Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hey... Oia eu aqui ^^ muito obg pelos comentários. Desculpa a demora e os erros.



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Rachel
—Rachel? - Ouço ao longe a voz de Elise me chamar.
—Sim? - Tento dirigir-lhe minha atenção.
—Você precisa sair daqui por um momento. - Elise tentava me tirar do quarto de hora em hora, ao menos era o que eu achava, já havia perdido a noção do tempo.
—Rachel? Você... - Começou novamente.
—Fora daqui Elise, não ouse me incomodar novamente, eu fui clara? - Gritei para a ruivinha que arregalou seus olhos em espanto e mágoa.
—Certo. - Murmura antes de sair.

Assim que Elise saiu senti o arrependimento rastejando-se por minhas entranhas, mas nada fiz para mudar isso. Eu precisava ficar mais um tempo sozinha. Quem eu queria enganar? Eu precisava da eternidade sozinha. Se eu não tivesse deixado meus sentimentos me guiarem, Santana poderia está viva, eu não estaria totalmente destruída emocionalmente, e porra, também fisicamente, amar Quinn me preenchia por completo, me transbordava, ser traída por Quinn... Ah isso, isso me destruía por completo.

Eu não teria os olhares magoados de Ian, os de Elise, e principalmente os olhares arrasados de Nicole. Eu deveria ser uma boa líder, eu achei que pudesse ser. Adam não me deixaria essa responsabilidade se não soubesse que eu poderia, ou deixaria? Quem Adam realmente era? Poderia ele ser tudo o que Alec falara? E teria visto em mim o que de pior existia nele?

Meus pensamentos são interrompidos por várias batidas na porta.

—O que eu disse a você, Elise? - Pergunto abrindo a porta bruscamente. Mas acabo por me deparar com Nicole, a mesma estava com o rostinho inchado e vermelho.
—O que aconteceu, meu amor? - Deixo todas as minhas muralhas caírem ao ver Nicole daquela forma.
—Você... - Ela começa a falar, mas para.
— Eu? - Fico confusa. Abaixei rapidamente para pegá-la em meu colo, entrando seguida para o quarto novamente.
—Eu não quero perder você também. - Ela fala chorosa.
—Mas você não vai me perder. - Beijei o topo de sua cabeça, e a apertei em meus braços.
—Se você não sair daqui, e lutar por Quinn, sim, eu vou perder você mamãe. - A loirinha falava determinada.
—Você não entende meu anjo. - A situação era bem mais difícil do que simplesmente decidir lutar ou não.
—O que eu não entendo é como as pessoas podem dizer que amam, e não percebem os sacrifícios, não percebe que dá mesma forma que você é capaz de fazer tudo para salvar quem ama, as que amam você também fará.
—Quando foi que você ficou assim tão inteligente? - Perguntei brincando, e sorrindo orgulhosa para as sábias palavras da minha pequena filha.
—Você é boa, mamãe. O seu coração é bom. Eu lembro completamente da noite em que me salvou. - Sinto a mesma enrijecer por algum momento em meus braços, mas logo relaxa. - Embora eu não entenda algumas coisas, eu sei que você é muito especial, assim como todos aqui.
— Eu tenho a melhor filha do mundo. - Murmuro ao beijar suas bochechas, e posso ouvir sua gargalhada.
—E eu tenho a melhor mãe do mundo. - Sinto um beijo delicado na minha própria bochecha.
— Lise e eu vamos fazer um bolo de chocolate para animar aquela loirinha de lindos olhos azuis. - Comenta animada ao pular do colo e correr para a porta. A única coisa que consigo fazer é sorrir, eu ainda tinha meu escape em Nicole.

Ao lembrar que ela falara sobre Brittany, sinto um aperto no peito. Santana morrera, eu não pude evitar, era minha culpa. Eu poderia ter evitado tanta coisa se permanecesse em NY.
Levanto rapidamente e sinto uma breve tontura, mas acabo por ignorar, devia ser a falta de comida, não sei há quanto tempo estou sem comer, algumas horas provavelmente.

