Our Past Never Goes Away escrita por Kakau Romanoff


Capítulo 25
Rebirth


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii meus Cupcakes!!! ♥

Viram que estou postando bonitinho um capítulo toda semana?? hihihi
Agradeçam ao meu Beta maravilhoso por isso, ele que tem me ajudado e me cobrado quanto eu desanimo de escrever! ♥
Espero que tenham gostado do último capítulo! E como eu disse nas notas anteriores, esse é o nosso penúltimo capítulo!

Espero que gostem!

Boa leitura e até as notas finais! ♥



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2 MESES DEPOIS 

Nova York - Base secreta da SHIELD

Dois meses tinham se passado desde a invasão à SHIELD e, aos poucos, as coisas retornavam aos trilhos embora ainda houvesse um longo caminho a ser percorrido neste processo. 

Os Vingadores haviam retornado à Nova York e retomado suas atividades, embora a situação em Washington continuasse caótica. Tony e Bruce permaneceram na Torre na maior parte do tempo, sem muito o que pudessem fazer, enquanto que Clint, Natasha e Steve auxiliavam Maria. 

Coulson e sua equipe haviam passado este tempo em movimento pelo país, tentando auxiliar algumas das instalações mais afetadas, como a Geladeira. Fitz e Simmons haviam trabalhado para atualizar os sistemas e fortalecer a segurança para garantir que os prisioneiros do Triskellion levados para lá não escapassem. 

Agora, de volta a Nova York, onde o Bus permanecia pousado, Coulson, May e Skye trabalhavam para tentar localizar o Agente Ward. Ele havia ajudado durante o ataque da HYDRA, dera apoio a Sharon e Victoria Hand para retomarem a Central, mas quando teve sua chance ele fugiu sem deixar rastros.

Hand não tinha nada sobre o paradeiro dele, e a única pista que haviam conseguido era uma mensagem que ele mandara à Skye duas semanas antes. 

“Skye, eu não espero que me perdoe. Na verdade, sei que não mereço isso. Eu me arrependo a todo segundo das decisões que tomei, pelo Coulson, pela equipe e… Por você Skye. Sinto muito que não sou o homem que pensava. Eu fiz o que fiz, pois não tinha escolhas. E sei que se voltar agora irei para a prisão como um traidor, e eu estou cansado de ficar enjaulado. Espero que entenda, Skye. Você sabe o que sinto por você, e sempre foi real. Até o dia em que nos veremos outra vez, eu continuarei a me sentir assim.”

E esta tinha sido a última vez que ela havia recebido uma mensagem dele. Não sabiam para onde ele poderia ter ido, mas Skye continuava determinada a encontrá-lo. Ela ainda nutria sentimentos por ele, mas se ele realmente queria provar que era diferente, que não era um traidor, ele precisava pagar pelo que havia feito, e Coulson seria justo em determinar sua sentença.

Skye trabalhava para rastrear a origem do sinal, que seria sua última alternativa, mas não conseguira nada até o presente. Ainda assim, ela não desistiria. 

— Acha que os sentimentos dela podem afetar a missão? - perguntou Coulson a May, enquanto os dois dirigiam-se à sua sala, após conversarem com Skye sobre o avanço na busca por Ward.  

— Acredito que não. Skye soube discernir até agora entre as duas coisas. Ela tem uma missão, que é achá-lo e prendê-lo, e tenho certeza que é a melhor pessoa para fazer isso. 

— Confio no seu julgamento Melinda, e também confio em Skye, sei que ela fará a coisa certa. Mas ainda assim quero que você seja a Oficial dela a partir de agora, quero que a ensine a ser uma agente de campo.

— Sim senhor. - ela disse, recebendo um olhar divertido de Coulson que arqueou uma sobrancelha para ela. 

— Você me chamando de senhor faz eu me sentir velho, sabia?

Com essa frase, ele abriu a porta de seu escritório, sendo surpreendido pela presença de Maria Hill e Nick Fury, sentados em seu sofá confortavelmente, lhe esperando. De jaqueta de couro, e tendo substituído o tapa olho característico por um óculos escuro, Fury era quase irreconhecível.

