O Grande Palco da Vida - Live escrita por Celso Innocente


Capítulo 48
Um amor de criança.


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao último capítulo.
Acho que finalmente Regis poderá ser mesmo feliz.



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Chegamos à Trindade, estado de Goiás, às duas horas da tarde de sábado, dia vinte e cinco, indo direto ao Gran Circus Real Americano, instalado em um bairro afastado do centro, em busca do primeiro e único amor da vida de meu amigo Regis.

Como na viagem criamos um plano para seu reencontro com a amada, paramos meu carro escondido sob uma árvore e acabei de chegar ao circo andando. Perguntei a um rapaz, onde encontraria dona Sandra ou o senhor Carlos Alberto e então segui para seu reboque, onde bati na porta. Em poucos segundos ela se abriu, surgindo uma senhora, de talvez quarenta e dois anos de idade.

— Dona Sandra? — perguntei-lhe.

— Pois não! — respondeu-me.

— O senhor Carlos está?

— Vem vindo lá adiante!

— E sua filha Lúcia?

— Deve estar no circo!

— Venha comigo, por favor!

— O que há? — espantou-se ela. — Você é da prefeitura?

— Não! Nem moro nesta cidade!

— De onde é você?

— Do interior de São Paulo.

Encontramos o senhor Carlos que chegava e após cumprimentá-lo, pedi que nos acompanhasse e assim, seguimos até meu carro. Quando chegamos, Regis estava de pé, encostado na porta, do lado do motorista e ao vê-los, sorriu, estendendo a mão para dona Sandra, cumprimentando-a:

— Boa tarde minha senhora!

Ela segurou sua mão e ficou curiosa, sabendo que o conhecia, tentando descobrir quem era. Como não conseguiu se lembrar, Regis se dirigiu ao senhor Carlos e fez o mesmo.

— Você não me é estranho! — disse dona Sandra, duvidosa. — De onde você vem?

— De onde nós somos, Willian? — perguntou-me em sorriso, Regis.

— Regis Moura! — gritou dona Sandra pulando no pescoço de meu amigo.

— Isso mesmo! O menininho Regis de São João da Boa Vista! — confirmou o senhor Carlos.

— Willian, era a pessoa de quem você mais falava com Lucia! — riu feliz dona Sandra. — Vamos ao circo! Lucia ficará encantada em te ver!

— Não! — negou Regis. — Só iremos ao circo à noite!

— Por quê? — insistiu dona Sandra.

— Meu tutor Willian, bolou um plano pra ser posto em prática e eu gostei.

Depois de conversarmos um pouco, explicando nosso plano ali mesmo na rua, nos despedimos e seguimos a um hotel da cidade, onde fomos descansar e tomar banho.

Regis e eu também; estávamos ansiosos para o início do segundo espetáculo do circo em Trindade. Sim, porque a estreia teria acontecido na noite anterior.

Pouco antes das vinte e uma horas, estávamos com o carro estacionado praticamente em frente ao circo. O espetáculo iniciou exatamente as vinte e uma horas, com as artes do grupo de palhaços e na sequência, o senhor Carlos anunciara:

— Respeitável público, na apresentação seguinte, existe uma surpresa, a qual foi ensaiada na tarde de hoje pelo grupo e pedimos desculpas, caso haja algum pequeno erro; pois tudo faz parte do espetáculo.

Para que nada desse errado, o grupo de trapezistas, com exceção de Lucia, estava ciente da visita de Regis e para que ela não desconfiasse, devido às palavras de possíveis erros pelo pai; o irmão Francisco, ensaiou naquela tarde, duas piruetas diferentes no trapézio e então:

— Com vocês, o melhor grupo de trapezistas do mundo — prosseguiu o senhor Carlos. — Os irmãos Nijinsky!

Eles entraram, subindo imediatamente nos trapézios, iniciando seu magnífico número, com suas vestes brilhando pela luz dos holofotes.