Ao descer alguns lances de escada posso ouvir alguns risos que vinha da cozinha, ando lentamente até lá, os sons ficavam cada vez mais alto, parei ao me deparar com a cozinha praticamente toda coberta de farinha e chocolate em pó. Nossa pobre empregada olhava tudo com irritação, mas com um leve divertimento no olhar.
Nicole e Elise estavam cobertas de farinha, mas ambas ostentavam um sorriso orgulhoso ao mexer uma massa estranha numa grande bacia.
Eu estaria totalmente feliz com ambas se as circunstâncias fossem outras.

—Mas que bagunça é essa na minha cozinha? - Vejo as duas se assustarem, e acabo sorrindo.
— Eu disse que faríamos um bolo. -Nicole sorrir animada.
—Sim, disse... Mas não disse que fariam toda essa bagunça. - Aponto ao redor da cozinha.
—Foi um acidente, Mamãe. - Dizia com a cara mais inocente do mundo.
—Sei... Onde está Brittany?
—No meu quarto, não quer sair do lado de Santana. - Foi Elise quem respondeu, embora não olhasse em minha direção, e eu entendia bem o porque.
—Entendo... Irei vê-la agora. E vocês limpem essa bagunça depois. - Digo séria, mas logo sorrio pela carinha fofa de Nicole.
—Sim, senhora. - Brinca a pequena me fazendo sorrir novamente.

Tento adiar o máximo possível ao percorrer o caminho até o quarto de Elise. Não queria ver a tristeza e decepção nos olhos de Brittany, mas era preciso.
Suspiro pesadamente ao chegar próximo a porta, levo minha mão duas vezes ao trinco, até finalmente ter coragem de girar e abrir. A cena a minha frente era de corta o coração.
Brittany segurava firmemente as mãos de Santana e repousava sua cabeça sobre o abdômen da latina, ressonava em um sono que parecia ser perturbado. Andei lentamente até Santana, passei a ponta dos dedos por seu braço, sua pele estava tão fria.
—Três dias... - Me assusto com a voz rouca de Brittany.
—Como? - Pergunto confusa.
—Três dias que ela está assim, e no entanto não cheira mal, sua pele não muda, exceto pela frieza, mas continua minha Santana, parece apenas que dorme, e Deus sabe o que eu daria para que ela acordasse.
—Brittany, eu... - Tentei falar, mas fui interrompida.
—Tudo bem, Rach. Não é culpa sua, eu posso ver em seus olhos a culpa, mas não é. A culpa é de quem fez isso com ela. - Vi seus olhos azuis serem tomados pela raiva.
Não consegui falar nada, a culpa de fato era de Alec, mas eu tenho uma parcela sim de culpa.

Espalmo minha mão acima do seio esquerdo da Latina, eu precisava me desculpar por não ter lhe salvado.

—O que está fazendo? - Brittany pergunta curiosa.
—Preciso me desculpar com ela. É provável que eu possa vê-la, digo, a sua alma. -Tentei explicar, mas a confusão de Brittany só aumentava, no entanto a loira não mais indagou.

—Estranho. - Murmuro minutos depois tirando minha mão de Santana.
—O que? - Brittany pergunta preocupada.
—Eu não consigo encontrar... A menos que.. - Torno a espalmar minha mão, agora mais sobre o seio. Um batida, rápida e fraca, mas uma batida.
—Latina marrenta, você não podia nos deixar, não é. -Sorrio largamente.
—Rachel, o que está acontecendo? - Brittany era preocupação em pessoa.
—Brittany, eu sei que é difícil confiar em mim depois de tudo que aconteceu, mas agora você tem que confiar, preciso falar com Ian, ele virá aqui em breve, não posso está louca. -Andava apressada até a porta, mas voltei até a loira.
— Vai ficar tudo bem, eu prometo. - Deixei um beijo rápido em sua testa e sai.

Ao colocar os pés no corredor sentir a tontura novamente, e em seguida uma queimação no meu peito, após alguns segundos a sensação de queimação vai passando, e no lugar surge uma marca.

Quinn.


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Notas finais do capítulo

Voltarei o mais rápido possível.



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