New Saints escrita por Mari Hyuuga, Hina


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

E depois de muito tempo... mais um capítulo!!



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Capítulo 18

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Ainda era de manhã cedo quando Alene e Angelina saíram do Santuário, carregando aprenas o necessário e as urnas de suas armaduras. Seu destino era o Cabo Sunion. Elas decidiram, depois de uma pequena discussão, que aquele seria o melhor local para começarem sua busca.

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O caminho até lá não era muito longo e as duas o percorreram em pouco mais de uma hora. Tempo em que passaram em total silêncio, para a surpresa da sagitariana. Normalmente Alene não conseguia ficar sem falar por tanto tempo e Angel não sabia o que tinha dado nela. A escorpiana parecia estar com os pensamentos longe, compenetrada em alguma coisa.

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Quando finalmente chegaram, imediatamente sentiram o forte vento que soprava do oceano. Grandes ondas se chocavam contra aquele pedaço rochoso do litoral, quase chegando a encobrir a passagem que levava à prisão subaquática. As amazonas encararam a cena por alguns instantes, avaliando.

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Angelina- É, parece que não tem nada aqui mesmo. Pelo jeito esse lugar não é visitado há vários anos. Não concorda?

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Alene- Bem, eu e a Anne viemos aqui uma vez quando éramos crianças, mas... eu não saberia dizer se mais alguém veio aqui ou não.

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A garota falou, medindo com cuidado suas palavras. Angelina estranhou ainda mais aquela atitude, mas não disse nada sobre aquilo, preferindo concentrar-se na missão.

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Angelina- Certo. Então, Alenne, tem mais alguma área perto do mar que poderia ser usado para acessar o Reino dos mares?

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Alene- Hm. Tem algumas cavernas submarinas perto daqui, mas eu não sei se elas serviriam para isso.

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Angelina- Não custa nada tentar. Vamos lá.

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Alene assentiu com a cabeça e as duas começaram a andar seguindo a costa. Nenhuma das duas falou nada por vários minutos e isso comeceu a incomodar Angel de um modo inesperado. Ver a escorpiana calada e com uma cara séria e concentrada, fez com que ela eliminasse as últimas dúvidas sobre estar acontecendo alguma coisa. E Angel sentia que era melhor resolver aquilo antes que continuassem com a missão. Pensando assim, ela parou de andar, surpreendendo a outra.

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Alene- O que foi, Angel? Algum problema?

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Angelina- Sim, na verdade tem. Mas não do tipo que eu esperava encontrar.

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Alene- Ahn? Como assim? Você poderia explicar melhor, Angel?

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Alene olhou confusa para a mais velha.

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Angelina- Eu esperava que você me dissesse, Alene. Você não falou quase nada desde que saímos para essa missão. Também está com uma expressão muito séria que não nada combina com você. O que houve?

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Alene- Nada. Só estou mostrando meu lado mais sério e responsável.

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Angelina- Não vai conseguir me enganar com isso. Posso não te conhecer tão bem, mas sei que não é assim, Alene.

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Alene- Mas poso ser! Estou cansada das pessoas acharem que sou irreponsável e que vou fazer besteira a qualquer momento!

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Alene fez uma cara emburrada e Angelina sorriu, compreensiva. Agora entendia os motivos da outra para agir daquele modo.

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Angelina- Ninguém acha isso, Alene.

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Alenne- Acham, sim! Todo mundo vive me dizendo para ser mais responsável e pensar nas minhas ações antes de fazê-las!

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Angelina- Bem, devo admitir que você exagera às vezes, Alene. Mas não acho que deva mudar esse seu lado alegre e brincalhão. É isso que identifica você e alegra todos ao seu redor. Senão, por que você acha que a Sakura, que é tão dedicada e séria, concordaria em participar das suas propostas quando a maioria delas envolve quebrar alguma regra do Santuário?

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Alene- Porque ela é minha amiga.

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Angelina- Sim. E isso aconteceu porque essa sua personalidade consegue descontrair qualquer ambiente. Ficar perto de alguém animado faz com que qualquer um se sinta bem.

