Ela disse, Ele disse escrita por Beandrader


Capítulo 5
Simba


Notas iniciais do capítulo

Quem disse que voltava e voltou ? e quem está sentindo falta dos rewiews ? resposta para todas as perguntas ? é, eu sim ! disse que ia caprichar se vcs mostrassem que estavam gostando, mais ta dificil né gente ?! tô me esforçando pra postar sempre, mais se vcs não derem as caras a gente desanima ! sem desconsiderar quem comenta sempre, e eu agradeço pq amo isso, mas sei que se vcs quiserem podem fazer um esforcinho e comentar né ? esse capitulo aqui, eu volto com um dos meus personagem favoritos .... quem será, quem será ? Pedroso que se cuide, pq se ele não quiser, tem quem queira, e se vcs tb sentirem o cheiro de ciúmes que eu senti, avisem ok ? hahah enfim é isso, espero que curtam, beijos e boa leitura !



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Então vai funcionar assim.. - dizia Maria Antônia, de como teríamos que agir na sala de aula, pra poder enganar e convencer a Bi de que eu realmente tinha desencanado dela, o que não era verdade. Eu estava triste, frustrado por ver que ela não tinha mudado de ideia, que ela parecia firme nessa historia de fugir das distrações, no caso, eu. E pensar no fato de ter que fingir que eu gostava de outra pessoa me afetava, e só imaginar ter que beijar, abraçar Isabella me atormentava, ela não era o tipo de pessoa por quem eu me interessaria, na verdade não passava nem perto, era tímida demais, quieta demais, mas também era inteligente demais, o que de certa forma me irritava.

– Ai Antônia, você já repassou isso milhares de vezes, chega, eu e ela já entendemos - eu dizia irritado, era domingo a noite, estávamos no quarto dela ouvindo as mil recomendações, que estavam mais pra ordens, por assim dizer, e Isabella não falando nada, o que me irritava ainda mais

– "Ela não, que a minha amiga tem nome, que é Isabella, e você sabe !" - ela praticamente gritou e me assustou, enquanto a loira "aguada" continuou lá só olhando a cena que minha irmã fazia

– E você heim garota, não vai falar nada ? - e como em um milagre à vi abrir a boca pra falar alguma coisa

– Quer que eu diga o quê ? - ela falou naquele maldito tom de obviedade que sempre insistia em falar quando era comigo, o que me irritava mais

– Sei lá qualquer coisa, afinal minha irmã te convenceu dessa palhaçada junto comigo ! - e ai lá me veio ela com aquelas respostas, que eu odiava

– Se é palhaçada, porque aceitou participar ? - eu arregalei meus olhos, e bufei, que loira aguada mais abusada ! Preferia ela quieta mesmo

– Mas você é muito folgada mesmo, ta achando que é quem pra falar assim ? - eu me alterei e me levantei do pufe rosa onde estava sentado, enquanto ela estava na cadeira giratória e minha irmã na cama

– Ninguém, só respondi o que você perguntou ! - e lá vem aquela expressão de "não é óbvio ?"

– Chega vocês dois, que coisa irritante, Pedro você é muito mal educado mesmo, acho que esse foi um dos motivos pelo qual a Bianquinha te deu um pé ! - vi a loira aguada segurar o riso e me irritei ainda mais

– Diz que vai me ajudar a reconquistar a minha Bianquinha, mas fica ai tirando sarro - indaguei minha irmã e logo depois virei pra loira - e você garota, ta rindo do que ?

– Nada... - ela respondeu baixo, a timidez dela era outra coisa que me irritava, como eu iria convencer a Bianca de que estava namorando aquela menina, se ela nem falava direito ? quero ver como seria na hora de agir, ela ia empacar pra variar e eu passar vergonha...

– Olha só, sem brigas, como eu expliquei, vocês vão entrar na escola juntos, de mãos dadas, como se tivessem feito isso a vida inteira, como um casal normal... - a medida que Antônia falava eu me apavorava, como ficaria minha reputação, quando me visse entrar de mãos dadas na escola com aquela garota ? - dai na frente da sala, vocês dão um beijo e ...

