New Perspective escrita por lantejulia, Lala Ferreira


Capítulo 4
Fairly Local - Twenty One Pilots


Notas iniciais do capítulo

Oi galerooooooooo,
Queria agradecer por todas as visualizações e os acompanhamentos, sem falar nos favoritos. Eu e Lay estamos amando escrever isso, por mais que nós sejamos um tiquinho bagunçadas e muito ocupadas, tentando arrumar um tempo de noite para escrever mts textinhos no wpp, repleto de spoilers.
Quero agradecer ao João que escolheu o nome do capítulo logo dps que eu disse que estava em dúvida entre Hey Ho e The Last Time, ele veio com "EU POSSO ESCOLHER?" ai eu deixei, pq eu sou um amor de pessoa né, e eu realmente precisava de alguém pra me ajudar. Te amo, Jei



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— Sabia que isso é uma coisa muito feia a se fazer, Lay? — Debs disse ao seu lado. Lay riu e continuou tentando entrar nos arquivos do 3° ano antes que o diretor chegasse.

— É tudo por uma boa causa — Lay disse e pensou que Debs iria tacá-la pela janela. — Que cara é essa, Deborah? Não era você mesma que queria saber o nome dele? Eu apenas estou fazendo isso de uma forma digamos que, completa.

Elas estavam na coordenação, e Lay estava invadindo o computador da Freira-711. Artur riria nessas situações, mas Deb apenas continuava fazendo uma careta estranha. Elas teriam que ir pra radio logo, mas Lay havia dado uma desculpa qualquer pra Freira-711 e ela havia saído.

— Se você fosse me obrigar a fazer isso, eu juro que nem teria pedido a você, teria perguntado a Jess — nesse momento, quem fez à careta foi Lay.

— Mas você não resiste ao meu charme, então, foi me chamar e a Super-Layvilhosa veio te resgatar — ela disse e piscou os olhos, fazendo Debs rir.

— Lay, vai logo com isso.

Lay achou o que queria e imprimiu apenas uns segundos antes da Freira-623 entrar na sala. Quando ela entrou, Lay já estava sentada ao lado de Debs no sofá, falando a primeira coisa que veio em sua mente.

— Então, foi assim que eu comecei a gostar de comer jiló — disse logo depois se levantando e pegando sua mochila. — A paz, Freira. — e saiu da sala. Sabia que Debs estava ao seu lado, segurando a risada. Entrou na sala ao lado, se sentando na cadeira de locutora, rindo junto com Deborah.

— Você pelo menos conseguiu pegar a ficha?

— Mas é claro — Lay rolou os olhos e pegou a ficha na mochila, abrindo-a, começando a ler sobre o garoto. — Você está falando de profissional aqui, Deborah. Bem, o nome dele é Will, ele está no 2° ano, e todas as aulas de matemática, literatura e biologia dele são com você.

Lay entregou o papel na mão dela, para a felicidade de sua amiga. Lay começou a mexer na aparelhagem complicada em cima da mesa quando Deborah tocou no assunto proibido entre elas. Lay não entendia por que Debs gostava tanto de falar sobre isso, talvez para irritar a amiga, talvez por ser proibido.

— Lay, — O tom de sua voz estava doce. — como é que vai ser esse ano? Você sabe que ele está na nossa sala, você não vai poder fugir dele para sempre, amiga... Ele vai está na fest... — Lay não suportaria mais aquele assunto. Queria morrer antes que Debs terminar aquela frase.

— Debs, sério. Chega, você sabe como eu odeio esse assunto. João, Julia, Kels, todos eles vão estar lá. Estou pouco me lixando para Renato, afinal, eu provavelmente vou ter que aguentar muita palhaçada dele naquela festa e ser forte e tals, mas, por favor, não precisa ficar me lembrando o tempo todo que ele vai está lá. — Lay dissera tudo àquilo entre as mãos, pois havia enterrado seu rosto nelas.

Tudo o que ela menos precisava era de Renato na sua vida, por mais que ele fosse o seu melhor amigo, às vezes ela queria que ele sumisse um pouco para dar a ela um tempo pra organizar sua mente. Não que ela fosse bagunçada, sua mente era bem organizada e ela sabia fazer as coisas de um jeitinho que ela nunca deixa uma bagunça sequer.

O problema era que Renato sempre a bagunçava de um jeito inexplicável e que ela não conseguia focar em nada quando ele estava perto. Isso a irritava profundamente, juntando o fato de que ela não conseguia esse tempo pra ela, já que Renato sempre tivera algum problema super importante que ela era necessária.