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Ao ouvir aquilo, Alene fez uma cara pensativa e acabou dando um grande sorriso.

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Alene- Tem razão. Sem mim o Santuário ficaria muito sem graça!

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Angelina também sorriu, satisfeita em ver que a outra voltara ao normal.

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Angelina- Sim. Agora vamos continuar. Temos uma importante missão para cumprir, certo?

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Alenne- Sim!

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Ela concordou e as duas continuaram andando. Rapidamente, chegaram ao local mencionado por Alene. Lugar esse que não parecia ter nada diferente do resto do caminho que percorreram.

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Alene- Chegamos!

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Angelina- Er... Alene. Não estou vendo nada.

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Alene- Sim, porque não tem nada para ver. Essas cavernas só ficam acima da água no ponto em que a maré está mais baixa.

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Angelina- Hm, acho que elas não devem servir para um bom esconderijo.

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Alene- Concordo.

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Angelina- Então, por que exatamente viemos até aqui?

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Alene- Ah, é que eu não conheço mais nenhuma caverna perto do mar que possa servir de entrada e você disse que não custava tentar.

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Angelina- Nenhuma? Certo. E longe do mar?

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Alene- Ah, se for assim, tem muitas nas proximidades. Se quiser, podemos olhar uma por uma, mas acho que pode demorar um tempo.

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Angelina- Que nós não temos. Certo. Agora entendi porque nenhum grupo conseguiu achar a entrada antes de nós...

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Alene- É. Realmente é uma tarefa complicada. Ah. Acabei de pensar numa coisa.

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Enquanto Alene falava, seu rosto se iluminou e ela deu um sorriso travesso que, combinado com o capacete da armadura de escorpião que vestia, formavam um efeito sinistro. Angelina ficou um pouco temerosa em perguntar o que ela estava tramando.

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Alene- Angel, me acompanhe!

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Alene começou a correr, não deixando alternativa para a sagitariana que não ir atrás dela. Logo as duas se afastaram consideravelmente do oceano e chegaram até uma região acidentada. A escorpiana parou na frente de uma grande e escura caverna.

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Angelina- Alene. O que é isso?

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Alene- Uma caverna. Não está vendo?

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Angelina- Sim. O que eu perguntei é porque estamos aqui?

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Alene- Bem,é que essa região na verdade tem muitas cavernas, mas quase todas estão interligadas, sabe. Elas formam um verdadeiro labirinto! Quando éramos pequenas, eu e a Anne prometemos desvendá-lo, mas acabamos desistindo. É que essa região fica bastante afastada do Santuário e demoraríamos muito para fazer isso...

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Angelina- Simplifique a história, Alene, por favor.

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Alene- Está bem. O que importa é que uma coisa nós aprendemos em nossa tentativa.

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Angelina- E seria...?

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Alene- Que essas cavernas produzem muito eco.

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A escorpiana anunciou, como se essa fosse uma grande coisa. Como a sagitariana não demonstrou reação alguma, ela continuou.

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Alene- Então, qualquer barulho que alguém faça lá dentro...

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Angelina- Pode ser facilmente identificado! Podemos descobrir se os marinas utilizam essas cavernas só em esperar e ouvir. E se não escutarmos nada, é porque eles estão em algumas das outras. É uma grande ideia, Alene.

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Alene- Eu sou cheia de grande ideias.

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Angelina- Certo, não fique muito convencida. Vigie a entrada daqui enquanto eu entro, ok?

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Alene- Quê? Mas eu queria entrar!

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Angelina- Não. Você é muito barulhenta, Alenne. Essa tarefa exige um pouco mais de paciência para ficar parada e quieta.

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Contra esse argumento, Alene não pode dizer nada, mas fez uma cara emburrada ao responder..Alene- Está bem. Eu fico aqui, mas me chame assim que ouvir alguma coisa.

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Angelina- Sim. E se você ver alguém, venha me avisar.

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Alene- Certo.. Com tudo combinado, Angelina entrou na caverna enquanto Alenne sentou-se em uma pedra ao lado da entrada, ainda meio chateada.