– COMO É QUE É ? - eu levei um susto quando ouvi Maria Antônia falar de beijo, isso estava fora de cogitação, só iria acontecer se fosse caso de urgência máxima, emergência que não tivesse por onde correr

– Ué Pê, não entendi o problema... - minha irmã falava como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas eu me recusava a beijar aquela loira aguada

– O problema é que eu não vou beijar ela ! - gritei e Maria Antônia rebateu

– ISABELLA !

– AAAAH ISABELLA, GABRIELA, MANUELA TANTO FAZ - eu bufei e continuei - Sem chance, beijo não vai rolar ! - se eu sabia que seria zoado por andar em público de mãos dadas, imagine o que iriam falar se vissem um beijo

– Como é que você quer que a Bianca acredite num namoro sem beijo ? Ela não vai acreditar que é por pura timidez da Bella, vocês se pegavam em qualquer lugar Pedro, tem que ter ao menos um selinho ! - quando ela falou que eu e Bianca nos pegávamos em qualquer canto era verdade, e ah, como eu estava sentindo falta disso...

– Um selinho apenas, e bem rápido ! - eu disse por vencido e minha irmã se virou pra loira aguada

– Tudo bem por você Bella ? - a loira abaixou a cabeça e eu tive trabalho para ouvi-la

– Por mim... sim... - depois disso, a Antônia fez mais umas observações, e Isabella disse que tinha que ir embora, se ela não fosse tão chata, eu a levaria embora, estava tarde e a praça que separava nossas casas vazia, mas eu não levei, deixei que ela fosse sozinha. Não sei porque, mas senti um resquício de culpa de deixa-la ir embora sozinha, talvez fosse pelo olhar reprovador e nada discreto que minha irmã lançou antes de xingar qualquer coisa e subir pro seu quarto, então fui na janela da sala, ver se ela já tinha entrado, mas ai tive uma surpresa desagradável, preferia nem ter olhado.

(...)

Eu era muito burra, droga ! Fui muito idiota de achar que esse plano da Maria ia dar certo. Ta na cara que o Pedro me detestou, o jeito que ele me olhava, com certa raiva de tudo que eu falasse e se não falasse ele também se irritava. E quando minha amiga falou do beijo ? Se eu não tivesse acostumada com aquele olhar de nojo que sempre vinha da ex dele, ficaria magoada, porque foi horrível, não conseguia distinguir se o olhar foi de tristeza porque seria eu e não Bianca ou porque ele talvez realmente tivesse nojo de mim. Eu seria extremamente iludida se pensasse que ele se ofereceria pra me acompanhar até em casa, já que estava tarde e a praça, completamente vazia, mas eu não sentia medo, talvez eu fosse tão desinteressante que nem os bandidos quisessem algo comigo. Estava na metade do caminho, passando pelo chafariz que ficava no meio da praça, quando ouvi um latido alto, bem alto vindo em minha direção, me virei pra ver o que era mas era tarde, um Golden Retriver passou correndo e me deu uma rasteira. Caí feito uma bigorna no chão, então ouvi um grito e alguém se aproximando de mim, um alguém bonito, bem bonito.

– Ai droga, o Simba ainda não obedece direito, desculpa - ele se abaixou e me deu a mão pra levantar, e eu comecei a sentir os sintomas do meu típico ataque de pânico que normalmente aparecia quando algum desconhecido se aproximava, no caso desse garoto tão lindo, piorou um pouco, então pra não parecer mais uma vez alguém com problema mental, respirei fundo, segurei sua mão e levantei

– Ta... tudo bem... - minha voz mais uma vez saiu mais baixa do que o que eu queria, mas ele pareceu não ligar pra minha timidez extrema e abriu um sorriso que me desconcertou, mas me fez relaxar

– É... eu gosto de passear com ele a noite, pra evitar esse tipo de acidente, mas não contava com uma garota tão nova a essa hora na rua, meio tarde não acha ? - Simba havia voltado e agora estava sentado ao seu lado, como se fosse um cão obediente, o que não era seu caso, ele sorria, e tinha puxado assunto comigo, tirando a Tomtom, ninguém nunca havia feito isso, ninguém nem costumava se aproximar, e isso de certa forma me fez ficar mais nervosa, porque se eu falasse alguma besteira, perderia a chance de parecer normal

