Cursed - True Love escrita por laura_JBLP
Notas iniciais do capítulo
N/P: Ufa, cheguei! o/
Desculpem o atraso. Meu PC morreu. Duas vezes. Seguidas. É foda. (espero que o Nyah nõ coloque * neste palavrão '-') É isso aí, curtam o caopítulo.
[Narração de Gabi]
Caraca. Se Gustavo não soltar tudo, eu vou ter um ataque cardíaco! E eu, sinceramente, não quero morrer virgem.
- Ok. Tá. Eu posso fazer isso. – ele sussurrou, provavelmente para si mesmo. – Gabi. – ele pegou minhas mãos, carinhosamente. E as suas estavam geladas. Quem ia ter um treco seria ele! O que ele tem é tão… Grave assim? – Gabi. – ele sussurrou meu nome com amor. – Minha família... – Ele parou, encarando o chão.
- Gustavo. – Ele finalmente olhou para mim. – Você tem algo sério para me contar. Por favor, fale logo. Senão vou imaginar coisas bem piores.
- É bem pior do que você pode imaginar. – Ele disse. Seus olhos estavam sérios e sua voz era uma mistura de raiva e angústia.
- Você me ama? – Perguntei.
- Mais do que você imagina.
- Então você confia em mim. E você quer me contar. Eu sinto isso. Então conte logo. – Ele se surpreendeu com a sinceridade em minha voz.
- Ok. Eu conto. Mas com algumas condições;
- Fala.
- Primeiro, é um segredo. E você obviamente não deve contar a ninguém. Nem sua mãe, nem seu pai, nem suas amigas, nem meus amigos, por que, se eles descobrirem, vão me infernizar e eu não sei que pode acontecer.
- ok. – A frase “Não sei o que pode acontecer” me deixou... Surpresa.
- Segundo, não saia correndo. Eu não sou uma aberração. Continuo sendo o teu Gustavo de sempre. Só que agora, com algumas responsabilidades a mais.
Eu fiquei calada. A frase “Eu não sou uma aberração” ainda estava dando cambalhotas na minha cabeça. Juto com o “Teu Gustavo”. Isso me deixou encantada. Bem, aí eu pensei, o que é uma coisa muito rara, principalmente para mim. “Com algumas responsabilidades a mais.” Com essa frase eu pensei em duas opções: Ou ele engravidou uma vadia ou ele está doente... Depois de alguns segundos dissecando sua fala, ele continuou:
- Terceiro não fique comigo por pena. Se não quer mais me ver, beleza. Apenas me avise. Mas se quiser, nós dois vamos ter que tomar cuidado.
- E quarto – Caralho, têm tantas condições assim?! - Fique quietinha enquanto eu conto a história. – Me senti uma criança de quatro anos.
- Tudo Bem.
- Bem, como eu havia dito, minha família é bem tradicional. Não somos daqueles que trancam as mulheres em casa, com oito filhos e uma burca… - Eu ri, ele sorriu. – Mas nós temos nossos costumes. Me sobrenome tem cerca de quatro séculos! Tudo começou no fim do século XVII. O conde Guilherme de Normandia, o tataravô do meu tataravô, do meu tataravô […] era um grande desbravador. Um dos melhores do sul da Inglaterra, devo dizer. – Ele sorriu, orgulhoso. – Então, um belo dia, ele conheceu Katherine de Aquitânea. Ela era uma pé-rapada. Ele se apaixonou, ela também, os dois casaram, ela virou condessa. – Ele olhou para mim, checando.
- Tudo bem, pode continuar. – Respondi.
- Ok. O conde Guilherme de Normandia, gastou milhões em um belo e ostentoso casamento. E eles foram felizes para sempre.
- Jura?
- Não. Foram cinco anos de amor, fraternidade, felicidade e sexo selvagem. Uma coisa normal em um casamento normal. Até que ela se cansou dele, saiu de casa e virou uma… Mulher da vida.
- Ela virou puta? – Falei a frase sem pensar. Quero dizer, ela é uma condessa! Por que virar puta? Mas aí lembrei que Gustavo tem o sangue dela… - Desculpe, por um momento esqueci que ela era de sua família…
- Tudo bem. Eu mesmo já xinguei pra caramba. Se não fosse por ela, nada disso estaria acontecendo…
- Afinal Gustavo, o que tá acontecendo? – Perguntei.
- Calma, já vamos chegar aí. Bem, o conde Guilherme de Normadia ficou puto, como qualquer homem corno. Mas tem algo de meu ancestral que não lhe contei. – Ele fez suspense. Chegou ao meu ouvido e sussurrou:
- Ele era um bruxo.
Uma brisa gélida passa entre nós, me deixando arrepiada.
- Você… Tá falando sério?
- Aham. – Ele sorriu.
- Digo... Bruxo? Bruxo mesmo? Com poções do amor, caldeirão e tal…
- Exatamente.
- Uau! – Foi tudo que consegui dizer.
- Eu sei. O lance é que: Guilherme ficou puto com Katherine e rogou uma… Maldição. Me arrepiei novamente.
- Que tipo de maldição?
- Como lhe disse, o casamento dos dois foi feliz e… Pecaminoso. Acho que cafajestagem vem de família. – Sorri com seu humor negro. – Então, Guilherme lançou a seguinte maldição: Qualquer ser que tivesse em suas veias, o sangue de Katherine, não poderia ter em suas mãos, o seu amor. O que ele não sabia é que Katherine estava grávida dele.