— Maria, Diretor. Aconteceu alguma coisa?

— Precisamos conversar Coulson. - disse Fury solene. No último mês, ele passara várias noites em claro, trabalhando em uma alternativa para contornar sua situação atual, e as olheiras fundas em seu rosto eram prova disso. 

Ainda assim, como Fury prevera, não haveria salvação para a SHIELD. Ou pelo menos, não para a SHIELD que um dia eles conheceram.

A maioria dos agentes estavam seguindo para outras instituições de inteligência, incluindo a CIA, o FBI e o MI6. Todos os segredos mais obscuros de Fury estavam destruídos. Romanoff e Hill continuavam a ser interrogadas pelo Congresso, que exigia informações e respostas das duas sobre os eventos no Triskellion. 

As pessoas estavam expostas e frágeis com a queda do principal órgão de proteção americano, e por isso era hora de agir, de dar um novo rumo àqueles que substituiriam a SHIELD e continuariam este trabalho. 

Era tempo de uma nova SHIELD surgir, de fazer o que era preciso para manter a estabilidade e a paz da forma correta.

Foi Maria que quebrou o silêncio que se seguiu, colocando-se de pé e entregando à Coulson seu tablet com o relatório completo sobre as consequências do ataque para ele analisar. 

— Logo depois da queda do Triskellion e das demais bases, eu e Fury fizemos os que podíamos para tentar recuperar a SHIELD, ou o que quer que tivesse restado dela. - ela suspirou - Mas não foi o suficiente. Nesse momento todas as demais agências querem informações sobre as nossas missões, tecnologia e pesquisas, e estão incluídos entre estas o FBI, NSA, CIA e claro, o Congresso. 

— Todas elas gostariam de jogar a inteligência da SHIELD em um buraco negro, e isso inclui a todos nós nesta sala. Esse é principal objetivo deles, mas felizmente os advogados disponibilizados pelo Tony tem trabalhado quanto a isso, e conseguimos manter tudo sob sigilo por enquanto. - explicou Fury.

— A Geladeira foi extremamente danificada, mas conseguimos estabilizá-la mais rápido devido ao isolamento dela e aos trabalhos da sua equipe no último mês. A Central manteve suas operações até a semana passada, mas agora foi desativada completamente. As demais bases estão seguindo pelo mesmo caminho, principalmente aquelas que o Governo tomou conhecimento. E quanto ao Triskellion… Se foi. O dano foi irremediável, e Fury e eu acreditamos que este seja realmente o fim da SHIELD. Nossas instalações já não existirão mais. – concluiu Maria. 

— Como assim não existirá mais? - Coulson a cortou, desacreditado. Desde seus 16 anos ele vivera por aquela instituição. A SHIELD era seu trabalho, sua vida. Sua família. - É sobre a SHIELD que estamos falando aqui, algo tão significativo não acaba assim de uma hora para a outra.

— O que estamos dizendo Phill, é que a antiga SHIELD já não existirá mais. Mas o mundo ainda precisa de uma proteção. O Universo continua a enlouquecer mais e mais a cada dia, e nós ainda somos fracos, querendo ou não. - explicou Fury -  E é por isso, que uma nova SHIELD tem que se erguer, e eu preciso que você a guie Coulson. É o mais qualificado para isso, e sei que fará a coisa certa.

— Mas Fury, eu não... Eu não quero ser esse líder. - ele negou com a cabeça.

— Com qual propósito a SHIELD foi criada, Agente May? - perguntou Fury, mantendo seu olhar em Coulson. 

— Para proteger, senhor. 

— Exato. Proteção. A SHIELD foi fundada sob a ideia de que todos merecem ser salvos. Essa ideologia sempre esteve em seu coração Coulson. E é isso que faz você o melhor de todos nós. Uma SHIELD comandada por você, viverá por muitas décadas. 

Maria e May fizeram que sim com firmeza, tendo certeza que era a melhor decisão que poderiam tomar. Coulson assentiu agradecendo a Fury, ainda sentindo-se incerto sobre a decisão. Mas ele faria aquilo que estivesse ao seu alcance para proteger tudo com o que ele mais se importava. 

