O segredo do Palhaço escrita por Antonio Carlos


Capítulo 2
Capitulo II




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Batman terminara sua ronda e estava se preparando para voltar para casa quando o Batsinal foi acionado o fazendo mudar de idéia, apos alguns minutos de corrida pelas ruas da cidade e uma pequena escalado pelo prédio ele pousou na habitual cobertura.

Um rosto meio oculto observa o homem morcego através da neblina da madrugada.

– Comissário... - disse Batman se aproximando do holofote

– Batman... Coringa fugiu do manicômio novamente - ele falou parando ao lado dele.

– novamente? - Batman falou apertando os olhos, lá se ia seu final de noite tranqüilo - deveríamos colocar ele em um local mais resistente...

– Devo te contar uma coisa que me chamou a atenção e sem duvidas vai chamar a sua também - disse Gordon se virando para a cidade escura - quando o Coringa fugiu não se ouviu nem uma única risada.

Ao voltar a se virar não havia ninguém ali, Batman se fora.

–Odeio quando ele faz isso - diz Gordon para a escuridão.

Agora que não podia mais voltar para casa Batman partiu em patrulha e faltando pouco mais de 2 horas para o amanhecer ele viu uma cara conhecida, Big Smile, um dos loucos admiradores do coringa, e um de seus mais fervorosos ajudantes.

– muito bem - disse Batman pousando na frente do homem que andava apressado e que ao velo quase cai para trás - onde esta seu chefe?

O homezinho se recompôs e então falou calmo.

– Te esperando ao leste, no telhado do galpão Wayne no porto

– Se isso for uma armadilha, e tenho certeza que e, voltarei para te pegar - disse Batman a se afastar

Ele chegou ao prédio o mais rápido que pode, os raios de sol começavam a arranhar o céu negro, havia um homem parado no telhado de costas para ele um homem que o esperava.

– Batman... - disse uma voz que por um instante ele não reconheceu, era uma voz de noites mal dormidas e de cansaço, não havia sarcasmos ou ironia nela

– Coringa... O que aconteceu com você?

Então o Coringa virou-se para o inimigo, e para surpresa de Batman seu rosto não trazia o sorriso habitual e seus olhos tinham uma expressão que ele conhecia muito bem. Uma mistura de dor e perda. O Batman se colocou em posição de combate e esperou porem o Coringa nada fez alem de esperar e o observar de uma forma que nunca fizera antes, era como se ele fizesse uma analise minuciosa do homem morcego, como se nunca o tivesse visto antes.

– Vamos Coringa - ele falou com uma voz calma - não precisamos fazer isso novamente, não é?

– é... - disse o Coringa finalmente, Batman esperava que ele jogasse bombas, sacasse uma arma, lançasse gás ou risse de modo descontrolado, mas ele nada fez - realmente não precisamos.

Aquelas palavras, talvez pelo modo seco que foram ditas fizeram com que o homem morcego abaixasse as mãos confuso, nunca nesses anos havia visto o Coringa daquele jeito.

– você vira comigo para o manicômio em paz? - disse o Batman incrédulo.

– não... - disse o Coringa fechando os olhos e balançando a cabeça devagar - já passei muito tempo em Gotham, 15 anos já é o suficiente para mim, esta na hora de voltar para casa.

O Batman o encarou como se ele tivesse falado de como as tartarugas voavam bem.

– você não pode ir embora - disse ele se aproximando - você tem uma pena para cumprir aqui...

– não Batman! - ele falou de uma forma tão forte e simples que o morcego deu um passo para trás - você não entendeu? Chega de brincar de policia e ladrão com você! Eu tenho coisas REAIS para fazer em minha casa, contas para acertar, isso é entre eu e Big Jack, me esqueça.

– Big Jack? Isso tem algo haver com Raquel e Bruce...? - o Coringa separou as pernas e flexionou os joelhos, quando o Batman percebeu que aquilo era uma base de luta era tarde demais.

O primeiro soco fez seu mundo do morcego rodar, e antes que pudesse se recuperar estava no chão, Coringa sem pestanejar pegou as algemas do próprio herói e com elas ele o prendeu, e então bateu sua cabeça no chão, Batman sentiu o rosto sangrar e sua cabeça zunir.

Coringa pegou na abertura da mascara e levantando sua cabeça disse.

– Não fale o nome deles em vão morcego... Vejo que essa mascara está atrapalhando sua respiração - ele falou se aproximando do rosto como se realmente quisesse ouvi-lo respirar - deixe-me te ajudar nisso.

E com um puxão a retirou, ele olhou o rosto meio inchado e vermelho sangue por um segundo e sorrio de modo irônico.

– Bruce Wayne... - sua voz estava cheia de surpresa - como o destino é irônico comigo morceguinho.

E então jogou a mascara no chão.

– pena que eu não posso ficar amigo - ele falou com uma sinceridade que doía - sim, amigo, hoje vejo que você era o único que me entendia, mas já perdi 20 anos, não estou disposto a perder nem um segundo sequer, alem do mais meu trem parte ao amanhecer. Adeus

E dizendo isso pegou nos cabelo de Wayne e com bateu com toda a força contra o cimento, e o homem morcego viu tudo virar trevas.

Quando abriu os olhos novamente tudo que viu foi o teto de cor bege.

– Onde... - sua voz parecia não ser usada há muitos anos.

– Ah patrão Bruce! - disse uma voz apreensiva - pensei que não fosse acordar tão cedo.

– como...

– uma idéia deveras genial colocar um alarme para caso sua mascara fosse retirada do rosto fora da Batcaverna, eu segui o sinal ate o telhado daquele prédio imundo e o resgatei.

Bruce levantou a mão que parecia pesar uma tonelada e passou ela no rosto, ao chegar ao nariz sua mão recuou instintivamente por causa da dor.

– Bem senhor - disse o mordomo - seu nariz estava realmente muito quebrado, chamei um medico aqui e por uma pequena bagatela ele fez a cirurgia aqui mesmo.

– O que você disse para ele?

– que o senhor caiu do cavalo senhor.

– ele acreditou?

– bem senhor - disse Alfred ajeitando a gravata - ele apenas observou que o cavalo tinha um forte gancho de direita.

– Quando tempo eu estou aqui Alfred - a frase gastou quase toda a energia que ele tinha, sua cabeça girava e o corpo estava dormente.

– três dias senhor... - as palavras foram como um choque para Batman, três dias ele dera de dianteira para o Coringa, seja lá o que ele estivesse tentando fazer.

Com a ajuda (que não fora conseguida sem ouvir muita reclamação) de Alfred Bruce desceu a Batcaverna, chegando lá se dirigiu direto para o computador e digitou o mais rápido que suas mãos conseguiam.

E então apos alguns segundos parou.

– O que o afligia tanto senhor? - Alfred falou parando do lado da cadeira e olhando para o monitor. Tudo que ele via eram os itinerários de trens - creio que não queria ir para nenhum lugar, queria?

– Iron Ville... - Bruce disse afinal

– Iron Ville senhor?

– é para onde o Coringa esta indo - O Batman caminhou meio cambaleante ainda recuperando os movimentos, seus passos o levaram para onde guardava o uniforme - eu preciso saber por que ele esta indo para lá.

– isso não pode esperar? O senhor não tem condições de ir agora - disse Alfred se colocado no meio do caminho.

– Eu sei disso - disse passando pelo mordomo - mas eu sou o Batman e não posso esquecer-me disso. Principalmente agora que o Coringa lembrou quem era.


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Notas finais do capítulo

Gostou? comente elogios, não gostou? Então comente suas criticas.

PS: conclusão no próximo capitulo!



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