Unleashed escrita por Cahxx


Capítulo 1
A criança da força


Notas iniciais do capítulo

História reescrita e melhorada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603169/chapter/1

Templo Jedi do planeta Kashyyyk

Naves sobrevoavam o planeta Kashyyyk. Lasers eram disparados de todos os lados para todos os lados. O cenário que encontramos é a plena guerra no planeta Kashyyyk. Uma nave aterrissa no meio da savana. Darth Vader sai do compartimento para a luz do dia.

Estava claro, o sol brilhava com grande intensidade. A floresta densa exalava fumaça em algumas áreas, o solo terroso emanava uma nuvem de poeira pelo perímetro. Um sujeito já de certa idade, de poucos cabelos e vestes escuras aproximava-se de Vader às pressas e parecendo bastante preocupado:

– Lord Vader, fomos emboscados na chegada, mas tenho a situação dentro dos... UGH! – o velho levou à mão a garganta, pois o ar lhe faltava: o cavaleiro negro o enforcava com a mão levemente erguida em sua direção.

– Eu não tenho interesse nas suas falhas, comandante. Eu estou aqui em uma missão própria.

E o velho caiu de joelhos recuperando o fôlego. Vader atravessou a ponte de pedra e seguiu em direção ao centro de batalha. Eliminou alguns inimigos no caminho e seguiu para uma grande porta rochosa que protegia a base dos Jedis. Com um leve movimento das mãos, um golpe certeiro de energia partiu a parede de pedras e desmoronou, dando passagem ao Lord Sith.

A floresta era longa e densa, mas Vader atravessou o estreito caminho sozinho, com um objetivo único e próprio, que ninguém mais conhecia. Finalmente chegou num espécie de templo, onde um sujeito coberto por mantos amarelos descia a rampa da entrada com destreza e voz firme:

– Dark Lord! O que quer que você queira não irá encontrar aqui!

– Você não pode se livrar de mim... Jedi – disse Vader estendendo a mão para ataca-lo.

– Para trás! – o Jedi gritou empurrando os demais soldados inimigos com seus poderes telecinéticos. Vader foi o único que permaneceu em pé, bloqueando o golpe. O jedi sacou seu sabre azul e ativou-o. Uma luta iniciou-se com o jedi em grande desvantagem e recebendo inúmeros golpes frequentes. Apesar da óbvia perda, o jedi continuava firme no combate.

Enfim o sujeito foi desarmado e caiu de costas contra a terra seca, apertando o peito ferido com uma das mãos. Vader o ergueu no ar e jogou-o contra uma árvore, levitando seu corpo e arremessando-o contra a mesma árvore que logo se partiu ao meio. Outra vez arremessou seu corpo, largando-o direto contra o chão, e com uma rajada de força o acertou em cheio, jogando-o para dentro do templo.

A porta foi destroçada. O jedi ainda tentou levantar-se com dificuldade, mas Vader entrou levitando-o.

– Sinto alguém muito mais poderoso nas proximidades. Onde está seu Mestre?

– O lado negro turvou sua mente... Você matou meu Mestre anos atrás...

– Então agora você vai compartilhar seu destino!

Mas antes que Vader pudesse dar seu último golpe, inesperadamente seu sabre voou de suas mãos. O Lord virou-se surpreso e deu de cara com uma garotinha loira que segurava a arma nas mãos, com extrema curiosidade e surpresa.

– Uma filha... – Vader sussurrou.

– Corra!!! – o jedi gritou desesperado e então caiu nocauteado. A garotinha ficou ainda mais assustada e conforme Vader aproximava-se, ela se afastava apontando a arma contra o homem de negro.

– Lord Vader... – o comandante surgiu em seguida, aparecendo na porta. Ele olhou de Vader para a garotinha e deu as ordens. A arma foi sugada das pequenas mãos e os soldados atiraram contra a criança. Mas os tiros foram bloqueados por Vader que entrou na frente defendendo-a.

Os tiros cessaram e um silêncio cobriu o salão do templo, os soldados e o comandante pegos de surpresa. Ninguém compreendia o que ele havia feito e ninguém ousava compreender. Vader aproximou-se da menina e estendeu a mão enluvada de couro:

– Venha comigo. Em breve estará de volta...

