Quem Diria? escrita por Day Marques


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

E finalmente o capítulo que estavam todos esperando!!! Não vou falar muito, pois não quero atrapalhar... Corram!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/604257/chapter/13

– Bom dia, classe mais animada do mundo – Eita, hoje o professor está que está. De onde veio essa animação toda? Encarou Edward e piscou – Primeira dupla de hoje, Edward e Bella.

– Essa eu quero ver – Escutei uma menina sussurrar para seu grupo. Eu disse, eu e Edward nunca fomos vistos bem juntos. Prendi o riso nervoso e respirei fundo.

– Oi galera, assim como o nosso amigo de ontem, eu também vou cantar.

– Espero que a voz seja tão linda quanto o dono – Foi interrompido por um alto comentário.

– Eu não me importo se não cantar bem, só a imagem é o que vale – Disse outra.

– Não me importo se ele quiser cantar pra mim, isso sim – A outra enfatizou o “pra mim”. Fiquei boquiaberta, que atrevidas! Dou na sua cara, panaca dos infernos!

– Como eu ia dizendo – Edward pigarreou para chamar atenção – Essa música fala exatamente o que eu notei e o que eu sinto pela Bella. Desculpe professor, a música não descreve muito sobre a Bella, mas eu não podia perder a chance de fazer isso. Vou entender se tomar outras precauções – O professor fez cara de quem não estava nem ai e o mandou seguir. Tá né, esse é o poder da beleza, meu povo! Meu coração disparou mais rápido do que era possível e comecei a suar feito porco na hora da morte. Deus, está acontecendo mesmo! A música começou, mas para minha mais total surpresa, de novo, ele pegou um violão e deu a dedilhar.

Eu sei, garota, quando você olha para mim, você não sabe como eu me sinto – Ele cantou com sua voz rouca umas das minhas músicas favoritas de todos os tempos. All About You, do Bruno Mars. As meninas suspiraram apaixonadas e sorriram com cara de bobas – Porque eu sou normalmente tão indiferente. Eu escondo meus sentimentos – Fez cara de debochado. Sei bem porque, porque ele sempre demonstrou seus sentimentos – Mas eu quero que você saiba. Oh, eu quero que você saiba – Uma menina que estava perto de mim, me empurrou para mais perto dele e sorriu. Ele se virou e cantou o refrão olhando bem dentro de meus olhos – Menina, para dizer a verdade. Sempre foi você, eu só penso em você. Oh menina, ninguém pode me fazer o que você faz. Sempre foi você, eu só penso em você – Se eu fosse o tipo mulherzinha, já estaria em lágrimas. Mas além de feliz e honrada, eu estou assustada. Não sei se isso é um bom sinal! Quando ele terminou de cantar, a sala vibrava de gritos e aplausos. Tava bom demais, até o povo começar um coro de “Beija, beija!”, até mesmo o professor entrou no meio da bagunça. Morrendo de vergonha, olhei para todos os lados em busca de uma saída e foi ai que vi os meus amigos na porta assistindo a cena e pra ferrar tudo, o Emmett filmava tudo. A quanto tempo eles estavam ali? Com bastante vergonha, fui até Edward e beijei sua bochecha.

– Ok, chega de barulho ou a menina vai morrer aqui mesmo – Riram – Isabella, é a sua vez – Fui para o meu lugar e tremendo muito, abri o meu papel e respirei fundo para falar. Levantei a cabeça e todos me encaravam com cara de curiosidade. Acho que eles esperavam que eu me declarasse tão bem quanto ele. Mas eu não ia, sou péssima com palavras, é por isso que nunca fico com as partes dos discursos na empresa. Está ficando tudo escuro, está quente aqui ou sou eu? Nossa, olha só, o coelhinho da páscoa veio me assistir. O que?! Deus, estou ficando louco.

– Vamos Bellinha, você consegue – Gritaram meus amigos incentivando. Respirei mais uma vez e abri o papel.

