Cursed - True Love escrita por laura_JBLP


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

N/P: Ufa, cheguei! o/
Desculpem o atraso. Meu PC morreu. Duas vezes. Seguidas. É foda. (espero que o Nyah nõ coloque * neste palavrão '-') É isso aí, curtam o caopítulo.



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[Narração de Gabi]

 

        Caraca. Se Gustavo não soltar tudo, eu vou ter um ataque cardíaco! E eu, sinceramente, não quero morrer virgem.

- Ok. Tá. Eu posso fazer isso. – ele sussurrou, provavelmente para si mesmo. – Gabi. – ele pegou minhas mãos, carinhosamente. E as suas estavam geladas. Quem ia ter um treco seria ele! O que ele tem é tão… Grave assim? – Gabi. – ele sussurrou meu nome com amor. – Minha família... – Ele parou, encarando o chão.

- Gustavo. – Ele finalmente olhou para mim. – Você tem algo sério para me contar. Por favor, fale logo. Senão vou imaginar coisas bem piores.

- É bem pior do que você pode imaginar. – Ele disse. Seus olhos estavam sérios e sua voz era uma mistura de raiva e angústia.

- Você me ama? – Perguntei.

- Mais do que você imagina.

- Então você confia em mim. E você quer me contar. Eu sinto isso. Então conte logo. – Ele se surpreendeu com a sinceridade em minha voz.

- Ok. Eu conto. Mas com algumas condições;

- Fala.

- Primeiro, é um segredo. E você obviamente não deve contar a ninguém. Nem sua mãe, nem seu pai, nem suas amigas, nem meus amigos, por que, se eles descobrirem, vão me infernizar e eu não sei que pode acontecer.

- ok. – A frase “Não sei o que pode acontecer” me deixou... Surpresa.

- Segundo, não saia correndo. Eu não sou uma aberração. Continuo sendo o teu Gustavo de sempre. Só que agora, com algumas responsabilidades a mais.

                Eu fiquei calada. A frase “Eu não sou uma aberração” ainda estava dando cambalhotas na minha cabeça. Juto com o “Teu Gustavo”. Isso me deixou encantada. Bem, aí eu pensei, o que é uma coisa muito rara, principalmente para mim. “Com algumas responsabilidades a mais.” Com essa frase eu pensei em duas opções: Ou ele engravidou uma vadia ou ele está doente...  Depois de alguns segundos dissecando sua fala, ele continuou:

- Terceiro não fique comigo por pena. Se não quer mais me ver, beleza. Apenas me avise. Mas se quiser, nós dois vamos ter que tomar cuidado.

- E quarto – Caralho, têm tantas condições assim?! - Fique quietinha enquanto eu conto a história. – Me senti uma criança de quatro anos.

- Tudo Bem.

- Bem, como eu havia dito, minha família é bem tradicional. Não somos daqueles que trancam as mulheres em casa, com oito filhos e uma burca… - Eu ri, ele sorriu. – Mas nós temos nossos costumes. Me sobrenome tem cerca de quatro séculos! Tudo começou no fim do século XVII. O conde Guilherme de Normandia, o tataravô do meu tataravô, do meu tataravô […] era um grande desbravador. Um dos melhores do sul da Inglaterra, devo dizer. – Ele sorriu, orgulhoso. – Então, um belo dia, ele conheceu Katherine de Aquitânea. Ela era uma pé-rapada. Ele se apaixonou, ela também, os dois casaram, ela virou condessa. – Ele olhou para mim, checando.

- Tudo bem, pode continuar. – Respondi.

- Ok. O conde Guilherme de Normandia, gastou milhões em um belo e ostentoso casamento. E eles foram felizes para sempre.

- Jura?

- Não. Foram cinco anos de amor, fraternidade, felicidade e sexo selvagem. Uma coisa normal em um casamento normal. Até que ela se cansou dele, saiu de casa e virou uma… Mulher da vida.

- Ela virou puta? – Falei a frase sem pensar. Quero dizer, ela é uma condessa! Por que virar puta? Mas aí lembrei que Gustavo tem o sangue dela… - Desculpe, por um momento esqueci que ela era de sua família…

- Tudo bem. Eu mesmo já xinguei pra caramba. Se não fosse por ela, nada disso estaria acontecendo…

- Afinal Gustavo, o que tá acontecendo? – Perguntei.

- Calma, já vamos chegar aí. Bem, o conde Guilherme de Normadia ficou puto, como qualquer homem corno. Mas tem algo de meu ancestral que não lhe contei. – Ele fez suspense. Chegou ao meu ouvido e sussurrou:

- Ele era um bruxo.

                Uma brisa gélida passa entre nós, me deixando arrepiada.

- Você… Tá falando sério?

- Aham. – Ele sorriu.

- Digo... Bruxo? Bruxo mesmo? Com poções do amor, caldeirão e tal…

- Exatamente.

- Uau! – Foi tudo que consegui dizer.

- Eu sei. O lance é que: Guilherme ficou puto com Katherine e rogou uma… Maldição. Me arrepiei novamente.

- Que tipo de maldição?

- Como lhe disse, o casamento dos dois foi feliz e… Pecaminoso. Acho que cafajestagem vem de família. – Sorri com seu humor negro. – Então, Guilherme lançou a seguinte maldição: Qualquer ser que tivesse em suas veias, o sangue de Katherine, não poderia ter em suas mãos, o seu amor. O que ele não sabia é que Katherine estava grávida dele.

