Ela disse, Ele disse escrita por Beandrader


Capítulo 4
Decidida


Notas iniciais do capítulo

chegueeeeei, desculpa a demora, mas é que eu ano sem wifi, escrevo no celular, mais posto pelo pc, dai fica meio dificil, postar na hora que eu termino o capitulo, mais já tem outro pronto, então não demoro, quarta tem o próximo ! enfim eu adorei os comentários e gostei de ver que o pessoal concorda comigo, então, teremos Joanca (aeew o) enfim, espero que gostem desse, que eu fiz pra vcs entenderem porque a bella aceitou embarcar nessa ideia maluca e como funciona a vida dela, e a relação com a Bi, enfim faleio muito já né ? boa leitura haha



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Eu tava lá sentada, na cama da Maria, escutando ela falar, a mesma ladainha, por pelo menos uma hora, nem sabia mais quanto tempo tinha se passado, só sabia que era uma sexta a noite, em que ela tinha insistido pra eu dormir na casa dela depois da aula, no caso eu iria depois das minhas aulas, eu fazia aulas de culinária na escola de tarde, e em alguns dias específicos, era assistente do professor, que sempre me disse que eu tinha muito talento pra coisa, e realmente, eu adorava cozinhar, aquilo me relaxava, afinal que não fica feliz com comida boa ? diziam que isso alegrava as pessoas, despertava uma coisa no cérebro, que deixava tudo mais leve, e eu concordava, comida deixava tudo mais leve, e o que me fazia escapar de tudo era a cozinha, eu podia inventar mil pratos, e fazer as coisas do meu jeito o que normalmente não acontecia na vida real, já que tudo que eu fosse fazer dependia da Bianca. Ela era a “miss perfeição” um ano mais velha que eu, mais agia como se fosse tão adulta quanto a minha mãe, e a dona Dandara parecia adorar isso, parecia até adorar mais ela do que eu, claro, quem não iria amar a Bianca ? Linda e talentosa como a mãe, que a despachou pra casa da irmã, por ser mais preocupada com a “carreira” do que com a própria filha, tia Ana sempre foi muito egoísta, acho que Bianca herdou isso da mãe, aliás tenho certeza. Todos amavam ela, se encantavam com ela, mas só quem convivia de perto pra saber quem ela era de verdade, dissimulada, arrogante, e extremamente egoísta, essa era Bianca Duarte, e eu sabia muito bem disso, ela vivia comigo há cinco anos, e desde que surgiu na minha vida, fez questão de a tornar um inferno. Aprontava e botava a culpa em mim, mamãe sempre acreditou, aquela carinha de boa menina sempre enganou, agia como se eu fosse um problema, um fardo na vida de todos, como se na verdade ela fosse a filha, e eu, a intrusa. No inicio eu tentava rebater, ou contornar o que ela fazia, mas não adiantou, então eu passei a deixar, aceitava os castigos sem culpa e todos os sermões, que minha mãe estava disposta a dar, sem falar nos comentários maldosos que minha prima sempre fez questão de dizer

“ Bella, fofinha, olha só pra você, gordinha, com esses cabelos bagunçados, esses olhos cheios de olheiras, desse jeito querida, será difícil achar um namorado, ou ao menos alguém que te olhe...”

“E esse sorriso de lado dissimulado ? acha que engana quem meu amor ? sinto tanto por você ser assim... “