– Tudo bem, você consegue. É só ler o papel – Falei pra mim mesma – Bom – Comecei – O Edward é um menino que não conhecia até o professor nos juntar para esse bendito trabalho – O pessoal estava maior cara de tédio e juro que vi a menina bocejando. Amassei o papel e voltei a encarar o pessoal – Depois do que ele fez aqui hoje, eu sei que ele merece palavras melhores do que as que estavam rabiscadas no maldito papel. Mas o pior de tudo é que não faço a menor ideia do que dizer, sou péssima nisso assim como muitos aqui. Então, o que eu posso dizer é o óbvio, que todos já perceberam que eu odiava o Edward assim que o conheci. Foram dias difíceis para ele – O fitei e rimos – Mas, ele como um bom menino que é, não se importou nem um pouco com os foras e patadas que eu dava nele. Quem em sua santa consciência gostaria e quereria ficar perto de uma pessoa como eu? - Bufei – Só esse idiota e aqueles ali – Apontei para o pessoal na porta – Mas esse não é o foco. Quando o professor colocou eu e ele juntos para fazer o trabalho, eu sai dessa sala maluca e soltando fogo pelas ventas. Queria matar o primeiro que aparecesse na minha frente, eu odiava esse menino com todas as forças só pelo simples fato dele existir. Mas ele não, ele me tratava super bem, sempre sorria quando me via e me ajudava no que fosse preciso. Deus, eu queria arrancar esse sorriso da sua cara, que agora acho a coisa mais linda do mundo. Como não pude perceber isso antes? O simples fato de ter que passar dias e horas no mesmo cômodo com ele que não fosse a sala de aula, me deixava irritada ao extremo. Eu o chamei de Edwin e ao perceber que isso o irritava, passei a chamá-lo assim. Eu sou ruim para lembrar nomes, mas com ele era de propósito e pra implicar. Todo mundo percebia o jeito como ele era comigo, atencioso, carinhoso, amigo e apaixonado. Alguns diziam que era amor, eu que ele era gay – Riram. Edward me olhava com uma cara de bobo – Começamos a passar mais tempo juntos e com isso ele foi me conquistando aos poucos, claro que eu não facilitava e que me matassem se eu deixasse ele saber. Meus irmãos e seus namorados armavam para que nos encontrássemos cada vez mais. Tadinho, eu o fiz ver pôneis de tanto que o obriguei a beber para conseguir minha “colegagem”. Não sei nem se essa palavra existe, mas eu usei. Dane-se! Foi então que ele me conquistou de vez, encontrei um amigo que poderia me acompanhar onde eu chamasse. Se ele sobreviveu a toda aquela bebedeira, por que não as outras? Nos encontramos na balada e nunca o vi tão diferente e dominante como naquele dia. Eu o quis para mim no mesmo momento, mas era orgulhosa demais para falar e sabia que eu só o queria por aquela noite. Que engano o meu, desde então eu não parei mais de pensar nele. De suas mãos em... - Alguém pigarreou e vi que foi ele – Desculpe. Edward sempre estava ali, fazendo o melhor para mim, me bajulando, dando seu amor e amizade, só precisava eu dizer que o queria também e seria meu. Nunca achei tão fascinante observar uma pessoa por muito tempo, mas era divertido com ele. Duas coisas que achei muito engraçadas: A primeira é que quando ele dorme, fica balançando os pés de um lado pro outro e de vez em quando, os levanta para bater na cama mais uma vez. A segunda é que assim como eu, quando ele come algo que gosta muito, ele geme de satisfação e da um pequeno sorriso – Ele me olhava sem reação e sua cara era até engraçada – O quanto ele fica lindo quando sua mãe diz que o amo e tem muito orgulho. Suas bochechas ficam vermelhas de tanto que ele ri. Ele tem uma camisa verde-musgo que não vive sem. Ele não dorme sem ela e se dorme, fica acordando a cada meia hora para passar a mão na barriga, desconfortável. Amo o seu jeito confiante e nem um pouco abalável, seu humor que nunca acaba. Ele sorri até mesmo quando passa por um momento difícil. Como o invejo nisso – O fitei – Ele também é um bom observador, assim como eu, me deu o melhor presente do mundo. Uma caixa com cinco coisas que eu mais amo no mundo. Nunca pensei que alguém fosse notar isso, nem minha mãe sabia dessas coisas todas. E eu tenho quase certeza que eu nunca contei isso a ele. São tantas coisas que eu tenho que dizer sobre ele, passaria um tempão aqui na frente. Mas, tenho que parar. Só para finalizar, o que eu mais amo mesmo nele e desejo retribuir um dia: é a sua capacidade de amar intensamente, de me amar – Parei de falar e o professor estava abraçado a Alice, soluçando em seus ombros e sua cara de raiva por ele está amarrotando sua roupa foi a melhor. Todos aplaudiram como o de sempre e fui me sentar ao lado de Edward. Como ainda tínhamos mais três grupos pela frente, não podíamos conversar. Ele simplesmente segurou minha mão e sorriu emocionado.