A menina apenas o encarou com os olhos arregalados e o coração apertado. Suas escolhas lhe haviam sido roubadas.

XxxxXxxxX

Dez anos se passaram desde o ataque ao planeta Kashyyyk. A estrela da morte orbitava no espaço com certa monotonia. Os soldados do império patrulhavam os corredores da gigantesca nave. Naquele dia, Vader encontrava-se em sua cabine, discutindo ordens com o Comandante.

– Não há relatórios que digam o contrário, senhor. Mas ainda sim, acredito ser mais seguro uma sondagem no local antes de qualquer atitude de ataque.

– Simplesmente faça o que eu digo – sua voz mecânica saiu fria e decidida. Não estava com paciência para discutir estratégias com seu principal comandante. Queria ver-se livre dos inimigos mais insignificantes e concentrar sua atenção para o que realmente importava.

– Sim Lord Vader... Como queira.

– Virxx – Vader ordenou a um robô humanoide – Mande-a vir aqui.

O robô fez que sim com a cabeça e desapareceu, reaparecendo instantaneamente num quarto escuro e silencioso.

– Ele está chamando – disse apenas.

Uma silhueta estava sentada na cama, meditando sob o escuro. Ergueu a cabeça com a chegada do humanoide e fez que sim.

As portas do quarto se abriram automaticamente e os guardas posicionados abriram passagem. A garota saiu em direção aos corredores. Suas vestes eram negras e justas ao corpo. As sapatilhas pretas traçavam um distante caminho em direção à cabine. Sua longa trança loira balançava esguia como um pêndulo.

Finalmente adentrou a cabine norte, parando de súbito e curvando-se perante a seu Mestre.

– Lord Vader...

– Juno... Vejo que já está pronta – e aproximou-se da discípula – Você era fraca quando te encontrei, mas agora seu ódio tornou-se sua força. Enfim o lado negro é seu aliado – e ativou seu sabre tocando de leve o ombro da menina e rasgando dois cortes em formato de ‘X’.

Juno abriu seus olhos amarelos como os de um gato e encarou as botas do Lord Nedro:

– Erga-se minha discípula.

A menina levantou-se. Sua pele era pálida, porém seu rosto rosado. Seu corpo era pequeno, mas já tinha algumas curvas. Os braços estavam envoltos por faixas pretas e um manto lhe foi entregue.

– Qual a sua vontade, meu Mestre?

– Seu treinamento está finalmente completo. É hora de encarar seu primeiro teste de verdade.

– Seus espiões localizaram um Jedi?

– Sim. Mestre Rahm Kota. Ele estava atacando um estaleiro do Império e encontraram-no. Quero que o mate e traga-me seu sabre.

– Irei me retirar imediatamente, Mestre.

– o Imperador não pode descobrir você. Não deixe testemunhas. Mate todos que estiverem a bordo, sejam imperiais ou homens de Kota.

– Como desejar, Mestre.

E Juno se retirou da cabine.

XxxxXxxxX

Juno atravessava a garagem de naves e sentiu que alguém a observava. Um movimento súbito rangeu atrás dela e esta se virou a tempo de bloquear o ataque de um homem vestido de branco, cabelo e barba loiros. Um Jedi. E ela conhecia esse homem. Darth Vader o apresentara numa das aulas: Obin Wan Kenobi.

Juno saltou para trás e levitou uma caixa de metal atirando-a contra Obin Wan. O Jedi foi atingido caindo contra o chão. A menina enterrou seu sabre no peito no inimigo. Uma luz intensa emanou do corpo do homem e um estranho ruído começou a soar.

O holograma se desfez revelando ser na verdade o humanoide de minutos atrás.

– Virxx?!

– Bela defesa, Mestra! – o robô a elogiou.

– Você me pegou de surpresa! Eu não luto com esse holograma há anos. Pensei que você o tivesse apagado...

– Ainda sim, seus movimentos estão cada vez melhores!

– É melhor você parar com isso, Virxx... Da próxima vez posso pegar pesado e acabar te destruindo sem querer.

O robô estremeceu com um repentino choque nas engrenagens:

– Pode deixar! Vou me certificar disso!

De repente, num movimento brusco Juno puxou Virxx para um canto da parede e adotou uma expressão séria e tensa:

– Virxx! Quem é aquele homem?! – questionou a jovem discípula espiando pela parede da garagem.