— Farei o meu melhor, senhor. - ele disse, desconcertado. 

— Eu tenho certeza que sim, Diretor. - Fury sorriu, estendendo sua mão para apertar a de Coulson, que retribuiu o gesto. 

Antes de saírem, Maria abraçou Coulson enquanto Fury conversou baixo com Melinda. 

— Agente May, eu confio a minha vida ao Coulson e sei que ele será capaz de guiar a SHIELD, mas… Já exigi demais dele nos últimos anos, e sabemos o quanto ele sofreu com o TAHITI. Cuide dele, ok?

— Estarei sempre ao lado dele, senhor. 

— Muito bem. Então, acho que podemos ir, Hill? 

— Pode ir senhor, tenho que passar em outros lugares ainda hoje. Eu estarei por perto, caso precise de mim. - ela disse, se dirigindo ao antigo Diretor.

— E você Fury? Para onde você irá agora? - perguntou Phill.

— Ah Coulson… Eu estarei em todos os lugares. - ele riu, e saiu do escritório, sem dizer mais nada.

— Ele adora ser enigmático não é mesmo? - riu Maria, sendo acompanhada por Coulson e May - Eu vou seguindo também, preciso resolver alguns problemas ainda. Lhe passarei todas as atualizações o mais breve possível. Você será o melhor, Coulson, e eu ficarei feliz de trabalhar junto com você. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar.

Ela abraçou Melinda, e despediu-se, seguindo o mesmo caminho de Fury. Coulson caiu sentado em seu sofá, sem ar, ainda desacreditado do que acabara de acontecer. 

May fechou a porta do escritório, e se sentou ao lado dele, batendo com seu ombro no dele em um gesto para chamar sua atenção. 

— Ei. Você está bem?

— Eu estou… Me sentindo perdido, na verdade. - ele riu - Não faço ideia de como começar, Melinda. 

— Comece modificando aquilo que você acha que fizemos errado da primeira vez. Já temos uma fundação forte, o que você precisa escolher é como quer dirigir a SHIELD de agora em diante. 

Coulson pensou nas palavras dela por algum tempo antes de responder:

— Acho que nosso objetivo não é reconstruir a mesma SHIELD. Vamos agir nas sombras, como foi no início e como sempre deveria ter sido. Sem corrupção, sem desvios. É assim que trabalharemos de agora em diante. 

— Falou como um verdadeiro Diretor. - ela sorriu para ele - Maria está certa, você vai ser o melhor que já existiu, Phill. 

— Que o Fury não ouça você dizendo isso. - ele riu, finalmente olhando para ela. 

— Ele concordaria comigo. - ela concluiu, se colocando de pé para se retirar da sala - Vou deixar você descansar um pouco. 

— Melinda. - Coulson chamou, segurando sua mão e a impedindo de sair - Preciso de você comigo, agora mais do que nunca. Estará ao meu lado?

— Eu sempre estive, Phill. E é onde permanecerei. - ela apertou a mão dele, sorrindo outra vez e então deixando ele na sala. 

Coulson recostou-se em seu sofá mais confortavelmente, onde permaneceu por certo tempo em silêncio, imerso em pensamentos, até que foi interrompido pelo som de seu celular. Era Natasha que ligava. 

— Coulson. - ele atendeu, curioso por qual seria o motivo daquela ligação. 

— Olá mais novo chefinho. - Foi a voz de Clint que lhe respondeu - Como nosso Diretor se sente neste dia tão lindo?

— Como você já está sabendo disso? - Phill riu. 

— As notícias voam, sabe como é. - ele brincou - Além disso, Natasha ligou para Maria e ela nos contou. 

— Agora sim faz mais sentido. - ele disse, assentindo mesmo que Clint não pudesse vê-lo - Suponho que não tenha me ligado só para me parabenizar, estou certo?

— Na verdade, a minha parte era só essa mesmo. Mas a Nat precisa conversar com você sobre assuntos sérios. Vou passar para ela; nos vemos por aí Diretor. 

— Até logo Clint. - ele aguardou, ouvindo enquanto ele passava o telefone para Natasha. 