– Eeeee, corta! - Gritou Emmet – Tenho tudo o que preciso. Obrigado professor, pode continuar agora. Bom trabalho – A turma olhou para ele sem entender nada, mas deu de ombros e prestaram atenção nos que falavam lá na frente. Enfim, todas as apresentações restantes foram feitas e respirei aliviada.

– Nossa, galera, vocês me surpreenderam demais com essas apresentações. Nossa, estou realmente de queixo caído e todo arrepiado. Edward, o que foi aquilo? O Timmy também não ficou por baixo, vocês foram perfeitos. Obrigado pessoal, foi realmente maravilhoso, não tinha como ter um final de ano melhor – Todos começaram a aplaudir e assoviar ao mesmo tempo. Apenas sorri, porque foi mesmo muito bom – Eu queria dizer qual era o meu objetivo desse trabalho, além de suas notas. Eu achei isso tudo muito interessante e acho que vocês também vão gostar. Escutem com atenção. O verdadeiro objetivo é: Às vezes somos tão egoístas que não paramos para valorizar o que temos por perto, coisas que não reparamos, coisas lindas que está bem embaixo do nosso nariz e não queremos enxergar. Muitas vezes por medo do que isso pode dar. Desistimos de tantas coisas na vida, pessoal, pelo simples medo do fracasso, de não dá certo. Vocês acham que tudo que existe hoje, foi feito e construído em apenas uma tentativa? Mas claro que não! Foram várias tentativas até obter o grande sucesso. O que quero dizer é que jamais, jamais mesmo, deixem serem vencidos pelo medo. Eles não podem nos controlar, nós que o controlamos. O medo é uma figura patética que criamos para arrumarmos obstáculos na vida. Lutem, lutem como se não houvesse o amanhã pelas coisas que vocês querem. Vocês não acham que pior do que saber que você tentou e falhou, é olhar para trás e ver que não tentou e ficar pensando como seria se tivesse? Vão em frente e alcancem seus sonhos e desejos. Tenham um ótimo futuro fora daqui e obrigado por toda e qualquer experiência. Nós, professores, também aprendemos muito com vocês. Muito obrigado – Ficamos de pé e aplaudimos o mais forte que podemos. Muitos estavam com lágrimas nos olhos, emocionados e motivados por tais palavras. Foram mesmo inspiradoras.

O sinal tocou e praticamente sai correndo, eu precisava de ar fresco. Meu coração ainda não tinha normalizado e eu estava com sérios medos de ter um troço bem no meio da faculdade.

– Bella! - Edward me chamou, mas não parei para ele – Bella, para de correr – Gritou.

– Correr? Eu não estou correndo – Falei sobre os ombros – Eu só estou com pressa.

– Pressa de quê? Estamos livres da faculdade, não temos mais nada para fazer por um bom tempo.

– Só preciso de ar, estou sufocando – De medo! Apressei mais os passos e ao passar pela porta, corri e respirei aliviada ao sentir o couro macio do meu carro. Respirei e soltei devagar umas dez vezes para me acalmar e dei partida. Cheguei em casa em tempo recorde e corri logo para a cozinha, tomando um grande copo com água. Nunca fiquei tão nervosa e tensa por uma coisa, nem mesmo antes de me apresentar. O que eu devo fazer agora, me jogar nos braços do Edward e vivermos felizes para sempre? Mas eu não sei, ainda, se estou preparada para namorar. Porém, eu fico surtando a noite, com saudades dele, pensando nele. Até nos meus sonhos ele não me deixa em paz. Troquei de roupa e coloquei meu filme de comédia preferido.

– Bella! - Rose entrou com tudo no meu quarto e veio para cima de mim – Deixa eu ver – Pôs sua mão sobre minha testa – Não está com febre. O que tem, então? Você me deixou preocupada.

– Não tenho nada, Rose. Desculpe – Sentei e me encostei na cabeceira da cama – Eu só precisava sair dali o mais rápido possível.

– Mas por quê?

– Por tudo, mana. O que o Edward fez, me deixou mais confusa do que eu já estava. Argh – Puxei os cabelos – Isso é tão maluco e desesperador. O que eu faço, Rose?

