Nick se levantou e começou a atirar em direção a “porta” da tenda. Não havíamos muita chance, estávamos encurralados.

Não entendi muito porque, mas Nick pegou um de nossos soldados que já fora atingido e jogou sobre nós dois.

- Finge que voce morreu – ele sussurrou para mim

O sangue do soldado passou para o nosso uniforme, dando mesmo a impressão de que nós dois fomos atingidos.

E o massacre continuou. Os outros soldados certamente foram pegos de surpresa também, eles não teriam muita chance, assim como nossos companheiros que estavam na tenda.

Alguns tiveram a mesma idéia que Nick. Quando os gritos haviam parado levantei minha cabeça para ver qual era a dimensão dos estragos, Nick apertou minha mão fazendo eu me deitar de novo.

Pude ouvir passos, os muçulmanos estavam em nossa tenda, se certificando de que todos já estavam mortos.

Senti a respiração fraca do soldado que Nick havia jogado por cima de nós dois. Ouvi um outro idioma sendo falado de perto de mim, segurei minha respiração por mais tempo que pude. Ouvi um tiro, tentei ficar indiferente a dor, quando senti que a bala que eles miraram no soldado por cima de mim havia passado por ele e atingido minha perna.

Os muçulmanos saíram de lá correndo, gritando felizes.

Esperei mas um tempo para poder me levantar. Nick me ajudou, me deixando sentada com as pernas estendidas.

- Rebecca, voce esta bem? – ele disse preocupado, eu conseguia ver a agonia em seus olhos

- Estou bem – eu disse fazendo uma careta por causa da dor. Levantei minha calça e tirei a bala da minha perna.

Como eu havia pensado, não estava muito profundo, mas o bastante para sangrar.

Nick rasgou um pedaço do seu uniforme e me ajudou a estancar o sangue. Lagrimas de dor caiam pelo meu rosto, não queria chorar. Não queria deixar Nick mais preocupado, mas simplesmente não dava.

Quando minha perna parou de sangrar ele me levantou.

-Voce esta bem, Nick?- eu perguntei, ele estava estranho

-Voce não deveria ter vindo para cá. Como esta sua perna?-

-Esta bem Nick, calma- eu disse, não estava doendo tanto assim

Ele me puxou para os braços dele e me beijou.

-Mas o que é que esta acontecendo aqui?- Ouvi uma voz desconhecida num tom forte e autoritário

Nick me soltou rápido, ambos olhamos assustados para aquele homem. Pronto, agora f****u! pensei comigo mesma. O coronel havia flagrado eu e Nick aos beijos.

-Dou dois minutos para vocês me explicarem- ele disse