Naquele instante, Regis muito bem vestido, em traje de gala branco, entrou no palco e acompanhado pelos músicos do circo e seu violão; após muitos anos, enquanto Lucia brilhava no alto do circo ele cantou, em tom de paródia, modificada às pressas “Meu Primeiro Amor”, de Cascatinha e Inhana. A mesma que ele cantou em uma apresentação aos oito anos de idade no mesmo circo.:

Felicidade sentimento lindo quando reencontra um grande amor,

Na estrada longa da vida, eu vou sorrindo com muito ardor,

Igual uma borboleta vagando bela por sobre a flor,

Seu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for.

Você nem sequer se lembra de ouvir a voz deste sonhador,

Que implora os seus carinhos, só um pouquinho do seu amor,

Meu primeiro amor tão belo voltou

Não tenho mais dor nesse peito meu.

Meu primeiro amor foi como uma flor

Que desabrochou e sempre viveu

Nesta paixão com muita alegria,

O que me alivia é pra onde vais.

São prantos de amor, que dos olhos caem,

É porque bem sei, quem eu tanto amei verei logo mais.

Meu primeiro amor...

Foi pura coincidência, mas a música terminou junto com a apresentação do grupo de trapezistas e então, Regis deixou o violão sobre uma cadeira no palco, foi até o picadeiro e segurou a corda, para que o grupo, um após outro, descesse de seus balanços. Como combinado, Lucia foi à última a descer e quando chegou ao chão, ele já teria tirado seu lindo blazer branco, agasalhando-a delicadamente e abraçando-a por trás, dizendo suavemente em seu ouvido:

— Eu te amo!

Ela, surpresa, olhou para ele e antes mesmo de reconhecê-lo, recebeu um demorado beijo nos lábios, sendo aplaudidos pela plateia lotada, que julgava aquilo tudo, ser obra de atores, representando um teatro.

Junto a todo o grupo, se curvaram em agradecimento à plateia e se retiraram para o camarim.

— Regis! — chorava ela. — Quanta saudade! Você ainda me ama?

— Quer se casar comigo? — ele também chorava.

— Pode ser hoje? — ria e chorava a lindíssima Lucia.

Voltaram a se beijar demoradamente e despreocupados com a exposição à plateia de irmãos, pais, palhaços, outros artistas e eu.

Lucia, realmente fora o primeiro e único amor na vida de meu amigo Regis. Pois ainda há poucos dias ele falava sobre sua vida comigo e dissera nunca ter tido outra namorada e inclusive, após sua experiência traumática, pouco antes de completar doze anos de idade, até então, aos vinte e quatro anos, jamais tivera outro tipo de relação sexual. Era quase um menino virgem.

— E eu assisti o primeiro beijo desses dois safadinhos! — insinuou Risadinha, com lágrimas borrando sua maquiagem.

©©©

Em dois de Setembro daquele mesmo ano, ele estivera com a namorada Lucia, presente, em uma linda cerimônia de casamento, com mais de oitocentos convidados, no salão de festas da Igreja do Perpétuo Socorro, para me abraçar e me desejar felicidades, ao lado de minha jovem esposa.

Ele, apesar de afastado da vida pública há muitos anos, continuava muito querido. Eu tinha então trinta e sete anos de idade e minha esposa, vinte e quatro, como já citado, a mesma idade de Regis, treze anos mais jovem do que eu.

Nesse ano, Regis terminara a faculdade de medicina e no ano seguinte, concluiu a especialização em cardiologia, que ele almejara.

De volta em definitivo para São João, montou seu lindo consultório, colocando na parede da recepção, dois lindos quadros de fotografias da época em que ele era um menino artista. Uma delas ele estava sozinho e a outra, abraçado comigo. Dentro do consultório, também na parede, colocou dois quadros de fotos: uma do doutor Marcio Hernandes, doutor Marcelo e doutor José Henrique e outra do já falecido doutor Luís Hernandes, pai de Marcio Hernandes.

Sobre sua mesa, colocou uma pequena moldura, com uma foto de quando ele tinha seus onze anos de vida, com a frase:

“O que eu sou o que eu tenho, o que eu faço, é permissão de Deus”.