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OoOoOoO

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Alexia tinha acabado de se despedir da colega que estivera acompanhando depois da escola. Durante o caminho, ficou claro para a aquariana que ela era apenas uma pessoa comum, que nada tinha a ver com Poseidon ou algum outro deus estranho. Por isso a aquariana resolveu que era melhor se afastar dela. Se a garota se envolvesse naquela história toda, acabaria sentindo-se culpada.

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Assim, continuou caminhando tranquilamente pela rua, enquanto tomava a decisão de partir para uma atitude mais ofensiva. Ela notara várias vezes enquanto caminhava a presença de um cosmo estranho que com certeza devia pertencer à algum marina. Agora, decidira que era hora de enfrentar aquele adversário de frente.

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Por isso, começou a correr repentinamente. Alexia sentiu que aquele cosmo desconhecido continuou a segui-la e deu um sorriso. Ela foi até um lugar deserto, fora da cidade e parou de correr, virando-se para encarar seu adversário.

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Este se surpreendeu com a parada repentina e não conseguiu esconder-se a tempo. A aquariana conseguiu vê-la antes dela se esconder atrás de uma árvore próxima. Era uma menina que parecia ter uns quatro anos a mais que ela. Com cabelos e olhos castanhos escuros, pele levemente amaroneda e porte alto. Alexia lembrava-se de tê-la visto no pátio do colégio, apesar dela não estar de uniforme.

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Alexia- Ora, ora. Esse joguinho acabou. Já te vi, garota.

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– Certo. Então vamos resolver isso logo. Ficar te espionando por todos esses dias foi muito chato, sabia? Prefiro resolver logo as coisas.

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Alexia- Acho que concordamos em alguma coisa.

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Ela deu um sorriso divertido, antes de avançar na adversária, com a intenção de dar-lhe um soco. No entanto suas intenções foram interrompidas pela garota que parou seu punho com apenas uma mão.

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– Pretende me enfrentar assim, sem armadura? É muito pretensiosa, amazona!

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A garota lançou Alexia para trás e elevou um pouco seu cosmo. Uma escama de marina, vermelha com detalhes mais claros em rosa, cobriu seu corpo.

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Maira- Pois então enfrente a ira de Maira, a comandante marina de Sereia!

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Alexia- Hm, impressionante. Mas ainda acho que posso dar conta de você assim mesmo.

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O comentário da aquariana pareceu enfurecer Maira..Maira- Vai lamentar essa sua arrogância, amazona!

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Ela declarou, avançando correndo.

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OoOoOoO

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Angelina avançava pela caverna com cuidado. Quanto mais andava, mais escuro e acidentado ficava o local e ela tinha que pisar com mais cuidado, tornando seu progresso lento. Em um determinado ponto, as coisas ficaram tão escuras que ela achou melhor parar e começar a escutar de onde estava, já que poderia ser desnecessariamente perigoso continuar.

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A sagitariana ficou completamente imóvel e fechou os olhos, porque eles não lhe seriam miuto úteis de qualquer modo. Um completo silêncio instalou-se por ali, enquanto Angelina permanecia na mesma posição. Assim, passou-se cinco, dez, quinze e trinta minutos sem que absolutamente nada acontecesse.

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Nesse tempo, Angelina começou a pensar sobre o plano de Alene e percebeu as falhas que tinha. Claro que aquela fora uma ótima ideia, mas também tinha várias maneiras de dar errado. A começar pelo fato de que a entrada para o reino de Poseidon poder não estar sendo muito usada no momento e não haver movimento nenhum por lá em horas. Então, como descartariam aquelas cavernas?

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E se ela afinal ouvisse algum marina, como elas achariam o lugar exato da entrada? Caminhar às cegas por aquele labirinto não era uma boa opção, certamente. Pensando assim, Angelina já estava para voltar até a entrada e falar para Alene que era melhor elas pensarem em alguma outra coisa quando um barulho lhe chamou a atenção.

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Definitivamente, tratava-se de um conjunto de passos de alguém que não tinha a menor preocupação em se manter oculto. O som ficava mais alto a cada instante e foi com um sorriso que Angelina percebeu que a pessoa, fosse quem fosse, estava se aproximando dela. Isso com certeza resolveria tudo.