O robô esticou o pescoço mecânico em direção a uma nave e pôde enxergar um sujeito troncudo, de cabelos loiros desgrenhados, pele macilenta, vestindo mantos sujos e empoeirados. Ele mancava em uma perna mecânica de um lado para o outro, verificando a nave.

– Aquele é Alastor Moody, Mestra. Ele é...

– CAPITÃO Moody, garota – e Juno saltou para trás assustada com o repentino aparecimento do sujeito. De perto ele era ainda mais assustador: possuía um tapa-olho ocultando parte do rosto e metade de sua pele era coberta por cicatrizes – Sou o novo piloto contratado pelo Lord Vader para guia-la em suas novas missões.

– Moody! – uma voz feminina o chamou vindo de dentro da nave. Uma jovem desceu a rampa aos tropeços quase indo de cara ao chão. Ela tinha cabelos roxo-berrantes e parecia bastante atrapalhada no que procurava fazer.

– E esta, bem, é Tonks. Minha copiloto.

O rosto de Tonks irradiou-se ao encarar Juno e com um largo sorriso começou a apertar a mão da menina e chacoalhá-la com força:

– Oh, senhorita Juno! É uma honra poder finalmente conhecê-la! Confesso que pela bela descrição de suas habilidades dada pelo Mestre Vader, imaginei que fosse bem mais masculina do que aparenta ser. Espero poder vê-la em ação logo! És uma grande inspiração para mim!

– Ignore-a – disse Moody revirando o único olho que possuía – Ela não está acostumada a ver espiãs de Vader... É o que você é, certo?

Espiã?! – Juno pareceu se ofender com a designação – Bem Tonks, não precisa fazer tanto alarme sobre mim; sou uma mera discípula do Lord. Quanto a você Moody, é bom que saiba que você não precisa saber absolutamente nada sobre minhas missões, exceto para onde estou indo. Agora precisamos dar um pulo em Nar Shadaa. Pode se encarregar disso?

Moody passou longos segundos analisando Juno de cima a baixo, pensando se realmente deveria deixar que uma garota o tratasse com superioridade. Por fim, decidiu concordar:

– Claro.

E entrou na nave, se dirigindo a cabine.

– Vou aceitar que você está naqueles dias... – ele gritou de dentro da nave.

Juno simplesmente revirou os olhos e entrou no veículo, acompanhada de Virxx e Tonks que se divertia com o humanoide.

XxxxXxxxX

Em algum lugar da Galáxia, a tripulação da USS Enterprise aguardava o término da reunião geral para decidir a nova rota da imensa espaçonave:

– Felicito-os pela última missão cumprida com sucesso. Realmente chegamos a duvidar que Khan pudesse ser recapturado.

Nesse momento Kirk olhou de esguelha para Spock, com um sorriso triunfante no rosto:

– No entanto, creio que já estejam a par do que vem acontecendo ultimamente em muitos planetas... Vader voltou a atacar.

Os sorrisos apagaram-se:

– A rota de vocês deverá ser recalculada imediatamente. Precisamos começar a agir logo, antes que o Lorde das Trevas sintonize seu poderio ao máximo... Entendido? Desligo.

O holograma se desfez. Por longos segundos o silêncio pairou pela cabine até Kirk cortá-lo de forma animada:

– Bem senhores. Vamos voltar ao trabalho. Há muito para se fazer.

Aos poucos todos foram se dirigindo a seus postos. Todos exceto o Vulcano que permanecera parado, pensativo:

– Spock? – Kirk o chamou – Algum problema?

– Não sei exatamente, capitão. Só há um fato que me preocupa um pouco.

– E o que seria?

– Darth Vader havia cessado seus ataques durante dez anos e agora retorna de forma inesperada. Acredito, senhor, que ele esteja voltando com um trunfo em mãos, com “uma carta na manga”, como vocês dizem.

– Aprecio sua observação, Spock. Mas por hora não nos preocupemos com isso. Precisamos nos concentrar no plano básico.

– Como queira Capitão – e fazendo uma leve reverência, o Vulcano se dirigiu ao segundo comando.

Kirk autorizou a partida e a nave seguiu viagem para sua primeira missão do dia: impedir as ações de Darth Vader.

XxxxxxXxxxxxX


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unleashed" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.