A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 36
Pesadelo Ruivo


Notas iniciais do capítulo

gente, fiquei muito triste com o tanto de comentários no outro capitulo. :/ espero que nesse tenha mais. postei super rapidinho poxa, haahah



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- Nicoooooooo! Vamos logo. – Eu bati na porta do quarto dele.

 

Nico estava morando conosco a mais ou menos um fim de semana. Agora que ele iria à mesma escola que eu, e eu iria treiná-lo. Ele era o irmão menor que eu sempre pedi aos deuses: O irmão pra pegar no pé.

 

- Eu estou indo.  - Ele gemeu, se revirando na cama.

 

- Nico. Se você não estiver em pé aqui na minha frente em 15 segundos, eu juro que te arranco dessa cama de cueca e tudo.- Eu ameacei. Pude ouvir o barulho da cama se mexendo. - 14, 13, 12, 11, 8, 5, 3, 2 e...

 

- Estou aqui! - Ele abriu a porta correndo, aparecendo mal enrolado em um hobby, seu cabelo preto estava bagunçado e enormes olheiras estavam em baixo de seus olhos.

 

- Você ficou na escada de incêndio a metade da noite de novo. - Eu acusei.

 

- Como você sabe? - Ele perguntou incrédulo.

 

- Eu também faço isso. - Comecei a andar pelo corredor em direção à cozinha.

 

Eu ainda ficava admirada com a decoração da minha casa. As paredes eram todas brancas e os móveis eram todos de madeira escura. Parecia bem sofisticado.

 

- Por quê? - Ele me seguia arrumando seu hobby.

 

- Tenho insônia.

 

- Ah.- Ele continuou me seguindo.

 

-Onde está sua mãe? - Ele perguntou quando chegamos à cozinha.

 

- Trabalhando. Como sempre. - Eu suspirei.

 

Em um enorme balcão com tampa de vidro no canto da sala estavam vários livros, didáticos ou não.

 

- De quem são aqueles livros? - Ele franziu as sobrancelhas.

 

- Nossos.- Eu respondi. - Os didáticos são seus, os de histórias são meus. - Eu caminhei até o balcão, ele me seguiu.

 

- Mas, pra que?

 

- Dã. - Eu peguei os livros didáticos com a mão. - Faça bom proveito. Primeiro dia de aula. - Joguei os livros em seus braços.

 

- Nós temos aula hoje? - Ele perguntou estranhando. - No domingo?

 

- Não. Mas é um internato, Nico. Temos que levar nossas coisas para lá hoje. Vá arrumar suas coisas.

 

Subi correndo as escadas, parando no meu andar. Sim, eu tinha um andar só para mim. Mas estava mais para um mini andar, era o ultimo, o menor da casa. Quando compramos a casa concordamos que eu deveria ficar no ultimo, por ser filha do Senhor dos Céus.

 

Corri até a biblioteca branca e peguei alguns aparelhos eletrônicos que precisaria, metade dos que estavam no chalé do acampamento. Corri até o meu quarto. Era lindo mesmo.

 

Uma enorme cama de casal com uma colcha prata (o que Apolo achava uma falta de respeito, porque prata era a cor de Ártemis) com almofadas brancas estava no canto do enorme quarto, dormir era supérfluo para mim. Uma enorme escrivaninha ficava na parede central, cheia de livros e um laptop. E o melhor de tudo no quarto: o closet.

 

Entrei no closet rosa (haha), cheio de roupas de todos os tipos. Como eu era super organizada as roupas estavam todas espalhadas, misturadas: blusas de banda com saias, jeans com vestidos e assim vai. Peguei um punhado e joguei na mala preta aberta no chão. Sentei em cima dela para fechar e joguei no meu quarto. Repeti com uma pequena com sapatos e uma frasqueira.

 

- Aghata! - Nico chamou no pé da escada. Abri a porta e olhei para ele, sentada no chão.

 

- O que foi?

 

- Tem que usar uniforme?

 

- DROGA! Esqueci de comprar os uniformes. - Comecei a bater minha cabeça no chão.

 

- Não se preocupe, querida, eu sabia que você esqueceria. - Uma voz disse atrás de Nico.

 

Levantei a cabeça, feliz por ouvir aquela voz. Desci correndo a escada e pulei nela.

 

- Oi, vó!

 

-Olá, querida. - Ela se separou de mim, para me olhar. - Você está linda.

 

Minha vó estava mais jovem que nunca. Seu cabelo dourado estava liso e batia no queixo, de jaleco e com aqueles olhos de tempestade, ela era intimidante, de tão inteligente.

 

- Está indo para o hospital?- Eu perguntei.

 

- Sim, eu vou lhes dar um carona. Vamos, Nico? - Ela estendeu a mão para ele, com um sorriso amigável no rosto.

 

- Mas vó, e as malas? - Eu perguntei.

 

- Não se preocupe, depois eu peço para alguém levar. - Ela sorriu e depois olhou para nós.-Vocês vão para a escola assim?

 

Olhei para baixo. Eu estava com uma camisa branca e folgada do The Clash, um jeans preto e um All Star preto, com uma jaqueta de couro rosa-shocking. Nico estava de All Star preto, um jeans preto e uma camisa preta do Nirvana. Nós parecíamos dois Filhos de Hades e não Um de Hades e uma de Zeus.

 

- Ah, vamos logo, vó. - Eu peguei seu braço com um sorriso e a puxei para o seu enorme e brilhante carro.

 

- Me deixa dirigir? - Meus olhos estavam brilhando para o carro.

 

- Não mesmo, viajar por terra não é bem a sua especialidade. - Minha vó negou.

 

- É a minha. - Nico sorriu, levantando o braço.

