Acordei no dia seguinte com os braços de Gustavo ainda me envolvendo. Fiquei observando-o por alguns instantes. Ele dormindo era uma coisa tão... perfeita. Então ele acordou e acabou com a minha alegria. Quer dizer... não acabou... mas ele tava tão sexy dormindo! Podia ficar observando-o assim o dia inteiro que não cansaria.

            Ele acordou e me pegou olhando pra ele.

            -Bom dia. – disse meio sonolento.

            -Bom dia. – sorrimos um pro outro

Olhei pro relógio que estava ao lado de minha cama. 6hs15min. Teria que começar a me arrumar agora se não quisesse chegar atrasada. Num pulo saltei da cama e fui direto pegar minha toalha pra tomar banho. Gustavo ainda estava sonolento.

            -Gustavo!

            -Sim?

            -Acorda. Temos aula.

            -Ah, não. Não quero ir...

            -Levanta logo! – Joguei uma almofada de leve nele.

            -Ta, ta... – ele levantou

            -Você ainda vai pra casa se arrumar?

            -Vou... – Ele olhou pra porta.

            -Minha mãe ainda não acordou... você pode sair pela porta da frente... A menos que você queira ir por onde veio. Olhei pra janela e a árvore ao lado e ri.

            -Que foi? – ele perguntou me vendo rir.

            -Você é completamente maluco! – ele riu também. – é melhor você ir... ou não vamos chegar á tempo na escola.

            -Ta, eu volto aqui pra te buscar em meia hora pra irmos de carro.

            -Ok... – ele veio pra perto de mim na intenção de me beijar mais uma vez. Eu o parei.

            -O que houve?

            -Eu ainda nem escovei os dentes... e devo estar com uma cara linda...

            -Você sempre ta linda. Você é linda, de qualquer jeito. – ele tentou me beijar mais uma vez. E eu o interrompi novamente.

            -HAHAHA! Ok então, eu sou linda... Mas, me deixe escovar os dentes primeiro. – Disse já indo pro banheiro. Depois de alguns minutos voltei. – Agora sim! – fui chegando mais e mais perto dele e nos beijamos. O beijo dele era o mais gostoso que eu já tinha experimentado. E agora não foi diferente. Por incrível que pareça ele ainda estava com o mesmo gosto delicioso de menta na boca. Depois de alguns segundos parei o beijo. – Você têm que ir agora... vamos nos atrasar.

            -Ah... ta bom. – O acompanhei até a porta da frente. – Até mais, amor.

            -Olha aqui Gustavo... se você continuar me chamando de amor assim eu vou surtar. –sorri pra ele, que sorriu de volta.

            -Te vejo daqui a pouco!

            -Ta bom... – então ele entrou no carro e se foi. Quando fechei a porta minha mãe apareceu na escada e perguntou:

            -Quem era, filha?

            -Ninguém mãe... pensei que tivesse ouvido alguém batendo na porta, mas não era ninguém. – disse indiferente.

            -Ah... – ela disse nem desconfiando que era Gustavo, o garoto com quem ela tinha conversado á noite e que tinha dormido comigo, que tinha acabado de sair.

            Subi para meu quarto e me arrumei o mais depressa possível. Tomei café e meia hora depois Gustavo estava com o carro na porta de minha casa. Entrei no carro e nós dois juntos fomos pra escola. Chegamos lá e ele estacionou o carro. Do estacionamento á escola tinha que andar um pouquinho. Então nós fomos andando. Ele pegou minha mão e andamos como namorados que andam de mãos dadas em um passeio no parque. – ta, isso foi brega, muito brega! - Chegamos na escola e o primeiro ser que vejo em minha frente, adivinha quem era? Isso mesmo... Fernanda.

            -Ah, taí o casalsinho! – ela disse nos fitando com raiva. – Gustavo? – Ele olhou pra ela. – Ainda há tempo. Você ainda pode voltar atrás e me ter! Volte pra mim?!

            Gustavo a olhou incrédulo.

            -Fernanda, deixa de ser obcecada! – pessoas que passavam á nossa volta deram risinhos baixos da cara de Fernanda. E até eu sorri. – Eu terminei com você. Agora eu to com a Gabi. Por favor, não faça mais esse tipo de pergunta, ‘se eu quero voltar pra você’ assim. Minha namorada não precisa ficar ouvindo essas coisas! – Ele disse e saiu andando pra dentro da escola comigo. As pessoas agora riam descontroladamente da cara de Fernanda.

            -Gustavo, você vai se arrepender – ela gritou quando nós já estávamos longe. – Juro que vai! – Ele revirou os olhos. Eu me senti completamente satisfeita.

            Nos separamos um pouco porque ele, como estava um ano a cima, tinha tempos diferentes de aula, óbvio, mas isso foi bom de um jeito, pois consegui contar tudo para Jess e Jen. E, óbvio que elas não acreditaram em uma só palavra que eu disse. Chegou a hora do intervalo e elas ainda duvidavam de mim até que Gustavo chega do meu lado, me abraça forte e me dá um selinho. As pessoas que passavam por nós olhavam não acreditando que isso estaria realmente acontecendo. E as garotas então... Só faltavam me fuzilar com os olhos. E eu só pensando “Ih, tirem os olhos, o bofe é MEU! TODO meu e SÓ MEU!” ta,parëeý.

           a279;Depois que Gustavo se afastou um pouco de mim Jess e Jen ficaram com cara de panacas também não acreditando ainda no que tinham visto.

            -Amiga, então é sério?! – Jess perguntou, mais uma vez.

            -Pela 1000 vez Jess, sim, estamos juntos, e é sério.

            O intervalo passou mais rápido do que nunca, mas eu ainda sim estava feliz, já era quinta-feira e o principal, eu estava com meu amor. Eu estava completa. Mas uma coisa ainda me assustava. O que Fernanda ia fazer?! Ela não estava nem um pouco bem, e eu admito que estava com um certo medo. Ela tinha dito que Gustavo iria se arrepender.

            Estava no carro voltando pra minha casa com Gustavo, meio perdida nesses pensamentos quando ele me tira do transe;

            -Gabi?

            -Oi, fala... – eu disse meio que me despertando.

            -Nós cegamos... – eu nem tinha sentido aquele carro parar. Ele é super confortável. E quando você andava nele nem dava pra sentir se locomovendo.

            -Ah... – Você quer... entrar?

            -Deixamos pra outro dia, pode ser? É que meus pai quer conversar comigo... ele está meio preocupado, mas eu não sei com o que é... –ele disse pensativo.

            -Ok então... eu vou indo. – Quando ia saindo do carro ele me parou, pegou meu braço, me puxou e assim nós nos beijamos umas 3 vezes. – agora, sério, eu tenho que ir. Dei o último beijo nele e sai do carro. Então ele me esperou entrar em casa depois se foi.