Chegaram à Torre dos Vingadores pouco tempo depois de deixarem o parque. Natasha guardou o carro no estacionamento subterrâneo do edifício, e junto com Clint, subiu de elevador até o último andar, onde provavelmente os demais estariam esperando por eles.

Quando as portas se abriram, todos os integrantes da equipe ali, exceto Thor que ainda se encontrava em Asgard, voltaram sua atenção para os dois.

– Oi gente. – cumprimentou Natasha, antes de receber um abraço apertado de Pepper.

– Você sumiu Natasha! – reclamou Pepper.

– Desculpe Pep, gostaria de ter vindo fazer uma visita antes, mas cheguei a pouco menos de uma semana da minha última missão e desde então preferi ficar em casa descansando.

– E ai?! – disse Tony levantando-se de sua poltrona, acenando e sorrindo para os recém-chegados – Espero que eu não tenha interrompido vocês.

– Muito engraçado Stark, estou morrendo de rir. – rebateu Clint.

– Barton, como vai?! – perguntou Steve se aproximando, ignorando o comentário desnecessário de Tony - Maria disse que você estava em missão.

– E eu realmente estava, mas acabei de voltar.

– Está tudo bem? – questionou Bruce.

– Tirando algumas costelas quebradas, tudo na mais perfeita ordem, Bruce.

– E então, já sabem o motivo da reunião repentina?! – questionou Natasha, depois de cumprimentar os demais.

– Não. – respondeu Stark, se afastando de seu bar com um copo de Whisky na mão, finalmente assumindo um semblante mais sério, enquanto abraçava Pepper pela cintura. – O tapa-olho disse que precisava de todos nós juntos e então convocou a reunião.

– E onde o Fury está? – perguntou Barton.

– Bem aqui. – respondeu a voz do diretor quando as portas do elevador se abriam mais uma vez.

– Diretor Fury. Como vai? – cumprimentou Pepper, educadamente.

– Muito bem senhorita Potts, obrigado. Stark, Banner, Steve, Natasha, Clint, é bom revê-los.

– Igualmente Diretor. – respondeu Steve.

– West perguntou sobre você Clint, e pelo visto você realmente fugiu, de novo, da enfermaria.

– Estou bem, senhor. Não há motivos para preocupação.

– Okay, vamos deixar esse papo pra depois, temos assuntos mais sérios para tratarmos, acredito. Para que convocou essa reunião afinal, Fury? – perguntou Tony.

– Considerando que a Srta. Potts saberá de qualquer maneira no final das contas, não vou me importar em pedir que ela nos dê licença. – disse ele, encarando Tony sugestivamente. – A SHIELD precisa de vocês em uma missão no sudeste europeu.

– E qual é o problema para precisarem dos Vingadores?

– Não se trata da gravidade da situação, Stark, mas vocês são a melhor equipe que temos para realizar tal tarefa.

– Vou considerar isso um elogio, tapa-olho. – respondeu Tony sarcástico, recebendo um beliscão de Pepper. – Au!

– Vocês terão de localizar o transporte de uma mercadoria que está sendo contrabandeada para o Oriente Médio, e interceptar a sua entrega. – continuou Fury, ignorando Tony. - A Comandante Hill passará as informações que precisam para o celular de vocês, e então partirão.

– Todos nós senhor?

– Na verdade não, Banner. Somente você, o Stark e Capitão realizarão a missão, já que como o próprio Agente Barton lhes contou, ele acabou de retornar de viagem e ainda não se recuperou. Quanto a Agente Romanoff, precisaremos dela na base, pois ela será enviada em outra missão, para se infiltrar na empresa possivelmente responsável pela venda que vocês têm que impedir. A Agente Hill entrará em contato assim que tudo estiver pronto para voltarem à ativa. Entendido?

– Sim senhor. – disseram Clint, Nat e Steve em uníssono, enquanto que Bruce e Tony apenas assentiram com a cabeça.

Após o término da rápida reunião, Fury foi embora, e Bruce seguiu para seu laboratório na Torre, enquanto Steve se dirigiu para a ala de treinamento, e Natasha e Clint, voltaram para casa, deixando Tony e Pepper ainda na sala.

Ainda abraçada a Tony, ela suspirou pesadamente.

– O que foi Pepper? – ele perguntou, analisando seu rosto.

– Outra missão... – ela balançou negativamente a cabeça – Eu gostava mais quando você era só o Tony Stark, e não o Homem-de-Ferro.

– Nós dois sabemos que isso não é verdade. Aquele Tony era um idiota que não via a mulher maravilhosa que tinha ao seu lado. – ele disse, sorrindo e a beijando.