 

- Filho de Hades, certo?- Minha vó o analisou.- Quem sabe daqui a alguns anos.

 

- O QUE? Que sacanagem, eu quase tenho idade para dirigir!- Eu entrei no carro.

 

 

-Olha o que temos aqui. - Uma líder de torcida com duas siameses a seguindo entraram em nossa frente.

 

O enorme prédio que parecia um castelo envolto por grama verde e bem cuidada estava atrás do trio. O uniforme de torcida era um mini vestido rodado com mangas, vermelho com detalhes brancos. Um pouco diferente do uniforme do colégio, que era de minissaia de pregas vermelha e preta, xadrez e uma blusa social branca com suéter de lã justinho preto, com o escudo do colégio.

 

- Qual o seu nome, lindinho? - A loira oxigenada líder se abaixou e pegou o queixo de Nico.

 

- Nico. - Ele disse abobalhado.

 

Ela sorriu para ele de um jeito totalmente falso e se levantou. Ela olhou para mim de olhos semicerrados e chegou mais perto, de um jeito ameaçador. Bom, seria ameaçador se eu não fosse alguns centímetros maior que ela.

 

-E o seu? - Ela disse cheia de marra.

 

- Aghata Fleury. Prazer. - Eu disse de um jeito sarcástico, semicerrando os olhos. Peguei o pulso de Nico e comecei a arrastá-lo atrás de mim.

 

- O meu é Candy Zelguer. E esse aqui é o meu terreno. - Ela gritou enquanto nós nos afastávamos delas.

 

- Não te perguntei nada. - Respondi seca, ainda andando.

 

- Ui! - Nico olhou para mim. - Doeu.

 

-Parte 1 do treinamento de meio-sangue na escola: Aprenda a ignorar qualquer um que seja rude com você, qualquer um pode ser um monstro. Literalmente ou não.

 

- Aprendido. - Ele assentiu.

 

- Ei, você! -Uma voz gritou atrás de mim, me virei, com a impressão de que era para mim.

 

- Sim? - Assim que eu o vi correndo até mim, meu queixo caiu. Ele era o humano mais lindo que eu já havia visto.

 

Seu cabelo liso era preto e sedoso, jogado para o lado. Seus olhos eram azuis claríssimos, um pouco mais escuros que os meus. Sua pele era bronzeada, seus músculos eram definidos. Ele era alto, com longas e malhadas pernas. O uniforme do colégio o deixava ainda mais elegante. Aquele garoto era uma ofensa aos Filhos de Afrodite.

 

-Er, oi? - Ele jogou o cabelo para o lado, o que me fez ainda mais boquiaberta, como uma idiota o encarando. Ou melhor, secando. - Eu sou Liam Montgomery. E você? - Ele sorriu, mostrando uma fila de dentes brancos e certos.

 

Eu pensei que de repente meus tênis alados fossem começar a voar. O All Star de Hermes foi a única coisa que sobrou de Luke no Chalé 11, então eu tomei a liberdade de guardar como lembrança. Desde então eu só uso ele.

 

- Eu sou Aghata Fleury. Prazer. - Dei uma de idiota, sorrindo para o nada.

 

- Se me permite? - Ele pegou o cabo da minha mala de rodinhas, carregando para mim. r13; Já comeu hoje?

 

- Er... Não.

 

- Eu também não. - Ele sorriu para mim. - Vamos comer? A lanchonete é logo ali.

 

- Ah, meu estômago ficaria muito grato. - Eu respondi, o seguindo.

 

Droga, Aghata, você não está mais no Olimpo, não precisa falar assim. Ele apenas sorriu mais, indicando para frente. Eu o segui, enquanto Nico reclamava atrás de nós.

 

- Aghata, eu vou para o dormitório! - Ele avisou.

 

- Aham.- Respondi indiferente, apenas olhando para Liam.

 

 - Ótimo. Ninguém me dá atenção. - Ele reclamou.

 

 

- E então? Em que ano você está? - Ele perguntou enquanto estávamos andando pelo campus a céu aberto do colégio. Parecia bem legal para um internato.

 

- Primeiro. E você? - Respondi meio sem graça.

 

- Segundo. - Ele sorriu. - Tem certeza que você está no primeiro? - Ele franziu o cenho.

 

-Ah, por quê? Eu pareço ser mais nova? - Eu brinquei.

 

- Não, ao contrário. Pensei que você fosse do segundo ano. - Ele me analisou mais um pouco.

 

- Tome cuidado, seus amigos veteranos podem te zoar por andar com uma caloura. -Eu ri.

 

- A esse ponto eu nem ligo mais. - Ele parou e se virou para mim, com o rosto bem perto do meu. Ficamos nos olhando por um tempo. - Você é linda, você sabe. - Ele pegou meu rosto com uma mão e chegou perto.

 

- O QUE É AQUILO? - Eu gritei quando os lábios de Liam estavam quase encostando nos meus.

 

-O que? - Ele perguntou assustado.

 

- Aquilo! - Apontei para um grupo de garotos sentados em roda, em um beco escuro. Um objeto estava na mão de um garoto. Eles gargalhavam sem parar.

 

- Aquilo é um revolver? - Liam perguntou abismado, olhando para a mão no garoto.

 

- Ah, deuses.- Resmunguei e sai correndo até eles.

 

- O que vocês pensam que estão fazendo?- Tirei o revolver da mão do menino, que o apontava para sua própria cabeça.

 

- Brincando de roleta russa, quem é você? Minha mãe?- O garoto riu, virando-se para mim.

 

Assim que nossos olhares se cruzaram nós dois gelamos. Era impossível, era ele... Meu pesadelo ruivo. 

 


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Notas finais do capítulo

viram? a fic não tá acabando como vocês acharam, ainda tem muita coisa pra acontecer.