— Oi Phil. - ela disse - Ou você prefere Diretor Coulson agora?

— Sabe, a sua convivência com o Clint não está fazendo tão bem viu? Mas acho que Phill está ótimo. Barton disse que você precisava falar comigo, o que aconteceu?

— Eu conversei com Maria, e ela me atualizou sobre a situação da SHIELD. Mas temos uma questão importante a resolver agora, que é justamente sobre o que faremos em relação à HYDRA. - ela respondeu. 

— Nós obtivemos informações de que a queda da SHIELD não significou o fim para eles. Ainda teremos que lidar com mais algumas cabeças.

— E eu quero lhe ajudar nessa operação, é a única coisa que posso fazer agora para me redimir por tudo que aconteceu. Ainda está um pouco vago na minha cabeça, mas eu consigo me lembrar de algumas coisas, talvez enquanto estava lutando para retomar o controle. E sei da localização de algumas instalações da HYDRA aqui. Escutei nomes como Schmidt e Von Strucker, creio que eles estejam no comando agora com a queda do Pierce. 

— Maria disse que esse Colin Schmidt estava na base da Alemanha. Foi ele quem interrogou Steve e Tony.

— E ele tem uma irmã também, Jenny Schmidt. Possivelmente os dois estavam por trás de Stan durante todo o tempo. Ele não era esperto o suficiente para conquistar e planejar tudo aquilo sozinho. - disse Natasha - E eu vou pessoalmente caçá-los. 

— Acho que por hora o melhor que podemos fazer é preparar equipes táticas e infiltra-las em cada uma das instalações que obtivermos conhecimento. E então colocá-las abaixo no momento certo. Você lideraria a missão dos bastidores, acho que seria mais prudente desta forma, para que você não fique exposta. 

— Entendido. Vamos encontrar as bases, nos infiltrar e então destruí-los de dentro para fora. Da mesma maneira que fizeram com a SHIELD

— Nós já temos uma agente infiltrada na base de Daniel Whitehall. Não temos muitas informações ainda, mas em breve a Agente Morse nos atualizará sobre o que eles estão desenvolvendo agora. 

— Bobbi rápida como sempre. - disse Natasha, sorrindo - Esse Whitehall está muito ferrado se ela está na cola dele.

— Em breve irei lhe dar mais detalhes, mas por enquanto não tenho muito para lhe oferecer. Descanse, você e Clint merecem um tempo com tudo que aconteceu.

— Estamos indo para casa, vamos tentar tirar alguns dias longe de toda essa confusão. Maria disse que irá me dar cobertura no Congresso, e só isso já vai ser ótimo. De toda forma, estarei aguardando suas ordens, Diretor. - ela riu - Vou ter que me acostumar com isso ainda Phill. 

— Eu também ainda preciso me acostumar. Descanse Nat, quando tiver novas informações entrarei em contato com você. Até breve. 

— Até mais, Diretor Coulson.

♥ ♥ ♥

 Após deixar Coulson junto a sua equipe para assimilar melhor a decisão de Fury e sua nomeação à Diretor, Maria dirigiu até o Brooklyn sentido ao apartamento de Steve. Ele havia retornado à Nova York na noite anterior, depois de viajar por algumas semanas pela Europa, mas não entrara em contato com nenhum dos Vingadores ou com ela.

Ao chegar, percebeu que as luzes estavam acesas confirmando que ele realmente estava lá. Ela subiu as escadas, e esperou do lado de fora por algum tempo depois de bater até que ele atendeu a porta. 

— Oi Capitão. - ela disse, com um meio sorriso. 

— Maria. - ele respondeu, os olhos ganhando um novo brilho ao vê-la, que poderiam ter escondido o cansaço e frustração que eles carregavam - Entre, por favor. 

Logo que fechou a porta às costas dela, ela sentiu seus braços envolvendo sua cintura e a puxando para um abraço apertado. 

— Oi. - ele sussurrou, com o rosto na curva do pescoço dela.

— Oi. - ela respondeu, no mesmo tom. 

— Senti sua falta. 

