Accelerator e Last Order- 6 anos depois... escrita por Emili Elens
Notas iniciais do capítulo
Vou ficar a semana inteira sem postar capítulos da Fic, pois a minha semana de provas começa amanhã. Caso eu tenha tempo, farei de tudo para postar pelo menos 1. Até.
– Yue, você não está cansada? – Eu disse olhando fixamente para a Yue.
A Yue estava respirando rápido, e eu percebia seu suor. Estávamos quase chegando ao centro, talvez se fôssemos andando normalmente, demoraria meia hora.
– Estou. – Disse a Yue suspirando.
– Não falta muito, vamos andando normalmente.
– Mas eu estou cansada...
– Mas nem falta tanto! Preciso chegar em casa logo, Yue.
– Você tem coisas importantes a fazer?
– Claro!
– Tipo o quê?
– Tipo terminar meu relatório.
– Pensei que você havia terminado.
Tive que mentir para a Yue. Se falasse algo a respeito do Accel ela iria começar a dar um discurso!
– Você pensou errado, Yue.
– Last, é bom você fazer logo quando chegar em sua casa. Talvez a Shirai...
– A Shirai o quê?!
– A Shirai pode solicitar alguma tarefa...
– Eu negarei.
– Como assim?!
– Dizendo: “não”
– Last! Não era isso que eu queria dizer...
– E o quê realmente queria dizer?!
– Você entendeu tudo errado. O quê quero dizer é que você não pode negar uma tarefa solicitada pela Shirai! Somos da Judgment, temos deveres!
A Yue não entendia nada de ironias...
– E os meus direitos?!
– Que direitos?
– Direitos de descanso!
A Yue ficou quieta, apenas me encarando.
– Por que você sempre defende a Kuroko?! – Eu disse quase gritando.
– Não estou defendendo ela, Last!
– Sim! Está defendendo sim!
– Você é incompreensível! Não consegue entender que a Judgment é nosso trabalho?!
Respirei fundo e continuei encarando a Yue. Eu não estava afim de causar brigas desnecessárias, então pensei numa resposta menos grosseira possível.
– Yue, todos os dias têm tarefas! Será que você não percebe que a Kuroko quer nos escravizar?!
– Você é exagerada ás vezes, Last. Você sabe muito bem que a Shirai...
– A Shirai é uma desocupada, que por sua vez, no último incidente que ocorreu, eu resolvi praticamente tudo sozinha!
– Último incidente?! Quando?
– Ontem, eu acho. Foi um assalto a mão armada!
– Você continua com sua mania de abraçar as pessoas e soltar uma carga elétrica?
– Esse é meu principal ataque...
– Tome cuidado. Existem certas habilidades que podem te jogar contra o chão, e você pode acabar com hematomas terríveis. Isso se viver...
– Eu sou mais rápida.
– Não seja teimosa...
Eu não disse nada, apenas continuei andando com a Yue, direcionando meu olhar para o chão.
Quando finalmente chegamos no centro da cidade, a Yue se despediu de mim.
– Last, vou voltar para Tokiwadai.
– Quem vai brigar com a Shirai?
– Se eu encontrar ela, pode ter certeza de quê faço isso por você.
– Obrigada.
– Até amanhã.
– Até.
Eu e a Yue seguimos direções diferentes, é claro que Tokiwadai era bem mais longe do quê a casa da Aiho, então percebi que a Yue havia subido em um ônibus.
Fui correndo, pois eu queria chegar logo para poder ver meu albino o mais rápido possível. Eu estava com receio de não encontrar o Accel em casa, pois sempre o vejo saindo. Espero que ele ainda esteja em casa!
Quando cheguei no portão, percebi que eu estava sem a minha chave, então optei por tocar a campainha. Cinco minutos depois, a Kikyou apareceu e abriu o portão para mim.
– Last Order. Onde estão as suas chaves?
– B-b-bem... Eu esqueci...
Entrei o mais rápido que pude, mas antes virei-me para a Kikyou.
– O Accel saiu?
– Não, acho que ele está no quarto.
Entrei correndo dentro da casa, e fui subindo as escadas, foi tudo tão rápido que nem ouvi o quê a Kikyou havia dito.
Ao chegar à porta do quarto do Accel, meu coração começou a bater mais forte, então percebi que a porta estava trancada por dentro. Achei melhor abraça-lo quando ele abrisse. Não quero incomodá-lo...
Entrei em meu quarto e sentei na minha cama, e percebi que haviam pequenos pedacinho de papel espalhados na minha escrivaninha. Andei até a escrivaninha, e percebi que eram os pedaços do meu relatório! Quem poderia ter feito aquilo?!
