O segredo do Palhaço escrita por Antonio Carlos


Capítulo 1
Capitulo I




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Batcaverna dias atuais:

– Tem uma coisa que eu não entendo Alfred - Bruce diz enquanto retira a mascara do rosto e ao se sentar a coloca de lado

– O que seria tão rara coisa que o senhor não entende? - Alfred fala enquanto prepara uma xícara de chá.
– Na ultima vez que enfrentei ele... - então ele aponta para a foto do Coringa no painel do fantástico computador
– Patrão Bruce, quantas vezes devo dizer para o senhor esquecer isso, todos nos humanos somos passivos de erros, e o fato de ele ter quase morrido naquele dia foi culpa dele - Alfred diz ao entregar a xícara para Batman - ele parece querer morrer.
– eu sei... - Bruce coloca a xícara no apoio da cadeira - mas naquele dia, quando ele estava caído no chão, sangrando e desmaiado, no momento que eu achei que ele fosse morrer, ele murmurou Bruce...
O rosto do mordomo se abriu em espanto.
– então o senhor acha que ele sabe quem Batman na verdade é?
– Ele falou outro nome também - Bruce se levanta e começa a andar pensativamente pela caverna sendo seguido pelo olhar de Alfred - Raquel...
– e quem seria essa patrão?
– Isso que me intriga, todos eles, os criminosos. tem um motivo Alfred - Batman volta a se sentar - menos ele, eu sinto que esses nomes podem ser a chave para o mistério Coringa...
– então o senhor já os procurou no banco de dados da policia?
– Sim, mas não encontro nada no banco de dados de Gotham, e na esfera nacional fica muito complicado para se agir - Bruce esfrega o rosto com a as mãos.
– então senhor, eu recomendo que tente se concentrar, e existem poucas coisas melhores para essa tarefa do que uma boa xícara de chá - E colocando a xícara novamente nas mãos de Bruce, Alfred se retira da Batcaverna deixando ele sozinho com seus pensamentos.

Iron Ville 250km da cidade de Gotham, 20 Anos atrás:

Um homem de olhar calmo e alegre treina com um pequeno jovem cuja aparência física não deixa duvidas se tratar de seu filho, já bate as 9 horas da noite e a escuridão da rua é quase total sendo apenas quebrada pelo holofote que ilumina o letreiro do prédio onde eles se encontram.
Academia de artes marciais T.N.T, mestre Kuvovisk é o que o letreiro diz em uma letra garrafal.
O menino apesar de visivelmente cansando ainda tem um brilho no olhar, dedicação nos movimentos, alem é claro de um sorriso no rosto. o pai com orgulho desmedido sorri também, mas não são os únicos a sorrir.
– muito bem meus grandes guerreiros, esta na hora de vocês entrarem e comerem - uma mulher de cabelos vermelhos como o fogo e olhos azuis como água esta parada na porta do Dojo.
O menino correndo com uma energia surpreendente passa pela porta.
– Raquel, a quanto tempo você esta parada ai? - o homem a beija manchando sua maquiagem por causa do suor, coisa que ela parece não dar importância.
– A tempo suficiente Javier - ela coloca o dedo no peito suado do marido - você sabe como gosto de ver você e Bruce treinando, ele fica com um sorriso tão lindo no rosto... igualzinho ao seu amor.
Os dois se beijam novamente antes dela o empurrar.
– Agora esta na hora do chuveiro honorável mestre - ela diz entrando sendo seguida por Javier.
– você vem comigo? - ele pergunta com seu habitual sorriso de orelha a orelha
– Céus Javier! Bruce esta acordado, alem do mais tenho que colocar o jantar.
Ele a observou sumir no corredor antes de subir as escadas em direção ao banheiro, ele não conhecia todos os homens do mundo, mas sabia que sem duvida era o mais feliz entre todos.
Naquele jantar havia algo de glorioso, como se o universo quisesse que aquele fosse o jantar mais memorável daquela família.
– O papai é o maior mestre do mundo mamãe - disse o menino enquanto colocava uma colher de purê na boca.
– não fale isso em voz alta querido - disse a mãe chegando perto do menino em tom de confidencia - ele pode ficar se sentindo o maioral.
Os três riram como se toda a felicidade do mundo tivesse parado ali.
E então. O telefone toca, Javier se levanta, sabe muito bem o que é.
– Sim senhor, estarei ai em breve - ele da um olhar significativo para a esposa e se colocando o telefone no gancho vai para o quarto onde começa a se vestir.
Ela entra no quarto e o ajuda a abotoar a camisa.
– você acha que é uma boa ideia? - ela fala ao terminar
– Amor, a justiça tem que ser feita - ele falou serio passando as mãos no rosto dela - O mais errado é aquele que vê o errado e não faz nada para concertar, estou fazendo a minha parte.
– mas ele é tão perigoso... - ela segurou sua mão com força como se quisesse que o marido mudasse de ideia - tenho tanto medo...
– não se preocupe meu amor - então ele caminho para a saída do quarto, ela se sentou na cama com cara de choro - tudo ficara bem.
– Amor... não se esqueça que semana que vem é o aniversario de Bruce - ela disse derrotada
– não se preocupe, ate lá eu alugo a fantasia de palhaço - ele diz antes da fechar a porta
E então partiu para o depoimento com o delegado Paul sobre a Little Gang, um grupo de homens que assolava o bairro com a venda de produtos roubados, trafico e extorsão de comerciantes como ele próprio.
Era por volta das 11 da noite quando ele retornou para casa, ele caminhava com certa calma ate o momento que ele percebeu q a porta do dojo estava entre aberta, ele correu para a porta e ao se aproximar percebeu que havia uma faca clavada na porta e presa na faca uma folha de papel.