- Isso quer dizer que…

- Shiu! - Ele pôs gentilmente seu dedo em meus lábios, calando-me. – Ainda não cheguei à melhor parte. Logo após que soube que Kath estava esperando um filho dele, ele se matou. – Eu esperei.

- Essa é a melhor parte?

- Claro! Eu não preciso me vingar...

- Você pode voltar no tempo?

- Não. – a pergunta “por que” estava óbvia em sua testa...

- Ah, sei lá, você é descendente de bruxas. Pensei que se ele não tivesse morrido, você voltaria e o mataria... – Ele riu.

- Não seria uma má idéia... Se eu soubesse fazer algo... Enfim, deixe-me continuar.

- Certo.

- como você sabe, os casamentos de antigamente eram forjados. Então, em nenhum casamento havia amor. Com exceção do meu pai e de minha falecida mãe.

- Pensei que seus pais eram apenas separados...

- Meu pai nunca se separaria de minha mãe. Eles eram absolutamente apaixonados.

- Então... O que aconteceu com ela?

- Digamos que ela foi mais uma vítima dessa maldição. – Foi aí que eu entrei em estado de choque. Não conseguia falar, piscar, pensar, respirar... Nada.

- Quando meu pai descobriu da tal maldição, pesquisou, correu atrás, fez de tudo. E conseguiu um prazo de nove meses. E aí, eu nasci.

- Gustavo, você quer dizer que...

- Primeiramente, que eu te amo. Que você é a pessoa mais extraordinária que já conheci. E que seria impossível eu não me apaixonar por você.

- E...

- E, Gabi, você realmente não pode se entregar a mim.

                A partir daí, tudo passou muito rápido. Ele disse que me apresentaria ao seu pai, e me contaria mais detalhes dessa história.

                Absurda.

                História absurda. Eu não acreditava. Eu... Não podia. Era impossível, improvável demais para minha cabeça.

- Então você é a Gabi! – Disse o pai de Gustavo. – É um prazer conhecê-la, Gustavo fala muito de você.

- Obrigado senhor, também é um prazer conhecê-lo. – Eu estava em estado de choque, mas ainda assim, seria educada com meu sogro.

- A que devo a honra da visita de vocês dois? – Ele era extremamente educado. Alto, bonito, deveria ter 50 anos, mas aparentava ter 40. Cabelos grisalhos estavam milimetricamente arrumados e ele estava de terno. Sua postura era exemplar. Um típico aristocrata.

- Pai, eu contei tudo à Gabi. – Disse Gustavo. Seus olhos ficaram sérios, pareciam relembrar algo...

 - O que você diz, Gabi? – Ele pergunta a mim. O encaro, confusa. Tem algo a dizer?

- Você correrá riscos. – Disse Gustavo. – Ele está perguntando se é isso que você quer. – Continuei encarando, agora Gustavo, confusa. Ele suspirou – Correr à procura de perguntas, documentos empoeirados, coisas antigas e sem sentido, castelos caindo aos pedaços para ajudar um... Amaldiçoado. – Ele deu um pequeno sorriso triste. – É isso que você quer? Correr risco de vida?

- Eu quero você. – respondi automaticamente.

                Neste momento, ouvimos batidas violentas na porta e palavras de baixo escalão.

- Pai? – Disse Gustavo, pedindo uma explicação.

- Gustavo... Lembra-se daquele problema pessoal que lhe disse outro dia? – Disse ele, atravessando o grande escritório, cheio de livros.

- Claro pai!

- Então – Ele retira uma estátua do lugar. – Ele acaba de virar familiar. – Uma passagem secreta aparece atrás da estante.

 

[...]

 

Entramos na tal passagem. Era estreita, úmida, feita de pedras rústicas. Aparentava ser bem antiga. Descíamos uma escada, também feita de pedra, enquanto o pai de Gustavo e o próprio, dialogavam.

- Pai, O que está acontecendo?  - Perguntou meu Gustavo.

- Digamos que estou devendo um dinheiro.

- Quanto pai?

- Ninharia, pouca coisa.

- Quanto pai?

- Cinco bilhões.

                CINCO BILHÕES?

- Cinco bilhões? Pai, isso é um quarto da nossa fortuna!

                Um quarto? Cinco bilhões? Vinte bilhões? Acho que estou vendo cifrões voando...

                Neste momento, chegamos a uma garagem com uns 20 carros.

- Pai, você mesmo disse! É pouca coisa! Pague.

- Você não entende Gustavo! – Ele abriu um armário, onde retirou algumas armas. – Esses caras são barra-pesada! Eles não querem mais o dinheiro. Querem a mim. E agora você – Ele entrega uma arma a ele. - Eu quero que você fuja, sobreviva, consiga se salvar dessa maldição. Quero que você transe com essa garota, tenha muitos filhos e que honre seu sobrenome. – Gustavo sorriu e abraçou o pai.

- Eu te amo. A gente se vê pai!

                Ele pegou a minha mão e entramos no carro.

- Boa sorte para vocês dois! – Ouvi seu pai gritando em outro carro e fugindo na direção contrária.

                Olhei para Gustavo, perguntando a próxima etapa.

- Bem, você sabe usar uma arma?

- Não!

- Nunca fez tiro ao alvo, quando criança?

- Fiz balé. Serve?


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Notas finais do capítulo

N/P: Aêêê! Tudo dito, mas nada resolvido, ainda
Não perca o próximo capítulo, neste mesmo canal.
Beijos



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