Maria ainda não havia se acostumado com esse lado de Steve. Ele sempre era carinhoso, sempre estava pronto para ouvir, compreendia quando ela preferia manter as coisas para si mesma e acima de tudo, não tinha nenhum medo de expressar a forma como se sentia. 

Para alguém como ela, aquilo era uma novidade. Ela sempre tinha preferido manter a distância, e agir com indiferença para a maioria das coisas aquém ao seu trabalho na SHIELD. Mas ela não conseguia manter essa postura com Steve. Não com ele.

— Eu estava esperando sua ligação. - ela respondeu, afastando-se dele e se encaminhando para o sofá onde sentou-se - Mas você não tinha feito contato desde sua partida para Londres.

Steve seguiu para a cozinha antes de respondê-la, voltando de lá com uma caneca de café que ele sabia que Maria adorava. 

— Não sei se um pedido de desculpas seria o mais adequado agora, mas me desculpe não ter lhe avisado antes. - ele pediu, sentando-se ao lado dela - Eu não sabia se seria seguro lhe ligar de lá, e planejava te procurar amanhã. Sei que os últimos dias não têm sido fáceis para você também. 

— Tivemos algumas mudanças, e o Congresso simplesmente não me dá sossego mais. No geral tudo está finalmente encaminhado. Vou te contar detalhes depois, mas antes quero saber de você. Como foi a procura pelo Barnes?

— Continuo no escuro, sem nenhuma notícia sobre ele. Todas as pistas que consegui não me levaram a lugar nenhum. Mas eu irei continuar procurando por ele. E onde ele estiver agora, eu vou encontrá-lo. - Steve afirmou, disposto a seguir até o inferno atrás de seu melhor amigo.

— Sei que você não vai desistir, Steve. E quero lhe ajudar.

— Você já fez muito Maria, todas as informações que você e a Nat me passaram já foram mais que… 

— Quero dizer que vou com você Steve. - ela o cortou, segurando em sua mão para chamar sua atenção de volta para ela - Eu realmente quero lhe ajudar, eu vi o quanto isso te afetou. Além do mais, a SHIELD está em ótimas mãos agora. 

— O que quer dizer? 

— Digamos que temos um novo Diretor agora. - ela sorriu, colocando seu café de lado para ficar mais próxima dele - Fury passou o cargo para Coulson. 

Steve ficou boquiaberto por alguns segundos, tentando digerir a informação. 

— Acho que fiquei fora por mais tempo que imaginei. - ele riu - Pelo visto você tem muita coisa para me contar mesmo, mas… Se importa se deixarmos isso para mais tarde? - Ele acariciou os cabelos cheios dela, descendo sua mão até sua bochecha, seu olhar intenso no dela - Eu realmente senti sua falta, Maria. 

Ela diminuiu a distância entre eles, finalmente depositando um beijo terno nos lábios dele. 

— Também senti sua falta, Steve.

♥ ♥ ♥

Clint sentia-se esgotado de várias formas distintas. Seus ferimentos ainda não haviam cicatrizado totalmente, e sua mente estava pesada. Nos últimos dois meses ele e Natasha haviam transitado continuamente entre Washington e Nova York, perdendo-se entre relatórios e interrogações. 

Natasha encontrava-se em uma situação ainda pior que a dele, mas ele sabia bem que ela nunca admitiria isso. 

Desde que tivera alta do hospital, ela mantinha-se determinada a encontrar os irmãos Schmidt e ajudar Maria a encontrar uma alternativa para restabelecer a SHIELD, mostrando uma força que ela já não tinha mais. Ela ainda estava abalada com o que haviam feito, e esse sentimento Clint compreendia bem demais.   

Eles não haviam tido nenhum tempo sequer para descansar desde a queda do Triskellion, e por isso ele ficara feliz quando Maria havia lhe dito que os dois estavam dispensados destas obrigações. Ambos finalmente poderiam se recuperar, para estar prontos quando Coulson os chamasse para a nova missão.

Os dois possuíam uma pequena casa escondida, cuja localização apenas algumas pessoas de confiança obtinham, e ela tentava convencer Natasha a ir para este lugar durante algumas semanas. 

