Let me hold you escrita por Pietra Regino


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, estou aqui como prometi, não vou definir um horário de sexta feira porque as vezes rola algum imprevisto, mas toda sexta tentarei estar aqui e postar um novo capítulo para vocês.
Enfim, gostaria de agradecer os dois acompanhamentos e o comentário da Ana Beatriz Vieira, foi muito importante pra mim ver que eu em um capítulo consegui atingir pessoas. Obrigada pelo carinho e que venham mais né. Estou pensando que quando a fic crescer, vou fazer grupo no whatsapp e passar meu face para vocês ok?
Agora aproveitem o capítulo.



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– Ei o que você está fazendo? – eu disse com medo em meus olhos

– Gatinha, não se preocupe – deu uma risada e segurou mais ainda meu braço.

– Me solta, você tá me machucando – eu disse quase começando a chorar. Foi quando esse menino que eu não conhecia, alto e extremamente forte começou a me agarrar, e eu comecei a gritar, porém parecia que ninguém naquele lugar me escutava, ele tinha me levado onde eu estava, e eu gritava e ele me apertava em todas as partes, eu estava terrivelmente assustava.

– LARGA ELA – ouvi uma voz familiar chegando perto, eu estava aos prantos e quando ele me largou, eu cedi e cai sob os meus joelhos.

– Chegou o superman e seus companheiros, vaza Scott, essa putinha aqui é minha – o tal menino disse com sarcasmo.

– Tyler, deixa ela em paz – Scott rosnou e partiu para cima dele, os seus amigos o seguraram – vai embora daqui agora – Scott gritou e o tal do Tyler foi embora, a única coisa que eu conseguia era chorar. – Sam, você está bem? – Scott me abraçou, o que me fez chorar mais ainda – Galera, podem ir almoçar, vou com ela daqui a pouco.

– Scott, pode ir não se preocupe comigo – eu disse me levantando – eu já estou bem, obrigada.

– Samantha volta aqui – ele disse com a voz um pouco alterada e eu me virei – por favor, me deixa aproximar de você. Conte me tudo, porque você me pediu para me afastar?

E foi ai que eu percebi que ele realmente estava se importando comigo, ele queria saber o que estava se passando, apesar de eu não o conhecer, parecia que ele era de confiança, eu cedi me sentei e ele se sentou ao meu lado, e eu contei tudo o que estava passando em minha vida, desde das brigas dos meus pais, até a recente morte de minha avó e ele prestou atenção em cada detalhe que eu falava, eu com a voz meio embargada e ele com lágrimas nos olhos, ele estava sentindo a minha dor e eu vi que realmente valia a pena confiar nele, que ele me entenderia. Depois de desabafar, ele me deu um abraço e simplesmente disse:

– Olha Sam, eu não posso tirar essa dor de você, eu queria, juro que queria, mas eu não consigo. Posso te dizer, que vai passar, tô com você! Hoje quando eu te vi perdida, me senti no meu primeiro dia de aula aqui, e meus melhores amigos me acolheram aquele dia, então eu fiz o mesmo com você, só de olhar para você, eu vi que você podia ser alguém legal e eu não duvido disso, por favor, deixe me apresentar os meninos e as meninas, e você vai ver que a vida pode ser muito mais que dor e sofrimento, eu vou te ajudar a passar por isso – eu o abracei mais forte e o celular dele vibrou – devem ser os meninos, vamos almoçar? – concordei com a cabeça e fomos em direção ao portão da escola, caminhamos um pouco até chegarmos a um restaurante, entrei e fui direto para o banheiro ajeitar meu estado, quando voltei localizei a mesa e sorri para Scott com vergonha, então ele veio até mim, colocou seu braço por cima de meus ombros e disse – Não precisa ter vergonha, vou te apresentar cada um deles – andamos em direção a mesa que haviam três meninas e três meninos – Gente – disse Scott – essa aqui é a Samantha, mas a gente vai chamar ela de Sam, ela é nova lá na escola – eu acenei com a mão e olhei para um menino lindo, meio envergonhada, porém todos eles tinham os seus olhares fixos em mim e no Scott – Sam, essa aqui – apontou para uma das meninas que usava uma blusa rosa – é a Leah, chamamos ela de Le, a do lado dela é a Emily, chamamos ela de Mi e a do seu lado e a Isabelle, Belle ou Isa, como preferir – dei um sorriso envergonhado para as três que abriram um super sorriso – Esse aqui, na frente da Le é o Thomas, e para nós Tho, do seu lado é o Mikey e ele assim como eu não tem apelido e do seu lado é o Brandon – o tal menino bonito que eu comentei – para nós Bran, pronto, apresentados – havia uma cadeira na frente de Emily aonde Scott se sentou, e uma na frente de Brandon, aonde eu me atrevi a sentar.

