Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Hey, após 5 anos sem postar, olha eu aqui. Espero que alguém ainda esteja aí pra ler.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/602955/chapter/29

 

 

Rachel

—Quinn... - Murmuro sentindo minha garganta secar rapidamente. Traços finos, delicados e quase imperceptíveis se mostravam em meu pulso esquerdo. Era o desenho de uma flor, não qualquer flor, eram as mesmas flores silvestres que haviam naquele bosque em que eu à levei para o nosso primeiro encontro, com tudo isso acontecendo aquilo parecia ter sido há anos atrás, mas eu jamais poderia me esquecer.
Essa era minha Quinn, era ela, eu sentia em cada célula do meu corpo, a cada batida rápida que meu coração dava, eu sabia que aquele sinal era da minha Quinn de verdade.
—Ian.. -Sussurro no começo. - IAN! - Gritei ao mesmo tempo que corria em direção a grande escadaria.
—É ela, é a minha Quinn, cadê você Ian? - Chamava-o já começando a ficar impaciente, eu precisava encontrá-la o quanto antes, já havia procurado em quase todos os cômodos e não o encontrei, faltava apenas a biblioteca.
Abri bruscamente as portas, o encontrei lá de cabeça baixa, à sua frente estava o detetive Spad, espera... O detetive Spad? Que porra ele fazia aqui? E logo agora?

—Rachel.. - Ian começou, mas logo foi interrompido.
—Senhorita Berry, finalmente eu a encontrei, achei que tivesse sumido novamente. - Sorriu irônico.
—Achei que tivesse sido clara o bastante quando disse para parar de me perseguir. -Devolvi  o sorriso irônico, e tratei logo de chamar Ian por pensamentos.

"Quinn, encontre-a, faça o possível e o impossível."

O vi acenar imperceptivelmente, e logo se encaminhar para fora da biblioteca, o detetive o seguia com os olhos de uma forma intrigada.

—Você é uma criatura peculiar Rachel Berry, não queria admitir, mas você é. - Sorriu amigável dessa vez, o que me fez ficar confusa, e a raiva começar a percorrer meu corpo, ele sabia que estava me atrasando em algo.
—O que você quer aqui? Diga logo de uma vez. - Disse impaciente.
—Ora, relaxe, Senhorita Berry. Eu tenho todo o tempo do mundo, e você também, afinal... O que uma jovem de 17 anos tem tanto a resolver? - Pergunta fingindo um ar pensativo.
—Olha, você pode continuar com essa merda toda em outra hora, agora não tenho tempo e nem paciência para lhe aguentar, ou sequer olhar para essa sua cara idiota. - Eu não me importava mais com a consequência de está falando assim com um detetive, eu precisava encontrar Quinn o quanto antes.
Virei para sair o mais rápido possível daquela sala, mas logo fui interrompida pela voz irritante do homem.

—Senhorita Berry, uma boa líder sabe ouvir, é paciente, e sábia o bastante para observar ao seu redor, saber enxergar além de qualquer pessoa, e não deixar com o que medo te domine. - Ele conclue seriamente.
—Agora sente-se, temos tempo para salvar aquela loirinha que lhe deixa cega para tudo. Tenho uma longa história para contar. - Tornou a falar quando minha voz falhou miseravelmente por tamanha surpresa.

*-*-*-*

Quinn

1 semana, eu já estava há uma semana naquele lugar, céus... O que aconteceu com minha Rachel? Deus, doeu o inferno ver aquele olhar direcionado para mim novamente, lutei tanto para apaga-lo, e mostrar que eu havia mudado, e agora ela me odiava novamente. Me perdoe, meu amor.
Estava em uma espécie de quarto, era totalmente branco, não tinha um detalhe sequer, uma pequena cama de ferro estava rescotada à parede, às janelas eram protegidas por grossas barras de ferros, e a porta era de um ferro tão grosso e pesado, que jamais poderia fugir sem ajuda. Alec vinha de horas em horas deixar algum alimento, e me direcionar um de seus famosos sorrisos maquiavélicos.
Já havia rodado várias e várias vezes por aquele cubículo branco, sempre procurava minuciosamente por algum detalhe importante, mas nunca encontrava nada.

—Droga! - Joguei-me sobre a pequena cama, senti uma leve espetada na minha bunda, ao tatear em busca do que me espetou, encontrei um pequeno e fino ferro.
—Grande merda. - Resmunguei jogando o ferrinho em algum canto.

—Quinn, meu amor. - Alec entrava animado fazendo com que eu me sobressalta-se.
—Perdão, eu lhe assustei? - Perguntou irônico e sorridente. Apenas neguei lentamente.
—Ótimo. Enfim... Quero você deslumbrante essa noite, teremos uma grande festa, e uma convidada muito especial, e te garanto que o final dessa festa será espetacular. - O sorriso de Alec tornara-se completamente doentio, e aquilo fez meu coração doer terrivelmente.