Essa era a única verdade que eu concordava, eu também sentia muito por ser assim, tímida, esquisita, mas fazia parte de mim, nunca fui de muitos amigos, sempre fui calada, na minha, sempre tive vergonha, achava que não era legal, bonita, divertida o suficiente pra ser amiga dos outros, talvez eu não fosse mesmo, mas quem se importa ? Eu deixei de ligar pra tudo isso quando descobri a arte de cozinhar. Uma vez, eu ainda era nova, talvez tivesse 14 anos, minha mãe teve que fazer uma pequena viagem de três dias, e me deixou sozinha a mercê da “adorável” Bianquinha, que apesar de ser um ano mais velha, e a julgamento dos outros “mais madura”, não sabia lavar um prato, e nunca se deu ao trabalho de aprender, ela sabia manipular os outros, e no meu caso, ela ordenava e eu tinha que cumprir, cozinhei pra nós duas os três dias que ficamos sozinhas, e se eu não tivesse me apaixonado por isso, teria sido um inferno. Foi naquele fim de semana, que eu descobri que servia pra alguma coisa, que algo que prestasse eu podia fazer, e depois disso tudo ficou um pouco melhor. Todas as vezes que a Bianquinha, me provocava, aprontava algo que sobrava pra mim, ou tentava me atingir, eu corria pra cozinha e fazia todos os doces que eu podia imaginar, mamãe percebeu que além de gosto pra coisa eu tinha talento, começou a comprar ingredientes pra que eu pudesse cozinhar. Bianca reclamava dizia que essa ideia de cozinha era loucura, que eu estava atrapalhando sua dieta, e que eu deveria parar, mais nisso minha mãe nunca interferiu, na verdade eu também nunca a confrontei, já que essa maldita timidez e dificuldade de expressão era instalada em mim, e me atrapalhava de poder fazer ou falar qualquer coisa. Eu não me importava com qualquer coisa que minha prima falava ou fazia, com exceção dele... Pedro. Pedro era de longe, indiscutivelmente a pessoa mais linda que eu já havia visto, visto porque eu nunca tive um resquício de coragem pra poder lhe dirigir a palavra, ele era lindo, simpático, divertido, todos gostavam dele, muitas meninas que ele já tinha ficado, inclusive Bianca, sua atual namorada, eles namoravam desde o início do ano quando ela se matriculou no mesmo colégio que eu, porque tinha repetido de ano, era burra como uma porta, mas dissimulada e manipuladora como uma cobra. Eu ficava vendo de longe a felicidade do casal, e me perguntando se algum dia, eu teria algo parecido com isso. Era apaixonada por Pedro desde a primeira vez que o vi, mas acho que ele nem sequer fazia ideia da minha existência, talvez isso devesse ao fato de eu ser claramente timida e que quando alguém desconhecido se aproximava eu tinha um ataque de pânico, começava a suar e ficava muda, aparentando ser no mínimo algum tipo de doente mental, parecia mais um peixe esponja, que ficava só olhando a vida maravilhosamente perfeita dos outros acontecer, enquanto a minha incrivelmente tediosa vida só passava por ai. Maria Antônia, ou TomTom como eu gostava de a chamar, era a única que sabia a verdade, e era minha única amiga, ou melhor amiga, como eu consegui concluir, ela sabia que eu era uma boboca nerd que tinha sérios problemas em se expressar e que era platonicamente apaixonada pelo seu irmão. É ao menos essa sorte eu tive, Maria Antônia era irmã do Pedro, sabia de tudo que eu sentia, e nunca conseguiu compreender ou se conformar com o fato de nós nunca termos trocado duas palavras, mesmo eu tendo dormido na casa deles por diversas vezes. Pedro sempre chegava em casa depois que eu e TomTom já dormíamos e acordava quase na hora do almoço, quando eu já tinha ido embora, ou seja, eu o via muito mais na escola, e na sala de aula que por sinal era a mesma, do que em sua própria casa, por uma simples explicação : ele ao contrário de mim, tinha uma vida social. Na real, eu não sabia o que Maria tinha achado de bom em mim pra ser minha amiga, ela era simpática, inteligente, divertida, e pra variar ao contrário de mim, chamava atenção dos garotos, inclusive de João. João era o melhor amigo do Pedro, um gamer que surpreendentemente era pegador, mas que era caído de quatro pela minha amiga. Tudo começou na festa de uma garota da minha sala, Gabi, por muita insistência de TomTom eu havia aceitado ir, apesar de saber que minha amada prima estaria por lá, chamando mais atenção que a própria anfitriã, mas enfim, em uma das minhas escapadas para o quintal da casa, fugindo do som alto, do cheiro das bebidas e dos casais que se engoliam a cada metro quadrado, João chegou na minha amiga e os dois ficaram. A confusão começou quando Pedro descobriu da ficada dos dois na festa e teve uma crise de ciúmes, e João pra não estragar a amizade, disse que Maria era apenas uma ficada, e que ele já estava com outra, a deixando furiosa, mas como João, era gamado na minha amiga, sempre insistia nela, e ela que sempre fora esquentada discutia com ele. Porém depois das brigas de ambos, ela nunca resistia e ficava com ele de novo, e depois vinha chorar as pitangas no meu colo.

E depois dessa aproximada uma hora ouvindo minha amiga despejar mil informações sobre Pedro, ela disse algo que me alertou.

– Bella, ô bella ta me ouvindo ? - ela estralava os dedos na minha frente, tentando me chamar atenção

– Ooi... oi TomTom, fala tô te ouvindo - na verdade eu nem fazia ideia de sobre qual era o assunto que ela falava

– Ah claro, e eu sou o bozo, você nem prestou atenção no que eu falei né ? - ela agora estava em pé a minha frente com as mãos na cintura

– Ahn... desculpa, não prestei mesmo - eu ri sem graça

– Tudo bem olha só, sabe o que foi que eu disse ? - ela perguntou sorridente, olhos brilhando

– O quê ? - depois que eu perguntei, até me arrependi, saiu tanta loucura da boca dela, que eu achei que aquela não era minha amiga - TomTom, cê ta brincando né ?

