Complicated escrita por Gica Buya


Capítulo 5
Lençóis e carícias.


Notas iniciais do capítulo

*ooo* ALGUÉM DISSE LEMON? hihihi.



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Levantei-me bruscamente, ignorando-o, mas com um pequeno pesar na consciência, que passou rapidamente ao virar-me e dar de cara com um sorriso malicioso e costumeiro em minha vida.

Suspirei profundamente, procurando algo que parecesse uma camisa descente e limpa naquela bagunça que Martin chamava de quarto. Por sorte, encontrei uma de cor preta, mas que ficou absurdamente larga em meu corpo.

– Ah! Ah! Ah! Por que está vestindo minha roupa? – Seu corpo estava quente, encostando-se ao meu, com suas mãos pousadas em minha cintura, prontas para arrancar a veste.

M-me perdoe! – Afastei-me rapidamente de seu toque, tirando a camisa... Na... Frente dele...

Corri para minha pequena mala, abrindo-a em fração de segundos, procurando um moletom, pois podia sentir o vento gelado daquela manhã entrando pela janela e invadindo o alojamento conjunto.

Tremi um pouco, quase imperceptível, tirando o fato de receber um abraço quente e envolvente de um homem, ficando com o rosto em seu peitoral definido. Suas mãos entrelaçavam em meus fios castanhos, pareciam brincar.

Ehhh, eu vou me vestir... Com licença. – Empurrei-o levemente. Tinha certeza de estar corado.

Coloquei um moletom branco e preto nas mangas e antebraço, correndo para o banheiro, dando a desculpa das higienes matinais para ficar longe de Martin. Ao ver-me no espelho, minhas bochechas estavam fortemente vermelhas. Lavei-as com água fria e sabonete que se encontrava na pia.

Vi um reflexo e fios loiros arrepiados, caminhando em minha direção...

Olá, pequeno Ewan. – Pousou sua mão pesada em meu cabelo, afagando-o.

A-ah, oi. – Corei levemente ao lembrar-me do sonho pervertido que tivera anteriormente, e que David estava...

Você é mesmo uma gracinha com essas bochechas cor-de-rosa. – Sorriu como se estivesse falando com uma criança de cinco anos, enquanto olhava-se em outro espelho, tentando arrumar a cara inchada de sono.

O loiro se aproximava cada vez mais, me deixando preso em uma quina dos azulejos brancos, e seus braços excluíam a alternativa de fuga. Cheguei a temer pelo pior, achava que seria molestado ali mesmo, mas contrariando-me, envolveu meu corpo ao seu, um simples abraço.

Seu queixo brincava em meu cabelo, logo o cheirando e soltando um ‘’Ahhh!’’ baixinho.

Ewan, você esqueceu seu... – Vi o ruivo com meu pente de cabelo na mão, e uma expressão assustadora ao me ver abraçado com David.

David... – Soltou o que tinha em mãos, puxando o louro pela gola da camiseta azul marinho, afastando-o de mim, furioso. – Eu te disse que ele é meu! Não o toque! – Apontava o dedo em seu rosto, quase gritando.

Que merda você está falando? Eu não sou de ninguém! – O respondi, tentando manter-me no mesmo tom de voz, sendo totalmente ignorado.

Ora, eu não tenho culpa de ele ser uma gracinha! – Sorriu, parecia provocar Martin, que já serrava os punhos, preparando-se para acertar um belo soco.

Apenas o soltou, conversavam baixinho para que eu não os escutasse, e tudo pareceu normalizar-se. Aproveitei o momento de distração para correr para o quarto, revirando-o procurando aquela maldita chave que o ruivo escondera noite passada.

Mas que porra! Onde está essa maldita... – A porta foi aberta grosseiramente, fazendo um pequeno barulho e um leve eco no corredor. – Chave... – Era a dupla infalível: Martin e David.

Em um gesto involuntário, levei as mãos á cabeça, e sentei-me no chão com as pernas encolhidas. Ao olhar pra cima, vi ambos olhando-me com pena e pesar na consciência por fazer um garoto de dezesseis anos sentir um medo desesperador.

Sente medo de nós? – O ruivo perguntou-me, desarmando minha posição quase fetal (encolher-se abraçando os próprios joelhos).

–... – Virei o rosto, encarando o chão, suando frio.

Apenas recebi beijos de ambos, cada um em uma bochecha, que coraram rapidamente, causando um riso estranhamente... Fofo.

Os dois saíram, ouvi que iriam ver um tal de Louis, não o conhecia, mas já gostava desta pessoa por me dar segundos de paz.

Deitei-me na pequena cama de solteiro, que estava bagunçada ferozmente, ao contrário da cama de Martin, em perfeito estado... Fitei o teto, pensando sobre o que iria fazer para driblar aqueles doidos que tem uma tara por um garoto moreno e inocente.

Fiquei ali por talvez meia hora, até ouvir alguém gritar meu nome do fundo do corredor...

Ewaaaaan! Meu pequeno Ewaaaaan? – A voz foi ficando cada vez mais alta e mais perto, até um ser alto e descamisado ficar frente á frente comigo na porta, olhando-me com apenas com o olho esquerdo, enquanto outro era coberto por seus cabelos ruivos.

Eu não sou pequeno, e nem SEU! – Tentei confrontá-lo, sendo totalmente ignorado.

Ehh, você é mesmo uma gracinha. – Sorriu falsamente.

C-cale a boca! – Cruzei os braços, irritado, apoiando-os nos joelhos encolhidos contra a barriga.

Não me respondeu, apenas aproximou-se, até ficar por cima de mim, me olhando de cima á baixo.

Logo invadiu minha boca com sua língua feroz e delicada ao mesmo tempo, dando um beijo de aproximadamente dois minutos ou mais. Nos afastamos por falta de fôlego, mas por uma pequena fração de segundos, até voltarmos a nos beijar vorazmente, praticamente engolindo um ao outro.

Minha mão escorregou involuntariamente para sua bunda. Martin se assustou, interrompendo o beijo, me olhando nos olhos. Eu corei, tinha certeza disto. Um simples garotinho fazendo ações pervertidas contra um homem, que provavelmente iria devolver o gesto em dobro.

Desceu sua mão esquerda vagarosamente, alisando minha barriga, até chegar á uma parte sensível. Novamente tentei pará-lo, mas não tinha ideia da força que ele havia em apenas uma das mãos.

Meu moletom foi abaixado em um curto espaço de tempo, eu apenas fechei os olhos com medo do que aconteceria logo depois. Estava com a cueca á mostra... E PARA UM HOMEM PERVERTIDO!

Você está duro... – Ao ouvir a frase, meu rosto queimou nervosamente, e a certeza que ele sorria enquanto falava era ainda maior.

O que... N-não encoste aí! – Tarde de mais. Martin roçava em meu falo com sua bochecha, fazendo-o ficar ainda mais ereto.

Dalí me caiu a ficha de que eu estava tendo prazer... Com um homem?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Hein? Heeeeeein? *.*
Deixem um comentário! :D

Bjinhusssssss



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