Lucia Regina da Silva Moura se viu obrigada a abandonar o circo para se casar com Doutor Regis de Assis Moura, aos vinte e oito de Junho de mil novecentos e noventa e sete; um dia após o nascimento de Leandro, meu segundo filho. Nesta data, deveria ter sido seu padrinho de casamento no religioso, mas como não pude, fui abraçá-lo pessoalmente em sua linda cerimônia. Claro que sem a presença de minha esposa, que se fazia internada na Maternidade da Santa Casa de Misericórdia.

Seu primeiro filho: Lucas da Silva Moura nasceu em oito de Março de noventa e nove e foi batizado por mim e minha esposa na igreja catedral, em trinta de Maio, dia do aniversário de Orzila, que havia trabalhado para mim na época de solteiro e devido à coincidência, como fiz questão em levá-la no batizado, ela ficou imensamente feliz, dizendo que era uma honra, àquela homenagem em batizar o filho de Regis no dia de seu aniversário e que no dia seguinte, meu primogênito Henrique completaria sete anos de idade.

©©©

Em vinte e três de Abril de dois mil e quatro, antes das quatro horas da manhã, em atendimento médico de emergência, no hospital da Unimed, entregava minha esposa aos cuidados do médico de plantão, doutor Oscar Pirajá Filho, que em tom preocupado, me disse que não garantia a vida da criança que estava por nascer e se não se apressasse, também não garantia a vida da mulher.

O rápido atendimento foi graças à gente ter se mudado para nosso novo apartamento, muito próximo ao hospital.

Apavorado, sem saber o que fazer, deixei o hospital, voltando para casa, onde liguei para meu cunhado Jorge, pedindo que fosse ficar com meus dois filhos pequenos, que haviam ficado sozinhos. Em seguida, liguei para meu amigo Regis. Assim que ele atendeu, lhe pedi chorando:

— Desculpe Regis, te acordar a essa hora! Minha filha está nascendo nesse momento,no hospital da Unimed, em grande risco de morte! Eu me sinto culpado, pois não queria ter mais filhos!

— Calma, Willian! — disse ele calmamente. — Deus está com eles!

— O médico disse que não garante a vida dela! — continuei chorando.

— Quem é o médico?

— Doutor Oscar Pirajá.

— Excelente médico! O que aconteceu antes de irem ao hospital?

— Deslocamento de placenta. O médico disse que é grave!

— Onde você está?

— Em casa. Mas voltarei ao hospital agora.

— Quem ficará com Leandro e Henrique?

— Meu cunhado Jorge está chegando.

— Fique calmo! Volte ao hospital! Tudo ficará muito bem! Depois você me liga.

A um verdadeiro amigo, quando se pede socorro, não se diz, depois você me liga...

De volta ao hospital, a primeira pessoa que encontrei, também descendo de seu carro, foi meu amigo, doutor Regis, que calmamente me abraçou e me levou para o interior do edifício, onde pude notar, que além do ótimo atendimento pelo doutor Oscar, tal qual dos outros dois médicos: a doutora Larissa e doutor Roberto Tiraboshi, às cinco horas da manhã, encontramos minha filha, já limpa, de olhos pretos arregalados, em estufa, por ter nascido prematura aos sete meses de gestação.

Após o grande susto e já feliz, me sentindo aliviado, enquanto doutor Regis parou com os demais companheiros, heróis de verdade, encontrei uma das enfermeiras que ajudou na cesariana de minha esposa, a qual me disse, que além da equipe de médicos que cuidou de minha esposa e filha, havia um outro que não usava máscara, orientando os companheiros que não o viam.

Naquela mesma tarde, Doutor Regis voltou à Unimed e juntamente comigo e meu filho Leandro, visitou minha filhinha Letícia. Embora não fosse sua especialidade, disse que ela estava muito bem e deveria deixar à incubadora em dois ou três dias.

— Regis, quando te liguei de madrugada e depois aqui no hospital, percebi você tão calmo. Sei que você é médico, mas como podia ter tanta certeza de que tudo estava bem?

— Ora meu amigo, você me ligou apavorado; se eu ficasse apavorado também, será que lhe ajudaria em algo?