– Bella, pela primeira vez eu não sei o que te dizer – Encostou-se ao meu lado e acabei deitando em seu colo e ela riu.

– O que foi?

– Há quanto tempo não ficamos mais assim? - Ri com ela.

– Queria que fosse por uma circunstância melhor – Suspirei – O...o Edward...o Edward está bem?

– Bom, ele ficou um pouco para baixo por você ter ido embora, mas acho que ele supera.

– Não sou de fazer isso, mas estou me sentindo mal. Devo ir atrás dele?

– Se você estiver se sentindo bem sobre isso, não vejo problema. Às vezes, minha irmã, temos que dar o braço a torcer e deixar o orgulho de lado. Sei o quanto isso é difícil para você, porém, acho que será bem recompensada.

– Rose – Voltei a sentar – Eu não tenho cem por cento de certeza se ainda quero um namoro.

– Bella, deixa de ser boba. Não é você que vive dizendo que tentar não custa nada e não mata ninguém?

– Pois é! Mas pimenta nos olhos dos outros é refresco – Sorri.

– Bella, Rose – Escutamos nossa mãe chamar.

– Mana, vai lá e não a deixe vir aqui. Estou sem paciência para o bom humor dela, hoje.

– Pode deixar – Prestou continência e se foi. Deitei na cama e fiquei pensando, me dando conta que fiquei pensando tanto que o filme acabou e já estava começando de novo. Levantei e a casa já se encontrava toda escura. Caramba, quanto tempo uma pessoa passa pensando sem se dar conta do tempo? Desci para a cozinha e como se tivesse notado, minha barriga roncou alto, de um jeito bem vergonhoso. Abri a geladeira e tinha dois potes com um papel nele.

– Coma antes que fique doente, fiz com muito carinho. Mamãe – Li. Abri os potes e um tinha lasanha de camarão e o outro tinha batatas recheadas. Minha barriga roncou mais ainda e corri para botar os potes no micro-ondas. Comi tudo na velocidade da luz e bebi dois copos de suco. Voltei para o quarto e pus outro filme. Tomei um banho de banheira, bem relaxante e fui para o closet. Puxei meu pijama de ontem e uma camisa caiu nos meus pés, me abaixei e sorri ao perceber que era a blusa do Edward. Levei embaixo do meu nariz e inalei o perfume, mais que perfeito. Deitei na cama com ela em minhas mãos e fechei os olhos. Logo apareceu em minha mente as imagens de mim e Edward junto. Ele beijando meus lábios, com carinho, ferozmente. O jeito dele de mudar de uma pequena chuva para uma grande tempestade, que se você não tiver forças, pode te arrebatar para um lugar que você corre o risco de nunca mais querer voltar. E talvez seja isso que tenha acontecido comigo. Eu não posso mais negar, apesar de não querer, ter medo de namoros, eu não posso mais negar que gosto dele. Mas isso está acabando comigo, essa confusão, essa indecisão. Lembrei dele fazendo amor comigo longo e vagarosamente, não pude reprimir o gemido que saiu da minha boca só de lembrar. Meu coração acelerou como se eu tivesse tendo um ataque cardíaco ao lembrar de hoje mais cedo. Se fosse em outra ocasião, eu teria deixado para lá e talvez até um soco no garoto por ter feito aquilo na frente de todos. Mas aquilo foi tão verdadeiro, tão puro, que não tive chances de esboçar nenhuma reação. Droga, eu não vou conseguir pregar os olhos, mesmo. Sou do tipo de pessoa que tenho que resolver as coisas na hora ou não tenho sossego. É isso que vou fazer, tenho que falar com ele ou não vou ficar quieta. Não vou conseguir esperar até amanhã! São quinze para as uma, mas eu não ligo. Pego só uma jaqueta e ponho por cima do pijama que estou vestindo. Liguei o carro e tentei sair da garagem sem fazer muito barulho. Cara, eu não acredito que estou mesmo fazendo isso. Contudo, já estou aqui mesmo, então, segue o plano


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguém vivo? Pelo amor de Deus, eu preciso saber o que vocês estão achando... Para a felicidade de muitas, as coisas vão se acertar para esses dois, mas o Edward vai testar muito a Bellinha hahahaha!!! Sei que muitas vão amar. Comentem muito e cadê essas recomendações que não chegam? Beijos loves e desculpem a demora



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quem Diria?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.