*-*-**-*-*

Rachel

—Você acha que vou mesmo acreditar nessa história maluca? - Eu estava completamente irritada, aquele detetive de merda me prendeu por horas naquela sala.
—Estamos mesmo falando de história maluca, Rachel? Logo você, a garota que voltou dos mortos? - Ele dizia calmo.
— Eu não voltei de lugar nenhum, você está maluco. Eu fiquei um tempo com uns amigos em NY, e foi apenas isso. - Continuava a empurrar aquela velha história.
— Por favor, Rachel, vamos parar com essa história idiota. Nós dois sabemos a verdadeira história, eu sei o que você é, o que todos aqui são. Eu também era um de vocês. - Dessa vez não consegui esconder o espanto, e o fitei atordoada.
—Como assim 'era'? Não tem como deixar de ser. - Desisti de manter aquela farsa, ele já sabia de tudo mesmo.
— Eu também achava que não, eu não era exatamente como você, eu era do lado oposto. - Após essa afirmação me levantei em sobressalto, e o encarei em alerta. Ele apenas revirou os olhos e sorriu.
— O que? - Perguntei irritada.
—Você tem muito o que aprender garota. Aprenda a ouvir bem.
Relaxei os ombros, e o encarei, ia deixar ele me contar tudo o que precisasse, ia aprender a ouvir. E ele entendeu que eu o faria.
—Olhe bem para mim, Rachel. Olhe com atenção, os detalhes dos meus olhos e rosto, todos os detalhes. - Analisei completamente como ele pediu, traço por traço, e um frio percorreu por toda minha espinha, ofeguei e arregalei os olhos de tamanho susto, era impossível.
—É impossível... - Sussurrei fraca. Ele apenas sorriu calmo novamente.
—Agora venha pequena, temos que encontrar Quinn Fabray.

*-**-*-*

Quinn

—Você prometeu que não faria nada à ela. - Sussurrei trêmula ao ver o armamento pesado em uma sala que Alec fez questão de me mostrar.
— Eu prometi? Ah sim, prometi, mas lembre-se, eu prometi que não a mataria naquele momento, mas agora estou completamente livre da promessa. - O sorriso perverso não saía de seu rosto. Meu olhos acumularam água instantaneamente, eu a magoei em vão.
—Oh Quinnie, meu amor, não se preocupe, isso não machucará sua pequena Rachel, não muito, eu tenho algo bem melhor guardado para ela. - Sorrir alegre, e me puxa para outra sala.

Eu havia notado que estávamos em uma cabana, ou era uma cabana, ela foi minuciosamente modificada. Para chegarmos ali passamos por uma velha estrada de terra, e aquela estrada me parecia estranhamente familiar, após longos minutos, e após horas naquela estrada, eu finalmente liguei os pontos, o bosque que Rachel havia me levado era por ali em algum lugar.

—Mandei fazerem uma roupa especial para você, sei que ficará deslumbrante. - O entusiasmo de Alec despertara-me de minhas lembranças.
Ele percebera minhas divagações, e no mesmo instante pressionava minha garganta.
—Não pense em aprontar nada, Querida, ou tudo será pior para sua amada. Vá, se arrume, hoje a noite será uma grande festa.
Me guiou de voltar para aquele quarto terrivelmente branco, e deu mais um sorriso psicótico antes de fechar a pesada porta de ferro.

Eu não poderia deixar ele fazer algo contra Rachel, e não deixaria, morreria tentando, mas eu a salvaria.

*-*-**-*

Rachel

Ian havia retornado para a Biblioteca, e agora se encontrava tão surpreso e assustado quanto eu estava há minutos atrás, enquanto encarava o detetive Spad detalhadamente.
—Já chega desses olhares estranhos. - Disse o detetive pela primeira vez envergonhado.
—E como deveríamos olhar para você? - Sorrio irônica e reviro os olhos.
—Descobriu algo, Ian? - Pergunto agora aflita.
—Não, Alec é um lunático, desculpe.. - Dirigiu seu olhar para o detetive que apenas deu de ombros. - Ele é muito bom, não deixou sequer uma pista de onde possa está, e aqueles dois lá embaixo não sabem de mais nada. - Concluiu com um suspiro cansado.
—Temos que achá-los, nem que tenhamos que procurar por Lima inteira. - O desespero tomava conta de mim novamente.
—Se acalme, ficar assim não ajudará em nada. Temos que pensar como ele. - A calma daquele homem já me irritava profundamente.
—Fique a vontade então, já que foi um deles, isso não deve ser um problema, pensar como um lunático. - Me jogo sobre a poltrona que estava atrás de mim, estava exausta psicologicamente.
Voltei a encarar meu pulso, e ainda mostrava as finas linhas vermelhas, conseguia visualizar perfeitamente a flor, mas e se fosse mais que isso? E se fosse mais que uma forma de dizer "Hey, ainda sou sua Quinn aqui."? Poderia ser, é isso...
Saltei rapidamente da poltrona ainda encarando meu pulso.
— Eu sei onde ela está. - Falei atraindo a atenção dos dois que discutiam onde Alec poderia está.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Linked By Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.