Em um bosque que ninguém no país das maravilhas se atrevia a entrar aconteceram quatro terríveis acidentes, e todos começaram da mesma forma. No primeiro dia do ano surgiram em diferentes partes da floresta duas pessoas que pertenciam à outra dimensão. Elas não faziam ideia de onde estavam.

Seus nomes? Meiko Sakine e Kaito Shion.

Kaito logo começou a procurar por alguém e logo achou um vilarejo onde o acolheram com compaixão.

Meiko não teve tanta sorte, ela olhava para os lados, pensando ouvir passos, gritava por ajuda, mas nada. Ela caiu no chão e começou a chorar, quando ajuda chegou.

– Olá. – diz uma criança sorridente, ela senta ao lado de Meiko – Está tudo bem moça?

Meiko levanta a cabeça lentamente e olha para a criança que devia ter uns seis anos, ela limpa as lagrimas de seus olhos. A criança tinha longos cabelos roxos amarrados em um rabo de cavalo, olhos roxos também e orelhas de coelho, Meiko se espantou e pensou “é um sonho, só pode ser”.

– Sim, eu acho que sim.

– É um prazer conhece-la moça, meu nome é Gakupo Kamui, eu moro no vilarejo aqui perto, eu estava colhendo flores no meu jardim quando ouvi alguém chamando por ajuda e aqui estamos.

– Prazer Gakupo, meu nome é Meiko Sakine, eu moro em...

– Em?

– Eu não consigo lembrar!

Ela se levanta limpando seu vestido vermelho e seu avental branco. Gakupo olha fascinado para algo atrás da condenada, ele dá um sorriso. Vai até atrás de uma grande árvore e saí de lá carregando algo em suas mãos.

– Gakupo, o que é isso?

Ele para em frente à Meiko e entrega a ela uma espada.

– Isso não é seu Meiko-chan?

– Não!- ela diz analisando a espada assustada- Com certeza... - seus lábios trêmulos formam um sorriso, seus olhos assustados de repente se enchem de prazer-... Sim. Obrigada.

– Não foi nada. Ei o que é isso na sua mão?

– O que?- ela olha para sua mão direita, lá estava a marca de espadas do baralho- Eu não faço ideia de como isso veio para na minha mão...

– Que estranho! Vamos para o vilarejo?

– Claro.

– Quer apostar uma corrida? Um, dois, três, valendo!

O pobre menino indefeso sai correndo cantarolando por entre a floresta. Meiko começa a andar atrás dele, quanto maior o percurso avançado mais rápido ela ia, ate um momento em que ela corria.

Ela chegou ao vilarejo, pessoas por toda parte olham em sua direção, todos do pequeno local vão ao seu encontro para tentar ajuda-la. Mas ela nada diz, só empunha a espada e começa a enchê-la de sangue como se usar uma espada fosse sua maior especialidade.

Os moradores fogem dela correndo para dentro da floresta, entre eles está Kaito, que antes foi abrigado no vilarejo. Mas de nada adiantou, somente Kaito conseguiu fugir da carnificina.

Meiko andava despreocupadamente em uma trilha limpando em seu avental a espada, atrás dela um caminho infeliz, dezenas de corpos de crianças, adultos, idosos e adolescentes empilhados. Mas para a desgraça de Meiko a cidade vizinha ouviu o massacre e as autoridades estavam atrás dela, mas ela ainda assim continuava andando sem se preocupar.

Ela chega a uma clareira, olha ao redor encantada, as autoridades chegam sem ela nem perceber. Eles conseguem imobiliza-la e tirar de suas mãos a espada, ela se debate gritando, mas eles a acorrentam em uma árvore jogam a espada longe e a chave das correntes também.

Logo após isto Meiko desmaia, os policiais se distanciam achando que esta morreu. Mas o que eles mal sabem é que logo ela despertará de seu sono e seu destino já está traçado.