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OoOoOoO

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Alene tinha se cansado de ficar sentada esperando poucos minutos depois que Angelina entrou na caverna. A escorpiana começou a contar as nuvens no céu, mas estas eram muito poucas e ela logo voltou a entendiar-se. Quase estava desejava que algum inimigo aparecesse para poder ter alguma coisa para fazer.

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Como isso não aconteceu, Alene passou a desenhar nas pedras com a ponta do capacete de sua armadura. Certamente aquele não era o uso correto para a peça, mas pelo menos serviu para entretê-la. Ela estava terminando de desenhar um coelhinho quando ouviu Angelina se aproximando. Ela parou rapidamente o que fazia para ir até a entrada, onde Angelina apareceu, carregando alguém consigo.

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Alene- Quem é esse, Angel?

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Angelina- Só um soldado marina qualquer que foi até onde eu estava. Não sei o que pretendia, mas foi muito fácil surpreendê-lo e nocauteá-lo.

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Alene- Ah. E por que você fez isso?

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Angelina- Para podermos interrogá-lo sobre a entrada para o Reino de Poseidon. Acho que assim será mais rápido e fácil, não?

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Alene- É, isso deve facilitar bastante as coisas!

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Alene deu um sorriso quase perverso ante a perspectiva de poder ter alguma ação.

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Alene- Então deixe que eu faço isso! Afinal, Escorpião sempre foi bom com interrogatórios...!

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Ela comentou e Angelina piscou, surpresa. Ela lera em seus livros sobre os cavaleiros de escorpião do passado e seus hábitos estranhos, mas não imaginava que Alene compartilhasse daquela característica. Por um momento, quase teve pena do marina.

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Angelina- Está bem. Pode fazer.

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OoOoOoO

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Não foram precisos nem dois minutos para que o soldado contasse o que elas queriam. Isso até deixou Alene chateada.

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Alene- Puxa...! Isso acabou muito rápido. Os soldados marinas são uns fracos que não conseguem nem aguentar a dos de uma agulha escarlate!

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Angelina- Não exagere, Alene. Não sabia que poderia ser tão cruel assim!

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Alene- Não é crueldade! Elé um inimigo e eu só estou aplicando meu treinamento!

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Angelina- Tudo bem. Você fez um ótimo trabalho.

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Alene- Mas o que fazemos com ele agora? Se o soltarmos todo o trabalho de espionagem estará perdido, mas também não podemos ficar mantendo prisioneiros aqui, né?

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Angelina- Tem razão, precisamos pensar em alguma coisa sobre isso. Também é necessário que alguma de nós volte para o Santuário para avisar o Grande Mestre que encontramos a entrada. Além de começar a vigiá-la, efetivamente.

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As duas olharam para o soldado que havia desmaiado novamente, pensando sobre aquele problema. Foi Angelina quem teve uma ideia primeiro.

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Angelina- Já sei. Alene, leve-o com você para o Santuário. Talvez o Grande Mestre tenha mais coisas que gostaria de saber dele. Assim, poderá dar-lhe nosso relatório ao mesmo tempo. Eu ficarei aqui vigiando a entrada.

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Alene- Sim, é uma boa ideia. Eu vou lá rapidinho e já volto com reforços!

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Alene ficou bastante satidfeita com aquela divisão. Assim não precisaria ficar com a parte chata de ter que ficar esperando.

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Angelina- Vou ficar agardando!

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A escorpiana levantou o marina, que era mais alto que ela mesma, e deu um último sorriso divertido para Angelina antes de sair correndo de lá na velocidade da luz.

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Continua...


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Notas finais do capítulo

Er... Não temos nada para dizer que possa justificar esse atraso! >.
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Estamos em um grande bloqueio criativo. "Só" isso. XP
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Assim, não sabemos quando o próximo capítulo vai sair. Desculpem. :/
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Mesmo assim, esperamos que tenham aproveitado esse capítulo! ;)
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PS.: Quanto aos comentários que ainda não receberam resposta... Cuidaremos deles o mais rápido possível! ;D



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