Diários escrita por rhavs


Capítulo 7
Capítulo 6 - Sacrifícios




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6º dia, 19h27min
Ok, Let’s Go!
Bem hoje, eu não tenho muito a contar não, é só que mudaram os horários e me avisaram que iria ter QUATRO provas integradas e por somatória neste sábado, de geografia, história, redação e português, em outras palavras: FERREI-ME! Para começar, eu não sei o que alguém poria numa prova de redação, a não ser uma redação (quanta originalidade...), mas isso não me preocupa, os únicos que vão realmente tomar o meu tempo de estudo são as outras matérias...
Como dá para notar minha principal prioridade atualmente tem sido os estudos, primeiro pelo fato de que, se eu não estudar, perco os 40% de desconto na mensalidade (ou seja, é tudo interesse...), segundo, porque realmente este ano vai exigir mais de mim, com relação aos meus “êxitos” escolares, já que nos primeiros semestres é tudo um mar de rosas, mas no terceiro e no quarto, já está todo mundo fud*&¢, e terceiro, porque minha mãe me mataria se eu não fizesse nada com relação aos dois tópicos anteriores. (e eu zelo pela vida, apesar de tudo...) e em quarto e ultimo lugar: eu não tenho mais o que fazer mesmo!
Oh, sim, já ia me esquecendo de relatar mais um “emocionante” capítulo da minha vida: bem, hoje , como eu já disse, foi anunciado que eu teria aulas à tarde, a princípio(por esta semana) seria de espanhol e música, e depois se acrescentaria as aulas de teatro.
Vamos por partes, começando por espanhol: gosto de aprender outras línguas, inglês principalmente, e espanhol é fácil, só é chato ter de saber as malditas regras de colocação, além disso, hoje nem houve aula dela, já que o marido dela sofreu um acidente, acho que de carro (não fiquei sabendo, não fui atrás e nem sei se isso me interessa realmente), nossa! Que grosseria, não? Pois é! E por isso ela nem deu as caras (a cara, afinal ela só tem uma) na escola para dizer por que não viria, não temos UMA aula de espanhol desde que as aulas começaram.
Quanto às aulas de música, me entusiasmei (sem demonstrar, claro), bastante já que o professor fez muitos planos para as aulas como, Luau, caminhadas(também não sei o que isso tem haver com música, mas têm, não é?), também falou em por um ritmo como tema para cada mês, o que nos ajudaria a ter menos “preconceito” com outros ritmos (sei... É com esse pensamento que ele espera me transformar numa Carmem Miranda da vida, suponho... SONHAR não faz mal, não é?! Mas daí já é pesadelo!), e também levar outro professor para nos ensinar a tocar algum instrumento (flauta ou violão, para ser mais exata), como não tinha guitarra fiquei com o sonho de tentar o violão, então com a minha vontade e perseverança, só faltava uma coisa: O VIOLÃO!
Parecia que uma entidade do poder maligno das puff’s não queria me ajudar hoje (nunca ajudou mesmo...), puff e Patty acaba na mesma coisa para mim... Bem, digamos que, eu precisava do violão, eu queria o violão e eu TERIA o violão! Daí eu pensei nas pessoas que eu conhecia que poderiam me emprestar um, tinha o meu vizinho, mas ninguém em seu juízo perfeito emprestaria um violão para mim sem me conhecer direito (vamos dizer que as chances dele e eu conversarmos são poucas ou, praticamente, nulas!), então só sobrou uma opção: meu tio. Eu não queria acabar decaindo nele, mas era melhor do que nada! Meu tio é meio doido, ele tem uns ataques do nada de alegria, é um viciado em jogo de dominó e um cervejeiro passivo (não cervejeiro que vende, mas sim, o cervejeiro que bebe!) e para complicar ele mora do outro lado da cidade e bem na parte mais alta!
Só tinha um jeito: eu tinha de ir lá, pedir o violão, pegar o violão (se ele deixasse) e descer de novo a tempo da aula. Na terceira esquina uma Patty da minha turma me parou:
- O que “você” está fazendo aqui? Não sabe que é o bairro rico da cidade? – só por que ela morava lá
“Como se não bastasse eu ter de te ver todos os dias na sala ainda tenho de topar com essa assombração na rua?!”, pensei, tive vontade de falar, mas me rebaixar a este ponto eu não iria! Tentei passar, mas ela foi para minha frente.
- A favela é para o outro lado! – ela continuou
- É mesmo? Já que você sabe, por que não vai para lá?! – está bem, eu perdi a paciência, ELA ME CHAMOU DE FAVELADA, mas não no sentido de morar numa favela, no sentido de eu ser uma subalterna, uma sem-futuro!
Tentei avançar de novo, ela me barrou de novo, até então eu estava com as mãos nos bolsos da jeans, tentado controlar minha vontade de estrangular ela!
- Não pense que você é alguém Cloe, por que não é!
- Eu não penso, EU SOU!
- Só por que você diz! você não é ninguém e nunca será.
- Certo, você já disse isso agora deixe eu passar!
- Aposto que você é uma medrosa é uma chata por isso ninguém fala com você!
- Você está falando comigo... – eu fiz a cara mais séria que pude por fora, mas estava rindo por dentro, ela tinha se chamado de NINGUÉM!
- Ah, garota! Você entendeu! Nem sei por que ainda perco tempo com você...
- Então não perca: me deixe passar!
- Vem cá, por que você não é normal, como eu?!
- Por que não teria graça nenhuma viver...
Dominique, a puff, já estava ficando nervosa, e eu adorava ver ela assim, principalmente se era EU quem provocava isso, dava para ver que ela não suportava o fato daquelas palavras não fazerem efeito nenhum em mim. Mas eu estava morta de raiva, querendo ir embora.
Quanto prazer ao ver a decepção alheia ein... Mas o tempo estava passando e eu precisava passar também, avancei contra ela até conseguir uma brecha para poder passar.
Depois de ter praticamente escalado a desgraçada da ladeira, finalmente cheguei lá, e minha tia me recebeu dizendo:
- Ele acabou de sair! Acho que ficou sabendo que você queria o violão e desceu par te entregar.
Meus olhos quase caíram! EU TINHA SUBIDO AQUILO TUDO PARA NADA!!!
Eu só não xinguei todo mundo porque é muita gente! Mas que deu vontade deu!
Desci correndo, literalmente, de volta para minha casa, para minha sorte não encontrei Dominique de novo, chegando lá o violão estava em cima da minha cama, suspirei, fazer o que, não é ?! Só me restou pegar o instrumento e ir para escola. Aprendi a escala musical lá e alguns acordes.
Ah sim, quanto às aulas de teatro, acho que vou fazer, mas só com relação a escrever as peças, estou com boas idéias para este ano. Mas, enquanto este momento não chega, eu vou guardando minhas idéias.
Bem depois que cheguei da escola tomei um bom banho e vim escrever, não fiz mais nada que merecesse ser relatado aqui hoje, então:
-- Até amanhã! --

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