Letters Of An Unknown escrita por LittleGirl


Capítulo 2
Queria ser criança - Carl Fitz


Notas iniciais do capítulo

"Todos têm uma criança alegre dentro de si, mas poucos a deixam viver" - Augusto Cury



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Boston - 1990 - 16:00 horas

Caros desconhecidos

Prazer sou Carl Fitz. Um homem cujo o maior desejo é voltar á ser criança...

O inverno...o frio esvoaçando meus cabelos. Se você quer relaxar isso é a melhor opção, seus pés quentes tocando a neve fria e todo aquele roupão, mas mesmo assim ainda está com frio, as guerras de bolas de neve. Isso é reconfortante depois da semana corrida que passei...vejo hoje as crianças de hoje em dia, será que se esqueceram de como é rolar na neve ou possuir seu próprio brinquedo e não conseguir mais larga-lo?

Se houvesse algum botão para voltar á infância, sempre pensei que seria muito bom crescer...ter minhas próprias coisas. Realmente de primeiro momento é extremamente bom...mas ai você cansa e fica com saudade daquela maravilhosa vida onde nas noites frias, corria para o quarto de seus pais com medo de trovões e eles te apertavam e abraçavam forte...e era como estar no paraíso. Que pena que eu não via isso naquela época, era tão normal e comum pra mim, entretanto agora queria tanto voltar nesse tempo...A ter a inocência de uma criança e não possuir tantas responsabilidades.

Crianças...como elas tem sorte, possuem uma inocência tão grande que chega á encantar qualquer pessoa. Tomara que saibam aproveitar essa fase tão maravilhosa.

Uma vez fui em um orfanato e uma criança veio correndo em minha direção, pegou em minha mão e mim puxou para sentar no chão. Com um grande sorriso no rosto, ela mim deu um brinquedo e eu não sei como...começamos á brincar e não conseguíamos parar mais. Todas as pessoas que nos olhavam deveriam achar aquilo um absurdo, entretanto para mim foi a primeira vez depois de anos que mim senti uma verdadeira criança, e aquilo mim ensinou muita coisa, agora sou o papai noel daquele orfanato. Trago em todo natal vários presentes para elas e mim conforto quando vejo aqueles olhinhos brilhantes cheios de alegria ao mim ver, sinceramente? aquelas crianças mim fizeram ver a criança dentro de mim que eu achava que já tinha sumido, e por mais que qualquer pessoa ache uma completa loucura...elas mim fizeram acreditar de novo em papai noel.

Daqui por diante sempre vou confiar em meus sonhos, como se diz "A esperança é a ultima que morre". Vou virar palhaço...isso mesmo palhaço, meu grande sonho...poder fazer as pessoas rirem e se divertirem na minha presença, ver as crianças doentes se alegrarem quando mim verem sabendo que finalmente iriam sorrir e esquecer do que estavam passando.

Sempre fui inseguro de mim mesmo...nunca acreditei que eu fosse capaz de deixar meu incrível emprego de advogado para ser um simples palhaço. Enfim eu consegui. Dei todo o meu dinheiro para a caridade...minha namorada que dizia mim amar mim deixou por eu estar sem dinheiro...meus "amigos" simplesmente nunca mais falaram comigo depois do ocorrido...minha mansão foi vendida...como é que se diz? Ah é mesmo "Eu perdi tudo" acho que é assim mesmo. O medo de perder essa coisas sempre mim dominaram desde o momento em que mim tornei advogado, foi como entrar em uma solidão sem fim. Aquela mansão escura e assombrante...tão vazia...da mesma forma que estava a minha vida.

Agora que eu perdi tudo...ou melhor eu não perdi absolutamente nada, apenas ganhei coisas maravilhosas. Se vocês caros desconhecidos pensaram que eu estou triste...estão muito enganados. Finalmente fui libertado do meu medo contaminante, finalmente mim libertei da minha vida vazia de solidão.

Depois da reviravolta da minha vida, minha maior alegria é passar por aquele portão e encontrar aqueles olhinhos ansiosos á minha espera.

"Acredite no amor. Acredite em magia. Acredite em Papai Noel. Acredite nos outros. Acredite em si mesmo. Acredite em seus sonhos. Se não o fizer, quem o fará?
–Jon Bon Jovi"

~Carl Fitz


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Notas finais do capítulo

"A criança é alegria como o raio de sol e estímulo como a esperança"



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