Accelerator e Last Order- 6 anos depois... escrita por Emili Elens


Capítulo 15
Operação: investigar a pirralha II




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Resolvi me acalmar e terminar meu banho, com certeza teriam toalhas dentro dos armários, mas infelizmente eu estava enganado. NÃO HAVIA NENHUMA TOALHA! Nem de rosto (claro que eu não iria sair do banheiro até meu quarto usando apenas uma toalha de rosto)! O quê eu poderia fazer? Minha situação estava realmente complicada. Nossa como eu sou um completo burro!

Escandalizar não iria adiantar, e também não faria aparecer uma toalha mágica do armário (mas até que não seria uma má ideia). Enquanto eu estava terminando de me ensaboar, ouvi a voz da pirralha do lado de fora.

– Acce, você está aí?

– Sim, pirralha. O quê você quer?

– Bem... Eu estava indo para a cozinha, e não pude deixar de notar que sua toalha estava no corrimão da escada.

– Q-q-quê?

– Isso mesmo, eu voltei para te devolver a toalha.

Naquele momento, percebi que a pirralha prestava para fazer alguma coisa.

– E como você pretende me devolver? Com um teleporte?

– Você simplesmente abre a porta, e eu te entrego sem problemas.

– No quê está pensando pirralha? Acha que eu vou deixar você entrar aqui... Hum... Er...

– Algum problema, Acce?

– Sim, muitos!

– Por quê?

– Porque não é de sua conta, pirralha. Apenas deixe minha toalha na maçaneta da porta.

– Certo, Accel.

Finalmente a pirralha havia saído, e eu poderia terminar de tomar o meu banho sem ter que ficar “batendo papo” com a Last Order do outro lado da porta!

Quando terminei de tomar banho, abri a porta lentamente, e coloquei apenas meu braço para fora, para pegar minha toalha. Mas quando minha mão já estava na maçaneta, uma outra “mão” me deu a toalha.

– Aqui está, Acce.

– Pirralha! Eu pensei que já estivesse saído.

No momento em que a pirralha pegou em minha mão, comecei a suar frio. Ela me entregou a toalha, mas ficou segurando minha mão por mais uns dez segundos. E esses dez segundos estavam me deixando nervoso (mas não de raiva, obviamente).

– Bem, na verdade eu tinha saído, mas ao voltar, avistei você tentando pegar a toalha que estava na maçaneta. Então, resolvi vim te ajudar.

– Hum... Er... E-e... A-a-a-a...

– O quê?

– N-n-n-n-na... N-nada!

Fechei a porta na cara da pirralha, suando frio. Eu só podia estar doente! Isso nunca havia acontecido comigo, meu estomago também estava dando “reviravoltas”, além daquela tremedeira estranha e minha respiração que também estava mais forte e mais rápida. Talvez isso pode ter acontecido por quê eu ainda não havia comido nada desde que tinha chegado do Daihasei. Será que falta de comida por apenas umas cinco ou seis horas causariam aqueles sintomas malucos?

Ainda encostado na porta do banheiro, comecei a me enxugar e em seguida abri a porta do banheiro, e saí de toalha (muito constrangedor para o esper de maior nível da Cidade Acadêmica) em direção ao meu quarto. Era um pouco complicado andar de toalha e segurar a muleta ao mesmo tempo. Senti o toque das mesmas mãos que tocaram as minhas há um minuto atrás, mas desta vez foi no meu braço.

– P-p-p-p-p-pirralha?!

– Quer ajuda, Acce? – Disse a pirralha sorrindo.

– N-n-n-n-não... E-e-estou b-bem...

– Tem certeza? Você está tremendo... – Respondeu a pirralha pegando na minha mão e levando-a até meu pescoço.

Naquele momento eu senti que iria transpirar ou algo do gênero.

– L-l-l-last... Hum... Er … A-a-a-a-ah…

– Acce, você está suando, está com calor?

– N-n-não! – Respondi soltando meu braço das mãos da Last Order.

Aquilo estava ficando tenso. Eu queria entrar em meu quarto, trancar a porta e só abrir novamente na semana que vem.

– Você tem certeza absoluta de que não quer a minha ajuda?

– N-n-n-não! E-e-e-e-eu... Er... e-e-estou b-b-bem!

Abri imediatamente a porta do meu quarto e entrei. A pirralha não cansava de receber a porta na cara?! Aquelas sensações estranhas estavam me comendo por dentro, e a cada minuto eu estava suando mais e mais. Até pensei em tomar outro banho!

A pele da pirralha era macia... MAS ISSO NÃO IMPORTA! Ela havia notado a minha tremedeira, e com certeza teria notado também que eu estava suando.

Fui vestir a minha roupa para poder descer e comer alguma coisa, eu tenho certeza de que aqueles sintomas estranhos eram porque eu ainda não tinha comido, não poderia ser outra coisa!

Quando terminei de me vestir, ainda estava tremendo um pouco. Eu não queria abrir a porta de novo, ainda estava um pouco “traumatizado” sobre o quê tinha acontecido comigo há quinze minutos atrás. Não queria dar de cara com a pirralha de novo. Eu devo ter ficado cor de rosa quando a pirralha colocou a mão em meu pescoço. No quê ela estava pensado?! Nem me imagino corado... Deve ser um horror!

Abri a porta devagar e olhei para os dois lados antes de por um pé para for do quarto. Tive uma surpresa ao ver que aquela planta maldita estava na minha porta de novo. Tinha algum imbecil querendo me fazer de idiota! Tirei a porcaria da planta, e desta vez coloquei um pouco mais afastado do meu quarto.

Não havia nenhum sinal da Last Order por perto, ela poderia estar tomando banho. Era tempo de ir até a cozinha, pegar qualquer coisa e vim comer no quarto. Eu não estava entendendo aquele sentimento de estar “me escondendo” ou “evitando” a pirralha, era algo sem explicação, sem nexo... E nem eu mesmo estava sabendo até que ponto isso iria!

Peguei minha muleta, saí do quarto e fui descendo as escadas em direção à cozinha. Fui andando devagar e olhando para trás, e ver se o “espertinho” que estava colocando a maldita planta na porta do meu quarto apareceria, e a colocaria de novo. Mas ninguém havia aparecido, e obviamente, a planta continuava no mesmo lugar que eu tinha colocado. Quando eu já havia terminado de descer as escadas, mas continuei andando devagar, e ainda de costas.

Ao chegar à cozinha, eu não estava nem um pouco a fim de jantar, apenas fiz um sanduiche “simples” e fui até meu quarto. Ao chegar nas escadas, avistei de longe que tinha algo na porta do meu quarto... ERA A PLANTA! Subi o mais rápido que eu pude. Ao chegar a porta do meu quarto, eu deduzi que aquela planta tinha vida própria!

– Maldição!


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