Dei apenas um leve sorriso:

— Depois, eles realmente estavam sendo cuidados por excelentes médicos! Além de que, pessoas como você, existe na proporção de um pra mil; o que o torna muito especial. E Deus não vai deixar nada de mal acontecer na vida de pessoas especiais.

— Gostaria de lhe fazer uma pergunta como médico! — pedi.

— Meus honorários são caros! — brincou ele.

— Sei disso! Por isso que você está rico!

— Rico! Eu? — riu ele. — Rico não é aquele que mais tem, mas aquele que menos precisa!

— Essa eu conheço — pensei um pouco. — Só não me recordo de onde!

— Do túmulo de um médico famoso de sua cidade.

— Exatamente! Doutor Ramalho Franco! Dizem que foi um grande médico! Não o conheci! Mas… Quando você esteve no túmulo dele?

— No funeral de seu pai. Mil novecentos e noventa e... Oito.

— Verdade! Já faz seis anos. Mas quero falar em medicina, sobre você.

— O que há comigo?

— Aquela vez que você foi ferido no peito; na época, todos nós, inclusive o doutor Marcio, disse que você sobreviveu graças a um milagre. Hoje, como médico cardiologista, o que você diria que aconteceu? Continua achando que foi milagre?

— Que lembrança, hem meu amigo! — entristeceu-se ele. — Mas o fato é que... como eu era criança e tinha os ossos do tórax muito mole, como cartilagem. Aperte os ossos do peito do Leandro e veja como é! Quando a faca penetrou, cortando a pele e os ossos, a dor foi muito forte; tão forte que até urinei nas calças; não sei se você reparou…

— Não! Tinha tanto sangue, que foi só o que vi!

— Pois é! Devido o pavor com que me encontrava... — fez uma pausa. — Você não sabe o quanto é cruel, ver e sentir... Um punhal apontado pra sua cara! Eu estava com tanto medo, que meu coração batia a duzentos... Quando a faca penetrou e devido à grande dor, eu urinei na calça e antes que pudesse chorar, desmaiei; com isto, meu coração diminuiu rapidamente as pulsações para cerca de trinta e a pressão despencou rapidamente. Quando a faca furou meu coração eu já não sentia mais nada! Já estava inerte! Então aconteceu algo grave, alguém irresponsavelmente puxou a faca de meu peito.

— Fui eu — assustei-me.

— Pois é! Só um médico deveria ter feito o que você fez.

— Na hora eu me apavorei!

— Sei disso! Mas se você não tivesse sido tão irresponsável agindo assim, meu coração ficaria travado pelo punhal e com certeza pararia. Ou seja, eu chegaria ao hospital morto…

— Você tá dizendo que...

— Isso mesmo meu nobre amigo! — Doutor Regis tinha lágrimas. — Devo-lhe a vida!

Suspirei aliviado, tirando um peso cravado na mente durante muitos anos, por minha irresponsável atitude no passado.

— Mesmo assim, e o fato que o médico disse que seria impossível alguém sobreviver com o coração cortado?

— Não é só isso! Você estancou a hemorragia externa; mas a pior delas é a hemorragia interna! E essa você não tinha como estancar!

— O que você me diz? Como médico?

— Que hoje eu não deveria estar aqui!

— Hem!?

— Eu estive morto, meu amigo! Já falamos isso! Estive do outro lado da vida! Não vi Deus! Mas um anjo dEle me mandou voltar. Eu vi minha cirurgia! Todos os médicos; inclusive o doutor Luís, pai de Marcio, que já havia falecido…

— Eu já vi muito falar sobre isso, Regis. Os médicos dizem que é ilusão; que isso acontece devido à adrenalina provocada no organismo, devido o grande estado de choque emocional.