não existe justiça.
Ass.: Big Jack.

Ele ficou parado absorvendo o impacto daquela mensagem, Big Jack era ninguém menos que o líder da Little Gang, e então apos esse segundos de choque venho os anos de desespero.
Ele entrou numa corrida louca, ele como todo atleta tinha um grande fôlego porem aqueles poucos metros o deixaram ofegante, ele parou na frente da porta do quarto do casal tempo o suficiente para engolir a falta de ar, se nada tivesse acontecido não haveria motivo para alarmar Raquel.
Quando ele entrou no quarto viu uma cena que pensou ele que nunca esqueceria, mas que na verdade durante muitos anos nunca voltaria a lembrar.
Sua esposa e seu filho estavam caídos no chão, claramente eles haviam sido obrigados a se ajoelhar antes de tudo, e ao lados deles um rio vermelho.
"tenho tanto medo...
O papai é o maior mestre do mundo mamãe
A justiça tem que ser feita
Tudo ficara bem.
Ate La eu alugo a fantasia de palhaço.
não existe justiça"
As palavras atropelavam umas as outras em sua cabeça, eram tão pesadas que o fizeram ir de joelhos ao chão e então colocou as mãos em volta da cabeça.
E naquela noite um grito de total e real desespero cortou a noite fria e escura.

Manicômio de Gotham, dias atuais.

O Coringa acordou assustado, ele não lembrava de ter dormido, mas isso acontecia com uma freqüência aterradora ele olhou para os lados como se esperasse ver alguém o perseguindo ou como se esperasse que o sonho fosse real.
Ele pegou o pedaço de espelho que havia contrabandeado para a cela de maneira obscura de dentro do forro do colchão e começou a olhar cada detalhe do rosto com cuidado milimétrico.
Olhou os cabelos pintados de verde, a pele carregada de tinta branca e os lábios pintados de vermelho no formato de um sorriso, apos alguns segundos ele sorriu, não de maneira insana como geralmente fazia, mas sim de uma maneira triste.
– Viu querida... - ele falou fitando o rosto no espelho - aluguei a fantasia de palhaço...
então apertou as borda do vidro ate o ponto de sua mão sangrar, durante muito tempo ele não sabia o que ou porque era, mas agora sabia e não achava a menor graça.


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Notas finais do capítulo

curtiu? recomende para os amigos, comente, favorite e acompanhe, não curtiu? comente o que precisa ser melhorado e acompanhe para ver se realmente mudei o que precisava. Ate a próxima galerinha



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