– Eu estou bem, não se preocupe. – ele respondeu se levantando e indo até ela. - Vou tomar um banho e me trocar, e então nós iremos ao Central Park dar uma volta. Que tal?

– Se é o que você quer.

– É por essa e outras razões que eu gosto de você, Natalia.

Ele a beijou e seguiu para o banheiro.

Meia hora depois, Natasha dirigia seu Stingray azul até o Central Park. Após estacionar o carro, os dois desceram e passaram a caminhar lentamente devido à condição de Clint.

Usavam roupas tradicionais, bem como bonés e óculos escuros, e assim podiam passar despercebidos, como qualquer outro casal em meio à multidão.

Natasha adorava as ideias repentinas de Clint, como ir ao parque em um dia de sol como aquele, ou ao jogo dos Yankees, ou até mesmo, sair para comer panquecas de chocolate. Eram esses pequenos momentos, cada pequeno gesto dele, que o tornavam tão especial, fazendo-a esquecer de todo o resto do mundo mesmo que por um curto espaço de tempo.

Fizeram uma parada para tomarem um sorvete, e depois continuaram andando por mais alguns minutos sob o sol de Manhattan, até que decidiram parar sob uma árvore com o topo largo e florido, proporcionando uma sombra fresca para os dois. Ambos sentaram-se no chão, costas apoiadas no tronco da grande árvore, e Natasha pode aninhar-se ao peito de Clint, que a abraçou.

– Eu me esqueci de te perguntar como foi a missão.

– Bom, tirando alguns imprevistos e os pequenos danos que esses provocaram, e que você mesma pode verificar, tudo ocorreu bem.

– E o que era? Infiltração? Eliminação?

– Eliminação. O que, posso dizer, eles parecem considerar nossa especialidade.

– Quem era o alvo?

– Um empresário rico que coordenava uma quadrilha ligada ao tráfico internacional de pessoas.

– Acredito então que nesse caso você tenha se empenhado ao máximo, não?

– Com certeza. – ele riu – Eu poderia integrar o setor de direitos humanos, o que você acha? Um legítimo defensor da humanidade!

– Não exagere. – ela riu também.

– Hm, e aquela secretária que trabalha lá, meu Deus! – ele continuou, escondendo o riso. Ele nunca olharia para outra mulher da mesma forma que olhava para Natasha, mas vê-la com ciúmes era simplesmente irresistível.

– Como é que é? Quer morrer antes da hora Barton?

Ele riu de verdade, segurando seu rosto e beijando-a.

– É brincadeira sua boba. Sabe que para mim, só existe você.

– Abra a boca de novo sobre direitos humanos, e eu mesma destruo aquele andar. – ela sorriu também – Mas termine de me contar, como conseguiu tantas fraturas?

– Bom... Eu estava em um prédio, se não me engano no terceiro andar, lutando contra dois dos seguranças do cara. Na luta, eu joguei um deles contra uma parede de vidro, e depois, quando o outro me derrubou nos cacos, eu acabei me cortando, antes que pudesse mata-lo também. Quando eu percebi que outros estavam chegando e que eu iria ficar encurralado, atirei uma flecha para explodir quem quer que estivesse atrás de mim, e tive que pular da janela para escapar do impacto da explosão.

– Ai Clint...

– Acho que acabei calculando errado na hora do pulo e bati com força na parede ao tentar me segurar, e aí o resultado você já sabe. Depois subi pela escada de incêndio e terminei o serviço.

– Você às vezes leva o codinome Gavião a sério demais, Sr. Barton. Tem que parar com essa mania de pular de prédios.

– Eu sei... Mas sabe, valeu a pena. Talvez se eu não tivesse pulado, não teria conseguido completar a minha missão, e então, eu não poderia estar aqui tendo esse dia junto com você. – Ele sorriu torto para ela.

– Nossa, e olha que eu nem sou tão sociável assim.

– É mesmo. Hoje felizmente, você não está tão insuportável como de costume.

– Idiota. – ela disse socando o braço bom dele.

– Ai! – ele riu. – Faz isso só por que sabe que eu te amo. – disse acariciando o rosto dela.

– Вы также знаете, что я люблю тебя, Ястреб. (Você também sabe que eu te amo, Gavião.)

– Isso é tudo que eu sempre quis ouvir, sabia? - eles sorriram antes de Clint captura-la em um beijo profundo.

A barba por fazer de Clint, roçava na pele macia de Natasha causando-lhe arrepios, de uma forma que só ele era capaz, a incentivando a subir sua mão até seus fios louros e puxá-los levemente, fazendo-o sorrir entre o beijo, e morder o lábio dela, que soltou um gemido baixo.

– Não me provoque assim Natalia... Estamos em público.

– Eu não me importo. – disse ela, puxando-o pela camisa para beijá-lo novamente.

Clint fez uma careta quando seu telefone tocou, interrompendo o momento dos dois e fazendo com que ele reclamasse ao ter que se afastar de Natasha, que riu levemente, mordendo seu lábio inferior, tentando também esconder sua decepção.

– Eu juro que ainda vou jogar fora essa coisa inconveniente.

– Atenda, pode ser importante. – ele olhou o visor, e fez outra careta. – Quem?

– É o Stark. – ele atendeu. – Barton.

– E ai Legolas! Espero não ter ligado em uma hora ruim.

– Tudo bem, pode falar.

– Teremos uma reunião, daqui a quinze minutos na Torre. Estamos esperando por você e pela ruiva.

– Pode adiantar sobre o que se trata?

– Queria eu saber... Fury quem convocou.

– Okay, daqui a pouco nós estaremos ai.

– Ahá! Eu sabia que vocês estariam juntos. Me deve 50 pratas verdinho! – disse Tony, desligando em seguida.

– Ele não tem jeito mesmo, não é? – disse Clint, balançando a cabeça em descrença.

– O que foi?

– Reunião dos Vingadores com o Fury daqui a quinze minutos na Torre. Estão esperando por nós. – ele explicou.

– Boa coisa não pode ser.

– Porque eles não podiam esperar mais, hein?! Está tão bom aqui. – disse ele, tomando os lábios dela novamente em um beijo carinhoso.

– Tenho que concordar com você, mas o dever chama. – ela disse o encarando.

Ele suspirou, fazendo um muxoxo.

– Então vamos, pois quanto mais cedo começarmos, mais cedo terminamos, e finalmente teremos nossas merecidas horas de folga.

– Eu sei exatamente como você quer gastar essas horas Gavião...

– Sendo com você, qualquer coisa vale. – ele sorriu.

– Ai Meu Deus! Vamos antes que você solte mais uma frase de bobo apaixonado para mim. – ela riu, beijando-o e levantando-se em seguida.