A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 13
Calor, Água e Fogo




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Acordei com o sol batendo fraco em minhas costas, achei estranho o sol não tocar diretamente a minha pele, já que eu devia estar sem blusa. Levantei em um pulo, desesperada só de pensar que havia sido um sonho. Olhei para baixo e estava com a mesma blusa que eu iniciara a noite passada. Passava os olhos pela cama e ao redor dela, mas não via ninguém.

 

- Calma, eu estou aqui. – Uma voz aveludada encheu o chalé, rindo.

 

Olhei para a fonte da voz e suspirei aliviada. Sentado em uma poltrona no canto do chalé estava um garoto de 16 anos, com um sorriso lindo e branco no rosto. Seus cabelos cor de mel e seu peito bronzeado brilhavam de um jeito extraordinário à luz do sol que entrava pela janela ao seu lado.

 

- Olá. – Eu abri um enorme sorriso apaixonado caminhando até ele, acho que eu nunca me acostumaria com a beleza de Apolo.

 

- Dormiu bem?- Ele perguntou ainda sorrindo, estendendo os braços para mim.

 

- Sim. – Eu respondi enquanto ele me abraçava e me colocava em seu colo. – Como você me vestiu? – Eu perguntei envergonhada, escorando a cabeça em seu ombro.

 

- Não foi difícil. – Ele riu um pouco. – Achei que ficaria menos tentado assim. – Ele suspirou, fazendo o ar bater em meu ouvido, o que me causou arrepios.

 

- Tentado?- Eu estava confusa, mas logo me lembrei da noite passada. – Ah. Então porque você não cedeu ontem?- Eu perguntei por puro reflexo, corando ao perceber que isso era muito mais vergonhoso à luz do dia.

 

- Porque você tem 14 anos. – Ele explicou. Eu levantei meu rosto de seu ombro e fiz uma carranca para ele. – Ta, 15. – Ele riu.

 

- Rum!- Eu bufei teatralmente, colocando a cabeça de novo em seu ombro. – Eu não ligo para idade. Virgindade é uma coisa simples, e todos colocam em um pedestal sob um refletor. Não há nada demais em sexo. –Eu falei toda madura, mas corando, desconfortável por falar disso com ele.

 

- Mas eu não estou pronto para achar que você está pronta. – Ele suspirou. Apesar de ser confuso eu entendi o que ele quis dizer.

 

- Não precisa temer por mim. – Eu coloquei a mão em seu rosto, o fazendo olhar para mim. – Eu me mantenho viva desde os 7 anos. – Nós rimos. – Eu estou falando sério, se eu acho que estou pronta, qual é o problema?- Eu perguntei tentando ser doce.

 

- Eu não estou pronto. – Ele suspirou fechando os olhos.

 

- Você está zoando com a minha cara, não é?- Eu levantei a cabeça, olhando com uma cara zombeteira para ele. – Eu vou perguntar para as mães dos seus filhos daqui, se você estava pronto quando os fez. – Eu comecei a falar sério, bufando e me levantando.

 

- Dessa vez é diferente. – Ele suspirou ainda de olhos fechados.  – Dessa vez é amor mesmo, não é paixonite. – Ele disse meio triste apertando os olhos, como se aquilo fosse difícil de dizer. – Eu poderia ter feito como nosso pai e meu tio fizeram: esperar você crescer, te engravidar e ir embora.  Mas eu não quero que seja assim, não quero que seja como todas as vezes. Quero que com você seja especial, porque você é especial. Não quero que você viva o resto da sua vida olhando para o sol, esperando que eu volte, como as outras fazem. – Ele falou imóvel de olhos apertados. - Não quero sair de perto de você. Não quero que nosso filho seja um meio sangue, quero que ele seja um deus. – Ele enterrou as mãos em seus cabelos, abaixando a cabeça. Depois disso senti um aperto no coração por ter sido tão dura com ele.

 

Comecei a caminhar até ele de novo, sentando no braço da poltrona e colocando a mão em suas costas nuas e definidas.

 

- Um deus? Mas para isso acontecer eu teria que... – Eu murmurarei o acalmando, mas deixando a frase morrer.  