— Sei o que a ciência diz! Esqueceu que sou médico? Estou aqui hoje graças a um monte de fatores. Eu ter desmaiado rapidamente; meu coração ter diminuído a pulsação; minha pressão sanguínea cair a quase zero; seu ato errôneo de puxar a faca; o rápido atendimento no Incor e principalmente a proteção de um anjo de Deus. Se bem, que milagres de Deus acontecem a todos os momentos em nossas vidas. Nós é que somos hipócritas e não percebemos. Eu mesmo já tive diversos pacientes que ainda estão vivos e não é graças apenas à medicina. Você mesmo e sua família passaram na madrugada de hoje por um grande milagre de Deus. Esse milagre se chama Letícia.

— Me lembrarei disso! — confirmei emocionado.

— Não sei se deveria lhe falar, mas ela precisou ser... em palavras simples, restabelecida.

— Ela sofreu parada cardíaca? — fiquei receoso.

— Basicamente sim! Mas nas mãos dos médicos o restabelecimento foi imediato. Não temas! Sabe o que significa o nome Letícia? Você que é bom nisso!

— Segundo minha esposa “Alegria do Senhor”.

Ele deu um beijo em Leandro e um abraço em mim.

— Que seja também nossa grande alegria! Preciso ir. Qualquer hora volto aqui!

©©©

Em vinte de junho desse mesmo ano, nasceu Luan da Silva Moura, segundo filho do casal Regis e Lucia.

Em sua casa, na festa do sétimo aniversário de Lucas, seu pai lhe pediu:

— Busque meu violão pequeno.

O menino o obedeceu.

— Mostre ao padrinho quem é você!

O pequeno sentou-se a meu lado no mesmo sofá e tocou algumas notas, embora das mais fáceis (dó, sol maior, ré menor), porém sem erros, naquele que fora o primeiro violão de seu orgulhoso pai, arriscando inclusive um pontilhado de “O menino da porteira”.

— Você já tem um novo emprego! — disse-me doutor Regis, orgulhoso.

— Como assim? — fingi admiração.

— Padrinho, tutor, pai e empresário do novo Regis Moura!

— Acho que Lucas vai ser tão bom quanto foi você — concordei. — Mas estou de mudança pra Penápolis.

— Que isso, Willian!? Vocês nem terão que sofrer como foi em meu início! Assim que ele fizer seu primeiro show, lhes darei um avião, para que viagem mais confortável e voltem pra casa mais depressa.

— Seria uma grande honra! Mas acho que não tenho mais pique!

— Além do mais, como você é padrinho dele, garanto que não sentirei o mesmo ciúme que meu pai tinha de você me roubar.

Ainda no ano de dois mil e seis, apesar do convite para cuidar da carreira de meu afilhadinho, depois de morarmos próximos durante muitos anos, resolvi de fato me mudar para Penápolis, cidade onde nasci e vivi até próximo aos vinte anos de idade, ficando novamente longe de meu amigo Regis e sua família.

Agora, final do ano dois mil e treze com cinquenta e cinco anos de idade e doutor Regis com quarenta e dois, estou aposentado e morando em bela chácara, que construí com ajuda de minha dedicada esposa e denominamos “O sonho do Vovô”, em homenagem à meu sogro Manuel Ramos e meu pai, Antônio, que sempre tiveram este sonho e foram embora da Terra sem poder realizá-lo.

Lucas ainda não faz tanto sucesso quanto o pai fazia aos onze anos de idade, mas continua estudando violão, piano e canto. O irmão Luan, aos nove anos, já toca muitas músicas, em bonito cavaquinho, que lhe dei como presente de aniversário aos três anos de idade e Apesar dos nomes, os dois irmãos não têm nada a ver com a famosa dupla sertaneja Lucas e Luan.

Doutor Regis de Assis Moura nunca mais subiu em um palco para cantar, mas continua cumprindo sua missão aqui na Terra, como excelente médico cardiologista, em troca do milagre recebido quando tinha apenas onze anos de idade e era o menino mais querido deste lindo Brasil.

Naquela época eu não tinha nenhum filho; hoje tenho quatro:

Henrique, Leandro, Letícia e Regis.

Fim

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Notas finais do capítulo

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Acabou esta, mas... acompanhe outra de minhas estórias.
Faça um escritor feliz. Minha próxima é: "Um pequeno problema"



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