- Isso quer dizer que…
- Shiu! - Ele pôs gentilmente seu dedo em meus lábios, calando-me. – Ainda não cheguei à melhor parte. Logo após que soube que Kath estava esperando um filho dele, ele se matou. – Eu esperei.
- Essa é a melhor parte?
- Claro! Eu não preciso me vingar...
- Você pode voltar no tempo?
- Não. – a pergunta “por que” estava óbvia em sua testa...
- Ah, sei lá, você é descendente de bruxas. Pensei que se ele não tivesse morrido, você voltaria e o mataria... – Ele riu.
- Não seria uma má idéia... Se eu soubesse fazer algo... Enfim, deixe-me continuar.
- Certo.
- como você sabe, os casamentos de antigamente eram forjados. Então, em nenhum casamento havia amor. Com exceção do meu pai e de minha falecida mãe.
- Pensei que seus pais eram apenas separados...
- Meu pai nunca se separaria de minha mãe. Eles eram absolutamente apaixonados.
- Então... O que aconteceu com ela?
- Digamos que ela foi mais uma vítima dessa maldição. – Foi aí que eu entrei em estado de choque. Não conseguia falar, piscar, pensar, respirar... Nada.
- Quando meu pai descobriu da tal maldição, pesquisou, correu atrás, fez de tudo. E conseguiu um prazo de nove meses. E aí, eu nasci.
- Gustavo, você quer dizer que...
- Primeiramente, que eu te amo. Que você é a pessoa mais extraordinária que já conheci. E que seria impossível eu não me apaixonar por você.
- E...
- E, Gabi, você realmente não pode se entregar a mim.
A partir daí, tudo passou muito rápido. Ele disse que me apresentaria ao seu pai, e me contaria mais detalhes dessa história.
Absurda.
História absurda. Eu não acreditava. Eu... Não podia. Era impossível, improvável demais para minha cabeça.
- Então você é a Gabi! – Disse o pai de Gustavo. – É um prazer conhecê-la, Gustavo fala muito de você.
- Obrigado senhor, também é um prazer conhecê-lo. – Eu estava em estado de choque, mas ainda assim, seria educada com meu sogro.
- A que devo a honra da visita de vocês dois? – Ele era extremamente educado. Alto, bonito, deveria ter 50 anos, mas aparentava ter 40. Cabelos grisalhos estavam milimetricamente arrumados e ele estava de terno. Sua postura era exemplar. Um típico aristocrata.
- Pai, eu contei tudo à Gabi. – Disse Gustavo. Seus olhos ficaram sérios, pareciam relembrar algo...
- O que você diz, Gabi? – Ele pergunta a mim. O encaro, confusa. Tem algo a dizer?
- Você correrá riscos. – Disse Gustavo. – Ele está perguntando se é isso que você quer. – Continuei encarando, agora Gustavo, confusa. Ele suspirou – Correr à procura de perguntas, documentos empoeirados, coisas antigas e sem sentido, castelos caindo aos pedaços para ajudar um... Amaldiçoado. – Ele deu um pequeno sorriso triste. – É isso que você quer? Correr risco de vida?
- Eu quero você. – respondi automaticamente.
Neste momento, ouvimos batidas violentas na porta e palavras de baixo escalão.
- Pai? – Disse Gustavo, pedindo uma explicação.
- Gustavo... Lembra-se daquele problema pessoal que lhe disse outro dia? – Disse ele, atravessando o grande escritório, cheio de livros.
- Claro pai!
- Então – Ele retira uma estátua do lugar. – Ele acaba de virar familiar. – Uma passagem secreta aparece atrás da estante.
[...]
Entramos na tal passagem. Era estreita, úmida, feita de pedras rústicas. Aparentava ser bem antiga. Descíamos uma escada, também feita de pedra, enquanto o pai de Gustavo e o próprio, dialogavam.
- Pai, O que está acontecendo? - Perguntou meu Gustavo.
- Digamos que estou devendo um dinheiro.
- Quanto pai?
- Ninharia, pouca coisa.
- Quanto pai?
- Cinco bilhões.
CINCO BILHÕES?
- Cinco bilhões? Pai, isso é um quarto da nossa fortuna!
Um quarto? Cinco bilhões? Vinte bilhões? Acho que estou vendo cifrões voando...
Neste momento, chegamos a uma garagem com uns 20 carros.
- Pai, você mesmo disse! É pouca coisa! Pague.
- Você não entende Gustavo! – Ele abriu um armário, onde retirou algumas armas. – Esses caras são barra-pesada! Eles não querem mais o dinheiro. Querem a mim. E agora você – Ele entrega uma arma a ele. - Eu quero que você fuja, sobreviva, consiga se salvar dessa maldição. Quero que você transe com essa garota, tenha muitos filhos e que honre seu sobrenome. – Gustavo sorriu e abraçou o pai.
- Eu te amo. A gente se vê pai!
Ele pegou a minha mão e entramos no carro.
- Boa sorte para vocês dois! – Ouvi seu pai gritando em outro carro e fugindo na direção contrária.
Olhei para Gustavo, perguntando a próxima etapa.
- Bem, você sabe usar uma arma?
- Não!
- Nunca fez tiro ao alvo, quando criança?
- Fiz balé. Serve?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
N/P: Aêêê! Tudo dito, mas nada resolvido, ainda
Não perca o próximo capítulo, neste mesmo canal.
Beijos