian cumpriu sua promessa. Depois de ser expulso nunca mais tivemos notícias dele. Meu director se mostrou bastante rigoroso, o que não é comum para ele. Não estou dizendo que ele é desleixado, mas normalmente é super paciente, conversa connosco tentando descobrir o que aconteceu, faz-nos perguntas, e no final dá-nos uma repreensão leve, que não nos deixa nem pensar em fazer outra coisa errada, o que é óbvio que acontece uma vez ou outra.

Mas não foi o que aconteceu dessa vez. Não quis nos ouvir, pelo menos ao Sebastian. E além disso, não acho que devia ter merecido uma suspensão. Eu ajudei eles a separarem Sebastian de Jake... Não reconheci naquele homem o diretor da minha escola. Ele é um homem calmo, carinhoso, que passeia pela escola e conversa com a gente. Ele até era professor de matemática até ano passado..., não esse homem impaciente, que não quer saber dos seus alunos. Ele só olhava para mim, teve uma hora que comecei a ficar com medo. Normalmente olha para todos os lados, para o seu caderno, para a janela, e só depois para nós... Enfim...

– - @ - -

– Isabelle? Posso falar com você?!

Tinha alguém gritando meu nome do lado de fora da minha casa. Quem poderia ser? Logan é que não. Nunca seria ele. Logan toca na campainha, ele é bem educado. Era uma voz masculina. Meu pai? Não! Ele tem a chave de casa. Frank? Ele me chamaria por Izzy. Liam? Ele sabe bater na porta...

Ah, que agonia, tenho que ir ver quem é...

–SEBASTIAN?

– SHH! Cala a boca! Vão te ouvir!

– Mas... você tinha ido embora!

– Eu precisava me despedir de você. – depois de me dizer isso, me deu um abraço. Me surpreendi quando colocou um papel no meu bolso, discretamente. Ia falar, quando ele colocou um dedo na frente da boca fazendo sinal de silêncio. Levantando a sobrancelha tocou duas vezes na sua orelha e depois apontou para o lado. – Você tem vizinhos muito curiosos...

Chamei-o para entrar, mas abanou a cabeça. Pediu-me para o seguir. Colocou o capuz do seu casaco e segurou a minha mão. Estranhei muito. Me conduziu até ao topo de um morro. Vou dizer que comecei a ficar com medo. Ainda segurando minha mão, se jogou do morro. “Qual é o seu problemaaaaa?”. Quem ele pensava que era, para me jogar dali? Fechei os olhos. Quando já estava quase chegando no chão, quando a morte iminente já não era futuro, mas sim presente, caí em algo fofo. Como assim? Abri os olhos. Estava dentro de uma nave Agitadora!

– Sebastian! O que você fez? Me leva de volta agora! Por favor! – Olhei à minha volta. Piloto Agitador, co-piloto Agitador, tripulantes Agitadores. Que horror! O que iam fazer comigo? Aqueles monstros... – Por favor, me levem de volta... – sussurrei

Aquela nave parecia ser muito maior do que eu sempre imaginei. Por fora, era muito pequena, passava facilmente despercebida. Por dentro, era na verdade muito espaçosa e confortável. Não havia nenhum tipo de separação entre o cockpit e o resto da nave, então eu conseguia facilmente observar os pilotos se divertindo. Eu estava no meio da nave, onde tinham vários bancos alcofodados azuis-escuros (dentro da nave, tudo era dessa cor). Eu estava de frente para a porta, onde o meu único pensamento era realmente abri-la e saltar. Se era para morrer um dia, que fosse para não estar com Agitadores. De onde eu estava eu não consegui ver direito a parte final da nave. Parecia ter umas duas salas. Uma delas estava fechada, a outra estava meio aberta, e lá dentro eu consegui ver algumas pessoas mexendo em papéis. Sebastian estava lá dentro.

Fiquei com medo do que poderiam fazer comigo. Sentei-me em um banco almofadado e agarrei minhas pernas, também em cima do banco.

Ao ver que eu estava com medo, uma garota, que deveria ter a minha idade veio até mim e sentou-se ao meu lado. Olhei para ela com desprezo. Ela colocou uma mão no meu ombro para tentar me confortar, mas só me fez ficar mais desconfortável com a situação. Fiquei tensa. E ela percebeu. Afastou a mão de mim.

– Nós não queremos fazer mal a você...

– Izzy, para com isso, só queremos ajudar – retrucou Sebastian

Me ajudar? Me ajudar? Fala a sério! Vocês só querem me apavorar! Querem me ajudar a ter mais medo de vocês? Me ajudar a me fazer mais odiar os Agitadores? Desejar sua morte?

– Izzy, eles só querem fazer com que você goste da gente!

– Gostar de vocês? Vocês me raptaram!

A garota fez-se espantada. Como se estivesse assustada. Colocou a mão na boca.

O co-piloto virou-se e falou comigo:

– Tecnicamente, não te raptamos. Você pode sair, se quiser. – apontou para uma janela.

Ha ha ha. Sair? A essa altura? Não me faça rir.

O piloto bateu na testa dele, e o fez virar e continuar dentro do cockpit.

– Enfim, para onde vocês vão me levar?

Fez-se silêncio. Sebastian chegou perto de mim. Abaixou-se para que o seu rosto estivesse no mesmo nível do que o meu. Meu coração começou a bater muito mais rápido. Engoli em seco. Ele percebeu isso. Ah, eu odeio quando ele consegue me fazer ficar nervosa!

– Você vai gostar. Prometo. Eu sei que sim. Eu te conheço o suficiente para saber que você vai se divertir muito. – dizendo isso ele piscou o olho

Vocês podem estar se perguntando qual é o problema dele comigo, ou o que raios aconteceu com a gente. Vamos pausar esse capítulo para eu explicar isso direitinho. É meio que importante.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Me digam nos comentários!!!



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