Pedimos os nossos lanches, e eles começaram a conversar, eu fiquei quieta, apenas ouvindo, e pelo o que eu entendi, Scott gostava de Emily, Thomas de Leah, Mikey de Isabelle e o Brandon era o cachorro da turma, Scott de vez em quando olhava para mim para saber se estava tudo bem e eu apenas sorria em confirmação, meu celular vibrou e eu o tirei do bolso, vi que Tty (como eu decidi chama-lo agora) me olhava com atenção, porém era apenas minha mãe querendo saber aonde eu estava, logo respondi e sorri para ele fazendo com que ele se acalmasse, comemos e eu estava apenas prestando atenção no assunto, foi quando Brandon disse:

– Vamos para casa de Leah agora? – Todos confirmaram com a cabeça e olharam pra mim, olhei para baixo e disse.

– Desculpe, aliás não sei nem se fui convidada – dei uma risada baixa – mas eu preciso ir pra casa – olhei para Tty e ele já entendeu o que eu quis dizer. – Até amanhã pessoal – dei tchau para todos e quando fui dar tchau para Scott o abracei e falei – Obrigada por tudo Tty, amanhã a gente se vê – ele riu, me abraçou e disse

– Tty? Gostei, e magina, até amanhã, me ligue qualquer coisa – anotou o seu número e eu fui para casa.

No caminho de volta coloquei meu fone e pensei como a minha vida mudou de uma hora para outra sem mesmo com que eu quisesse, me perdi em meus pensamentos e quando eu vi já estava em casa, porém quando eu cheguei em casa me deparei com o pior dos meus pesadelos, meu pai estava batendo na minha mãe, consequentemente quando eu abri a porta, ele me bateu e eu só conseguia chorar, subi correndo para o meu quarto quando ele cansou de gritar comigo e com a minha mãe, minha mãe tentou inúmeras vezes abrir a porta do meu quarto, porém eu não conseguia vê-la na situação em que ela estava se colocando, dormi o resto da tarde, adormeci tentando entender porque aquilo estava acontecendo, acordei com o meu celular vibrando e quando eu vi tinham milhões de mensagens do Scott, respondi apenas dizendo que estava tudo bem, e que eu estive ocupada a tarde inteira. Jantei e subi de novo para o meu quarto, me lembrei que no dia seguinte de manhã teria que pegar meus livros pois não tinha pego hoje na hora da saída, peguei meu diário e comecei a escrever.

“Sabe, as pessoas devem achar que eu sofro, que eu passo por muitas coisas em um espaço de tempo muito pequeno, e que simplesmente eu me faço de vitima por isso, que eu não deixo as pessoas se aproximarem. Mas hoje, eu percebi que a sua vida pode mudar, que a vida é mais que dor e sofrimento, hoje eu aprendi que as pessoas ainda podem te surpreender, hoje eu conheci o Scott, e pelo o que me parece, ele vai ser um grande amigo, talvez ele cuide de mim de uma forma que jamais alguém cuidou, talvez papai quando eu era pequena. Papai, ah, saudades de quando nós erámos uma dupla inseparável, depois que vovó se foi, te perdi também, te perdi para o álcool, talvez para as drogas, queria que você fosse quem você sempre foi, porque esse não é você. Hoje aprendi que você pode ser muito mais do que você é hoje. Como John Green disse “a dor precisa ser sentida”. Hoje vou dormir com alguns roxos, mas com um enorme sorriso no rosto de saber que eu posso contar com alguém.”

E foi assim que eu fechei meus olhos e adormeci, pela primeira vez em seis meses, dormi sabendo que alguém estaria rezando por mim e que na manhã seguinte, ao chegar na escola, eu poderia receber um abraço, sabia que eu não teria que enfrentar aquilo sozinha, e que apesar de fieis os meus fones não seriam a minha única companhia.


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