— Estou pensando, acho que posso aumentar a cozinha dessa vez. Talvez fazer um jardim de inverno ou uma área de claridade na sala, o que você acha? - Clint perguntou, animado, tirando algumas malas do armário para colocar suas roupas.

— Achei que você tinha dito que não iria fazer mais reformas depois de ter aumentado nosso quarto.

— Mas isso foi há dois anos Nat, e você sabe que adoro fazer uma reforma. - ele riu - Além disso eu gosto de ocupar minha mente quando estamos lá com outras coisas. 

— Clint, não concordo com isso. - ela suspirou alto, deitada em sua cama com a cabeça apoiada na cabeceira enquanto olhava as mensagens em seu celular - Não podemos abandonar Maria e Coulson agora, ainda temos muito o que fazer. O mundo está de cabeça para baixo, e nós vamos simplesmente virar as costas para eles?

— Natasha, não estamos virando as costas para eles. -  Clint deixou a mala em sua mão de lado, para sentar-se ao lado dela. Ele segurou sua mão por algum tempo, pensando antes de falar. - Eu não vou assumir que sei o que você está sentindo, e te conheço há muito tempo para saber que vai se abrir no momento em que se sentir confortável, mas você sabe que estou aqui com você. 

— Eu… Não consigo parar de pensar em tudo o que eu fiz Clint. E não consigo aceitar que não era eu, porque eu me lembro de tudo agora.  

— Você se lembra do que disse para mim depois da Batalha de Nova York? Quando eu me senti a pior das pessoas, e você me fez ver que aquele que lutou contra você não era eu de verdade? - ele perguntou, e ela fez que sim com a cabeça - Então você sabe Nat, que aquela pessoa que invadiu a SHIELD não era você. Eles tentaram controlar você, e você nunca aceitou isso. Você mostrou a eles o quanto é forte, que você mudou de verdade desde a KGB. 

— Mas Clint, você foi diferente. Os poderes de Loki eram muito mais fortes que o soro que me aplicaram, e eu deveria ter resistido mais. Já havia acontecido uma vez, e eu deveria ter sido capaz de suportar. Ao invés disso, eu atirei em você, quase joguei a May do último andar do Triskellion, e estava pronta para matar o Fury e a Maria sem sequer pensar duas vezes. 

— Não faça isso com você mesma. Não aumente ainda mais seu sofrimento dessa forma. - ele a cortou, olhando nos olhos dela e vendo o sentimento que ela tanto queria esconder refletido neles: medo— Nós vamos para nossa casa, e eu te prometo que ficaremos bem. Quero que você se preocupe apenas em descansar e se recuperar. 

Ela assentiu brevemente, sentindo ele acariciar a mão dela com seu polegar. 

— Obrigada Clint. - ela sorriu para ele, apertando sua mão de volta e trazendo-o para um abraço, afundando seu rosto no peito dele - Obrigada por não desistir de mim. Eu sei que você passou por algo ainda pior, mas... 

— Ei - ele a abraçou forte, beijando seus cabelos - Eu nunca vou desistir de você, senhorita Romanoff. E não vou deixar ninguém te machucar outra vez. 

— Amo você Clint. - ela sussurrou. 

— Eu sei disso. - ele riu, se afastando para olhar para ela novamente, vendo um pequeno sorriso em seu rosto agora - É assim que quero te ver Nat, sorrindo. E vou fazer de tudo para isso.

Ela levou a mão ao rosto dele, fazendo carinho em seus cabelos antes de depositar um beijo longo em seus lábios que ele retribui de imediato. Algum tempo depois, Natasha se afastou para encara-lo novamente e perguntou, com um sorriso brincalhão em seu rosto: 

— E então, como você quer fazer o nosso jardim de inverno?


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Notas finais do capítulo

E entãaaao? O que acharam??

Espero que tenha gostado! Por favor, lembrem-se de deixar a opinião de vocês nos comentários! Ela é realmente muito importante mesmo para mim!
Façam uma autora feliz! ♥

Muito obrigada por lerem!!! ♥

Beijoooooos e até o próximo (e ÚLTIMO!) capítulo! ♥



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