Alemanha

– Senhor, o seu helicóptero o espera.

– Ótimo. Quanto antes eu chegar aos EUA melhor. – falou Schmidt, enquanto se levantava junto com Igor – Tem certeza que pode cuidar das coisas por aqui?

– Sim, senhor. Vamos manter os Vingadores aqui, para que possamos continuar os testes no soldado e no Hulk. Falta pouco para que consigamos retirar a armadura do Stark. – ele explicou, caminhando até o lado de fora das instalações.

– Tenho assuntos mais importantes no momento para resolver. Quando tudo estiver terminado, eu retornarei.

– Certo, senhor. Aguardaremos suas ordens. – falou Igor, enquanto o mais jovem entrava na aeronave que aguardava por ele na pista externa da base.

– Senhor, Schmidt. É um prazer revê-lo. – cumprimentou o piloto.

– Ligue para minha irmã, preciso falar com ela urgentemente.

Logo após decolarem, ele ouviu uma voz conhecida atende-lo.

– Espero que tenha boas notícias para mim, Colin.

– Digo o mesmo Jenny.

– Daniel Whitehall está me enchendo desde que você partiu. Stan disse que tudo ocorreu como previsto, e que a equipe enviada pela SHIELD não foi um problema.

– Diga ao Whitehall que eu não demorarei a retornar, e eu mesmo direi a ele como se portar com alguém superior. Joseph me avisou que o procedimento foi um sucesso e já está a caminho também. Precisamos ter certeza que tudo correrá como o planejado. Stan tem certa tendência para se precipitar.

– E eu não sei? – ela disse irônica - Acredito que ele pedirá para antecipar o ataque.

– Eu também, mas para isso precisaríamos da autorização do Barão.

– Vou aguardar a sua chegada, e decidiremos juntos. E com relação à Centopeia? Ainda acha que precisamos continuar com essa aliança?

– Por hora sim. Igor tem os Vingadores subjugados, e o soro funcionou. Manteremos a Centopeia até que ela seja necessária. Vou desligar, me mantenha informado, Jenny.

– Pode deixar Colin. Não se atrase para ver a queda da SHIELD. – ela riu, sendo acompanhada por ele.

– Ah, irmãzinha... Eu não perderei isso por nada nesse mundo.

Milhas abaixo, Igor observava enquanto o helicóptero ganhava altitude rapidamente, quando os alarmes dispararam deixando ele e os guardas que o acompanhavam em alerta máximo.

– Senhor! – um jovem soldado aproximou-se correndo, o rosto sujo de poeira e encharcado de suor – Os Vingadores... Eles... Eles escaparam das celas.

– Como isso é possível?! – ralhou Igor.

– Aparentemente o Stark conseguiu religar o traje.

– Merda! – ele gritou, mais uma vez – Acione todos os soldados, protejam a base e coloquem-nos de volta naquelas celas, imediatamente!

– As medidas já foram tomadas senhor, mas estamos sendo vencidos.

– Então, nesse caso... Se não temos outra opção, precisamos ser drásticos. Acione o Soldado.

– Os reparos do braço devido a última missão ainda não estão completos, senhor.

– Isso é irrelevante! Não podemos deixar que eles deixem essas instalações. Quero o Barnes aqui, e agora. Ele irá parar seu amiguinho vermelho e azul. De uma vez por todas.

._.

– Bruce! – chamava Tony, chacoalhando o amigo depois de destruir as correntes que o prendiam pelo pescoço, mãos e pernas, e conferir seus sinais vitais – Bruce! Vamos lá, cara!

– Tony? – sussurrou o cientista, com os olhos entreabertos finalmente voltando a consciência.

– Ah, até que enfim. Achei que você nunca fosse acordar. Consegue se levantar?

– O que aconteceu? Onde estamos?

– É uma longa história, mas agora nós precisamos dar um jeito de sair daqui. – respondeu, segurando em sua mão e o ajudando o se colocar de pé.

– E o Steve?

– O Picolé está ali de fora. Está vendo se o caminho está limpo para nós.

– O que fizeram comigo? – ele disse, levando as mãos a cabeça – Sinto como se um elefante tivesse passado por cima de mim.

– Eles usaram algum tipo de entorpecente em você. Estavam tentando conter o Hulk. Fizeram o mesmo com o Rogers.

– E você? – ele questionou encarando-o.

– Felizmente, a armadura chegou a tempo de me proteger. Mas eles fritaram o sistema dela, e demorou até que Jarvis pudesse concertar. Desculpe não ter salvo vocês antes.

– Não é culpa sua, vamos sair daqui.

O Capitão apareceu, o cabelo loiro desgrenhado e profundas olheiras em seu rosto cansado.

– Bruce, tudo bem?

– Mais ou menos, mas eu vou sobreviver.

– Como está lá de fora? – perguntou Tony.

– Havia apenas mais dois guardas, mas eu já cuidei deles. Podemos ir.

Tony ativou os propulsores da armadura, e voava na frente abrindo caminhos para Steve que ajudava Bruce que ainda tinha certa dificuldade para correr.

– Tony, eu preciso encontrar meu escudo.

– Já pedi ao Jarvis que fizesse isso. Estamos quase lá.

Eles percorreram mais alguns metros, até encontrar uma sala fechada. Em silencio eles se aproximaram, e puderam ver dois homens lá dentro que discutiam. Sobre a mesa, estava o escudo de Steve.

O loiro lançou um olhar significativo para Tony, que levantou a mão e jogou a porta longe.

– Olha, vocês têm que melhorar as suas instalações! Minhas costas estão me matando. – disse Tony irônico antes de atingi-los.

Steve pegou seu escudo, quando eles ouviram o alarme soar.

– Droga! Precisamos nos apressar.

Eles deixaram a sala, e junto com Bruce se colocaram a correr.

– Tony, precisamos de uma rota de saída. Agora!

– Estou trabalhando nisso Capitão, mas as tropas da Hydra estão se concentrando nas nossas principais vias de fuga nesse exato momento.

– Podemos lidar com esses soldados, apenas nos tire daqui.

– Consegui, vamos lá!

Eles correram, Tony e Steve carregando Bruce que apoiava seus braços nos ombros dos parceiros, enquanto tentava retomar o controle de suas pernas completamente.

Poucos metros antes de alcançarem o portão, um esquadrão havia se posicionado, e então abriram fogo contra os Vingadores. Tony era protegido por sua armadura, enquanto Steve usava seu escudo de Vibranium para proteger si mesmo e a Bruce.

Aqueles soldados eram bem treinados, leais, e adeptos da causa, unicamente devido aos métodos de Whitehall para fazer seus agentes cooperar. Ainda assim, eles não representaram um verdadeiro desafio para as forças do Capitão América combinadas com o Homem de Ferro, quando este disparou seus raios no escudo que refletiu derrubando todos os homens com eficiência, deixando o caminho livre para os três saírem.

Os raios do sol iluminavam a clareira que se estendia até a floresta, e no centro dela um único homem, com cabelos compridos, que segurava uma metralhadora usando um braço de metal.

– Hm... Belo braço cara. – disse Tony, defensivamente postando-se lado a lado com Steve para protegerem Banner – Quem é você?

O capitão simplesmente continuava a encarar a face daquele homem, que o fizera questionar se a substância que lhe haviam injetado ainda fazia efeito sob sua cabeça.

– Não, não pode ser... Bucky?!