Ao olhar embaixo, percebi que o gatinho da Kikyou estava com pedacinhos de papel entre as garras e até na boca... Foi ele!
– Gato! Por que você fez isso?! – Eu disse gritando.
– Está querendo que eu perca nesta matéria?! – Continuei dando “brocas” ao gato.
O gato da Kikyou começou a correr desesperadamente, espelhando assim, o “resto” de relatório. Não acredito que vou ter que fazer tudo de novo... (deve ser meu castigo por ter mentido para a Yue sobre o relatório).
Point of View – Accelerator.
Ouvi uns barulhos de gritos vindos do quarto da pirralha, senti algo estranho... Era como uma preocupação... Então abri minha porta e fui andando até o quarto dela.
Quando cheguei na porta do quarto da pirralha, ela percebeu minha presença, então veio correndo até mim. A Pirralha me abraçou fortemente, foi então que eu percebi que estava tudo bem com ela.
– O quê te fez vim aqui? – Disse a pirralha sorrindo.
– N-n-n-nada... N-n-nada de mais!
– Você estava com saudades de mim?
– Q-q-q-quê?!
– Não estava? – Disse a pirralha com uma expressão triste no rosto.
Não me sinto muito bem quando a pirralha fica daquele jeito...
– E-e-e-eu...
– Estava?
– E-e-eu quero saber o motivo da sua gritaria!
– O gato da Kikyou comeu o relatório. – Disse a pirralha me mostrando um pedaço de papel.
A partir dali... Percebi que o maldito gato da Kikyou também não gostava da pirralha.
– Isso não importa agora. – Disse a pirralha sorrindo e me abraçando.
Desta vez não soltei, nem empurrei a pirralha, apenas retribui o abraço. Eu estava estranho...
Infelizmente alguém indesejado chegou no mesmo momento. A Kikyou.
– Querem almoçar agora? – Disse a Kikyou nos olhando.
– Não estou com fome. – Eu disse olhando para ela, mas continuava abraçando a pirralha.
A Last Order parou de me abraçar, e pegou em minha mão.
– Vamos, Acce. – Disse a pirralha com uma expressão feliz e sorridente.
Comecei a suar, e meu coração ficou mais acelerado do quê o normal.
– E-e-e-eu...
A Kikyou continuou nos olhando desconfiadamente, e então piscou o olho direito.
– Vamos! – Disse a pirralha animada, descendo as escadas e me arrastando.
Não tenho mais liberdade para ir onde bem quero?!
Fui “obrigado” a ir almoçar com a pirralha e a Kikyou, mesmo estando sem fome. Sentei-me ao lado da pirralha, pois ela me arrastou para sentar lá.
Comi devagar, e a cada dez segundos, eu dava uma “olhadinha rápida” na pirralha. Isso não é normal! Era como se algo estivesse “me obrigando” a olhar para ela. E infelizmente, ela percebia, e sempre sorria para mim. Fiquei tentando ignorar tudo aquilo, para não acabar ficando cor de tomate de novo!
A Kikyou não parava de olhar para nos dois, e eu estava ficando com vontade de afundar a cara dela naquele prato. Não sei qual das duas presenças é a pior! A pirralha me deixa com nervos a flor da pele, e a Kikyou enche o saco! Mas acho que estar com a pirralha é melhor... Espera... O que foi que eu acabei de pensar?! Os pensamentos estranhos estão voltando... Maldição!
– Accel...
– O-o-o quê é?
– Você viu por aí, meu bloco de notas?
Lembrei-me rapidamente do bloquinho que ela estava segurando de manhã...
– Não.
A pirralha começou a suar, mas logo respirou fundo e continuou a comer.
– Bem, é um pequeno bloco amarelo? – Disse a Kikyou, com uma expressão de suspeita no rosto.
– Sim!
– Eu o encontrei em cima do corrimão. – Disse a Kikyou, tirando o bloco de notas da pirralha de dentro do bolso de seu jaleco.
– Obrigada, Kikyou.
– Por nada.
– Espera...
– Algo de errado?
– V-você leu... Você leu meu bloco de notas?!
– Não.
A pirralha ficou encarando a Kikyou por um bom tempo, e foi a partir dali, que minha curiosidade começou a aumentar ainda mais.
Aquele bloco já estava me parecendo bastante suspeito, e depois do quê acabei de ver, não há dúvidas de que a Last Order esteja escondendo algo...
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