O filho do pirata escrita por Eduardo Marais


Capítulo 2
Capítulo dois




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– Não tenho a mínima intenção de sair desta aldeia!

– Eu fui contra a sua aventura naquele navio, porque temia a sua morte. Mas agora que voltou, este temor aumentou. – Elisa coloca uma caixa de madeira sobre a mesa. – Os olhos voltaram-se em sua direção e todos estão temerosos quanto à sua presença! Qualquer um dos aldeões poderá entregá-lo às autoridades!

– O produto do nosso trabalho serve para cuidar de nossas aldeias. Não creio que sejamos traídos por aqueles de quem cuidamos.

– O brilho do ouro tem o poder de cegar algumas pessoas. – ela abre a caixa de madeira. – Além disso, as pessoas estão assombradas com o fato de você ter saído ileso e rico de uma excursão a um navio fantasma.

– Essas pessoas já viram coisas piores do que um homem que sobrevive a um pacto com uma bela jovem fantasma. – Andreas senta-se junto à mesa e aguça sua curiosidade sobre a caixa. – O que há de valor aí dentro?

– Algo que precisa ser entregue para que alguém leia. E confio somente a você, Colombo. Pode fazer?

– Certamente que sim. Pode confiar.

– Quero que encontre uma pessoa e exiba o que vou tatuar em seu antebraço. Está escrito algo que deve ser lido somente por esta pessoa. Tenho a sua palavra de que não lerá?

Andreas desdenha com um som risonho.

– Não sei ler esse código em que você escreve, mãe. – o rosto de Andreas continua inalterado.

– Mas Killian Jones sabe ler. Então, você e Cosme sairão em busca do pirata Capitão Gancho...

– Essa história de novo?

– Desta vez não quero que apenas conheça o seu pai. Quero que exiba este pedido de coordenadas para meu próximo trabalho. Somente ele pode ajudar meu último trabalho, filho.

Um arquear desdenhoso da sobrancelha é a resposta do rapaz.

– Ele nunca existiu em nossas vidas, mãe. Sempre ousamos em nossos trabalhos e não precisamos dele. Por que agora?

Elisa sorri amplamente.

– Quero o mapa estrelar da Terra do Nunca. Você irá encontrá-lo e trazer de volta para mim. Ordeno que você saia em busca de informações que o leve ao seu pai e ao mapa!

O rapaz gargalha.

– E como sabe que o pirata está vivo? Ele partiu para o reino onde está o Sombrio. E se o feiticeiro o matou?

– Killian Jones morto por um feiticeiro? – quem gargalha agora é Elisa. – O homem sobreviveu às nereidas, aos meninos perdidos, aos feitiços de Pan e ao convívio com a Rainha Má e a Rainha de Copas! Acha mesmo que algum feiticeiro, por mais poderoso que seja conseguiria matar o Capitão Gancho?

Andreas faz uma careta e desgosta o que ouve da mãe.

– Não vou atrás dele e pronto! Vamos encontrar outra forma de irmos para essa terra.

– Meu amado filho, preciso fazer esta viagem antes de sair de minha vida de roubos. O tesouro que existe nesta terra, proverá nossas aldeias e tornará você rico. Não quero que permaneça na vida meliante até sua velhice. Por isso você partirá amanhã em busca do Capitão. Esta tinta ficará um ano em sua pele, então, seja rápido!

Cosme entra na casa e depara-se com Andreas afastando-se. Volta-se para Elisa.

– Por que não disse a verdade? Você não sobreviverá muito tempo, irmã. E caso ele encontre o Capitão e souber que tudo não passou de um truque para expulsá-lo daqui? Como reagirá.

– Já estarei morta e Andreas estará com o pai. Não quero que meu filho veja meu definhamento. Quero que ele guarde a imagem da mulher forte. Ele precisa partir amanhã, porque minha decrepitude começará na próxima lua cheia e será irreversível. Cuide para que Andreas chegue em segurança a algum portal.

– Não é justo.

– Meu filho precisa direcionar a vida para algo que valha a pena. Roubos, extorsão, aventuras suicidas e pilhagens não podem preencher a vida de um jovem como Andreas. Por favor, Cosme, cuide para que ele conheça boas pessoas pelo caminho até o pai!


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