 

- Sim, ser uma deusa. – Ele completou levantando a cabeça e olhando em meus olhos. – Eu sempre quis te tornar uma, mas nunca te contei por medo de te assustar, indo longe demais. Mas já que estamos sendo sinceros um com os outros, acho melhor ter te contado. – Ele desabafou.

 

- Hera nunca deixaria. – Eu falei por falta de opção, minha mente estava vazia no momento.

 

- Que se dane! Eu também sou filho de Zeus com outra mulher, mas ela não pode fazer nada contra isso. – Ele riu, mas parecia estar falando sério.

 

 Eu não sabia o que dizer, mas não conseguia conter o sorriso de orelha a orelha.

 

- Isso é um problema para outra hora. – Eu sorri. – Porque não vamos visitar seus filhos?- Eu sugeri.

 

- Boa ideia, faz tempo que eu não vejo meus pivetes. – Eu ri do modo que ele falou, voltando a ser o Apolo convencional.

 

- Vamos então?- Eu peguei sua mão e comecei a arrastá-lo para fora do chalé, mas parei na porta. – Acho melhor nos vestirmos. – Eu sugeri, olhando para nós dois. – Direito. – Completei.   

 

- É. – Ele assentiu de olhos arregalados, brincando. – Vou deixar você se vestir, te encontro lá fora. – Ele começou a puxar a porta após vestir a blusa.

 

- Er, Apolo, acho que não seria boa noticia se você saísse de manhã de meu chalé. Sabe, as pessoas gostam de falar da minha vida aqui. – Eu falei apontando para a janela. – Boa sorte. – Eu ri um pouco.  

 

- Ok, então eu já volto. – Ele deu um sorriso malicioso, me dando um selinho e saindo disparado pela janela. Não sabia o que ele ia fazer, mas descobriria logo.

 

Coloquei um short jeans preto na metade da coxa, uma blusa folgada branca do AC/DC e um tênis de esporte, Apolo teria um desafio hoje.

 

Ouvi uma batida na porta logo após acabar de me trocar. Fui até a porta com um palpite de quem seria.

 

- Olá, que saudade! Você quer ir comigo ver meus filhos?- Apolo apareceu com um sorriso sacana no rosto, escorando um braço na soleira da porta, só que ele aparentava ser dois anos mais velho.

 

- Com todo prazer. – Eu gargalhei, pegando sua mão estendida para mim. 

 

- Ninguém te viu saindo da minha janela, não?- Eu ri enquanto saia do chalé indo para o de Apolo.

 

- Ah, não, eu sou ninja. – Nós começamos a rir, adorava quando Apolo ficava divertido.

 

- Aghata! Eu posso falar com você?- Percy veio correndo até nós, colocou as mãos nos joelhos, arfando.

 

- Claro. – Eu sorri simpática. -  Percy, Apolo. Apolo, Percy. – Eu os apresentei, gesticulando com as mãos.

 

- O Filho de Poseidon. – Apolo estendeu a mão para Percy sorrindo.

 

- O Deus do Sol. – Percy apertou sua mão, sorrindo e corando.

 

- Espera, Filho de Poseidon?- Eu estranhei, toda vez que eu falava isso um raio caia, porque Apolo pode e eu não?

 

- É, é sobre isso que eu queria falar com você. – Ele corou mais ainda.

 

- Ah, ok. Eu já estou indo. – Eu falei e ele começou a andar devagar. – Eu te encontro na quadra de vôlei. – Eu dei um selinho em Apolo e me virei para andar. – Ah, procure por Sunny, sua filha mais habilidosa. – Eu sugeri, devolvendo o favor que ela me prestou. Quando me virei para falar, vi a cara irritada que ele estava. – O que foi?- Eu perguntei com calma.

 

- Nada. – Ele me abraçou do nada. – Te encontro lá então, daqui a pouco hein. – Ele disse com um meio sorriso travesso, me deu um beijo e saiu.  Achei estranho no começo, mas quando me virei para alcançar Percy percebi o motivo da cena: Luke.

 

Ele estava atrás de nós, perto de uma árvore, nos esperando. 

