Se Existe Beleza Na Humanidade escrita por Caçadora das Estrelas
Notas iniciais do capítulo
Não costumo escrever poemas falando bem da humanidade, na verdade, nem lembro se algum dia já fiz um além desse. Não é que pra mim seja difícil enxergar essa beleza, só é difícil aceitá-la enquanto destaco a feiura. Normalmente escrevo poesias para descarregar a raiva, expressar coisas que as pessoas não compreenderiam se ouvissem pessoalmente.
Acho que não costumo escrever sobre coisas alegres porque estou mais habituada a rir do que chorar. Mas como, ultimamente, os sentimentos tem me feito sentir dor e desabar, acho que não é nada mais justo que eu escreva sobre a alegria e a beleza.
Sim, flutuo na ironia e na contrariedade, fazer o que :)
Espero que goste e entenda o que quis passar.
Isso aqui não é o meu habitual,
Não estou acostumada,
Normalmente, só falo sobre o mal,
Da sociedade humanizada.
Mas vou tentar algo diferente,
Porque não sou cega,
Posso odiar essa humanidade inconsequente,
Porém, sou uma pessoa que se apega.
Deixe eu explicar,
Posso reclamar e criticar,
Mas sou observadora o suficiente,
Pare ver beleza nesses humanos impotentes.
Nem tudo é um mar de rosas,
Mas nem tudo é um abismo escuro,
Nem todas as flores são cheirosas,
E nem todo obstáculo é um muro.
Somos destruidores,
Somos insensíveis,
Mas temos amores,
E fazemos coisas incríveis.
Sorrimos e rimos,
Encontramos felicidade na tristeza,
Sentimos,
Nessa humanidade há beleza.
Eu acredito que nada,
É bom ou ruim completamente,
E que apesar de toda vida maltratada,
Isso tudo ainda é surpreendente.
Ao mesmo tempo que soa o tiro,
Soa a criança e sua gostosa gargalhada,
Enquanto respiro,
Existe uma pessoa sufocada.
E talvez a vida não seja um mar de rosas,
Mas ela também não é um abismo escuro,
Somos capazes de coisas maravilhosas,
E podemos passar por cima do muro.
Acho tão linda essa capacidade que a gente tem,
De superar a dor e seguir e frente,
De mesmo estando mal fazer o bem,
E de seguir, de cabeça erguida, persistente.
Como as mesmas criaturas que fazem guerra,
Podem fazer música?
Como as mesmas criaturas que choram,
Podem sorrir?
Quando a gente dança,
Quando a gente ri,
Brinca, pula, nada e canta,
Sonha, ama, acredita e vai dormir.
Quando a gente beija,
Abraça, ama e adora,
Quando a gente se reune e grita,
Escreve, flutua e pinta.
Talvez a gente não seja de todo bons,
Mas não somos de todo maus,
Temos vários tons,
E temos vários caos.
Talvez eu não esteja de toda errada,
Mas não estou de toda certa,
A humanidade pode estar arruinada,
Mas não posso negar que é bela.
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