– Ér... eu ... estava vindo da casa da minha amiga...Maria Antônia - nem sei porque disse o nome da TomTom, ele nem perguntou, pronto vai achar que sou tagarela

– Maria Antônia irmã do Ramos ? - ele questionou e eu assenti com expressão confusa - Mas o Pedro é bem idiota mesmo, onde já se viu deixar uma garota assim, andar sozinha na rua à essa hora... - ele balançava a cabeça negativamente, e eu não sei se me surpreendi por ele ter xingado o Pedro, por conhecê-lo ou por ter me chamado de "garota assim" como assim ? o que isso queria dizer ?

– Vocês se conhecem ? - foi a única coisa que consegui dizer

– É, ele é o melhor amigo do meu irmão - na hora eu juntei os pontos, e devo ter arregalado os olhos

– Você ... você é o irmão do João ? - perguntei surpresa, não esperava tanta diferença entre eles, João apesar de galinha, era um gamer nerd, meio magro e um tanto desajeitado na minha opinião e o garoto à minha frente, era bem diferente, além de ter os cabelos e olhos totalmente negros o porte era outro, alto, musculoso, e ... com um sorriso desconcertante. Tomtom já havia me falado dele, mas só por cima, que ele morava fora fazendo intercâmbio.

– Sim, Ricardo Cobreloa ao vivo e a cores mas pode me chamar de Cobra, e você, conhece o Johnny de onde ? - ele beijou minha mão e eu aposto que corei instantaneamente e sorri

– Ele é da minha sala, estudamos juntos - eu disse ainda timida, que novidade.

– Ah... - ele sorriu abertamente - Voltei à pouco do Canadá, mas acho que vou querer ir fazer uma visita ao meu querido maninho na escola... - ele dizia com um sorriso malicioso - mas e o seu nome, qual é ?

– Isabella, Isabella Duarte - sorri de lado

– Hum... combina bem com o nome ... "bella" - e sorriu galanteador enquanto eu me arrepiei toda. Como assim ? Ele tinha dito que eu era bonita ou eu era surda ou tinha tido um delírio ? Em todos os meus 17 anos, só ouvi elogios da minha mãe e da TomTom, ninguém me elogiava, muito pelo contrário.

– Ah... obrigada... - eu disse mais vermelha que sangue, olhando pra baixo, quando o senti se aproximar e gelei ainda mais, sentia meu coração saltar e minha barriga borbulhar

– Ahn... Bella .. posso te chamar assim ? - eu o olhei e assenti - Você mora muito longe ? Posso te acompanhar se quiser... - eu tive vontade de gargalhar com tamanha fofura, Ricardo era totalmente encantador

– Eu moro logo ali, não se preocupe ... - apontei pra minha casa que ficava à alguns metros de onde estávamos e ele sorriu - Melhor ainda, vou te levar até lá, e estendeu o braço pra mim, eu fiquei meio sem reação, o que é normal no meu caso, então ele pegou minha mão delicadamente e enlaçou no seu braço e saímos andando em direção à minha casa, com Simba atrás abanando o rabinho.

(...)

Amanheceu e eu acordei com mais humor do que o normal, eram 05:00, eu entrava as 07:00, mas levantava todos os dias nesse horário pra preparar o café, nisso eu tinha prazer, e depois de ontem, eu estava totalmente bem disposta. Levantei e fui ao banheiro, tomei banho, fiz as higienes, e coloquei o uniforme, a típica calça jeans escura e o all star vermelho. Fui para a cozinha e fiz o café cantarolando, logo mamãe e Bianca acordaram, e tomamos café, e quando foi 06:30 eu sai de casa. Eu ia a pé pra escola, não era muito longe, mas era uma certa caminhada. Bianca tinha um carro, como um ano mais velha que eu, ela já tinha dezoito, e o carro veio de presente da mãe, mas Tia Ana nem fez questão de vir trazer o presente, apenas mandou entregar, com um cartão qualquer de aniversário. Nunca fui com ela pra escola, ela não me deixava ir, dizia que eu não podia depender dela, que eu tinha que ter a responsabilidade de ir sozinha, mais é claro que eu sabia que ela simplesmente não me levava porque não queria. O ônibus demorava muito, era caro e sempre lotado, então eu preferia optar por ir andando, ao menos fazia bem à saúde.