 

- Luke!- Eu gritei o chamando, ele fez um aceno com a cabeça. – Me encontre na quadra de vôlei daqui a pouco, quero que você seja do meu time. – Apolo teria seu troco.

 

- Tudo bem. – Ele disse baixinho e sumiu entre as árvores.

 

Eu e Percy fomos andando até a arena, tirando nossas armas de seus disfarces.

 

- E então? – Eu perguntei dando o primeiro ataque com Alexis.

 

- Ah, você estava certa.  – Ele disse enquanto com facilidade bloqueava meu  golpe lateral.

 

- Sobre o que?- Eu perguntei por precaução, com medo de outro raio se eu estivesse errada.

 

- Sobre eu ser Filho de Poseidon. – Ele disse atacando meu tronco de uma vez com Contracorrente. Pulei para o lado fugindo de sua espada.

 

- Como você sabe?- Eu perguntei colocando uma mão na cintura, um pé na frente e Alexis em forma de espada apontada para frente, atacando e contra atacando os golpes no ar, como eu aprendera quando pequena.

 

- Fui reclamado. – Ele disse e eu deixei minha espada cair no chão boquiaberta.

 

- Reclamado? Quando?- Eu estava muito surpresa, nem eu fora reclamada. Só cheguei aqui e me disseram que eu era Filha de Zeus, já que todo o Olimpo me conhecia.

 

- Ontem, após a Captura da Bandeira. – Ele respondeu tentando copiar meu movimento de esgrima.

 

- Como eu não vi isso?- Eu perguntei sendo muito mais rápida que ele, fazendo Alexis voltar à minha mão e atacando várias e rápidas vezes no ar, fazendo o cansar o braço.

 

- Foi após ter desmaiado. – Ele disse pulando para o lado quando um ataque que ele não conseguiu bloquear cortou uma mecha de seu cabelo.

 

- E como você se sente?- Eu disse pulando para o lado quando ele sabiamente girou para me atacar.

 

- Bem, sua mãe treina bem. – Ele deu de ombros, caído no chão por um chute meu.

 

- Minha mãe? Ela está te treinando? Não era Beckendorf?- Eu perguntei chutando seu peito de leve, fazendo-o cair no chão novamente quando ele tentou se levantar. Havia esquecido que minha mãe estava no acampamento.

 

- Não, Quíron achou melhor sua mãe me treinar por enquanto, já que ela é como eu, pode me ensinar meus poderes. – Ele deu de ombros de novo, quando com um ataque extremamente rápido com um murro e Contracorrente me jogou no chão. – Desculpe. – Ele se perdoou quando eu soltei um ‘ai’ por minha bunda ter batido direto no chão.

 

- Não se desculpe por ganhar. – Eu disse me levantando, dando um giro com o braço estendido. Passei Alexis para a mão esquerda e peguei o pescoço de Percy com o braço direito, apertando um pouco a ponta de Alexis em forma de faca em seu pescoço. – E quando ela for embora?

 

- Acho que Beckendorf me treinará de novo. – Percy disse indefeso em minha armadilha.

 

- Não, eu o treinarei. – Eu disse firme, quase o soltando. Um barulho de garganta pigarreando veio de trás de nós e eu soltei Percy de imediato. Me girei para a pessoa e fiz Alexis se transformar em lança, colocando a ponta no peito da pessoa. Toda nossa luta durou menos de um minuto.

 

- Ei, calma. – Um homem loiro lindo de mais ou menos 30 anos disse com um meio sorriso no rosto. – Eu não sou mal. – Ele riu e estendeu a mão para mim.

 

- Aghata, Filha de...  – Eu apertei sua mão macia e musculosa.

 

- Zeus. – Ele sorriu. – Neta de Poseidon. – ele completou e se virou para Percy. – E você deve ser o filho dele. – ele estendeu a mão para Percy.

 

- Prazer, Percy. – Ele sorriu, apertando a mão dele.

 

- Ethan, Filho de Héstia. – Ele sorriu. Sempre quis conhecer um Filho de Héstia, para falar a verdade, se não fosse Filha de Zeus gostaria de ser filha dela.

 


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Notas finais do capítulo

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