– Claro que não ué, você acha que pode dar errado ? - ela franziu a testa e eu sorri achando engraçado o jeito de menina sonhadora da minha amiga, a ideia era ótima claro, isso se eu tivesse em uma comédica romântica e fosse a protagonista, mas no caso, era da vida real que se tratava e eu estava mais pra figuração do que pra elenco principal.

– Se eu acho ? - eu ri sozinha - Eu tenho certeza Maria Antônia ! - ela ia se pronunciar, mas eu fiz sinal com a mão pra poder continuar - Olha só, não tô questionando seu gênio, mais isso não tem chance de dar certo... fala sério, olha pra mim... - Bianca tinha dado um pé em Pedro, o que havia me deixado um pouco feliz, um pouco porque a parte boa era que agora ele estava solteiro, como se isso fosse mudar alguma coisa, eu nunca teria chances com ele, mas ele realmente gostava da minha prima e estava sofrendo. Nos últimos três dias que passaram depois do término, ele parecia um zumbi, estava cabisbaixo, e na sala de aula, passava a manhã dormindo, ou matando as aulas em qualquer canto do colégio. Sua irmã falou que até sem ânimo pra tocar, que era o que ele mais amava fazer, Pedro estava, então resumindo, eu não estava tão feliz assim. E vendo o irmão sofrendo, uma lâmpada ascendeu na cabeça da minha amiga, a ideia era que Pedro fingisse estar comigo, pra fazer ciúme em Bianca, uma ideia no mínimo ridicula - Primeiro que ele nunca aceitaria fazer parte disso e segundo, porque não sei se você se lembra, mais eu sou apaixonada pelo Pedro então, acho que se a sua ideia era me ajudar também, fazer volta-lo com a ex namorada não vai resolver - vi TomTom dar uma alta gargalhada e fiquei confusa.

– Ah, mais você é inocente né - sério isso ? ela estava me chamando de inocente ? - Bella eu sei que você gosta do meu irmão, e é por isso mesmo que eu dei a ideia. Eu sei que a Bianca não vai voltar com ele, só ele acredita nisso... - ela riu sozinha - a ideia é aproximar vocês dois, assim ele vai ver a menina incrível que você é, se apaixonar perdidamente e vocês vão ficar juntos ! - agora ela falava como uma boba apaixonada.

– E ir morar em um castelo encantado e viver felizes para sempre ! - eu disse fazendo uma voz afetada - TomTom fala sério, seu irmão nem sabe que eu existo, duvido muito que ele aceite isso e se aceitar, e a minha prima não aceitar voltar com ele, comigo é que ele não vai ficar...

– Como você quer que dê certo se nem você acredita ? - parecia que ela não ouvia nada do que eu falava - o Pedro ta desesperado, ta topando tudo pra reconquistar a Bi, que ta sendo irredutível, ou seja... a gente vai fazer ele acreditar que nós realmente achamos que eles vão voltar armando isso, enquanto você vai mostrar pra ele a menina incrível que é, e que é 200 mil vezes melhor que a Bianquinha ! - ela falava batendo palminhas - vai Bella você topa né ?

– Não sei não, e se a minha prima aceitar voltar ? - eu não botava a menor fé naquele plano

– Não vai, a Bianca é egoísta, só pensa nela, viu que o Pedro não ia à levar onde ela queria, agora está ciscando outro galinheiro, procurando um moço rico provavelmente... - ela falou com aquela típica expressão de nojo, eu sabia que Maria não suportava Bianca, achava que fosse pelo que eu contava que ela fazia, mas minha amiga parecia sentir mais rancor e raiva que eu, o que me fez pensar que existissem outros motivos pra isso, mas nunca soube o porquê, ou também procurei saber... - E ai topa ou não ? - ela perguntou esperançosa e eu fiquei refletindo sobre tudo, sabia que essa história tinha tudo pra dar errado, mas era uma chance de estar mais perto de Pedro, e uma chance de deixá-lo colorir minha vida e iluminá-la com a sua luz, Pedro era como o Sol, onde chegava trazia luz e esperança.

– Tabom, eu topo - disse incerta e à vi pular e bater palmas gritando

– Arrasou cunhadinha !


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Notas finais do capítulo

e ai ? deu pra entender ? encaixei o sol no Pedroso, porque amo essa definição e pra mim o Rafa também é um sol que ilumina tudo... logo a bella aparece como lua também, mas e ai gostaram ? eu shippo muito essa amizade Antorina haha olha só criei até um shipp hahah mas enfim, digam se gostaram ou não, criticas, sugestões, e ideias são todas bem vindas, o importante são os comentários pq eu adoro ! se qusierem falar cmg pelo tt é esse aqui : @vittiencantar ok ? beijos até quarta !



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