— Desculpe, fui um pouco grossa. Mas você sabe como ele é um assunto totalmente “delicado”. — ela fez aspas com a mão, cansada. Mas rapidamente se recompôs, afinal, aquela Lay só aparecia de vez em nunca e Lay não gostava de drama demais, só quando se tratava de Nicholas Sparks. — Vamos, está na hora do show.

***

Ela havia combinado com Well de se encontrarem no BookSRadio antes que Artur e Mari chegassem, uma livraria/loja de discos que ficava relativamente perto da escola e tinha um ótimo estoque de CDs. Não que ela estivesse extremamente animada com as possibilidades de ajudar Well a fazer isso, mas não custava nada, e o fato de ele pagar os seus livros a ajudava muito.

Ela relutou bastante antes de dizer um sim a ele, mas ela não tinha muitas opções, já que ele dissera que iria dar um jeito de pagar todos os livros dela durante o ano. Quem resistiria a isso? Quando se tratava de livros e árvores, Julia era fraca.

Infelizmente.

— Você vai ficar com essa cara de idiota, ou vai me contar o que estava acontecendo naquele banheiro, Julia? — Mari perguntara, e a menina riu, pensando na cara de Well quando ele a pediu segredo. — Por que tenho certeza que meus pensamentos não foram nada puros em relação a aquilo.

— Estávamos falando sobre como ele vai subir na mesa na aula de História Geral e cantar Christina Aguilera. Sem falar que seus pensamentos nunca são puros. — Mari riu, mas Ju sabia que ela não ia deixá-la escapar, por isso, mudou de assunto. — Amiga, do jeito que Artur estava segurando sua cintura, acho que você nem vai precisar ir à aula de química. Já aprendeu todas as fórmulas ali.

Mari ficou corada e começou a falar de Debs querendo ir ao shopping no sábado. Julia sabia que João tinha falado sobre alguma coisa na sua casa no sábado, porém, como sua memória era de peixe, não conseguira lembrar de jeito nenhum. E ela também nunca ia ao shopping, João que comprava suas roupas.

Elas entraram na sala de aula e a Freira-de-Redação que já havia começado a dar aula e as olhou com a mesma cara feia que sempre olhava para Lay todas as vezes que ela chegava de calça jeans na escola. Ou seja, todos os dias.

Julia gostava muito da Freira-de-Redação, mas havia ficado acordada a noite passada toda cuidando de sua estufa e ignorando todos os seus pensamentos sobre Jack, então, como em todos os primeiros dias de aula, a Freira começou a falar sobre notas, comportamento, responsabilidade... Julia não conseguiu mais ouvir nada depois do primeiro sermão que a mulher começou a dar, porque havia colocado os fones de ouvido tentando não pensar em como seu ex-namorado era idiota. Esse era outro motivo para ela querer dizer não a Well.

Jack, seu ex, a traiu com uma garota do 2° ano. Julia chorou durante todas as suas férias e teve momentos em que ela quis morar para sempre dentro de sua estufa, afinal, as flores não mentiriam para ela sobre suas saídas de madrugada, até porque flores não falam.

Ela não havia contado exatamente para os seus amigos o que acontecera, não queria complicar mais a vida deles com seus problemas mesquinhos, até porque Well a zoaria pelo resto da vida se um dia soubesse. Contaria para eles quando fossem arrumar as coisas na casa de João, já que ela finalmente lembrara que haveria uma festa na casa do seu melhor amigo com cabelo maravilhoso no sábado.

Alguém se sentou ao seu lado na aula e ela ia começar a fuzilar a pessoa quando viu quem era. O que ele estava fazendo ali?

— João, você não deveria está em alguma outra aula super importante? — Julia perguntou quando seu amigo super alto se sentou ao seu lado. Ele deveria está na aula de geografia, mas estava ali, com sua calça jeans e seu moletom, super gato. Ele coçou a barba mal-feita e ajeitou os óculos.

— Mari me mandou mensagem dizendo que tinha um garoto super fofinho aqui e que você estava no banheiro com Well. — ele disse tudo rapidamente e baixo. Tinha um sorriso safado no rosto, por que sabia que o garoto era realmente fofinho e que iria arrancar a verdade de Julia de qualquer jeito. Ela levantou as sobrancelhas.

— Por que vocês sempre têm que ser tão urgentes? — Ju suspirou, cansada.

— Enquanto você me explica, vou dar um jeito de pegar o número dele. — Ju bufou e, vendo que não tinha saída, começou a falar


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