Nasce mais um dia no campo, antes mesmo que o sol alcançasse o auge, Sakura vestia-se para o trabalho, o Kimono velho e surrado, sua única veste. Descalça e com os belos fios róseos soltos na altura de seus ombros, ela corre em direção a mãe, que já se encontrava fora de casa.

As duas caminham rapidamente até o pequeno plantio de arroz , de onde tiravam o pouco sustento de sua família. A garotinha ajudará no que podia, já que não tinha força para o trabalho, mas sempre estava ao lado de sua amada mãe. Sakura é a filha única da família Haruno, a qual já foi uma família influente na região, mas os dias de glória se foram, e no momento lutam para ter o que comer.

Kizashi, pai de Sakura, sofria de um câncer, e pela falta de dinheiro não pode se tratar, e para seu desgosto não podia se levantar, nem mesmo ajudar sua mulher e filha.

Sakura era uma garota diferente, tinha olhos verdes, pele alva e madeixas rosadas.

Sua mãe sempre lhe dizia que, Na época em que as árvores de cerejeira floresceram, Sakura floresceu também. Essa a explicação que ela dera a filha, quando a mesma questionará a origem dos cabelos róseos.

Mesmo diante de tantas dificuldades, a família era feliz.

Até a morte de seu pai, o câncer o levou a falência, também morre a felicidade junto a ele. Mebuki se encontrava inconsolável pela perda do marido, a mesma fica em depressão, acaba adoecendo também.

Mebuki já não possuía forças para trabalhar, as duas estavam vivendo com a ajudas de agricultores próximos dali. Vivendo de esmolas, esquecendo-se do próprio estômago para dar a comida a sua filha.

2 meses depois.

Sakura abre as janelas de sua modesta casa, sentindo o sol em seu rosto jovial, logo algo a frente lhe chama atenção, um homem, com um enorme agasalho preto parado, a volta dele muitas garotas, mais exatamente suas vizinhas, elas puxavam as vestes do homem, como se implorassem por algo. Sakura estranha a situação, e chama sua mãe.

_Mamãe! Mamãe! Venha ver!

_O que está acontecendo Sakura? Ela entra no quarto da pequena, e vê a mesma com o queixo na moldura da janela observando atentamente o que acontecia do lado de fora da casa.

_Quem é ele mamãe? E porque ele veste aquele roupa estranha? Perguntou Sakura, tão inocente.

_ ... Um homem da cidade. Mebuki já estava consciente do que se tratava, ele procurava por moças, novas gueixas, ele era uma contratado das oky-ias (Casa de gueixas).

Mais tarde no Vilarejo.

Mebuki ouvia atentamente suas vizinhas fofocarem sobre o homem, eles diziam que ele irá fazer uma seleção no dia seguinte, para escolher as mais belas das garotas.

Nunca ouve tal tumulto na silenciosa Vila, mulheres e suas filhas corriam pela área de comercio, em busca de belos tecidos, maquiagens, e acessórios para encantar os olhos do ''caça-gueixas'', digamos.

Sakura em seus 11 anos nunca pode sonhar com tanto, já se conformará com a pobreza que sempre consumiu sua vida.

_Moça? Diz um grande vulto que acabará de trombar com Mebuki. _Podemos ter uma conversa?

Na residência de Sakura.

_Fora! Nunca mais ouse tocar seus pés aqui novamente! Grita Mebuki, expulsando o homem que trombará mais cedo.

_Senhora Haruno! Pense bem, esse é o futuro que quer para sua filha? Viver de esmolas, comendo migalhas? Diz o homem já de virando para ir embora, deixando a Haruno mais velha pensativa._ Reflita, voltarei aqui amanhã, e me dê sua resposta final. Ele sem dizer mais nada segue seu caminho.

Já deitada, a Haruno perderá o sono, não parava de pensar na proposta que o homem havia feito, ele queria levar sua Sakura para a cidade. Ela derramará grossas lágrimas enquanto olhava sua pequena flor adormecida.

''Acho que o destino nos separa aqui, meu anjo''

_Então, já com sua decisão? Perguntou o homem bebericando do chá.

_Sim. Eu ... Eu permito que Sakura vá com o senhor. Deu um suspiro _ Mas me prometa, que cuidará dela com sua filha, que vai protege-la de todo o perigo!

_Eu prometo. Responde o homem sorridente.