– Ainda assim... – ela falou o encarando – Eu me preocupo toda vez que você põe aquela armadura. Quase perdi você da última vez.

– Hey, não tem que se preocupar okay? Estarei de volta o mais rápido que puder.

– Acho bom mesmo Sr. Stark. – ela riu – Porque se você morrer, eu mato você.

– Tem a minha palavra, Srta. Potts. – ele riu, junto com ela, abraçando-a e colando levemente seus lábios, antes que fossem interrompidos por Steve que corou ao se deparar com a cena – Fala Picolé!

– A Comandante Hill já passou nossas ordens.

– Ela foi rápida dessa vez hein, não deixou nem a gente se divertir. – falou fazendo Pepper corar, com a malícia em sua frase – Mas fazer o que, vamos nessa então. – ele disse, dando um último beijo nela, que sussurrou um “Tenha cuidado” em seu ouvido, antes que ele sorrisse e piscasse para ela, para seguir junto com o Capitão. – Hey cara, você tá malhando não tá? Tudo isso para impressionar a Comandante, Capitão?

– Cale a boca Stark.

.__.

– Será que eles pensam que isso vai melhorar nosso rendimento na missão de alguma forma? – perguntou Clint fechando a porta do apartamento deles irritado com o envio de Natasha em missão logo após ele voltar – Quer dizer, mesmo que eles soubessem de nós, nossa atuação em campo sempre foi totalmente objetiva.

– Concordo com você Clint, mas nós dois conhecemos bem a hierarquia da SHIELD, infelizmente temos que obedecer as ordens do Diretor e do Conselho.

– Detesto isso. – ele bufou, olhando para ela antes de continuar - Não que eu não acredite nas suas habilidades, eu sei que você é completamente capaz, mas é só que eu... Eu...

– Fica preocupado. – ela completou, aproximando-se dele que enlaçou suas mãos na cintura dela.

– É.

– Eu sei como é essa situação Clint, mas eu te prometo que ficarei bem. – disse ela sorrindo, mesmo sabendo que aquilo nunca seria verdade enquanto ela estivesse em missão. – Tá bom?

– Tá sim. – ele sorriu fraco, sem se convencer muito também. – Mas eu sei de um jeito que pode ficar... Ainda melhor. – sussurrou ele, iniciando seus beijos em sua boca, e seguindo para o pescoço da ruiva, até que o telefone dela tocou. – Ah, qual é! – ele reclamou, gritando e jogando as mãos para cima em descrença – É a terceira vez só hoje!

Ela riu, e pegou o aparelho vendo o nome da Comandante piscar no visor.

– É a Maria, provavelmente para me passar as instruções sobre a missão.

– Deixa pra lá, depois você liga... – disse ele a trazendo para perto de novo e atacando seu pescoço.

– Clint...

– Ah sério? – disse ele, fazendo bico, ao que Natasha permaneceu impassível. – Atende então, se não tem outro jeito... – suspirou, rolando os olhos e afastando-se.

Ela riu, deslizando o polegar pela tela para aceitar a ligação.

– Romanoff.

– Natasha, como vai?

– Bem, como está Maria? – disse Natasha, tentando controlar o riso enquanto Clint imitava Hill.

– Tudo bom. Acredito que Fury já tenha te comunicado sobre a missão, certo?

– Sim, mas ele não me deu muitos detalhes. Pode me adiantar alguma coisa?

– Você irá se infiltrar em uma empresa chamada Hide Company, na Noruega. Suspeitamos que se trate apenas de uma fachada para uma organização criminosa ligada ao tráfico bélico internacional, mas só posso dar mais detalhes pessoalmente, e por isso preciso que venha até a Central.

– Quando eu vou partir?

– Você tem em torno de 48 horas para se apresentar para partir, em uma estádia por tempo indeterminado.

– Okay, vou me preparar e estou indo para ai.

– Até mais tarde, Nat.

– Até, Maria. – terminou, desligando o telefone.

– Para onde você vai?

– Noruega.

– O que você tem que fazer?

– Infiltração em uma empresa fachada para o tráfico de armas. Não sei por quanto tempo ficarei fora. – ele se levantou da poltrona onde estava balançando a inconformado.

– Mas você acabou de chegar! Estava em missão há pouco mais de uma semana, você mesma disse!

– Tenho que fazer Clint, você sabe que eu tenho. É o nosso trabalho.

– Eu sei... – ele suspirou, aproximando-se dela e abraçando pela cintura. – De qualquer jeito você não ficará sozinha; vou estar do outro lado do rádio dando suporte a você.

– Ainda bem que tenho você ao meu lado. – ela sorriu, tocando o rosto dele. – Mas não tem com o que se preocupar, já estou acostumada a este tipo de missão. Afinal, o que pode dar errado?