(...)

Isabella caminhava tranquilamente até a escola, e Pedro à esperava na porta, já que teriam que entrar juntos como parte do plano. Isabella só pensando nos encantos de Ricardo, havia se esquecido que Pedro iria espera-la para entrarem juntos e na frente da sala, rolaria até o tal selinho. Ao lembrar-se disso, ela sentiu a barriga se retorcer de nervoso, sempre ficava assim perto de Pedro, era impossível controlar, pensou em voltar para casa, e se já não tivesse virado a rua da escola e tivesse perto demais, ninguém veria e não teriam problemas, pois bem mas estava perto demais. O medo e o nervoso a fizeram a não raciocinar direito, e Isabella virou o corpo e passou a andar em direção contrária, mas Pedro estava vendo, e quando percebeu que ela daria pra trás, se viu obrigado a gritar seu nome

– Isabellaaaa ! Ei Isabella! Espera Isabella ! - e correu em direção a menina, a segurando pelo braço com força, e a impedindo de andar - Garota eu estava berrando ali, te chamando, além de muda, você também é surda ? - ele perguntou ofegante, mas com um tom intimidador

– Ahn... eu... eu ... - e soltou-se dos braços de Pedro, e voltou a fazer seu caminho contrário, mas o garoto a segurou novamente

– Isabella qual é ? Vai fugir agora, e nem me responder ? - ele perguntava irritado, e apertando os braços da garota com toda sua força, e apesar de Isabella querer um contato com Pedro, aquele a estava machucando

– Me... me solta... ta... ta me machucando... - a loira falava tentando se soltar de Pedro que parecia apertar cada vez mais seu braço toda vez que ela tentava se desvencilhar deles

– Você aceitou isso e não vai fugir ouviu bem ? - o tom de voz que ele usava passou a amedronta-la, até que alguém apareceu

– Ta tudo bem por aqui Bella ? - o moreno se aproximou perguntando, e olhando para Pedro que ainda segurava Isabella com força, mas ao ver Ricardo se aproximar soltou a garota

– Tudo sim, não ta vendo não Cobreloa ?! - Pedro que já estava irritado ao ver Cobra com quem ele claramente não se dava, se intrometendo em sua conversa e chamando Isabella por um apelido ficou furioso

– Ah é ? Porque de longe não parecia não, o que ta rolando aqui Bella ? - ele olhava para Isabella que ainda estava muda, e um pouco trêmula devido ao jeito grosseiro que Pedro havia a tratado

– Ahn... está, tudo bem sim - nem a garota parecia ter certeza do que falava

– Tem certeza ? Porque eu vi vocês...

– Nós dois conversando, foi o que você viu ! Será que agora um casal não pode mais nem conversar um pouco antes de aula ? - Pedro falava do namoro, mais pra afastar Cobra dali e principalmente de Isabella, ele não entendia porque, só não queria o rival se metendo com a loira

– "Casal" ? - Cobra perguntou surpreso

– É Cobreloa, a Isabella é minha namorada ! - e passou o braço pela cintura da garota que estremeceu imediatamente.


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Notas finais do capítulo

e ai quem curtiu o Cobreloa de volta ? eu gostava tanto, das cenas dele com o Johhny que resolvi fazer eles como irmãos, gosto dessa coisa de a mãe da Bella e tia da Bi, namorar o pai dele e do Johnny, sabe, vai aproximar mais eles, e talvez fazer o Pedro perceber que tem gente de olho na Bella, e que ele tem que ficar esperto ! o proximo capitulo, eu vou postar sexta, mais já ta pronto, e aposto q vcs vão gostar, pq nele vem o tal "selinho" dos dois, e uma surpresinha no final haha é isso, não esqueçam de expressar suas opiniões, criticas, ideias, sugestões, dúvidas, tudo é bem vindo, e inclusive os favoritos hahah beijos